O Clube – Cap. 87
Nossas lembranças são curiosas. Às vezes são
fiéis, mas outras vezes se transformam no que queremos que sejam. – Nicholas Sparks
– Não há dor que dure para sempre.
Ambos estavam quase chagando ao céu,
logo veriam as famosas estrelas.
Pov Narrador
Capítulo anterior...
– Céus! Você quer me matar? – Lhe
perguntou. Lua não disse nada. Ela já havia parado de chorar. – Luh, tudo
vai ficar bem. Confie em mim. – Pediu.
– Eu sei. – Ela respondeu baixo
aproveitando o carinho que ele fazia em seus cabelos.
O tempo ia passar... Ele já estava
passando. E tudo ia se ajeitar. E ia chegar um dia em que se lembrar de Nathan,
não seria motivo de tristeza. Eles sabiam onde ele eternamente ia permanecer
dormindo. E quando quisessem, podiam ir visita-los. Na verdade, ela queria ir
visita-lo. Ela precisava disso. Iria falar com Arthur. Embora pudesse adivinhar
qual seria a primeira reação dele.
...
Arthur se afastou de Lua, e sentou-se
na cama, ela fez o mesmo que ele. Ficaram quase 20min em silêncio. Os dois
apenas encaravam um ponto qualquer. E quando resolveram quebrar o silêncio que
havia se tornado incomodo, escolheram se olhar e falar ao mesmo tempo.
– A gente precisa... – Falaram ao mesmo
tempo, e Lua abaixou a cabeça soltando um riso fraco.
– Pode falar primeiro. – Arthur lhe
disse.
– Prefiro falar depois. – Ela o olhou.
– Tudo bem. – Ele concordou. – Não
fique zangada. – Pediu baixo, lançando um olhar para a garota a sua frente, que
assentiu. Então ele prosseguiu. – Luh, sei que é difícil e embora eu já tenha
passado por uma situação semelhante, na qual Giulia se foi e me deixou Manuela.
Eu não sei se dessa vez conseguiria viver sem você, e não, não foi mais
reconfortante ele ter ido, não entenda assim. – Pediu alterando um pouco a voz.
Para que Lua entendesse que ele estava tão mal quanto ela. E que queria o filho
tanto quanto ela queria. Mas que sem ela, seria mais difícil ainda.
– Eu entendo você... – Sussurrou. – E
não diga bobagens! – O repreendeu. – Você ainda tem Manuela, e teria que ser
forte por ela, se algo mais grave tivesse acontecido comigo. – Finalizou e
tocou o ombro do noivo, que permanecia encarando-a.
– Eu não sei se conseguiria sem você...
– Seus olhos marejaram e Lua se aproximou dele, sentando em seu colo e
envolvendo os braços ao redor do pescoço de Arthur.
– Eu estou aqui... Não pense mais
nisso. O pior já passou... – Disse baixo, enquanto sentia ele depositar vários
beijos ternos em seu pescoço e ombro. Se encolheu sentindo as famosas cócegas
por onde os lábios dele passavam. Acredite ou não, ali não tinha segundas
intenções. Arthur parou com o carinho e olhou para a noiva.
– A gente vai conseguir, Luh. Você vai
ver... – Tentou passar segurança e de certa forma, isso a confortava. Ele
estava ali, e iria permanecer.
– Vamos sim. – Ela assegurou. – Não há
dor que dure para sempre. – Finalizou depositando um beijo demorado na testa de
Arthur. Ele a olhou outra vez, mas diferente das anteriores, seus olhos
brilhavam na esperança de que conseguissem logo.
– O que você queria me falar? – Ele lhe
perguntou curioso. Lua o mirou, tentando pensar em um maneira mais fácil de
contar a ele, o seu último pensamento. Mesmo sabendo que nenhuma maneira
aliviaria a reação dele ao ouvir o que ela tinha a dizer.
– Agora é minha vez de pedir que não
fique zangado. – Começou vendo-o observa-la atentamente. – Arthur?
– Sim. Continue... – Pediu. Mesmo
desconfiado. Ela sempre arranjava um jeito novo para não deixar o filho ir em
paz.
– Então... – Começou um pouco receosa.
Arthur a encarava sem piscar. – Eu estive pensando agora a pouco em uma coisa,
que eu queria muito que você concordasse, aceitasse e entendesse. – Pediu. – Arthur,
eu... Bom... – Gaguejou. Ele a segurou pela cintura, fazendo com que a garota
ficasse de frente para ele. Ela colocou uma mão de cada lado do ombro de
Arthur. E ele apertou as mãos na cintura dela. Lua virou o rosto para o lado,
fingindo do olhar intenso de Arthur.
– Lua? – Ele a chamou. – Diga de uma
vez! No que andou pensando? – Perguntou e levou uma das mãos para o rosto de
Lua, virando-o, fazendo a mesma voltar a encara-lo. – Diga...
– Me escute... – Pediu baixo, ele a
interrompeu.
– É o que eu estou fazendo. – A mirou e
Lua revirou os olhos. – Continue...
– Eu pensei que talvez, não amanhã, ou
depois, mas um dia desses aí, a gente... a gente... podia... – Ela falava
pausadamente. Sentia sua respiração começar a acelerar. Arthur mantinha o olhar
cravado nela.
– A gente podia...? Podia o quê? –
Indagou impaciente.
– Ir... Ir vê-lo. – Completou rápido. E
Arthur tirou as mãos da cintura dela. E a colocou sentada de volta a cama.
Passou as mãos apressadas pelos cabelos. E a encarou.
– Vê-lo? – Perguntou nervoso. Como se
Lua tivesse acabado de lhe falar “Pule de
uma ponte, Arthur. Agora!” E essa comparação não era exagerada. Lua
assentiu minimamente. – Não. Está cedo demais. E... E isso não... Não passou
pela minha cabeça. Não, Lua. Por favor, isso não. Como quer conseguir? Você não o deixa ir...
Olha o que quer fazer... – Ele balançou a cabeça várias vezes, como se não acreditasse
no que ela tinha lhe dito. – Pensou bem nisso? – Perguntou novamente.
– Não acha que seria uma boa ideia?
– Não! – Exclamou se levantando. – Não
faz nem um mês. Lua, você não suportaria, e... e nem eu. Não. É uma ideia
horrível. Eu não vou... Nem amanhã, nem depois e nem... Por favor! Não me peça
isso. – Virou encarando-a. – Desculpe. Mas eu não vou se você insistir em ir...
Não agora, nem em um dia desses aí...
– Você não quer ir nunca? – Perguntou
triste, enquanto mirava as próprias mãos.
– Não quero ir por enquanto... Me
entende? – Perguntou mais calmo, e se aproximou de Lua. – Não fique triste.
Acredite, vai ser pior se irmos lá, e você sabe que vai ser assim. – Ele tocou
o rosto dela, levantando-o devagar, fazendo ela encara-lo. – Sabe? Não sabe? –
Insistiu.
– Tudo bem... – Foi só o que ela lhe
disse. E virou o rosto, tirando as mãos dele dali. Se levantou da cama, e
caminhou até o closet, pegou um vestido qualquer. O vestiu rapidamente, e
enxugou os cabelos. Os deixou soltos e voltou para o quarto. – Vou comer algo.
– Avisou saindo do mesmo.
Arthur ficou vendo-a sair e fechar a
porta do quarto. Ficou ali parado por alguns minutos, e logo depois entrou no
banheiro. Precisava de um banho urgente! Tinha que esfriar a cabeça, ou Lua ia
acabar enlouquecendo-o. Como ela queria ir vê-lo, se só tinham se passado 15
dias? Ele não estava preparado, e ela menos ainda.
Lua desceu a escada. Manuela estava
entretida assistindo uns de seus desenhos. Já era quase 19h45. Nanda estava na
cozinha, ouviu o barulho do liquidificador e Soph e Alê não estavam em casa. Então
ela andou até a menina, que no momento, ainda não havia notado sua presença.
–
Hey? – Lua se aproximou do sofá, chamando a atenção de Manu. A garotinha a
olhou e não conteve um sorriso. Fazia exatamente 15 dias que Lua não falava
direito com a menina. Se sentia culpada, mas sabia que Arthur tinha explicado
as coisas para a filha.
–
Oi mamãe. – Ela lhe disse e Lua sentou-se ao seu lado. Sorriu ao ouvir a última
palavra.
–
Tudo bem? – Perguntou para a menina, que agora se aproximava dela.
–
Sim. - Ela a mirou. A conhecendo bem, Manuela queria fazer tantas perguntas.
Lua sabia disso.
–
Vem aqui. – Lua a chamou. E Manu praticamente se jogou em seu colo. Se Arthur
estivesse ali, na certa teria repreendido a menina. Lua fechou os olhos
sentindo uma fina pontada em sua barriga, devido a operação, mas ignorou. E
aproveitou o abraço apertado da filha. – Com cuidado, amor. – Pediu soltando um
riso. E logo beijou a testa da menina.
–
Senti saudades, mamãe. – Manuela comentou a apertando mais a ainda.
– Eu também senti, amor. Muita saudade. Desculpe, tá
bom? – Pediu acariciando o rosto de Manu, que estava sobre seu seio.
– Tá bom... – Respondeu baixo. – Pai
falou comigo... – Disse. E logo continuou. – Ele disse que eu não podia fazer
perguntas. – Finalizou. Lua podia apostar que Manu sustentava um bico, no
mínimo, confusa demais. Riu baixinho e olhou para o rosto da menina, e lá
estava ela com seu bico enorme. – Por que não posso?
– E você quer perguntar o quê? – Lua
perguntou ignorando a pergunta de Manu. A menina tinha os olhos fixos na
barriga de Lua, mas não disse nada.
– Manu? – Ouviram a voz de Nanda. A
mesma trazia uma mamadeira com vitamina para a pequena. – Oi, Luh! – Disse
sorrindo.
– Oi, Nanda.
– Tudo bem? – Perguntou entregando a
mamadeira a Manuela, que logo se deitou no sofá e voltou a assistir seu
desenho.
– Indo... – Respondeu.
– Manu não quis jantar, fiz essa
vitamina. Eu a falar com Arthur, mas...
– Tudo bem. – Lua sorriu. – Se ela não
quer, não force. Ela já está tomando a vitamina.
– Fiz macarrão com frango, vai querer?
– As duas caminharam até a cozinha.
– Sim, faz tempo que não como comida de
verdade, aquela sopa já me dando enjoos. Arthur as vezes exagera nos cuidados.
– Comentou enquanto ouvia Nanda rir.
– Mas foi o médico quem recomendou
comidas leves. – Nanda lembrou.
– Mas aquela sopa é horrível, sério
mesmo.
Nanda riu mais uma vez e pegou um prato
e serviu Lua.
– Está com um cheiro ótimo, acho que
você está no emprego errado. – Lua comentou. – Não
que não seja uma boa babá, mas você é uma ótima cozinheira. – Elogiou.
– Obrigada, Luh. – Sorriu agradecida.
– Naaaaaandaaaaaaaa! – Manuela gritou.
– Acabou o desenho!
– Hey, mocinha? Não sabe pedir com
educação não? Você sabe trocar o DVD, por que não o faz? – Ouviram Arthur
repreender a garotinha, que permaneceu calada. Sua voz era séria.
– Não quero ouvir você gritando quando
não for nada demais. E essa é a segunda vez que te falo isso. – Completou.
Nanda apareceu na sala. E se aproximou do DVD. Arthur foi para a cozinha.
*
– Luh? – Chamou enquanto ia até o forno
pegar a comida. Se serviu e logo se sentou ao lado da noiva. – Está chateada?
Eu não quero que fique.
– Não estou.
– Mesmo? – Insistiu.
– Sim.
– Então, se eu te abraçar agora, você
deixa? – Perguntou receoso, ainda encarando a garota.
– Por que não haveria de deixar?
– Você saiu irritada do quarto. –
Explicou.
– Eu estava irritada mesmo...
– Eu sei que estava. – Ele se aproximou
dela e a abraçou com cuidado. – Me desculpe, querida. – Beijou seus cabelos.
– Está tudo bem, Arthur. – Assegurou
lhe retribuindo o abraço.
Minutos depois, voltaram a comer.
Conversaram sobre as matérias, as provas da faculdade. Ainda bem que era
sexta-feira. Lua estava se sentindo cansada, e nem ia comentar com Arthur, que
sua cirurgia estava começando a arder. Terminaram de comer, e Arthur se
ofereceu para lavar os pratos, e Lua não fez nem questão de recusar. Saiu da
cozinha, e foi para a sala, onde Manuela permanecia assistindo a mais um
desenho. Agora era A Pequena Sereia. Lua não conseguia
entender esse amor todo que as meninas tinham por princesas. Não se lembrava se
uma vez na sua infância, já tinha se pregado em frente à TV, para assistir
esses filmes. Não gostava muito de bonecas, disso ela se lembrava. Sempre
jogara vídeo game com Chay. Só não gostava dos carrinhos, perdeu as contas de
quantos jogou fora. Chay surtava quando dava por falta dos carros. Riu. Se
aproximou da menina mais uma vez.
– Voltei, amor... – Chamou a atenção da
menina e se sentou no sofá. Logo Manuela estava ao seu lado, abraçando-a.
Arthur não demorou muito e logo também se sentou no mesmo sofá que elas e
colocou o braço ao redor do pescoço de Lua. E apertou levemente a bochecha de
Manuela, que fez uma careta. A menina desceu uma das mãos rapidamente para a
barriga de Lua, que a segurou rapidamente.
– Manu, aqui não amor. – Disse
afastando a mão da pequena.
– Manuela! – Arthur exclamou alto. –
Falei para ter cuidado, esqueceu? – Perguntou sério.
– Desculpa, mamãe... eu não sabia... –
Pediu chorosa enquanto levava as mãozinhas aos olhos, esfregando-os.
– Tudo bem, amor. Eu sei... Não chore.
Arthur, não precisava gritar. – Lua disse encarando-o. – Ela se assustou. –
Completou.
– E se ela batesse em sua barriga? –
Perguntou preocupado.
– Eu não ia bater... – Manu retrucou.
– Tudo bem, Manu. – Lua beijou sua
bochecha.
– Mesmo que fosse sem querer, filha... –
Arthur disse mais calmo. – Me desculpe, mas lembra que eu falei que a mamãe
estava com um dodói aqui? – Ele apontou para a barriga de Luh. Manu assentiu. –
Então, não pode bater amor. – Explicou.
– Já tá melhor, Arthur... – Lua
sussurrou.
– Mas não está sarado. – Retrucou. – E
se você bater ou fizer esforço, pode sangrar, pode abrir. O médico falou,
esqueceu?
– Não Arthur. Não se preocupe, ok?
– Ok nada. – Disse baixo e colocou uma
das mãos abaixo dos seios de Lua, e começou a massagear leve e lentamente o
local.
– E por que o papai pode? – Manuela
perguntou encarando os dois, que se entreolharam confusos.
– Ele pode o que, amor? – Lua lhe
perguntou. E Arthur franziu as sobrancelhas esperando pela resposta da filha.
– Colocar a mão aqui... – Manu apontou
para onde a mão de Arthur estava. Ele soltou um riso convencido e beijou a
bochecha de Lua, e voltou a encarar a filha.
– Porque o papai sabe onde pode colocar
a mão, amor. – Explicou calmo. Lua acariciava o rosto da pequena. E lhe lançou
um sorriso terno.
– Seu pai é um convencido, Manu.
– Eeeii... – Ele segurou o ombro de Lua
e a apertou contra si.
– E eu não posso saber? – Manu
perguntou baixo, e o famoso bico se formava. Arthur gargalhou.
– Eeeeii, está com ciúmes é? –
Perguntou divertido. Manuela negou e encostou a cabeça no peito de Lua, a mesma
passou a mão nos cabelos da pequena, e lhe beijou a testa. Arthur voltou a rir,
e cutucou a filha, com a mão que ainda estava sobre a barriga de Lua. –
Ciumenta...
– Shh... Para Arthur. – Lua ralhou.
– Eu queria saber... – Manu começou. E Arthur
se ajeitou ao lado de Lua.
– Manuela? – Chamou. Ela revirou os
olhos e tal ato não passou despercebido pelo pai.
– Oi, papai. – Respondeu.
– O que conversamos?
– Queria saber o que, Manu? – Lua se
intrometeu.
– Lua! – Exclamou. – Você sabe o que
ela vai perguntar...
– Sobre meu irmãozinho... – Respondeu e
encarou Lua, que sentiu seus olhos marejarem, mas segurou as lágrimas.
– Outro dia eu lhe explicarei, ok? –
Disse para a menina. Manu assentiu e Arthur respirou aliviado.
– Quero dormir. – Murmurou. – Posso
dormi com você, mamãe?
– Pode...
– Então me carrega? – Lua riu se
levantando e Manu se pôs em pé no sofá.
– Não posso, amor. Ainda não posso. –
Acariciou o rosto da pequena. – Papai carrega. – Apontou para Arthur. Ele
ergueu as sobrancelhas.
– Aaah, agora o papai existe, né? –
Perguntou irônico e também se levantou.
– Deixe de drama. – Lua lhe deu um
beijo rápido. E Arthur pegou a filha no colo e os três foram para o quarto.
Arthur colocou a menina na cama, ela já
estava de pijama. E depois foi até o banheiro trocar de roupa. Lua ficou no
quarto, Manuela estava sentada na cama e encarava a mãe. Ele saiu do banheiro e
se jogou na cama, levando Manuela junto, que soltou uma gargalhada gostosa. Lua
riu e tirou o vestido, ciente de que os dois a olhavam, diferente de Arthur,
Manuela faria perguntas. Ela logo vestiu
a camisola e caminhou até à cama.
– O que foi, amor? – Lua perguntou se
sentando na cama.
– O que é isso – Ela apontou outra vez
para a barriga de Lua, mas dessa vez, ambos sabiam que ela se referia a marca
da cirurgia.
– Manuela, o que eu lhe disse? – Arthur
perguntou.
– Nada de perguntas. – Ela lembrou e Arthur
assentiu.
– Então?
– Desculpa. – Pediu.
– Eei, tudo bem amor. – Lua lhe depositou
um beijo demorado na testa. – Depois a gente conversa. – Prometeu. – Vamos
dormir? – Perguntou se deitando, e encostou a cabeça sobre o peito de Arthur,
ele colocou o braço cuidadosamente na cintura de Lua, e depositou um beijo em
sua testa. Manuela estava do outro lado, também abraçada ao pai.
– Vamos. – Respondeu passando a mãozinha
no rosto de Luh. – Boa noite, mamãe.
– Boa noite, amor... – Lua lhe beijou a
mão.
– Boa noite, papai. – Ela ergueu o
rosto para encara-lo.
– Boa noite, filha. – Disse lhe
beijando a testa. – Durma bem. – Manu fechou os olhos e se ajeitou abraçando
ainda mais Arthur. – Boa noite, amor. – Murmurou. Lua levantou o rosto e Arthur
lhe deu um beijo demorado nos lábios.
– Boa noite. – Ela disse após o beijo.
VINTE DIAS DEPOIS – TENTANDO
RESISTIR.
– Eu estou com saudades... – Lua
murmurou próximo ao ouvido de Arthur. Ele fechou os olhos e apertou a mão que
estava no ombro de Lua.
– Eu também estou, linda. Mas a gente
não pode... – Lhe disse. Mesmo querendo dizer que queria, e que podiam. Mas a
cirurgia ainda não estava cicatrizada. Ele tinha medo que alguma coisa
acontecesse. Ele não queria machuca-la.
– Mas eu quero, Arthur... – Sussurrou
apertando a cintura dele.
– Não faz assim, Luh. É difícil, amor.
Não quero te machucar.
– Mas você não vai. A gente faz
devagar, por favor... – Pediu sentindo seu corpo inteiro se arrepiar.
– Devagar?
– Sim, Arthur. – Ela sorriu.
– Nada disso. Mesmo assim você vai
fazer esforço. Luh, o médico deixou bem claro que relações sexuais, só
quando...
– Eu me sentisse à vontade. – Ela
completou, interrompendo-o. – Estou me sentindo à vontade agora. Você que tá de
frescura aí. – Retrucou chateada. – Parece até que é você quem está operado. – Revirou
os olhos.
– Só porque quero cuidar de você?
– Por que você não quer? – Lua
insistiu.
– Já disse, não quero machucar você.
Não quero que aconteça nada com essa cirurgia que nem cicatrizada está. Fazem
só 20 dias, Luh... ainda está recente... É melhor não arriscar. – Tentou argumentar.
Na verdade, não aguentava mais se segurar. Mas não podia perder o controle.
– Isso é desculpa. Estou me sentindo
bem. Não era isso que você queria? Que eu ficasse bem? Então... Estou
bem, e no entanto, você tá se afastando, como se não quisesse me tocar. –
Reclamou. – Sei que não estou linda, e que minha barriga ainda está inchada, e
que essa marca de cirurgia tá horrível, e que eu posso tá tudo, menos sexy,
menos desejada... mas, caramba, Arthur, quero você, droga! – Exclamou irritada.
Ele teve que segurar o riso ao ver a cara que a garota fazia ao falar.
– Não diga bobagens. – A repreendeu. –
Você é linda. – Segurou em seu rosto e lhe deu um selinho. – Minha preocupação
com a cirurgia, é com algum incomodo que você possa sentir. E não com a
aparência dela. Deixe de falar isso. – Disse sério, encarando-a. – Não estou me
afastando. É difícil entender que eu só quero que você fique boa logo? Quero que
tenha uma recuperação rápida, sem nenhum susto, querida. E quando ficar melhor,
a gente transa até você ficar exausta, que tal? – Perguntou segurando o queixo
dela. Lua reprimiu um gemido. – Estou feliz em ver você se esforçando para
ficar bem. – Finalizou, beijando-a.
– E se eu quiser ficar exausta agora? –
Sorriu cinicamente.
– É uma pergunta tentadora. E eu quero
responder que estou louco para fazer você ficar exausta agora. – Respondeu
baixo, os lábios poucos centímetros longe dos dela.
– E o que está esperando para o fazer?
– Lua, Lua... Não provoque, querida. –
Ele mordiscou rapidamente os lábios dela. Lua inclinou o rosto para grudar os lábios
nos dele novamente, mas já era tarde.
– Arth...thur... – Gemeu. Ele soltou um
risinho, lhe mordiscando novamente os lábios.
– Calma... Estou aqui, mas você... –
Ele parou. – Abra os olhos. – Pediu. Lua o fez. – Vai me prometer duas coisas,
certo?
– Prometer o quê? – Perguntou curiosa.
– Vai prometer?
– Vou! – Exclamou, deixando
transparecer sua impaciência. Arthur a encarou e devagar, separou as pernas
dela, se colocando no meio.
– Prometa que não vai se mover e que irá
me deixar fazer do meu jeito? – Perguntou mesmo sabendo que ela resistiria.
– Aaah, Arthur... – Reclamou.
– Bom, amor... então não vamos fazer
nada. – Lhe beijou a testa, e se moveu, para sair do meio das pernas dela.
– Não, amor. – Lua falou rápido e
envolveu as pernas nos quadris dele. – Eu prometo, Arthur. – Disse mesmo
contrariada. Ele sorriu e voltou a se ajeitar no meio das pernas dela. Desceu
as mãos até as coxas de Lua e ajeitou, desprendendo de seus quadris.
– Sem esforço, querida. – Disse calmo. –
Falta mais uma coisa. – Lembrou e Lua revirou os olhos.
– Fala logo.
– Se for demais, prometa que irá me
pedir para parar?
– Prometo, se isso vai te deixar mais
tranquilo.
– Com certeza vai. – Ele lhe beijou o
pescoço. – Está tão cheirosa. – Disse arrancando um gemido de Lua. Seu peso não
estava sobre ela. Passou as mãos lentamente pela lateral do corpo dela, sem
tirar os lábios de seu pescoço. E quando os tirou, Lua reclamou segurando em
sua nuca. – Por cima, meu anjo. – Disse se levantando, e tirando a boxer. Lua
fechou os olhos e se sentou na cama. Arthur lhe ajudou a tirar a camisola e a
calcinha. Se deitou na cama, e devagar, como havia sugerido, ela colocou uma
perna de cada lado da cintura dele. – Tudo bem? – Perguntou e ela assentiu
mordendo os lábios. E no segundo seguinte, já estavam conectados. E devagar,
ela começava a se movimentar. As mãos de Arthur estavam firmes em sua cintura,
não permitindo que ela se movimentasse mais rápido, como ele podia apostar que
ela queria. Porque ele também queria, mas não podiam. – Isso, Luh... – Gemeu
mordendo os lábios. Ela fechou os olhos, precisava ir um pouco mais rápido.
– Arth... – O nome ficou pelo caminho.
Os movimentos eram lentos, mas tão fundo, que se fossem mais rápidos, já teriam
visto as estrelas.
– Estou aqui... – Se esforçou para
falar. Estava quase gemendo, e gemendo... e gemen... – Continue... Lua... Por
favor. – Pediu levando as mãos para os seios dela, massageando-os com carinhos.
Sentiu ela “aperta-lo” subindo e descendo. E logo depois, se movimentar um pouco
mais rápido. Ele desceu as mãos para a cintura dela novamente, impedindo-a de
dar continuidade aos movimentos rápidos. – Luh... – Tentou soar firme. Mas sua
voz lhe traiu. – Droga! – Resmungou descendo as mãos para as coxas dela, e
permanecendo assim, até que o gemido alto de Lua o fez segura-la pela cintura,
continuando os movimentos, já que ela começava a ter os primeiros espasmos. Ela
cravou as unhas no ombro dele, e fechou os olhos, sua respiração estava
falhando e ambos estavam quase chagando ao céu, logo veriam as famosas
estrelas. Ele deixou os movimentos mais fortes, mas estava atento a cada reação
de Lua, sabia que ela não conseguiria fazê-lo parar. Fechou os olhos gemendo
junto com ela quando chegaram juntos ao clímax. O corpo dela ficou totalmente
mole, e ele a trouxe para seu colo, seu rosto estava contra o peito dele, a respiração
descompensada de ambos era o único som ouvido, até Arthur quebrar o silêncio. –
Diga que está bem. – Pediu lhe acariciando o rosto e depois colocando uma mexa
do cabelo de Lua para trás da orelha.
– Estou... – Ela respondeu. Arthur lhe
beijou a testa.
– Teimosa. – A repreendeu, pelos
movimentos rápidos que ela insistiu em fazer. Lua apenas soltou um riso, para
logo fechar os olhos, estava exausta. Mas se sentia extremamente bem, muito bem
por sinal.
Continua...
Se
leu, comente! Não custa nada.
Últimos
Capítulos
N/A: Uuuuuuhuuuu! \o/ Voltei! E aí, tudo bem? A
web ainda tem leitores? Sei que demorei cem anos, mas cá estou. Me desculpem
pela ausência das atualizações. Problemas a parte. Espero que dessa vez o
capítulo tenha mais comentários. Porquê
da última vez, só teve 4 :´(
e eu fiquei triste. O que acham de participarem mais hein? O que estão achando
dessa reta final? O que esperam dos próximos capítulos?
Não deixe de comentar.
Um enorme beeeeeijooo!
Que bom que postaste estava com saudades.
ResponderExcluirSaudades da web. Amando posta mais
ResponderExcluirMeu Deus ,que saudades dessa web.Super perfeito esse capítulo,assim como todos os outros.Posta ++++++++
ResponderExcluirAmei Amei o capítulo, que eles continuem com essa felicidade, amando cada dia a mais a web
ResponderExcluirMaisss
Finalmenteeeeeee voltooooooou eeeee
ResponderExcluirCapítulo lindoo, Lua e Arthur com um fogo extraordinário
Mais
Finalmenteeee posta mais
ResponderExcluirManu fofinhaaaaa ♥♥ Lindooooa Luh Foguenta rs
ResponderExcluirPosta mais por favor.
ResponderExcluirPosta mais. Por favor
ResponderExcluirOhh esta sendo dificil mais eles vão superar essa fase triste.
ResponderExcluirKkkkkkkkkk Lua tava com fogo na priquita u.u kkkkkkkkkkk Arthur ate quiz negar fogo o pobre kkkkkkkk.
Adoreeiii Milly *--*
Que bom que a web voltou. ...ja estava vom saudades!
ResponderExcluirAnsiosa para os próximos capítulos.