Uma Linda Mulher - 2ª TEMP. | CAP.74

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Uma Linda Mulher - 2ª Temporada





Capítulo: 74

Lua – Não posso permitir que tudo se acabe assim, Arthur. Eu o amo demais para que isso aconteça. Tudo vai cair sobre você, sobre os nossos filhos… – o procurou com o olhar mais uma vez. Você sabe que eles vão acabar com tudo que verem pela frente, nossos concorrentes… – sua voz falhou – Que você me odeie pelo resto da sua vida  Arthur, eu não posso permitir que tudo acabe dessa maneira… – negou com a cabeça – Eu apenas não posso permitir que a culpa caia cobre a cabeça de Gabriel e Linda quando a escolha do meu passado foi só minha…
Arthur – Você está me esbofeteando cada vez que abre a boca… – se afastou de Lua sentando se na cama, ouvindo a gritaria que se fazia lá fora, o barulho de flash e carros. Lua abriu o armário se vestindo rapidamente. - CALA SE E TE SENTE NAQUELE SOFÁ, ANTES QUE O FAÇA POR VOCÊ LUA MARIA.
Lua – Não Arthur. Esse é o preço a pagar pelo meu conto de fadas. E por você e pelos meus filhos, eu sou capaz de qualquer coisa… - Arthur a mirou, incrédulo, com os nervos a flor da pele e a respiração completamente descontrolada, aquilo só podia ser o pior e dos mais desagradáveis pesadelos, com toda força atirou um vidro de perfume que estava sobre a penteadeira na parede, o mesmo se espatifou em vários pedaços, Lua engoliu a saliva, estava tremula e quase em estado de choque, fechou os olhos tentando controlar as horríveis náuseas do desespero. Giovanna aquela filha da mãe que Lua havia recebido em sua casa e que havia lhe confortado quando Marieta havia partido. Marieta. Será que de algum lugar ela estaria olhando por Lua agora? Negou com a cabeça sentando se na cadeira, levou as mãos sobre os olhos ouvindo a algazarra de repórteres e as manchetes que a televisão ainda ligada no primeiro andar dava.
"Ações da Aguiar & Venturini despencam em velocidade jamais vista no mercado financeiro."
"Quem realmente é a primeira Dama Aguiar? Seria a deslumbrante mulher do "Imperador Arthur Aguiar" a mais ralé das prostitutas?"
Lua levou as mãos sobre os ouvidos, tentando ao máximo apagar aqueles sons de sua cabeça, subiu a mirada, todos os vidros de perfume estavam chão a baixo, espatifados, Arthur andava de um lado para o outro, estava a beira de um ataque de nervos.
"Prejudicaria aos filhos de Lua Aguiar o passado vergonhoso de sua mãe?"
Arthur – INFERNO! – Arthur mirou seu telefone celular que estava espatifado, o telefone residencial não parava de tocar, a gritaria lá fora se fazia ainda mais alta. – FALE COMIGO LUA. PELO AMOR DE DEUS… – se ajoelhou frente a ela, com os olhos vermelhos pela fúria, Lua o mirou com a respiração ofegante e os nervos em frangalhos.
Lua – Eu não posso fazer isso com Linda e Gabriel, Arthur, eles não tem culpa de tudo o que fui… – soluçou alto levando a mão ao coração que parecia se partir ao meio. – Meus filhos não merecem que os olhem com desprezo pela taxa de vagabunda que pelo resto da vida eu levarei na testa… – Arthur negou com a cabeça. – ESCUTE ME SEU TOLO, SEU MALDITO TOLO… – seu dentes se bateram da intensidade que seus lábios tremiam. – OLHE PARA MIM ARTHUR, E ME DIGA SE É JUSTO COM ELES, COM VOCÊ?
Arthur – VOCÊ ESTÁ SENDO FRACA, COVARDE, LUA…
Lua – Vão nos tirar tudo o que temos Arthur, a mídia, concorrentes. EU JÁ LHE DISSE… – baixou a cabeça pesada e Arthur a procurou com o olhar. – Isso iria acontecer algum dia eu tinha certeza… – finalmente seus olhos se encontraram com os dele. – Não te quero com Giovanna… – negou com a cabeça – Que aquela filha da mãe morra de insanidade. Encarar o mundo e o que eu era, Arthur. Porque agora eu sou uma dama, a sua dama. Para sempre sua, aqui… - bateu levemente sobre o peito.
Arthur – Vamos embora daqui…
Lua – EU NÃO VOU FUGIR COMO UMA LADRA… – se levantou levando as mãos sobre os olhos, e chorou, chorou o desespero de uma magia acabada, do medo por ela e por todos. O telefone voltou a tocar, olhando no identificador  Arthur viu que era Chay. O atendeu.
Arthur – O que?
Chay – Que diabos está acontecendo Arthur? Porque não desmentem essa história ridícula, as nossas ações estão despencando de forma sobrenatural. – Arthur fechou os olhos o apertando.
Arthur – Preciso de você Chay, mantenha tudo sobre o controle por aí, já liguei para Micael em quanto vinha para cá… – Lua arregalou os olhos mirando Arthur. Micael, Sophia, ela também seria envolvida. Baixou a cabeça respirando fundo.
"Cláudia – Você vai ser uma grande mulher meu amor… – fechou os olhos ouvindo a doce voz de sua mãe. – Não tenha medo desse mundo minha filha e nunca confie nele. Olhe sempre para frente preciosa e se orgulhe de seus atos, não há ninguém que faça isso por você além de você mesma… – Lua se arrepiou da visão de sua mãe trêmula lhe dizendo tais palavras. – Eu não só matei seu pai com os meus segredos devassos. Matei a todos nós…"
Lua – SAIA DESSA CASA… – mirou Arthur que havia desligado o telefone.
Arthur – VOCÊ SÓ PODE ESTAR MALUCA …
Lua – SAIA DESSA CASA E VÁ ATÉ OS NOSSOS FILHOS ARTHUR, AGORA… – ela gritou com tanta fúria e tão alto que Arthur se paralisou a mirando. – VÁ… – sua voz era estrangulada pelo choro. - VÁ E NÃO OLHE PARA TRÁS. VÁ ARTHUR… – se aproximou o empurrando em quanto apavorado Arthur lhe segurava os pulsos que o socavam no peito. - EU NÃO AMO VOCÊ, NUNCA AMEI…
Arthur – ESTÁ ME MACHUCANDOLUA, CALA SE. - ele olhou para cima, segurando o soluço na mesma intensidade que segurava a mulher a sua frente.
Lua – VÁ… – em um tranco se separou caminhando até a janela, vendo as diversas pessoas que a todo custo tentavam conseguir informações, estava um caos a rua, voltou se rapidamente e de surpresa conseguiu empurrar Arthur para fora do quarto, fechou a porta passando a chave, se encostou à mesma deslizando até se sentar no chão, sentindo e ouvindo os murros e gritos de Arthur do lado de fora, sentiu vontade de gritar de dor.
Limpou as lágrimas se levantando, abriu o armário se vestindo de acordo, prendeu os cabelos em um coque bem feito e bem preso, a maquiagem que borrava quando as lágrimas entravam em contato com o lápis preto, se levantou percebendo que Arthur não estava mais à porta, respirou fundo pegando sua bolsa. Abriu a porta descendo com pressa pelas escadas, a casa estava complemente escura e vazia tirando pelo barulho de lá de fora, olhou para trás vendo a silhueta de Arthur com um copo de vodka na mão no inicio da escada. Piscou os olhos levando a mão à maçaneta, engoliu a saliva se virando. Fechou os olhos, setindo as batidas descompensadas de seu coração, seria o que o destino reservasse a ela, seria o que destino reservasse a eles… Então ela abriu a porta.
A fechadura se virou, a tensão atingiu seus ombros e seus olhos vermelhos e inchados pelo choro. Sentia o olhar de Arthur a suas costas, ele a devorava implorava para que ela se virasse voltando a passar a chave na fechadura, seu coração deu um forte baque antes de se por lento, e Lua se perguntou por quando tempo continuaria viva, um soluço escapou de sua garganta, sentindo um calor se aproximar cada vez mais de si, e mais, e mais, apertou os olhos deixando as lágrimas lhe lavarem o rosto, seu corpo estremeceu sentindo o hálito quente e de vodka em seu pescoço, abriu os olhos mirando a escuridão, escutando o alarme e o forte barulho que se fazia lá fora. Sentiu as mãos em sua cintura grossa e firme como Arthur sempre a fazia quando a pegava dali, seus corpos levemente se encostaram, e ela soluçou novamente, de emoção de horror e de vergonha, nada teria mais volta, nada seria como antes, seu maior segredo havia sido descoberto e era hora de encarar o mundo.
Arthur apertou os olhos negando com a cabeça, o cheiro de bebida o incomodava, os soluços de Lua lhe rasgavam o coração e a alma, uma forma, uma única forma de adiar o que estava por acontecer. Subiu as mãos até a cintura dela, lhe apertando com força como sempre fazia quando a tocava ali, ouviu outro soluço que lhe atingiu como um murro no estomago.
Engoliu a saliva, sua cabeça latejou pela vodka e sua visão estremeceu de um lado ao outro…
"Será que eles vão sair da casa? Estamos de plantão aqui a mais de duas horas? A dama do "Imperador", pronunciará algo em sua defesa, estamos ao vivo, não saia daí!"
Lua sentiu vontade de levar as mãos aos ouvidos e os arrancar na unha, ouvindo as manchetes por diferentes vozes suas pernas se enfraqueceram, Arthur a segurou pelos braços, e a virou deixando o copo de vodka mais uma vez se espatifar no chão causando uma pequena poça ao lado de seus pés. Lua subiu os olhos até os dele, fixos nos seus, completamente nos seus, Arthur negou com a cabeça novamente torcendo os lábios em desgosto, mordeu seus próprios lábios, desceu as mãos até a cintura de Lua novamente, e em um tranco forte a aproximou de si colando seus corpos, a empurrou de encontro à porta, lhe arrancando a blusa de uma vez só fazendo com que os botões voassem pelo chão da sala. Ela o encarou com a respiração ofegante seus cabelos caiam nos olhos e os deles seguiam o mesmo rumo…



Capítulos chorosos :(
Com mais 10 comentários, posto o próximo capítulo.

14 comentários:

  1. Muito chorosos! :(((((( maaaais!

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  2. A lua vai embora de novo?
    Hellen

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  3. Noss Choquei agora com esse Final,hahahha...
    Já Quero o Próximo *--*

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  4. A Lua n pode ir embora de novo.. Tomara q n vá, eles tem q enfrentar isso juntos.. Posta maiss

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  5. Posta mais chorando aqui..

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  6. Posta maaais! !! Não deixa ela ir embora

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  7. Meu Deus que capítulo !!!!
    O que vai acontecer ???

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  8. Aí que triste, que tensao meu Deus

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