15 dias para confessar - Oficialmente solteira

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Lua

     Arthur tentou falar comigo ainda naquele dia, dia 26 de dezembro para ser mais própria, mas eu disse que precisava de espaço para pensar e assentar os pés em chão firme. Ele perguntou ainda a razão da minha tristonha voz, mas eu disse que não me apetecia falar. Entendeu a mensagem e não me incomodou mais.

Passaram dois dias...

     Após os dois dias seguintes passados em casa, totalmente chegada, e quase sem contacto com ninguém a não ser os habitantes da minha própria casa, decidi sair. Mas teria de levar os pestes dos meus irmãos o que não me incomodava tanto assim. 

     Decidi ligar ao Arthur para sairmos juntos. Quem sabe hoje podemos falar sobre "nós" e o que o futuro talvez nos reserve. Ou então não. 

- Estava a ver que não entendias. - Disse-lhe eu, após o telemóvel tocar uma centena de vezes.
- Desculpa. 
- Estavas ocupado?
- Para ti, nunca! - Ouvi uma gargalhada do outro lado da linha, o que me fez rir também.
- Parvo! Estava a ligar-te para sairmos. Que tal praia?
- Praia? E o parvo sou eu?
- Eu sei que estamos no inverno e tal. Mas apetece-me passear à beira mar.
- Não é aconselhável à beira mar, mas...
- Tu entendeste a ideia, sim? - Se estivéssemos frente a frente, eu encarava-lhe com um rosto totalmente sério.
- Tudo bem. Passo para te ir buscar.
- Na verdade, pensei em ir a pé porque estou com os meus irmãos e faz-lhes bem caminhar.
- Como queiras. A que horas combinamos?
- Meia hora, aqui!
- Está bem, até já! - Desligamos a chamada.
- Bebés do meu coração! - Chamei os meus irmãos - Vamos sair.
- Com o Arthur? - Edward perguntou.
- Sim, com o Arthur!
- YEAH! - Festejaram eles.
- Ele é fixe. - Comentou Thiago com um sorriso nos lábios. 

     Após vestir os dois adequadamente, fomos para o portal esperar pelo Arthur que ainda demorou a chegar. Enquanto isso, eu ajeitava o meu cabelo, ora prendendo num simples rabo de cavalo ora numa trança.

- O Arthur nunca mais chega!
- Calma. Ele deve estar a chegar. - Olhei para o telemóvel e nada. 
- Ele já vem! - Gritou Thiago.

     Arthur fez sinal de luzes aos pequenos e estacionou o carro. Saiu do mesmo, pegando ao colo os meus dois irmãos, cumprimentando-os, e depois beijando-me o rosto ainda com eles ao colo.

- Vá meninos, deixem ele. Vamos passear.

     Andamos durante uns vinte minutos, sempre em conversa com os meus irmãos. Arthur não perguntou pelo que aconteceu à dois dias atrás e eu também não decidi nem tocar nesse assunto, não por agora.

     Chegando à praia, vimos as ondas enormes e decidimos não arriscar ao ponto de ir molhar os pés, ficando pelos bancos que estavam cobertos de areia, mas nem nos importamos. Sentamo-nos lá, enquanto os meus irmãos brincavam com a areia mesmo à nossa beira e com os pauzinhos de madeira que provavelmente o mar arrastou para cá.

- O meu tio vem cá passar o ano e quer fazer uma surpresa à nossa família. - Comentou Ashton. - Julgo eu que será na passagem do ano. Estou louco para ver.
- Que sorte. - Comentei sorrindo para si.

     O vento passava forte por nós fazendo o meu cabelo levantar todo e obrigando-me a amarrá-lo de uma vez. Aproximei-me dos meus irmãos para fechar-lhes o casaco e colocar-lhes o gorro que eu trouxe na minha mala. Há dias em que pareço uma verdadeira mãe destes dois pestes.

     De seguida, sento-me ao lado de Arthur e tento entender o que tanto desenha na areia molhada com um pau de madeira. Parece empenhado e atento ao que faz. Tento ver o que escreve, mas não entendo nada.

- O que é isso? - Pergunto. Mas ele não me responde durante uns dois segundos. 
- É uma raiz quadrada. Pensei que não me lembrava dela.
- O quê? - Ri.
- Eu estava a estudar quando ligaste. 
- Oh, desculpa Arthur. - Levei a mão à boca - Podias ter dito, eu não ia adivinhar isso.
- Achas que ia recusar sair contigo? És mais importante.
- Não! Os estudos são mais importantes.
- A frequência é só dia 5.
- Porra, ainda por cima!
- Calma, eu domino tudo! - Disse-me ele todo confiante.

     Não resisti não rir e abraçar-lhe por isto.

- Porque é que fazes estas coisas?
- Que coisas?
- Surpreendes-me sempre... 
- Adoro surpreender-te. 
- Um estudante de medicina não pode fazer estas coisas.
- Um estudante de medicina também merece viver.
- Não digo que não, mas...
- Mas nada! - Ele interrompeu-me

     Separou um pouco o nosso abraço e tocou-me de leve no rosto. Fechei os olhos e senti o seu toque, de seguida, um beijo no meu nariz. Os seus lábios fizeram uma espécie de trilha sobre o meu rosto, descendo até ao meu pescoço. Seria ele capaz de arriscar mais? 

     Entrelacei os meus braços no seu pescoço e coloquei as minhas pernas por cima das suas, que logo foram seguras pela sua mão marota. Parou de beijar-me o pescoço ficando ainda naquela posição. Senti a sua respiração quente sobre o pescoço e arrepiei-me. 

- E se eu te dissesse que acabas-te de chegar ao nível quatro?
- Nível quatro? Porra, isso é de mais! - Ele gargalhou.
- Mana, tenho fome.
- Oh, logo agora? - Choramingou Arthur.

     O meu irmão olhou com cara de ponto de interrogação, para Arthur e fez-me rir. Levantei-me, sentindo ainda as mãos de Arthur na minha cintura, que logo desapareceram quando lhe bati devagar sobre as mesmas. 

     Passamos na pastelaria do costume para lanchar e fomos para casa logo de seguida. O carro da minha mãe já estava à porta da nossa casa e os meus irmãos reconheceram-lho, indo para dentro sem nem se despedirem do Arthur. 

- Com toda esta confusão de fome e tudo isso, nem me deste uma prenda. Dás-me sempre.

- Eu não comprei nada de natal para ti, Thur. - Fiz bico.

- Eu comprei uma coisa para ti. - Arthur mordeu o lábio, agora encostado ao seu carro enquanto eu permanecia à sua frente de braços cruzados devido ao frio. 
- E o que é?
- Está no carro. Entra.

     Entramos. Sentei-me no lado do condutor e ele esticou o braço para trás trazendo de lá uma caixa pequena. Pela marca da mesma, entendi que fosse um relógio. Abri a caixa e os meus olhos quase caíram por verem que era aquele relógio que eu tanto mirava na montra do shopping. 

- Tu és louco! - Disse as palavras seguidas umas das outras quase em grito histérico por ter aquele relógio branco e prateado nas minhas mãos.
- Calma. Comprei em saldos. Começaram hoje, lembraste? - Arthur riu com a minha infantil ação de tirar o relógio da caixa com o maior dos cuidados e tirar à pressa o meu antigo para substituí-lo pelo meu relógio quase de sonho. 
- Obrigada, obrigada, obrigada! Devo-te, no mínimo, um jantar. 
- Aceito.
- Porra, Arthur! - Abracei-lhe novamente - Obrigada, mesmo. Sendo assim, sinto-me na obrigação de te dizer algo.
- Que é? - Quis ele saber, sentando-se no banco do carro de maneira a ficar de frente para mim.
- Estou oficialmente solteira. - Sorri manhosa para si.

(...)
Notas finais:

Este era o capítulo para ter postado ontem, mas não entrei no pc à noite por ter jantado tarde e enfim, só postei agora!

Será que é agora que eles ficam juntos? Conseguirá Arthur conquistar Lua antes do final do ano?

Pensando em, o título desta fic deveria ser "15 dias para conquistar" e não "15 dias para confessar". Mas até faz algum sentido. Enfim!

Hoje tem mais!

Ah, e muito obrigada pelos comentários. Vocês deveriam comentar sempre assim. Fico tão feliz de ver tantos comentários. 

12 comentários:

  1. Ahhhh é hoje que Luar acontece *-*
    Ameiiii esse cap. Agora sim esse casal vai pra frente nivel 4 e ela solteira *-*

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  2. Ai que lindos �� amando, posta mais!

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  3. Aí aproveita que a lua tá solteira e faça detido para ir pro nível 5 com sucesso!

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  4. Ahh to amando essa web,mt perfeita. Se bem que a Lua podia passar pro nivel 5 logo.kkk

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  5. Depois do jantar ele vai para o nível 5 né!? Quero tanto que eles fiquem juntos!

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  6. Depois do presente se eu fosse a Lua já teria esqueci dos níveis e agarrava o Arthur e dizia que amo ele!! Arthur sempre fofo!

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  7. Lua agarra logo essa proção mulher kkkk
    amando

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  8. Jura não para ai não amiga kkkk haaaaaaaaaaaa queremos beijos unss amassos no carro kkkk maisssssssssssssss?

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  9. Minha filha com Arthur eu teria pulado pro nivel 1o logo kkkkkkkkkkkkkkk ave vamos apimentar esse carro ai vamo esquentar kkkk

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  10. Continua.... Quero ver se vai rolar amassos *-*
    Amei esse capitulo....
    Lua esquece isso de nivel e pega ele logo :)

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  11. jesus que fofo esse Arthur ele merecia nivel 5 logo kkk e ainda uns beijos no carro ;) mais ?

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