Sentimentos traiçoeiros - Sábado à noite

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Arthur

     Em um mês, exatamente, a minha vida mudou completamente.
     Deixei a cidade onde morava para estudar e aqui ganhei novas amizades. É capaz de ter perdido algumas também.
     A faculdade trouxe-me muita mais responsabilidade e tirou-me o tempo todo para tudo.

- Sabes que temos de aproveitar todos os momentos, babe. - Dizia-me Britney.

     Britney sempre foi aventureira. Desde que a conheço que é assim. 
     Estavamos na minha cama, na residência. Ela sabe que é proibida a entrada de raparigas na ala dos rapazes, mas mesmo assim insiste.
     Eu tinha acabado de tomar banho. Estava apenas com uns shorts vestidos quando ela apareceu e desatou a beijar-me. "Saudade", diz ela. 
     Jogou-me para a cama e chupou o meu pescoço, enquanto a sua mão marota entrava dentro das minhas calças. Odiava quando ela fazia aquilo. Dava-me imenso prazer.

- Tira. - Pediu ela.

     Tirei as calças e enquanto ela também tirava já as suas e soltava o cabelo. Beijei-lhe o pescoço e ela voltou à ação com a sua mão marota. Agarrou o meu membro e apertou-o, começando a fazer movimentos logo de seguida. Fiquei louco. 
     Inverti as posições e tirei-lhe o soutien.

- Hoje levo-te à lua.

     Comecei a chupar um dos seios, enquanto "trabalhava" também com as mãos no seu corpo.

- Com quem aprendes-te tudo isto? - Ela gemeu.

     Merda. 
     A Lua veio-me ao pensamento.

(...)

     Sábado. 
     Aproveitei o fim de semana grande pra voltar à cidade natal. Quando cheguei, a casa estava recheada de pessoas, nomeadamente, tios, avós, primos e, claro, a minha mãe.

- Há festa e ninguém me diz nada? - Aquela minha pergunta irônica chama à atenção de muita gente.

     Recebo e distribuo alguns abraços e vou para o meu quarto. 
     Entretanto, recebo uma mensagem dos meus amigos para me encontrar naquela noite num bar, para fazermos como nos velhos tempos.

     Saiu de casa por volta das 22h. Apanho trânsito e chego ao local combinado passados 30 minutos. 

- Então dude. - Cumprimento os meus amigos e sento-me.

     Olho em frente e o meu coração para. 
     Curiosamente, lá estava ela. Cabelos compridos, lisos, castanhos claros, presos por uma trança feita à pressa. Veste preto e tem um brilho nos lábios. Ri enquanto leva um copo à boca e solta de seguida uma gargalhada.
     Lua estava acompanhada de Dianna e umas amigas.

- Como vai essa vida de estudante universitário? - Um dos meus amigos perguntou e tirou-me do transe.
- Melhor que nunca. 
- E a namorada nova?
- Também está bem.
- Mas deixa ver se percebi... ela voltou por tua causa?
- Ela veio de férias... mas começamos a andar e ela decidiu ficar. Ela quer que vivamos juntos.
- O quê? - Perguntou Louis entre gargalhadas - Aquela gostosa quer viver contigo?
- Sim.
- E o que estás à espera? Aceita, meu!

     Ri-me e rolei os olhos. 
     Os meus olhos pararam numa rapariga que saia do bar esbarrando em tudo e todos. As amigas iam atrás e riam.

- Já volto. 
- Onde vais? Acabas-te de chegar.

     Algumas pessoas meteram-se à frente e quase a perdi de vista. Saí do bar e comecei a procurá-la. Hoje todo o mundo decidiu sair de preto à rua. 
     Mas só ela tem aquele cabeço. Conheço-a e não é de agora. 
     Vi-a ao longe, sendo segurada por Dianna. Lua estava perto de uma paragem de táxis a vomitar. Logo de seguida, as duas sentaram-se num banco. Corri até lá.

- Não te preocupes. - Dianna ria. - O Nuno vem nos buscar. 
- Lua... - Cheguei aflito. Ela olhou para mim um tanto perdida. O seu sorriso deformou-se. 
- Arthur? - Dianna levantou-se e empurrou-me para longe. - O que pensas que fazes aqui? Baza.
- Acalma-te lá.
- Ela tem razão. Baza. - Gritou Lua levantando-se. Mas ela estava mal e quase caiu. Segurei-lhe. - Deixa-me. - Começou a bater-me. - Tu não prestas. Odeio-te. Abandonaste-me. Traiste-me. Usaste-me. - Ela continuava a bater-me. 
- Lua, Lua,... - Tentava eu acalma-la. - Eu vou levar-te a casa.
- Deixa-lhe. Ela está por minha conta.
- Ela odeia-te.
- Eu odeio-te por amar-te tanto. - Ela parou de bater contra o meu peito, abraçou-me e começou a chorar.

     O Nuno chegou e levou a Dianna para o carro, quando eu disse que levava a Lua comigo.


Notas finais

Espero que esteja claro para as vossas mentes tudo o que está a acontecer. Tentei escrever sem erros e tal, bem pontuado para entenderem tudo.
Faltam uns dois ou três capítulos para o final. Já comecei na nova temporada.

Comentem!! 

Amanhã tem mais 


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