Milagres do Amor - Cap. 50º

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Milagres do Amor
Mel X Alana

Pov Narrador

Após o momento de raiva, Mel achou estranho Lua ter passado como um foguete e não ter parado na mesa em que estavam.

Seu sexto sentido estava lhe avisando que algo estava acontecendo. Depois de alguns minutos que Lua saiu do quarto, ela vê nada mais nada menos que Alana saindo de lá com toda sua arrogância amostra. Foi ai que se deu um barulho mudo em sua cabeça.

Claro que Alana tinha falando ou feito algo a Lua para ela ter ficado tão transtornada como aparentava, ela ter ido direto para os doces, engordar mais uns quilos era a prova disso e ela não ter falando com o Arthur, no dia de seu casamento, já era outro sinal, um alerta na verdade. Ela só fugia dele quando não queria que ele descobrisse nada, ou seja, ela estava escondendo algo. Nem teve tempo de segurar Arthur e ir falar ela mesma com Lua.

Seu irmão parecia que tinha olhos de águia apenas com um olhar soube que tinha algo errado, era por isso que ele era o melhor do FBI. E sua irmã gêmea, como toda sua família, se orgulhava muito dele.

– O que foi minha fadinha? – perguntou Bernardo fazendo com que ela saísse de seus pensamentos.
– Nada, amor – disse lhe dando um beijo na bochecha. – Eu vou ao banheiro.

Saiu da mesa sem esperar resposta, já estava decidida iria atrás da sua prima inútil. Andou por toda a festa, cumprimentando todos e por fim finalmente a achou, claro que estava com sua irmã, sem sal, gêmea Alexia.

Mel conhecia bem as duas, sabia que Alexia era uma pessoa boa, mas sua irmã a influenciava em tudo e também tinha seus pais, bebiam além da conta. Quando estavam sem uma gota de álcool na corrente sanguínea eram os melhores pais que algum filho poderia ter, elas não souberam aproveitar isso. E apenas faziam cara feia e nunca davam o apoio necessário. Isso os ajudou a se afundarem mais na bebida, todos tentaram fazer com que eles saíssem desse vicio maldito, uma batalha árdua e cansativa. Porém Alana e Alexia não ligavam para nada, fizeram o contrário pediram para morar com os tios, seus pais estavam decididos a saírem do buraco que estavam caindo, e hoje eles estavam melhores, mas de vez enquanto eles tinham uma recaída. Contudo estavam bem agora, não eram como antes.

Chay e Mel ficaram nada satisfeitos ao saber da ida das irmãs cascavéis. Reclamaram, gritaram mais de nada adiantou. Ricardo e Rita são pessoas adoráveis e amáveis, mas quando querem ser durões eles são. Apenas em uma conversa eles fizeram Chay e Mel se calarem e não tocar mais nesse assunto, pois já estava tudo decidido. E como os irmãos não eram loucos de contrariarem as feras, apenas assentiram de cabeça baixa.

Se Arthur tivesse ali, sem dúvidas a coisa não tinha sido assim, mas como ele não estava, então foi.

Mel chegou à mesa em que elas estavam, junto com alguns caras.

– Alana, posso falar com você? – pergunta a mais educada possível, até mostrou sua fileira de dentes brancos e certinhos.

Alana uniu as sobrancelhas e a olhou meio desconfiada, mas foi. Mel andou entre os convidados entrou no quarto e esperou Alana passar por ela, fechou a porta e a trancou, colocando a chave em seu decote.

– O que você quer? – perguntou Alana arrogante.

Mel sorriu abertamente antes de fechar a cara, andou em sua direção e parou a um passou dela, a olhou em seus olhos e falou:

– Abaixa sua bola que vamos ter uma papo de mulher para mulher, se é que você é uma. – desdenhou.
– Tá bom, olha aqui sua baixinha... – apontou o dedo em seu rosto, não teve tempo de terminar, pois Mel pegou seu dedo e o entortou.
– Não coloca esse dedo podre na minha cara. – quando a sentiu gemer de dor, a largou.
– Você me machucou sua idiota. Eu não vou ficar aqui escutando você tagarelar não. – cuspiu em sua direção e passou por ela, indo em direção à porta.
– Ah, você vai sim. – Mel a puxou pelo braço e a jogou no sofá, sem dificuldade por incrível que pareça, pela diferença de altura. – Você não vai sair daqui enquanto eu não terminar, e vou te avisar se você não colaborar você vai sair muito machucada daqui. – rosnou em sua direção.
– Você não teria coragem.
– Não? Provoca pra ver. Você não se acha a melhor? Então vamos ter uma conversinha sem minha mãe e meu pai, para nos interromper. – sorriu pra ela. Ela bufou e se ajeitou no sofá.
– Vamos lá prima querida, primeiro o que você falou para Lua para ela ter saído daqui transtornada? – perguntou como quem não queria nada.
– Eu sabia, tinha que ter aquela vadia no meio. – falou irritada.

Mel se aproximou dela e pegou pela bochecha fortemente.

– Olha aqui se você a chamar de vadia mais uma vez eu vou te dar na cara. – a ameaçou, para logo depois a soltar. – Prossiga.
– Não falei nada. – mentiu.
– Alana, acho que você não me entendeu, ou você fala a verdade ou você vai sair daqui muito ruim. Sabe esse vestidinho ridículo que você está? Você vai ficar sem ele, vai sair andando nua pela festa, seus cabelos podem ser cortados também e querida tenho a certeza que você não vai ficar bonita careca. – diz Mel satisfeita, Alana arregala os olhos. – Você não gosta de se exibir? Então vai ser uma coisa maravilhosa. – continua Mel rindo, batendo palmas. – Sempre quis ser cabeleireira, acho que vou começar com você.
– Ok, eu falo. Eu só falei que ela não iria ser feliz com o Arthur e que era para ele ser meu.

Os olhos de Mel se fecham em fenda.

– Tem mais, eu sei. Lua não se deixaria abalar por isso. Ela estava cansada de saber disso.

Alana suspira cansada e estala os dedos nervosamente.

– Fala! – gritou.
– Eu… Eu falei que o bebê iria nascer roxo, sem ar, morto. – repetiu o que disse para Lua sem nenhum arrependimento.

Mel ficou paralisada processando as palavras que foram jogadas em sua cara sem aviso, agora entendeu o porquê do estado de Lua. Ela começou a respirar pesadamente, a raiva transbordando em cada poro de seu corpo. Ela avançou em Alana e lhe deu um soco forte em seu rosto, para logo puxar seus cabelos.

– Sua vaca, você nunca poderia ter falado isso para ela. – Alana se debatia, tentando acertar Mel, mas sem êxito, apenas batia no ar.
– Me solta sua louca. Eu vou gritar. – ameaçou.
– Grita, que ai todos vão ver a surra que eu vou te dar.

Alana conseguiu se desvencilhar dos braços dela e foi em direção a porta, mas estava trancada, Mel a puxou pelo cabelo, a fazendo gritar de dor, e a jogou no chão para logo sentar em sua barriga.

– Eu sempre quis fazer isso, e agora você vai ter o que merece sua vaca – começou dando o primeiro tapa sem eu rosto. – Isso é pelo afogamento de Lua – outro tapa – Por ter tentado fazer intriga com os dois – tapa – Pelo café com canela – tapa – Pelo que disse do bebê – Por sua falsidade e arrogância – mais um tapa.

Alana não reagia mais, estava sem forças, seu rosto estava vermelho, o canto de sua boca começava a sangrar.

– Você merecia mais que isso sua louca, pirada. – disse Mel se levantando – Se pensar em me denunciar por isso, tire isso de sua cabeça. Pois eu acabo com a sua vida, eu tenho provas que você tentou diversas vezes matar a Lua, e o fogo que você disse que foi acidental tenho certeza e provas que não foi. Alana, é melhor você se colocar no seu lugar ou se não, vai ser muito pior para você. Nem tente chegar perto do meu sobrinho sua vadia, muito menos de Lua enquanto ela estiver grávida. – cuspiu furiosa em sua direção, enquanto ela continuava deitada, respirando profundamente.

Mel se olhou no espelho e lavou as mãos que tinham um pouco de sangue, secou e começou a arrumar o cabelo e a maquiagem.

– Eu vou chamar sua querida irmã, para vir lhe ajudar sabe. E avise pra ela também. – disse sorridente e saiu do quarto.

Alana continuou ali deitada até que Alexia chegou correndo até lá, e começou a dar seus sermões de sempre, coisas do tipo ‘’Eu avisei’’, ’’Você não deveria ter feito todas aquelas coisas’’, ‘’ Sorte a sua por ter sido a louca da Mel e não o Arthur’’, ‘’Você poderia estar na cadeia agora irmã’’…

Alana parou de ouvir, mas ela não pararia de agir, esperaria o pentelho nascer e teria sua vingança. Apenas ficaria quieta por esses meses, não iria se dar por vencida. Mesmo que as cicatrizes permanecessem em sua pele.

Continua...

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