15 dias para confessar - Jantar

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Lua

     O jantar entre a minha família com Arthur e a sua mãe ficou marcado para as sete horas da noite. Aproveitei o facto de que a minha mãe já não via a mãe do Arthur à algum tempo para dar-lhe em troca o jantar pelo relógio que me ofereceu. Claro que nada se compara. 

    Até hoje ainda estou incrédula de como é que ele foi capaz de ter a ideia de me oferecer tal coisa. Eu nunca comentei com ele aquele meu desejo e, do nada, ele aparece-me com o relógio mais bonito da montra, pelo menos para mim. Nem a minha mãe acreditou quando viu. 

     Sentia-me estranha nesta noite. Vamos estar juntos pela primeira vez, após eu ter dito ao Arthur que estou solteira novamente. Sempre estive, mas agora é diferente. Não tenho de dar satisfações a ninguém nem proibir-me de beijar o Arthur. 
     Calafrios passam-me na barriga quando penso na probabilidade que há de o Arthur beijar-me hoje ou então pedir-me em namoro em frente à nossa família. Talvez eu esteja a sonhar um pouco alto. Talvez seja melhor parar com isto. 

- Estás nervosa ou é impressão minha? - Perguntou a minha mãe
- Ele é só mesmo um amigo ou é algo mais, dona Lua Blanco? - Perguntou o meu pai.
- É só amigo, pai. E não mãe, eu não estou nervosa. Só quero que tudo corra bem. 

     Passavam catorze minutos da hora combinada para o jantar. A campainha tocou e os meus irmãos foram a correr para abrir a porta. Retoquei discretamente o gloss nos meus lábios e andei até à porta, guardando o batom no bolso da minha saia. 
     Arthur e a sua mãe entraram na minha casa com um sorriso encantador. O Arthur tinha os perfeitos traços da sua mão e o sorriso de ambos era idêntico. A Dona Anne trouxe um pudim para sobremesa que ela própria fez. A minha mãe agradeceu e, juntas com o meu pai, encaminharam-se para a cozinha. 

- Estás linda! - Arthur abraçou-me e beijou-me o rosto.
- E tu estás cheiroso. Isto tudo para me veres?
- Não. Era só mesmo com esperanças de encontrar a tua vizinha.
- Idiota! - Bati no seu ombro. 

     Provamos as entradas feitas pelo meu pai e ficamos na sala a falar sobre assuntos que nos iam passando pela cabeça. Jantamos calmamente. Eu jantei ao lado do Arthur. Ele limpou-me os lábios que estavam sujos devido ao molho da carne no forno e fez-me corar perante todos os presentes na mesa.

     Já terminado o jantar, peguei na mão de Arthur e subimos para o meu quarto. 

- Acho que é hora de termos a conversa! - Disse eu, após ganhar coragem.
- A conversa?
- Sim. Tu sabes... sobre nós. O ano está a acabar, daqui a uns dias vais embora e... não sei como ficamos.
- Não era suposto falarmos disso quando eu chegasse ao nível 5?
- Estás a adiar? Estás arrependido de alguma coisa? - Preocupei-me.
- Estás paranóica? - Ele riu-se de mim e bateu ao seu lado na cama para eu me sentar perto de si. Aproximei-me e ele fez com que eu me deitasse no meu peito. - Mas agora continua... o que me querias realmente dizer para me raptares da sala para o teu quarto?
- O que queres saber primeiro? Que gosto muito de ti ou que a cada dia me surpreendes mais?

     Arthur começou a rir e senti todo o seu peito tremer, rindo juntamente consigo um pouco envergonhada com a espécie de introdução de uma declaração que eu tinha acabado de fazer.

- Quero ouvir os dois.
- Arthur... - Suspirei e levantei a cabeça do seu peito, rodando, ficando agora em cima do corpo dele de barriga para baixo e com os braços apoiados nas suas laterais - Mentiria se dissesse que já não sinto nada por ti, nem um pouco. Sabes perfeitamente disso. Houve aquela fase de ódio, raiva e tal, mas passou. Agora o sentimento apoderou-se de mim e eu só aceitei a história dos níveis porque queria dar tempo até resolver as minhas coisas com o Bruno e começar algo contigo sem magoar ninguém. Quero dizer, acho que acabei magoando o Bruno, mas... ao menos não o "traí".
- Eu entendo. Estava só a brincar contigo. E entendi perfeitamente a razão de não queres avançar logo comigo, de qualquer modo, eu continuava com as minhas dúvidas, o que é normal por ser um rapaz tão tímido.
- Um rapaz tão tímido? - Ri-me com vontade.
- Sim. Ou achas que um rapaz daquela  idade e virgem era normal?
- E achas que uma rapariga da minha idade e "boca-virgem" era também normal?
- Estavas só à espera do rapaz certo.
- E tu da rapariga certa! - Sorri de volta.
- Mas é por ser tímido, frágil e inseguro que necessito do teu carinho e das tuas palavras de reconforto. Agora sim podes declarar-te.
- Ainda mais? Porra, gosto de ti. É só isso.
- Só isso? - Arthur colocou as mãos sobre as minhas costas e passou-as devagar de um lado para o outro - Para mim isso é tudo! - Confessou - Tudo o que realmente necessito!

      Passei a minha mão sobre o seu rosto tirando de lá os seus cabelos a mais despenteados e aproximei o meu rosto do seu para finalmente beijá-lo. Um beijo é tão pouco comparado à necessidade que tenho de o ter só para mim. 

     Ao tempo que queria tanto ir além daqueles abraços, daqueles beijos no rosto e palavras carinhosas! Ao tempo! Só eu sei o que aguentei por não espetar-lhe um beijo quando estivesse distraído ou apertar o seu rabo como antes eu adorava fazer. Mas eu sabia que era errado, primeiro, por ter Bruno e, segundo, por não ter a certeza do que é que o Arthur antes sentia por mim. 
     Aquele beijo fez perceber que é realmente aquilo que eu quero. Sinto segurança, amor, carinho, contacto, necessidade! Necessidade de ter aqueles lábios colados aos meus o tempo todo, de ter aquele calor por perto e aquele gosto do seu beijo por tempos indetermináveis. 
     O seu toque sobre as minhas costas, para cima e para baixo, levavam-me a intensificar o beijo ainda mais. Levei a minha língua a obter contacto com a dele e mordi fazendo Arthur rir e apertar a minha cintura. Sentia-me nas nuvens. 

     Só separei os nossos beijos para informar-lhe de algo importante.

- Thur...
- Sim?
- Lembraste do presente que querias por teres chegado ao nível quatro?
- Lembro-me.
- Pois este foi o presente! - Anunciei
- Hum... - Ele fez bico - Foi um presente fraquinho. Quero mais. - Mordi o bico que fez e rimos ao iniciar outro beijo.

(...)

Notas finais:

GENTEEEEEEEEEEE
Muito obrigada pelos 12 comentários desta vez sem eu pedir. Vocês sabem mesmo como agradar alguém ahaha Então!!! Cá está FINALMENTE o beijo entre o casal. Agora será rápido até a segunda parte da fic. Bons capítulos estão chegando!!! Espero que gostem.

Amanhã posto outros dois! 

14 comentários:

  1. Ai MDs la vem hot *-*
    Brigado Lua por fazer as coisas antes que Arthur viajasse :)
    Mais *-*

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  2. Kkk
    Que bonitinho LuAr *-*
    Mais

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  3. Que fofo esses dois Lua toda saidinha kkkkkk ansiosa por mais :)

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  4. Arthur meu filho faça algo nessa porra só ela toma iniciativa kkkkkk maisssssssssssssssssssss?

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  5. Arthur tímido ? lol
    Arthur deixa a " Timidez " de lado e agarra Lua logo meu filho ♥♥♥

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  6. Passa ele logo pro nível 5 Lua

    Arthur faz o próximo CAP.ser Hot :)

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  7. Lua toda nervosinha pq o Arthur ia jantar lá :)

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  8. Lua minha filha aproveita kkkk Arthur todo fofo *__* timido kkkk ansiosa por mais queremos hot logo vai dormir na casa dele Lua kkk

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  9. Eu timida com Arthur kkkkk só que não ele ia pedir socorro pra mãe dele kkkkkkk amando doidinha por mais ca vai rolar sexo ? lkkkkkkkk

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  10. Mais Meu Deus, tô besta com essa Timidez do Arthur ♡♡ LuAr faz acontecer Hot no próximo CAP.

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  11. Ai ate que em fim eles se beijaram UHUUUU,cap perfeito

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  12. Ai ate que em fim eles se beijaram UHUUUU,cap perfeito

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  13. Amo tanto sua web que comecei a ler a versão original que vc posta! Vc vai postar a segunda temporada naquele site também?... FINALMENTE!! O beijo deles aconteceu!! AMEI!!

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