Little Anie - Cap. 69 | 3ª Parte - Final

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Little Anie | 3ª Parte – Final

Pov Lua

Já era noite, e como Arthur havia dito, nós passamos o dia juntos. Não que eu tivesse esquecido tudo o que havia mudado pela manhã. Mas naquele momento, Anie era mais importante que qualquer problema.

Dei o braço a torcer, e assistimos quatro filmes. Talvez meu recorde. Óbvio, incluindo os filmes de Anie. Cinderela e Tinker Bell. Se eu já perdi a conta de quantas vezes já assisti esses filmes com ela, imagina tentar conferir quantas vezes ela já assistiu eles sozinha? Impossível contar. Mel se juntou a nós, e como quase sempre, Carol e Carla foram visitar a mãe.

Passamos o dia a base de pipoca, refrigerante, brigadeiro, pizza, e uma deliciosa torta de morango que Carla havia feito antes de sair. Arthur queria a todo custo esquecer por essas horas, a notícia anterior. Eu também queria fazer o mesmo, só não conseguia como ele demonstrava ter conseguido. Não foi tão difícil convencer Anie de que a hora de dormir havia chegado. Ela estava cansada, e lutava para manter os olhinhos abertos.

Subi com ela até o quarto e lhe dei um banho quente. Vesti seu pijama de ursinhos, e penteie seus cabelos. Ela já havia perguntado para Arthur se ele viajaria, e ele tinha lhe dito que sim. Mas não sem antes falar com ela. E mais uma vez ela me perguntava.

– Mamãe?
– Oi, filha. – Respondi embrulhando-a. Me sentei na cama e acariciei seus cabelos.
– Papai vai viajar?
– Sim. Ele já lhe disse... Mas não vai ser agora, e nem hoje. – Assegurei. – Só amanhã. – Finalizei e beijei sua testa.
– Eu não quero que ele vá. – Fez um bico ao coçar os olhos.
– Eu também não quero. Mas ele não vai demorar, filha. Que tal dormir agora, hein? Está caindo de sono. – Sorri. Ela assentiu fechando os olhos.

Não demorou muito para que sua respiração ficasse tranquila e ritmada. Acariciei novamente seus cabelos, e me inclinei para lhe depositar um beijo na testa.

– Boa noite, amor. – Sussurrei saindo do quarto.

Quando eu entrei no quarto, Arthur havia acabado de sair do banheiro. Seus cabelos ainda estavam pingando. Ele caminhou até o closet, e saiu de lá vestido com uma boxer preta. Ele ficava irresistível assim – a qualquer hora ele era irresistível assim – o olhei rapidamente antes de tirar a roupa e caminhar para o banheiro. Não demorei mais de 15min. no banho. Quando saí, ele estava deitado na cama, o cobertor cobria apenas suas pernas, e ele olhava na direção do banheiro. Curvou os lábios em um mínimo sorriso. E eu fiz o mesmo. Segui até o closet, e peguei uma calcinha – e comecei uma caça a uma roupa descente para dormir. – Será que eu não tinha nenhuma que não fosse "nada sexy" ou "provocativa". Eu começava a achar que não.

Por fim, acabei desistindo e abri a parte do closet que ficava as roupas do Arthur, e peguei uma camiseta. Meu plano tinha ido por água abaixo. E eu sabia disso.

Vesti a roupa e voltei para o banheiro. Escovei os dentes e caminhei até a cama. Ele estendeu a mão em minha direção, e eu a peguei. Me deitei no meio das pernas dele, e coloquei as mãos envolta do seu pescoço. Ele segurou em minha cintura, senti quando a camiseta subiu. Mas ele não fez nenhuma graça – e nem foi intencionalmente, que ele a fez subir. – Beijou minha testa e eu suspirei.

– Tô com vontade de chorar. – Confessei baixo. Ele apertou ainda mais os braços envolta da minha cintura.
– Eu também. – Admitiu. – Mas eu não vou chorar. E nem vou deixar você chorar também. – Me disse e afastou o rosto para me olhar. – Tá bom? – Perguntou. E eu apenas assenti. – Eu não queria ter que voltar e deixar você aqui... – Falou baixo, voltando a encostar a cabeça na minha. Eu estava de olhos fechados, inspirando e respirando o perfume natural que só a pele dele tinha.
– Eu também não queria que você fosse. – Sussurrei. – Mas sei que precisa ir. – Completei. E ergui o rosto para encara-lo. Ele me olhava.
– Er... eu preciso ir. – Respirou fundo. – O que acha de ir pra casa de Emma? – Sugeriu.
– Da mamãe?
– Sim. Tenho certeza que ela cuidará tão bem de você, quanto eu cuidaria. – Sorriu e beijou a ponta do meu nariz.
– Ela não sabe... – Comecei.
– Eu sei. Você podia contar.
– Não sei se quero.
– Ela é sua mãe...
– Eu sei, só que... Você vai tá lá? – Perguntei e me sentei entre suas pernas, ainda encarando-o.
– Se você quiser me esperar pra contar, tudo bem. – Ele passou a ponta dos dedos em minha bochecha, e desceu contornando meus lábios. – Você podia ligar pra ela, e ir na segunda. Embora, Mel e as meninas estejam aqui. Eu não quero que você fique sozinha quando Mel for para o trabalho. E sei que não vai querer falar nada para a Carla, e nem para a Carol se estiver sentindo alguma coisa. – Ele segurou em meu queixo. – Estou errado? – Neguei e ele me deu um selinho. – Eu encontro você na sexta, ok? Acho que não terá problemas se Anie faltar as aulas de balé.
– Tem a apresentação, Arthur. Viu como ela está contente em sair? – Sorriu.
– Sim. Mas eu quero que ela vá com você. Duas semanas lá ok?
– Uhum... – Encostei a cabeça no peito dele. E Arthur desceu uma das mãos para a minha cintura.
– Eu quero que me ligue sempre que precisar. Não importa a hora. Está me ouvindo?
– Sim, estou.
– Eu quero que prometa, que vai se alimentar direito. Não quero que adoeça, querida. – Ele beijou meus cabelos. – Promete?
– Prometo, Arthur.
– Isso me deixa aliviado. – Ele abaixou a cabeça e roçou o rosto no meu. – Eei? Eu conheço essa camiseta. – Sussurrou ao pegar na bainha da mesma. Soltei um risinho. – Devo dizer que seu esforço para não parecer sexy, não adiantou de nada. – Me disse e deu um leve tapa em meu bumbum.
– Como você sabe? – Minha voz saiu abafada por eu estar com o rosto enterrado no pescoço dele.
– Ora, ora, amor. Eu conheço você. – Riu. E subiu uma das mão por baixo da blusa, até parar no cós da minha calcinha – que era de algodão e maior do que as que eu usava diariamente – Ele não deixou de rir. – Você podia até estar usando uma boxer minha, que ia continuar irresistível... e linda. – Ele beijou lentamente meus lábios. E subiu a mão que estava em baixo camiseta, para a minha nuca.

Apertei ainda mais as mãos na cintura dele à medida que o beijo foi ficando mais intenso. Ele puxou meus cabelos e desceu uma das mãos até minhas coxas, e puxou para cima deslizando uma das pernas para o meio das minhas. Mas continuou com a mão em minha coxa, apertando-a provocantemente. Soltei um gemido baixo, e desci uma das mãos, até a mão dele que estava em minha coxa, e a puxei para minha cintura. Rocei levemente nossos corpos. E Arthur mordeu meus lábios cessando o beijo. Era o primeiro beijo com vontade que dávamos depois que ele chegou de viagem, e soube de tudo. Tentei me afastar, mas Arthur me impediu, apertando os braços envolta da minha cintura.

– Nada de fugir. – Me avisou. – Já disse, só vou passar dos beijos, se você quiser. – Me deu um selinho. – Eu só não posso controlar a mão boba. – Sorriu sem graça. Ri. – Sabe, Luh... Depois que transamos no banheiro do aeroporto, eu me senti mal. – Me disse. – Eu queria muito, muito mesmo. Eu estava morrendo de saudades. Eu sabia que tinha algo errado. Eu queria que você me falasse. Eu fiquei irritado, mas eu não queria ter feito aquilo com você. Você é minha esposa. – Ele acariciou meu rosto. – Agi como um idiota. – Ele bufou. – Me desculpe. – Pediu me olhando. – Eu ainda acho que talvez isso tenha colabor... – O interrompi ao perceber onde ele chegaria.
– Não tem nada pelo que se desculpar. – Beijei seus lábios. – Vamos dormir?
– Uhum... – Concordou. – Mas... – Ele me puxou ainda mais para cima dele. – Assim. – O abracei, enquanto sentia ele afagar meus cabelos.

Eu estava deitada no meio das pernas dele – e com uma perna dele no meio das minhas pernas – meus braços estavam envolta da cintura dele, enquanto ele fazia carinho nas minhas costas com uma das mãos, a outra ele afagava meus cabelos. Apoiei o queixo sobre o peito dele, e o encarei.

– Boa noite. – Lhe disse.
– Boa noite, querida. – Ele se inclinou para me beijar.
– Arthur? – O chamei e me ajeitei colocando os braços em volta do pescoço dele.
– Oi.
– Obrigado, por tudo. – Sorri de lado. E o abracei com força.
– Você sabe que eu faço tudo por você. – Ele retribuiu o abraço. – Agora eu não quero que saia daqui. – Me apertou ainda mais. – Quero dormir assim. – Completou e eu soltei um riso, fechando os olhos. – Te amo tanto, Lua.
– Amo você. – Sussurrei.

Pov Arthur

Abri meus olhos lentamente, tentando me adaptar a claridade que invadia o quarto. Era domingo. Lua ainda dormia. Agora com o rosto sobre meu peito, as pernas estavam enroscadas nas minhas. O cobertor não cobria nada. A camiseta tinha subido até sua cintura. Rir baixinho ao ver sua calcinha. Até se ela estivesse com uma samba canção, eu ia continuar achando-a extremamente sexy. Porque pra mim, um louco apaixonado por ela. Lua era sexy todos os segundos, de todos os dias.

Mas eu a entendia, se não estava sendo fácil pra mim, que dirá pra ela. Eu esperaria o tempo que ela quisesse. Eu esperaria ela se sentir à vontade. E com vontade. Não que eu só estivesse pensando nisso. Mas era umas das formas de mostrar a ela, que ela é tudo que eu quero. Mas dormir com ela sobre mim, inocente – e torturantemente – e literalmente enroscada em mim, era a melhor coisa que eu podia desejar ao abrir os olhos. E vê que ela estava ali. Tão minha quanto na noite passada.

Lua se mexeu, e levou uma das mãos aos olhos. Bocejou, e depois me olhou ainda sonolenta.

– Bom dia.
– Bom dia, linda. – Depositei um beijo em sua testa. Ela se espreguiçou. E logo deitou ao meu lado.
– Que horas você vai?
– Acho que a tarde.
– Acha?
– Uhum... Eu ainda não decidi se vou a tarde ou de madrugada. – Respondi.
– Não quero que viaje de madrugada. Vai chegar cansando lá. – Me disse e ficou de bruços.
– Ok, então. E quanto a viagem para Bibury. Você vai mesmo? – Perguntei.
– Sim. Vou ligar pra mamãe. Ela nem vai acreditar que vamos passar umas semanas lá. – Sorriu. – Vai achar estranho. – Lembrou.
– Você está de férias. E seu marido viajando. – Lhe disse. – Quando eu chegar, contaremos a ela. – A encarei. – Certo?
– Certo. Vou ter que levar roupas pra você? – Me perguntou enquanto se sentava na cama.
– Acho que sim. Lá deve tá frio. Totalmente diferente de Liverpool, que não tá tão, tão frio assim.
– Ok. Vou arrumar depois a mala.
– Só depois mesmo. Quero aproveitar um pouco antes das 8hrs, e um reloginho aparecer por aqui. – Brinquei me aproximando dela. Segurei em sua cintura, e a puxei para meu colo. Beijei seu pescoço, enquanto ela puxava meus cabelos. – Sabe... vou morrer de saudades...
– Eu também... – Murmurou.
– Acho que vou querer um beijo, amor. – Lhe disse. – Mas é aquele beijo. – Mordi o lóbulo de sua orelha e trilhei um caminho de beijos até seus lábios. – Eu mereço? – Lua assentiu de olhos fechados.

Sua respiração já estava descompensada. Aproximei os lábios dos dela, e rocei um no outro, para logo depois morder seu lábio inferior e aí sim, iniciar o beijo. Calmo para logo depois acelerar. E voltar com a calmaria enquanto sentia as unhas dela fazerem o incrível trabalho de sensualmente arranharem minhas costas. E eu em resposta, puxar seus cabelos e pressionar seu corpo de encontro ao meu.


Era 15h30. Eu estava acabando de calçar meu all star, quando Anie entrou no quarto acompanhada da mãe. Abri os braços e ela correu até mim.

– Vou sentir saudades, papai. – Me disse. – Mamãe falou que vamos pra casa da vovó, e que você vai encontrar a gente lá, é? – Falou sem parar.
– Sim, meu amor. Eu vou encontrar vocês lá. Tá bom? – Perguntei e ela assentiu. – Eu também vou sentir saudades. Mas não vou demorar. Se comporte, está me ouvindo?
– Sim.
– E cuide da mamãe, ok?
– Ok, papai. – Respondeu e Lua sorriu se sentando ao meu lado. Ela já tinha ligado para a mãe. E na segunda, às 9h, John – pai de Lua – virá buscá-la.
– Então – me levantei e coloquei Anie no chão. – O papai já vai, meu amor. Eu amo você, muito, muito...
– Muito... – Anie completou. – Eu também amo muito você, papai. – Me disse. E eu me baixei para ficar do tamanho dela. Beijei sua testa.
– Se cuida e qualquer coisa, pode me ligar ok? – A abracei forte. E beijei suas bochechas.
– Tá. – Me levantei e ouvimos a voz de Carol chamar Anie que correu até onde ela estava.
– E você, se cuida. Me liga. Não importa a hora. Quando eu chegar lá, te aviso. Ok?
– Tudo bem. – Disse me abraçando. Acariciei seus cabelos.
– Não quero saber de você tristinha... Quando se sentir assim, me ligue. Olhe pra Anie, e veja a filha incrível que temos. – Minha voz saiu sufocada. E Lua me abraçou mais forte. – Porque eu vou te ligar quando me sentir triste. Porque eu vou querer ouvir sua voz e a voz da minha filha. – Finalizei. – Eu te amo tanto, Luh.
– Eu também amo tanto você, Arthur. – Ela me beijou lentamente.

Continua...

Se leu, comente! Não custa nada.

N/A: Oie? Bom, ontem eu não atualizei as fics, porque eu terminei de escrever Little Anie de madrugada (beeem de madrugada. Ia dar 3h da manhã).  E nem tinha como né?

Mas aqui está o capítulo. Espero que toda a demora tenha valido a pena. Porque eu escrevo com muito carinho e dedicação. E se demoro, é porque não quero escrever qualquer coisa.

Beijos...

23 comentários:

  1. Ameiiiuiii... Tadinhos ,ppxa será q eles n vão ter outro filho!! Postaaa maisss!!!

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  2. Que lindos,quero um Arthur desse kkkk muito lindo o companheirismo deles e a forma como o Arthur se preocupa e cuida da lua!!*----*
    Carol

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  3. Eles São Tão Lindos...
    Já Quero O Próximo... :)

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  4. MEU DEUUUUUUUUUUUUUUUUS, Q LINDOS
    LUA TEM QUE SI SENTIR AVONTADE, ARTHUR SÓ QUER O BEM DELA

    MAAAAAAAIS

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  5. LINDOOOOOOOOOOOOOOOOOOOS DEMAIS.

    HJ TEM?

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  6. Q lindooooooooooooos, que essa união dure sempre.
    eles são mt lindos.
    Q esse amoooooooooor dure sempre, tomara que ela vai pra casa da mãe dela, lá ela ficará melhor...
    mais pelo amr de deus.

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  7. Owm Lua e Arthur vão superar essa fase o amor deles é maior que tudo *--*
    Adorandoooo Milly ;*
    É com muito amor que lemos sua fic :D

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  8. simplesmente amando e morrendo de dó do casal...tomara que eles superem e que a lua se recupere e consiga engravidar novamente.

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  9. que lindos o amor deles, já quero o próximo.

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  10. Arthur marido perfeitoooooooooooooo, já quero mais,

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  11. meu Deuuuuuuuuuuus que marido perfeito, Lua concerteza é sortuda.

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  12. Tamara que eles superem esse momento difícil, já quero mas

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  13. FAMILIA PERFEITAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

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  14. ANIE É MUITO FOFA, NA CASA DA MÃE DELA ELA VAI OCUPAR A CABEÇA CONCERTEZA.

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  15. LUA TEM QUE PARAR COM ISSO, O ARTHUR SO QUER O BEM DELA.

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  16. TO MUITO APAIXONADA PELO SUA WEB
    BYE: CLARA

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  17. AMOOOOOOOO ESSA WEB, QUANDO É O PRÓXIMO CAP?

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