Uma Linda Mulher - 2ª TEMP. | CAP.76

Uma Linda Mulher - 2ª Temporada

Capítulo: 76

A algazarra seguia na porta de sua casa, mirou a escada. Não se mova  Arthur, negou com a cabeça se sentando no sofá. Não se mova e a deixe raciocinar antes que te mate com o primeiro olhar. Ele deu uma boa olhada a sua volta, a casa estava uma bagunça com coisas espatifas do chão fora o cheiro forte de vodka. Respirou fundo mentalizando perfeitamente o que iria fazer. Primeiro se levantou caminhando até o escritório, ligou o computador acessando sua conta bancária, deixou naquela página pegando outro copo de vodka pura, a hora se passou e ele permaneceu no lugar que estava, de frente a janela, observado o céu fúnebre com as mãos metidas no bolso, ouviu uma batida forte logo em seguida um código que denunciava que era um de seus seguranças. Ele se encaminhou até a ponta da escada desativando a tranca e o alarme, logo depois a porta foi fechada em outra batida, e das cinzas da cozinha Rico surgiu com e envelope nas mãos e aquele sorriso tolo no rosto.

Rico – Bonita a casa… – sentou se no sofá deixando as fotos em cima da mesinha torta de centro, Arthur o seguiu com uma expressão indecifrável no rosto se sentou a frente de Rico na poltrona. – Parece um pouco estressado desde a última vez em que nos vimos…

Arthur – Reze para que a minha mulher não desça e te veja aqui, é capaz de morrer de desgosto…

Rico – Que exagero, comparado com a vida que a Lua levava naquele fim de mundo, ela está muito bem por aqui. Acho até que do jeito que te olha gosta de você, quem diria aquela coisa tão frágil e doce, uma prostituta… – Arthur engoliu a vontade de pegar Rico pelo pescoço e o sufocar até a morte. – Foi difícil a ver como a boa mãe, que cozinha na véspera de Ano Novo, eu mal podia acreditar quando ela atendeu a porta…

Arthur – Como conheceu Giovanna?

Rico – Giovanna tinha entrado em contato comigo por telefone…Que seja, do começo. Logo depois que Lua partiu, eu me mudei para capital procurando por ela, não a encontrei, achei um emprego de Free Lance para me sustentar e aqui estou hoje, mais é claro uns degraus mais altos. – soltou um sorriso irritante – Giovanna me procurou na semana do ano novo, dizendo que tinha umas fotos que me dariam uma vida nova. – gargalhou ironicamente – Eu mal pude acreditar quando vi que era a minha doce namorada fugida. Decidi eu mesmo conferir a história, liguei para Malu e Diego dizendo que estava com saudades, uma rápida visita a casa da tia Cláudia e lá estava a Dama do imperador… – negou com a cabeça – Tenho acompanho a vida de vocês com os tablóides. Confesso que fiquei feliz por Lua ter sido alguém na vida, o escândalo dos pais dela quase a destruiu. Mais de qualquer maneira analisei a situação. E os estragos que eu poderia fazer entregando essas fotos ao meu chefe. Sabe, acho que ainda tenho um pouco de consideração por pessoas como vocês, se não fosse Lua naquela foto elas estariam no noticiário há duas horas atrás… – Arthur sentiu seu estomago embrulhar, sabia que havia algo de errado com aquele homem na primeira vez que havia o visto.

Arthur – Está tudo pronto para a transferência. – engoliu o orgulho, um passo em falso e estaria tudo acabado. – Mais uma coisa… – Rico o mirou completamente tranquilo. – Sabia que Giovanna era da família?

Rico – Não. Pensei que era uma fanática por você, isso acontece com frequência na mídia Arthur, piranhas malucas que tem casos com grandes empresários e depois tem obsessão por acabar com a vida deles. Não foi legal mentir para a Lua, mais é meu trabalho você sabe… – piscou para Arthur que sentiu vontade mais uma vez de vomitar, se dirigiram até o escritório. – Sabe, vocês não deveriam chamar tanta atenção. Ok, você é o cara que movimenta mais dinheiro nessa cidade e nesse país, e ela é a sua mulher e também teu seu nome no mundo empresarial, deveriam ser cuidadosos, isso foi o destino, porque se essas fotos caíssem em outras mãos, sua vida, carreira estavam acabadas, sem contar que seus filhos seriam o reflexo de Lua. Mais eu realmente não me importo com isso, cinco milhões eu mesmo monto algo para mim e espero não ter outras fotos dessas em minhas mãos "imperador" caso o contrário, nem o meu respeito por Billy e Cláudia vão conta em questão. – Arthur fez a transferência de forma rápida e silenciosa, imprimiu o comprovante para Rico que sorriu mal podendo acreditar. – Cinco milhões? – Arthur o fulminou com o olhar.

Arthur – Jamais diga a minha mulher que você não é quem ela pensa que é, não sei de que forma vou recuperar minha vida e casamento, mais você metido no meio não vai ajudar, considere um presente do marido "imperador" da sua namorada fugida. – Rico deixou de sorrir assentindo, lhe deu as fotos que Arthur rapidamente checou. – E desapareça da minha frente, Rico.

Rico – Acredite, não há outras, eu seria capaz de saber. – Arthur assentiu a deixando em cima da mesa. – Agora é com vocês, não vai ser tão difícil, não há provas. – Arthur voltou a assentir, mirou Rico nos olhos dando a conversa por encerrada, na verdade quase por encerrada. – Eu não sei ao que levou Lua a essa profissão antes de te conhecer… – mordeu os lábios – De qualquer forma, Cláudia fez estragos o suficiente na vida dela, arrume essa sujeira Arthur. – se pôs para fora logo depois de dizer. – É o que o Billy tentou a todo custo fazer antes de morrer de desgosto… –  Arthur fechou os olhos ouvindo a mesma porta que Rico entrou se fechar em uma batida. Travou o alarme, para logo depois pegar as fotos em cima da mesa, as tirou do envelope pegando seu telefone.

Arthur – Caio? Arthur Aguiar. Eu gostaria de marcar uma entrevista com a imprensa amanhã o mais rápido possível, é, eu sei que me deve... – Arthur desligou o telefone alguns minutos depois, abriu a porta de seu quarto notando o quarto escuro, iluminado apenas pela luz natural da lua que entrava pela janela aberta.

Lua estava esparramada na cama, com a blusa rasgada lhe cobrindo os seios e a saia agora abaixada em sua altura normal, não chorava, estava olhando fixamente para um lugar como se não pudesse o ver, abriu o envelope jogando as fotos frente a ela na cama, Lua o mirou com o maxilar cerrado antes de ver o que estava a sua frente, eram as fotos, fotos dela e de Sophia, apertou os olhos respirando com força e com tanta fúria as atacou contra o chão para depois se levantar e rasgar uma por uma de maneira alucinante, Arthur a observou. Ele sabia que ela havia  perdido todo o controle.

Arthur sentou se na cama levando as mãos sobre a cabeça, que dia mais infernal, parecia o pior dos pesadelos. Não, era o pior dos pesadelos, esperou calado a ponto de explodir até que as fotos estivessem picotadas sobre o chão, observou Lua que agora ajoelhada no chão com as mãos sobre os olhos botava todo aquele sofrimento e agonia para fora em forma de choro, do mais descontrolado e sentido choro. Arthur engoliu a saliva se sentindo completamente tonto, fechou os olhos por alguns segundos havia tanta coisa para se fazer.

Arthur – Lua… – a chamou com a voz firme, sabia que ela não o olharia no rosto, não depois do que haviam feito lá em baixo. – Lua… – chamou mais uma vez, então ela parou de chorar, suspirou se levantando e tão rápido como havia rasgado foto por foto havia entrado no banheiro e batido a porta de uma força tão grande que o quarto parecia até ter sacudido. Arthur fechou os olhos deixando se cair na cama, que dia era hoje? Que horas eram? Ele não sabia, não tinha a mínima idéia, parecia que haviam se passados anos em um único dia, em 24 horas sua vida estava completamente de ponta cabeça. Quando tempo ficou ali não teve a mínima idéia, despertou de seus pensamentos quando a porta do banheiro se abriu, e de lá saiu Lua com os cabelos lavados e presos em um coque, o rosto ainda vermelho e inchado pelas lágrimas não denunciava uma única emoção, o corpo envolto a um robbie branco até os pés, ela o mirou nos olhos e percebeu que as lágrimas os faziam cristalinos. Uma mascara, aquilo era uma máscara que…

Lua – Vai tomar um banho Arthur, você está pura vodka. - mordeu os lábios escondendo o queixo trêmulo. Então se virou, pegando seu telefone celular deixando o quarto. Ele sabia que seria pior que um murro na cara quando ela lhe falasse algo, e havia, havia sido dez vezes pior. Levantou se caminhando até o banheiro, se olhou no espelho e se perguntou quem era aquele homem, suas olheiras estavam fundas a barba por fazer, sem camisa suas costas estavam levemente arranhadas, apertou os olhos tentando não se lembrar de nada por alguns instantes, seu estomago protestava e antes que pudesse perceber levantou a tampa da privada e colocou o pouco que tinha no estomago para fora. Lua apertou os olhos no corredor encostada na porta ouvindo o barulho do banheiro, mordeu os lábios franzindo a testa mirando a escuridão, era como se sentia, perdida na escuridão. Discou o número de sua casa e foi rapidamente atendida por Nelita.

Nelita – Minha filha? – sua voz era baixa – Como você está? Como estão as coisas por aí? – Lua apertou os olhos.

Lua – Oi Lita… – tentou parecer calma o bastante – Não se preocupe querida, as coisas estão sob controle por aqui. – limpou uma lágrima – E as crianças?

Nelita – Linda está dormindo, troquei a fralda e lhe dei a mamadeira, Gabriel também foi vencido pela cansaço me fez colocar um colchão no quarto de Linda para dormir com ela. – foi o suficiente para Lua, levou as mãos sobre os lábios tentando sufocar o choro. – Querida, você ainda está aí? E Arthur?

Hello Hello :)

Rico era o misterioso da ligação :O

Arthur tava certo, por não ter ido com a cara dele...

Com mais 10 comentários, posto o próximo capítulo.