Belo Desastre - CAP. 25

|


Belo Desastre



Capítulo 25 :  Ciúmes (Parte 2)

Arthur ficou olhando enquanto ele se afastava e depois se virou. Seus olhos buscavam os meus.
— Você sabe que aquilo é um monte de besteira, não sabe? Não é verdade.
— Tenho certeza que é isso que todo mundo está pensando. resmunguei, notando o interesse de todos que passavam por nós.
— Então vou provar que eles estão errados.
Conforme a semana foi passando, Arthur levou sua promessa muito a sério. Ele não dava mais atenção às garotas que o paravam a caminho da aula, às vezes era até rude com elas. Quando chegamos ao The Red para a festa de Halloween, fiquei um pouco nervosa em pensar como ele planejava manter as colegas bêbadas à distância.
Melanie, Finch e eu nos sentamos a uma mesa próxima enquanto observávamos Chay e Arthur jogarem bilhar contra dois de seus companheiros da Sig Tau.
— Vai, baby. — disse Melanie, levantando-se da banqueta. Chay piscou para ela e deu uma tacada, acertando a bola direto na caçapa.
— Uhuu! — ela gritou.
Um trio de mulheres vestidas como "As Panteras", foi falar com Arthur enquanto ele esperava sua vez de jogar. Sorri ao ver que ele fazia o melhor que podia para ignorá-las. Quando uma delas traçou com o dedo uma de suas tatuagens, Arthur puxou o braço. Ele acenou para que ela se afastasse, para que ele pudesse dar a tacada, e ela fez biquinho para as amigas.
— Dá pra acreditar como elas são ridículas? As garotas aqui não têm vergonha na cara! — disse Melanie.
Finch balançou a cabeça, pasmo.
— É o efeito Arthur. Acho que é esse lance de bad boy. Ou elas querem salvar o cara ou acham que são imunes ao charme dele. Não sei ao certo qual dos dois.
— Provavelmente ambos. — dei risada, tirando sarro das garotas que esperavam que Arthur prestasse atenção nelas. — Imagina ficar esperando que ele te escolha. E saber que você vai ser usada só para sexo.
— Problemas com o pai. — disse Melanie, tomando um gole de seu drinque. Finch apagou o cigarro e deu um puxão em nosso vestido.
— Vamos lá, meninas! O garanhão quer dançar!
— Só se você prometer não se chamar disso nunca mais. — disse Melanie. Finch fez biquinho, e Melanie abriu um sorriso.
— Vamos, Lua. Você não quer fazer o Finch chorar, quer?
Nós nos juntamos aos policiais e vampiros na pista de dança, e Finch começou a exibir seus passos de dança ao estilo de Justin Timberlake. Olhei para Arthur por cima do ombro e o peguei me observando disfarçadamente, fingindo olhar para Chay, que acertava a bola oito na caçapa. Chay coletou os ganhos deles, e Arthur foi caminhando para a mesa longa e baixa que fazia limite com a pista de dança, pegando uma bebida. Finch se debatia na pista, por fim se colocando entre mim e Melanie, como um sanduíche. Arthur revirou os olhos e riu baixinho enquanto voltava para a mesa com Chay.
Vou pegar mais uma bebida, quer alguma coisa? — Melanie gritou mais alto que a música.
— Eu vou com você. — falei, olhando para Finch e apontando para o bar. Ele balançou a cabeça e continuou a dançar. Melanie e eu fomos abrindo caminho pela multidão até chegarmos ao bar. Os barmens estavam mais do que ocupados, então nos preparamos para uma longa espera.
— Os meninos estão detonando hoje. — disse Melanie.
Eu me inclinei para falar ao ouvido dela.
— Eu nunca entendo por que alguém aposta contra o Chay.
— Pelo mesmo motivo que eles apostam contra o Arthur. São uns imbecis. — ela sorriu.
Um cara de toga se apoiou no balcão, ao lado de Melanie e sorriu.
— O que as meninas estão bebendo?
— Nós compramos nossas próprias bebidas, obrigada. — disse Melanie, olhando para frente.
— Eu sou o Mike. — disse ele, e depois apontou para o amigo. — Esse é o Logan.
Sorri educadamente e olhei para Melanie, que fez sua melhor expressão de “caiam fora daqui”. O barman anotou nosso pedido e assentiu para os homens atrás de nós, se virando para preparar o drinque de Melanie, então trouxe um copo quadrado com um líquido cor-de-rosa e espumante e três cervejas. Mike lhe entregou o dinheiro e ele agradeceu.
— Isso aqui é demais. — disse Mike, analisando a multidão.
— É. — Melanie respondeu, irritada.
— Eu vi você dançando... — Logan disse para mim, apontando com a cabeça para a pista de dança. — Você estava ótima.
— Ah… obrigada. — falei, tentando ser educada, e tendo cuidado porque Arthur estava a poucos metros dali.
— Quer dançar? — ele me perguntou.
Balancei a cabeça.
— Não, obrigada. Estou com meu…
— Namorado. — disse Arthur, surgindo do nada. Ele desferiu um olhar de ódio para os homens parados à nossa frente, e eles recuaram um pouco, claramente intimidados. Melanie não conseguiu conter um sorriso de orgulho quando Chay a abraçou. Arthur fez um sinal com a cabeça apontando para o outro lado do salão.
— Caiam fora. Agora.
Os homens olharam de relance para mim e para Melanie, dando alguns passos para trás antes de se misturarem à multidão. Chay beijou Melanie.
— Não posso te levar em lugar nenhum, hein?
Ela deu uma risadinha, e sorri para Arthur, que estava olhando feio para mim.
— Que foi?
— Por que você deixou o cara te pagar uma bebida?
Melanie soltou Chay, percebendo o humor de Arthur.
— A gente não deixou, Arthur. Falamos pra eles não pagarem nada.
Ele tirou a garrafa da minha mão.
— Então o que é isso?
— Você está falando sério?
— Claro, porra, estou falando sério. — disse ele, jogando a cerveja na lata de lixo perto do balcão. — Já te falei mil vezes… você não pode aceitar bebida de estranhos. E se ele colocou alguma coisa aí dentro?
Melanie ergueu o copo.
— As bebidas não saíram da nossa vista, Arthur. Você está exagerando.
— Não estou falando com você. — ele retrucou, com os olhos pregados nos meus.
— Ei! — reagi, com raiva. — Não fala assim com ela.
— Arthur, — disse Chay, em tom de aviso — deixa quieto.
— Não gosto que você deixe outros caras te comprarem bebida. — Arthur me disse.
— Você está tentando começar uma briga?
— Você gostaria de chegar no bar e me ver dividindo uma bebida com uma mina?
Assenti uma vez.
— Tudo bem. Você não dá mais atenção pra nenhuma outra mulher. Entendi. Eu devia fazer o mesmo esforço.
— Seria legal.
Era claro que ele estava tentando se segurar, e era um pouco intimidante estar do lado errado de sua ira. Seus olhos ainda brilhavam de raiva, e uma necessidade premente de partir para o ataque tomou conta de mim.
— Você vai ter que dar um tempo no lance do namorado ciumento, Arthur. Eu não fiz nada de errado.
Ele olhou para mim, incrédulo.
— Eu venho até aqui e um cara está te comprando bebida!
— Não grita com ela! — disse Melanie.
Chay colocou a mão no ombro de Arthur.
— A gente já bebeu demais. Vamos embora.
O efeito geralmente calmante de Chay não funcionou com Arthur, e fiquei irritada com o fato de a explosão de raiva dele ter acabado com a nossa noite.
— Preciso avisar o Finch que estamos indo embora. — resmunguei, descontente, empurrando Arthur com o ombro para ir até a pista de dança. Uma mão quente envolveu meu pulso. Eu me virei e me deparei com os dedos dele travados em mim, sem nenhum arrependimento.
— Eu vou com você.
Torci o braço para me soltar.
— Sou completamente capaz de dar alguns passos sozinha, Arthur. Qual é o problema?
Avistei Finch no meio da pista e forcei caminho até ele.
— Que foi? — Finch gritou mais alto que a música.
— O Arthur está de mal humor! Estamos indo embora!
Ele revirou os olhos e balançou a cabeça, acenando em despedida enquanto eu saia da pista de dança. Assim que vi Melanie e Chay, fui puxada para trás por um cara fantasiado de pirata.
— Aonde você acha que está indo? — ele sorriu, quando foi empurrado por trás e tropeçou para cima de mim.
Dei risada e balancei a cabeça ao ver a cara que ele estava fazendo. Assim que me virei para sair andando, ele agarrou meu braço. Não demorei muito para perceber que ele não estava me agarrando, mas se escondendo atrás de mim, para se proteger.
— Ei! — ele gritou, olhando assustado para além de mim.
Arthur veio como um raio para a pista de dança e mergulhou o punho fechado no rosto do pirata com tal força que o derrubou, me levando junto. Com a palma das mãos estirada no chão de madeira, pisquei sem conseguir acreditar. Senti algo quente e úmido na mão e, ao virá-la, me encolhi, estava coberta de sangue do nariz do homem. Ele cobria o rosto com as mãos em concha, mas o líquido vermelho e brilhante não parava de escorrer por seu antebraço enquanto ele se contorcia no chão. Arthur foi correndo me pegar, parecendo tão chocado quanto eu.
— Ai, merda! Você está bem, Flor?
Quando fiquei em pé, puxei o braço.
— Você está louco?
Melanie me agarrou pelo pulso e me puxou em meio à multidão até o estacionamento. Chay destravou as portas do carro e, depois que me sentei, Arthur se virou para mim.
— Desculpa, Beija-Flor, eu não sabia que ele estava segurando você.
— Seu punho ficou a centímetros do meu rosto! — gritei, pegando o pano sujo de óleo que Chay tinha jogado para mim. Limpei o sangue da mão, revoltada.
A gravidade da situação fez com que o rosto dele assumisse um ar sério, e ele se encolheu.
— Eu não teria batido no cara se achasse que fosse pegar em você. Você sabe disso, né?
— Cala a boca, Arthur. Só cala a boca. — falei, encarando a nuca de Chay.
— Flor… — ele começou a dizer.
Chay bateu no volante com a mão fechada.
— Cala a boca, Arthur! Você já pediu desculpa, agora cala a porra da sua boca!
Fizemos a viagem até em casa em completo silêncio. Chay puxou o banco para frente para que eu saísse do carro, e olhei para Melanie, que assentiu, dando um beijo de despedida no namorado.
— A gente se vê amanhã, baby.
Chay concordou, resignado, e a beijou.
— Te amo.
Passei por Arthur e fui até o Honda de Melanie. Ele veio correndo e ficou do meu lado.
— Por favor, não vai embora brava comigo.
— Ah, eu não estou indo embora brava. Eu estou furiosa.
— Ela precisa de um tempo para esfriar a cabeça, Arthur. — Melanie avisou-o, destravando a porta do cano. Quando a trava do lado do passageiro levantou, ele colocou a mão na porta.
— Não vai embora, Beija-Flor. Eu passei dos limites. Me desculpa.
Ergui a mão, mostrando-lhe o sangue seco na palma.
— Me liga quando você tiver crescido.
Ele se apoiou na porta com o quadril.
— Você não pode ir embora.
Ergui uma sobrancelha, e Chay deu a volta correndo no carro para ficar ao nosso lado.
— Arthur, você está bêbado. E está a ponto de cometer um erro enorme. Deixa a Lua ir pra casa esfriar a cabeça… Vocês podem conversar amanhã, quando você estiver sóbrio.
A expressão no rosto de Arthur ficou desesperada.
— Ela não pode ir embora. — ele disse, com os olhos fixos nos meus.
— Não vai funcionar, Arthur. —falei, puxando a porta. — Sai!
— O que você quer dizer com “não vai funcionar”? — ele perguntou, me agarrando pelo braço.
— Quero dizer essa sua cara triste. Não vou cair nessa. — falei, me afastando.
Chay ficou observando Arthur por um instante, depois se virou para mim.
— Lua… esse é o momento sobre o qual eu te falei. Talvez você devesse…
— Fica fora disso, Chay. — disse Melanie, irritada, dando partida no carro.
— Eu vou fazer merda. Vou fazer muita merda, Flor, mas você tem que me perdoar.
— Eu vou acordar com um hematoma enorme na bunda amanhã! Você bateu naquele cara porque estava bravo comigo! O que eu devo concluir disso? Porque estou vendo sinais de alerta por toda parte agora!
Eu nunca bati em uma garota na minha vida. — ele disse, surpreso com as minhas palavras.
— E eu não vou ser a primeira! — falei, puxando a porta. — Agora sai droga!
Arthur assentiu e deu um passo para o lado. Eu me sentei ao lado de Melanie e bati a porta. Ela colocou o carro em marcha a ré, e Arthur se abaixou para me olhar pela janela.
— Você vai me ligar amanhã, não vai? — ele disse, pondo a mão no para-brisa.
— Vamos embora, Mel. — pedi, recusando-me a olhar para ele.
A noite foi longa. Fiquei olhando para o relógio e me encolhi quando vi que mais uma hora tinha se passado. Eu não conseguia parar de pensar em Arthur e se eu devia ou não ligar para ele, me perguntando se ele também estaria acordado. Por fim, pus os fones do iPod nos ouvidos e escutei cada música alta e agressiva da minha lista.
Da última vez que olhei para o relógio, passava das quatro da manhã.
Os pássaros já estavam cantando, e sorri quando senti os olhos começando a ficar pesados. Parecia que haviam se passado poucos instantes quando ouvi alguém bater à porta e Melanie irrompendo quarto adentro. Ela puxou os fones dos meus ouvidos e os colocou na cadeira da escrivaninha.
— Bom dia, flor do dia. Você está com uma cara horrível. — ela disse, soprando uma bola cor-de-rosa de chiclete e estourando-a bem alto.
— Cala a boca, Melanie! — Kara resmungou, debaixo das cobertas.
— Você sabe que pessoas como você e o Arthur vão brigar, certo? — disse Melanie, lixando as unhas enquanto mascava o chiclete.
Eu me virei na cama.
—Você está oficialmente demitida. Você é péssima no papel de consciência.
Ela deu risada.
— Eu te conheço. Se eu te entregasse a chave do carro agora, você iria direto pra lá.
— Iria nada!
— Ah, tá. — ela disse, animada.
— São oito horas da manhã, Mel. Eles ainda devem estar desmaiados. — Nesse momento, ouvi alguém batendo fraquinho à porta. Kara esticou o braço debaixo do edredom e girou a maçaneta da porta, que se abriu devagar, revelando Arthur na entrada.
— Posso entrar? — ele perguntou, com a voz baixa e áspera. As olheiras roxas sob seus olhos denunciavam a falta de sono. Eu me sentei na cama, alarmada com sua aparência.
— Você está bem?
Ele entrou e caiu de joelhos na minha frente.
— Desculpa, Lua. Me desculpa. — disse, abraçando minha cintura e enterrando a cabeça no meu colo. Aninhei a cabeça dele nos braços e ergui o olhar para Melanie.
— Eu… hum… eu vou indo. — disse ela, sem jeito, buscando a maçaneta da porta. Kara esfregou os olhos, suspirou e pegou seu nécessaire de banho.
— Sempre fico bem limpa quando você está por perto, Lua. — ela grunhiu, batendo a porta depois de sair.
Arthur ergueu o olhar para mim.
— Eu sei que fico louco quando se trata de você, mas Deus sabe que estou tentando, Flor. Não quero estragar tudo.
— Então não faça isso.
— É difícil pra mim, sabe? Parece que a qualquer segundo você vai se dar conta do merda que eu sou e vai me deixar. Quando você estava dançando, ontem à noite, vi uns dez caras diferentes te observando. Daí você vai para o bar, e vejo você agradecer aquele cara pela bebida. E depois aquele babaca na pista de dança te agarra.
— Você não me vê dando socos por aí toda vez que uma garota conversa com você. Eu não posso ficar trancada no apartamento o tempo todo. Você vai ter que dar um jeito no seu temperamento.
— É, eu vou. Eu nunca quis uma namorada antes, Beija-Flor. Não estou acostumado a me sentir assim em relação a alguém… a ninguém. Se você for paciente comigo, eu juro que vou dar um jeito nisso.
— Vamos esclarecer algumas coisas: você não é um merda, você é incrível. Não importa quem compra bebida pra mim, ou quem me convida para dançar, ou quem me paquera. Eu vou pra casa com você. Você me pediu para confiar em você, mas não parece que você confia em mim.
Ele franziu a testa.
— Isso não é verdade.
— Se você acha que vou te largar pelo primeiro cara que cruzar o meu caminho, então você não confia em mim.
Ele me apertou forte.
— Não sou bom o bastante para você, Flor. Isso não quer dizer que não confio em você, só estou me preparando para o inevitável.
— Não diga isso. Quando estamos sozinhos, você é perfeito. Nós somos perfeitos. Mas então você deixa o resto do mundo estragar isso. Eu não espero que você se transforme da noite para o dia, mas você tem que escolher suas batalhas. Você não pode sair na porrada toda vez que alguém olhar pra mim.
Ele assentiu.
— Eu faço qualquer coisa. Só… diz que me ama.
— Você sabe que sim.
— Preciso ouvir você dizer. — ele falou, juntando as sobrancelhas.
— Eu te amo. — falei, tocando seus lábios com os meus. — Agora chega de bancar o bebezinho.
Ele deu risada, subindo na cama comigo. Passamos a hora que se seguiu no mesmo lugar, debaixo das cobertas, dando risadinhas e nos beijando, mal notando quando Kara voltou do banho.
— Você pode sair daqui? Preciso me vestir. — ela pediu a Arthur, apertando o roupão de banho. Ele beijou meu rosto e foi para o corredor.
— Vejo você em um segundo.
Caí de encontro ao travesseiro enquanto Kara remexia no armário.
— Por que você está tão feliz? — ela perguntou em tom de resmungo.
— Por nada. — suspirei.
— Você sabe o que é codependência, Lua? Seu namorado é um excelente exemplo disso, o que é bizarro, considerando que ele passou de não ter respeito algum pelas mulheres a achar que precisa de você até para respirar.
— Talvez ele precise mesmo. — falei, recusando-me a deixar que ela estragasse meu bom humor.
— Você não se pergunta por que isso? Tipo… ele já transou com metade das garotas da faculdade. Por que você?
— Ele diz que sou diferente.
— Claro que ele diz. Mas por quê?
— O que te interessa isso? — retruquei.
— É perigoso precisar tanto assim de alguém. Você está tentando salvar o Arthur, e ele espera que você consiga. Vocês dois são um desastre.
Sorri para o teto.
— Não importa o que seja ou por quê. Quando é bom, Kara… é lindo.
Ela revirou os olhos.
— Você está ferrada.
Arthur bateu à porta e Kara deixou que ele entrasse.
— Vou para a sala de estudos. Boa sorte. — disse ela, com o tom de voz mais falso que conseguiu usar.
— Que foi aquilo? — Arthur quis saber.
— Ela disse que nós dois somos um desastre.
— Me conta algo que eu não sei. — ele sorriu. Seus olhos subitamente encontraram foco e ele beijou a pele fina atrás da minha orelha. — Por que você não vem pra casa comigo?
Descansei a mão na nuca dele e suspirei, sentindo seus lábios suaves na minha pele.
— Acho que vou ficar por aqui. Estou sempre no seu apartamento.
Ele ergueu rápido a cabeça.
— E daí? Você não gosta de lá?
Pus a mão no rosto dele e respirei fundo. Ele ficava preocupado muito rápido.
— É claro que gosto, mas eu não moro lá.
Ele percorreu meu pescoço com a ponta do nariz.
— Eu quero você lá. Quero você lá toda noite.
— Eu não vou morar com você. — falei, balançando a cabeça.
— Não pedi pra você morar comigo. Eu disse que quero você lá.
— É a mesma coisa! — eu ri.
Arthur franziu a testa.
— Você não vai mesmo passar a noite comigo hoje?
Fiz que não com a cabeça, e ele levou os olhos da parede até o teto. Eu quase podia ver as engrenagens girando em sua cabeça.
— O que você está tramando? — perguntei, estreitando os olhos.
— Estou tentando pensar em outra aposta.

Hello Hello :)

Bom dia, amores! Uma ótima semana para todas vocês!
Como vocês já sabem, eu não posto a fic nos finais de semana.

Arthur é tão ciumento hahaha tadinho vai enlouquecer desse jeito.
 

Com mais 10 comentários, posto o próximo capítulo.

13 comentários:

  1. O Arthur tem Q maneirar no ciúmes

    ResponderExcluir
  2. Ele tá pior que o Tomás em Rebelde, Arthur manere seus ciúmes meu filho '-'

    ResponderExcluir
  3. O Arthur ta muito ciumento tem q manera
    Amanda casa vez mas essa web

    ResponderExcluir
  4. Adorei esse capitulo!
    Lua vai ter muito trabalho com arthur!

    ResponderExcluir
  5. Esse ciúme todo pode acabar estragando tudo :/ faz ele manerar nisso aí kkk '-'

    ResponderExcluir
  6. Esse ciúme todo pode acabar estragando tudo :/ faz ele manerar nisso aí kkk '-'

    ResponderExcluir
  7. Arthur sempre possessivo quando se refere a Lua :)

    " Se eu sinto ciúmes é porque me importo
    Se brigo às vezes é que não suporto
    Que alguém olhe pra ti
    Além de mim você é minha, só minha,
    Pois o que é meu ninguém tem que olhar
    Só eu posso abraçar ninguém pode tocar
    Sinto ciúmes sim, nasceu pra mim você é minha
    Só minha
    Eu sei, também sente e não assume
    Sei que morre de ciúme
    E insiste em esconder...." ♡♥♡

    ResponderExcluir
  8. Arthur é muito ciumento, Lua ama ele, ele não precisa se preocupar.
    Ele todo meigo pedindo desculpa pra ela *--*
    Helena

    ResponderExcluir
  9. Arthur, super ciumento. A Lua ama ele e ele tem que confiar

    by: Naat

    ResponderExcluir
  10. Kkkk acho que a Kara está com inveja kkk.mt bom

    ResponderExcluir
  11. Gnt Arthur é MT ciumento kkk fofos demais

    ResponderExcluir