15 dias para confessar - Provocar

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Lua

      Já tinhamos abandonado as nossas roupas por completo e já íamos além dos preliminares. Arthur decidiu tomar conta de tudo e disse-me que hoje seria a noite das noites.

     Eu tinha a sensação de que esta seria a minha nova primeira vez, visto que a minha primeira vez oficial já foi à tanto tempo e realmente, em determinado momento, senti-me novamente virgem. Arthur fez-me um sexo oral, pela segunda vez em toda a nossa vida, e eu senti-me incompetente por não lhe poder proporcionar um igual prazer, mas quem sabe numa próxima.

- Amo-te tanto porra! - Confessei quando mordi o lóbulo da sua orelha.

     Está a olhar para mim, rendido com tudo o que se está a passar entre nós. Eu mais maravilhada fiquei quando finalmente entrou dentro de mim.

     Os meus olhos recusam-se a abandoná-lo, embora eu queria desesperadamente fechá-los com força e conter a respiração.

- Estás pronta? - Perguntou ele.

     Ele está apoiado sobre os braços, muito quieto à espera que eu responda.

- Sim. - Respondi - Voltou a doer! - Confessei, daí eu a dizer no início que me sentia novamente virgem por toda aquela dor, não assim tão insuportável, estar presente novamente.
- Deu para perceber. - Ele riu um pouco.

     Recua com cuidado mas não se retira por completo de dentro de mim. Sinto necessidade de me agarrar a algo que satisfaça aquele meu desejo de receber o orgasmo o mais rápido possível, mas tudo o que consigo fazer é morder-lhe o ombro.

- Desculpa. - Peço. Solto-o de imediato e ele avança de novo só metade do caminho desta vez.
- Não peças desculpa. Guarda as dentadas e os arranhões para quando eu te possuir! - Riu-se e eu bati no seu braço.

     Ele recua com lentidão e depois volta a entrar com cuidado. Estamos novamente a partilhar esta coisa intima juntos e senti novamente aquele aperto no coração quando me pergunto quando será a próxima vez que vou novamente senti-lo deste jeito.
     Dou pelas minhas ancas a erguerem-se. Desejo senti-lo entrar mais fundo, agora que a dor diminuiu um pouco.

- Estás a provocar-me! - Confessou ele.

     Ele apoia-se sobre os cotovelos e aproxima a sua boca da minha, recuando, depois entrando um pouco mais, ao mesmo tempo que faz circular a bacia.

- Diz-me como te sabe. - Perguntou-me com a sua voz quase rouca.
- Isso é uma espécie de fantasia? - Perguntou animada. Ele encara-me sem parar os seus movimentos. - Sabe bem. Muito bem! - Respondo e ele aumenta o ritmo com mais um erguer de ancas.
- Concordo. - Sorriu.

     Arthur colou os lábios aos meus e incita-me a boca com um breve toque na língua. É demasiado. Tento capturar-lhe os lábios mas ele recua.

- Devagar - murmura oscilando para dentro e para fora, na perfeição, a olhar para mim e a pestanejar  ao ritmo do seu suave movimento.

     Sinto de facto a intimidade do momento. Ele está a abrir-me devagar como como me tinha prometido. O silêncio que nos rodeia é apenas quebrado pelos sons ritmados e irregulares da nossa respiração.

     Neste momento, pergunto-me como consegui privar-me de tal coisa. Porque é que fiz ele sofrer durante quinze dias para me reconquistar? Porque é que não caí nos seus braços mais cedo, quando eu própria sabia o que já queria à muito tempo. Eu queria o Arthur. Eu gosto dele e ele gosta de mim.      Mas o estúpido passado ainda me atormentava.
     Acreditem, não estou a querer dizer que sentia saudades de fazer amor com Arthur. Estou apenas a dizer que isto podia ter acontecido mais cedo, se eu não fosse tão insegura. Eu podia ter sentido o seu toque, o seu beijo, o seu braço mais cedo, se não fosse a terrível lembrança da traição que eu tinha na cabeça.

     Mas é isto que eu quero. Quero que ele olhe para mim de forma apaixonada, quero que me ame, que me venere. Consigo viver com isto para sempre. Apesar de a distância que agora vem aí para atormentar a nossa felicidade. 

- Em que é que estás a pensar? - Ele pergunta.
- Em nós. - Respondo-lhe com um sorriso.

     Sinto músculos internos cuja existência desconhecia a contraírem-se à volta dele, deixando-me sentir cada delicioso movimento que me impulsionava para o orgasmo. Arthur inclina-se para baixo, beija-me o nariz, depois passa para os meus lábios.

- Estás a contrair-te... Vais-te vir?
- Julgo que sim... - Respondo ofegante.

     Estou demasiado distraída pela maravilhosa pressão que sinto e que se vai tornando mais pesada e cada movimento suave das ancas dele. 

- Oh foda-se! - O rosto dele afasta-se do meu. As ancas a impulsionarem-se para a frente, um pouco menos controladas.

     Agarro-me aos seus ombros. A dor já desapareceu por completo.

- Oh céus. - Pressentia algo a chegar.

     Os seus movimentos são agora de novo controlados, mas mais firmes, mais precisos e constantes.

- Acabaste de me tornar num homem muito feliz. - Confessou ofegante.

     Estou a ser bombardeada por faiscas quentes que penetram o meu epicentro.

- Oh! - Ele baixa o rosto para o meu e beija-me. Mas eu não me sinto suave. - Calma- Balbucina ele, num tom quase desesperado, a tentar guiar-me, beijando-me devagar de propósito.

     Estou dominada por uma sensação de urgência, à medida que a pressão cresce e cresce com cada maravilhoso movimento das suas ancas. Ele afasta-se da minha boca e apoia-se sobre os braços ao meu lado na cama, a penetrar-me, deixando-me agora sem a sua boca para devorar e sem os seus cabelos onde possa entrelaçar os meus dedos.

- Como te sentes? - Perguntou ele.
- Sinto-me descontrolada, quase a perder o juízo.
- O melhor vem aí!

     O ritmo dele acelera, tal como a pressão ali em baixo. Agarro-me aos seus antebraços e faço força para cima, erguendo-me ainda mais na cama, e a minha cabeça começa a agitar com urgência de um lado para o outro.

- Oh, deus! Oh merda!
- É isso mesmo, Lua.

     Está a tornar-se frenético: a nossa respiração , os gritos, o suor, a tensão, a força. Mas ele mantém aquele mesmo ritmo constante.

- Deixa-te ir. - Pediu.

(...)

Notas finais:

AMANHÃ TEM MAIIIIS

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