15 dias para confessar - Natal

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Arthur

    Acordei com o cheirinho que invadia o meu quarto de um prato qualquer que a minha mãe fazia ao forno. Ainda com os olhos fechados, escutei as gargalhadas das pessoas que já tinham chegado cá a casa, prontas para passar mais um dia de natal. Após arrastar-me até à porta do quarto, lembrei-me de mandar uma mensagem à Lua e a desejar-lhe um Feliz Natal, assim como ela me tinha enviado na noite anterior. Porém, o meu foi algo mais simples em que vez de aqueles grandes textos que raparigas como a Lua adoram fazer nestas épocas especiais de Natal.
     Preparei-me para tomar um banho e apresentar-me bem cheiroso diante da minha família que me recebeu na sala com um "Feliz Natal". Tomamos chocolate quente acompanhado de um bolo que a minha madrinha fez. 
     

     Um natal agradável que, apesar da ausência de algumas pessoas, tem sido tradição continuar a celebrá-lo e eu fico feliz por isso, pois são só nestas algumas que temos a família feliz e reunida. Somos muitos e é tão raro nos vermos. Todos os anos, fazemos algo para lembrar esta data na casa de um família que se vai alternando de ano para ano.

- Então Arthur e os estudos de medicina?
- Complicados. Mas estou a adorar.
- Quem diria que irias conseguir.
- Consegui entrar com uma média razoável numa boa universidade, apesar de não ser aqui na nossa cidade. 
- O importante é estares a gostar de tudo e futuramente seres aquilo que realmente queres ser.
- Eu sei. - Sorri à minha tia.
- E as namoradas, como vai isso? - Olhei para a minha mãe que desatou a rir. - Hum, anda peixe na rede!
- Não, não anda. Não tenho namorada.
- Então e aquela rapariga muito saídinha da casca?
- A Britney? Terminamos a algum tempo já. Estou solteiro.
- E de certeza que não anda nenhuma rapariga de olho em ti ou tu de olho nela?
- Isso agora! - Ri fazendo mistério.


Lua

     A noite terminou da melhor maneira. Passar o natal na casa dos meus avós é algo que fazemos à diversos anos, desde que me lembro do conceito de Natal. 

     Para mim, Natal é estar com a família e com ela partilhar momentos bons. Foi tudo o que aconteceu no dia de hoje.
     Adoro os petiscos da minha avó que tem uma excelente mão para a cozinha e adora satisfazer os seus netinhos com as melhores guloseimas de Natal. Depois há as piadinhas secas do meu tio Zeca, os jogos de cartas com o meu avô e, após o almoço, a junção de todos os netos na sala, em roda, no chão, para a distribuição das prendas. 
     O Natal é simplesmente a melhor época do ano.

     Já passava da uma hora da manhã. Estamos oficialmente no dia 26 de dezembro e é hoje que tomo a decisão que já à muito tempo a deveria ter tomado. 

     Liguei à Dianna. Não conseguia dormir só de pensar no que amanhã pode acontecer.

- Olá Lua. Feliz natal, pela milessima vez.
- Já não é Natal Dianna. Mas obrigada. Temos de combinar um encontro para eu te dar uma coisinha.
- Passamos amanhã cá em casa com o Bruno para o jantar, que tal?
- Dianna... esqueceste-te que é amanhã que vou acabar tudo com ele? Quero dizer, eu podia só mandar-lhe uma mensagem a dizer "Não me procures mais, pessoa com quem passei momentos giros mas com o qual nunca estabeleci algo sério". Mas não, eu vou mesmo terminar algo que nunca foi oficial e muito menos sério, algo que nunca foi um namoro, e eu simplesmente não sei como fazê-lo. Ajuda-me!
- Por um lado, acho certo. Andares a sair com o Arthur enquanto andas com o Bruno, seja namoro ou não, não é certo. Porém, o Bruno gosta mesmo de ti e vai ficar de rastos.
- Mas entende que é injusto eu andar com alguém de quem não gosto o suficiente. Eu sei que ele gosta de mim, ele faz questão de me dizer isso sempre. Acho que até estou a ser injusta com ele, mas porra... não posso negar o que sinto pelo Arthur. É ele que eu quero.
- Eu sei... mas não sei o que te dizer em relação ao Bruno. Ele é tão porreiro e não merecia isto. 
- Ajuda-me! - Pedi novamente
- Tudo o que te consigo dizer é que deves tentar manter a calma e utilizar as palavras certas para com ele. E por favor, não fales do nome do Arthur, apesar de que se ele for minimamente inteligente vai entender que é por causa do Arthur que estás a acabar com ele. Mas pronto.
- Não me estás a ajudar, Dianna! - Choraminguei. - Vamos almoçar juntos e depois vamos para a casa dele para ele me dar uma prenda. Eu também lhe levo uma. E acho que será depois disso que vou falar com ele. Mas durante o dia, vou tentar mandar-lhe indiretas... Deseja-me sorte!
- Boa sorte.

(...)

     Após uma ida ao cinema, eu e Bruno fomos para a casa dele. Evitei qualquer beijo que ele me podia ter dado, fazendo apenas um carinho na sua mão. Passamos o dia razoavelmente bem, mas eu não consegui ser eu própria em um único segundo, porque sinto que sou um monstro. Monstro devido ao que vou fazer após chegarmos à sua casa.
     Subimos para o seu quarto após ele certificar-se de que não estava ninguém em casa. Sentei-me na sua cama, mexendo nas minhas mãos num gesto nervoso, enquanto ele foi buscar algo ao seu armário. Abri entretanto a minha bolsa e tirei a caixinha com o seu presente também.

- Espero que gostes. - Ofereci-lhe quando ele se sentou ao meu lado. 

     Abriu a caixa e tirou de lá um perfume que eu sabia perfeitamente que ia gostar. Agradeceu e depois entregou-se o seu presente que vinha uma caixinha rectangular. Abri delicadamente e percebi que era um quadro com uma foto nossa, tirada numa noite de verão em que saímos só os dois. Ele beijava-me o rosto enquanto eu abraçava-lhe e mostrava um sorriso envergonhado. Tive uma vontade imensa de chorar naquele momento. Levantei-me, com o quadro na mão, e com a outra no rosto onde tentava evitar algumas lágrimas. Bruno levantou-se e tocou-me no ombro tentando entender o que se passava.

- Não gostas? - Perguntou-me preocupado. 
- Adoro... mas Bruno... nós precisamos de conversar. - Assumi e ele sentou-se na cama engolindo seco. - Tens sido uma pessoa ótima para mim. Ajudaste-me quando mais precisei mas sinto que não estou a ser justa contigo. Todo o amor que me dás, todas as palavras de conforto e os momentos bons que passamos... eu não consigo dar-te o que tu precisas de modo a deixar isto compatível... eu não te vejo como namorado ou algo que se pareça... vejo-te apenas como um amigo. Um bom amigo. Perdoa-me. Não julgues que te usei. Nada disso. Enquanto estivemos juntos, eu não estive com mais ninguém, mas não dá mais... - Engoli seco.

(...)

Notas finais:

Será que o grande dia chegou?
10 COMENTÁRIOS E EU POSTO O PRÓXIMO #GO #GO #GO

Não se esqueçam de comentar o que acharam do capítulo e do que acham que vai acontecer no próximo! 

12 comentários:

  1. Amei, espero que no próximo ela venha a ficar com o Arthur *-*

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  2. Que bom que a Lua terminou com ele. Agora ela tá livre para o Arthur

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  3. Acho que agora sim LuAr vai ficar juntoooo *-*

    Mais;)

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  4. Posta mais tô ansiosa para o que pode acontecer no próximo cap. *-* Ameii!!

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  5. Ufa ainda bem que lua terminou com ele ansiosa parado próximo capítulo!

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  6. Ainda bem q terminou! Posta mais pfvr

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  7. Este comentário foi removido pelo autor.

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  8. Amo essa web ansiosa haaaaaaaaaa terminou *___*

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  9. corre pra casa do Thur Lua vai aproveitar oxi kkkk

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  10. esse Bruno e um saco vai L ua para a casa do Arthur ser feliz bem fazer amor com aquele deus grego kkk mais?

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