Milagres do Amor - Cap. 49º

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Milagres do Amor
O que é para ser seu, ninguém tira! | Parte 3 – Final

Pov Narrador

Seu sorriso murchou a olhar para seu rosto, onde ela limpava com as costas da mão.

Ele sabia que tinha acontecido algo, por seu jeito aéreo e por ter ido direto para a mesa de doces, onde sempre que acontecia algo ou estava nervosa fugia, os doces eram seu melhor remédio.

– Viram aquilo? Tênis! – Falou Mel histérica.
– A deixe em paz, Mel. – Disse Arthur seco, se levantando.

Passou por várias pessoas, conhecendo algumas sendo de sua família, que sorriam abertamente em sua direção, mas não tirou sua cara fechada e preocupada, seguiu para a mesa repleta de doces e flores parou do lado de Lua e olhou para frente.

– O que aconteceu? – Foi direto ao ponto.

Era isso que Lua não queria, sabia que não conseguiria mentir pra ele, por isso que não chegou perto do local onde ele estava. Porém ela sabia que ele a conhecia e sabia logo de cara que alguma coisa estava fora do seu devido lugar. Enquanto mastigava um pedaço de chocolate em sua boca, pensou em algo para ‘tentar’ contornar a situação.

Sem perceber, olhou em sua direção e o encontro a encarando, seus olhos castanhos intenso, brilhando a analisando milimetricamente. Lua perdeu o fôlego e algumas batidas no coração, desviou o olhar e foi levar o resto do bombom em sua boca, mas foi impedida.

As mãos grandes e quentes de Arthur a segurou, dando choques por todo seu corpo, pegou o pedaço do chocolate e o levou a sua própria boca, onde Lua acompanhou o processo. Engoliu em seco ao imaginar o gosto de sua boca após comer o chocolate. Fechou os olhos, passou as mãos pelo cabelo e o que pareceu uma eternidade falou:

– Eu estou… Apenas comendo. – disse nervosa, mordendo seu lábio sem o encarar.

Apesar do desejo que estava sentindo por Arthur, seu coração ainda doía ao imaginar algo acontecendo com seu bebê.

Após ter descoberto pela boca de Rita que Alana colocou fogo na casa, acidentalmente, ela soube que poderia esperar de tudo da prima mal educada e mal amada dele. O que ela disse a pouco não era blefe e sim uma ameaça.

Arthur bufou.

– Tente de novo.

Lua mordeu o lábio fortemente, não queria contar seus temores a ele. Não queria estragar a festa dele, como tinha estragado a sua. Contudo sabia que teria que contar de um jeito ou outro, se não ele ficaria magoado com ela, e isso ela não queria.

Pegou uns cinco bombons, os juntando com uma mão, pegou a mão de Arthur com a outra e o arrastou para fora da agitação que se encontrava a festa. Foi para os fundos do local, onde se encontrava vários bancos iluminados. Arthur se sentou e Lua fez o mesmo ao seu lado, colocando suas duas pernas em cima de uma de suas coxas e deitou sua cabeça em seu ombro.

Arthur suspirou e a abraçou, colocando seu rosto em seus cabelos e alisando suas costas.

– Conta pra mim que houve? Não está chateada com a Mel, não é? – perguntou cauteloso.

Ela apenas balançou a cabeça e comeu mais um bombom, estendeu sua mão, onde se encontrava alguns deles, a ele que pegou um e comeu.

Eles ficaram um momento em silêncio, acabando de mastigar o chocolate.

– Eu vou te contar, mas não é pra você sair que nem um touro bravo, ok? –pergunta o encarando.

Ele estreita os olhos e arqueia uma sobrancelha, mas acaba assentindo.

– Tudo bem… – ela respira fundo e solta. – Eu bati em sua prima. – diz envergonhada.
– Eu queria ter visto isso, mas o que ela fez para te tirar do sério? – pergunta divertido.
– Você sabe que ela nutre uma paixão por você – ele revira os olhos e dá de ombros – Ela não aceita o casamento e... – parou tentando controlar as lágrimas.
– E?
–Muito menos o bebê.

A cara divertida de Arthur se desmancha na hora.

– O que ela fez? – pergunta seco.
– Ela… Falou que o bebê nascerá morto – disse chorando.

Arthur aperta os dentes fortemente e fecha os olhos, tentando controlar a raiva crescente em seu peito, mas ele sabia que Lua era quem precisava se acalmar, estava ali chorando tão frágil, como jamais esteve antes. Ele sabia que o ponto fraco dela e também o seu, era seu filho que crescia no ventre de Lua, isso a deixava mais exposta a tudo, suas emoções a flor da pele.

– Isso não vai acontecer amor, nosso filho nascerá forte e cheio de saúde como você. – diz a apertando em seus braços.
– Como Arthur? – Arthur coloca suas mãos em seu rosto e a encara.
– Nada acontecerá com o bebê, eu já coloquei vários seguranças na casa, te seguindo, em todo lugar meu amor. Fique tranquila eu vou proteger você e o nosso pequeno fruto. – diz acariciando sua barriga gentilmente. – Confie em mim. Eu te prometo isso.
– Eu confio. - diz sorrindo em meio às lágrimas.

Ele a puxa para um beijo carinhoso, selando sua promessa. Mas não sabendo se poderá cumpri-la, sabe que fará o possível e o impossível pra isso. Porém o futuro não está em suas mãos, ele não sabe o que o futuro reserva.

Contudo, seguirá com a cabeça erguida e fé em Deus, uma coisa que ele aprendeu a ter e agarrava com todas as forças. Enfrentaria o que fosse necessário para manter as pessoas que ele mais ama no mundo bem e felizes, nem que isso custasse sua alma e sua morte.

Uma vez que você já sentiu a perfeição
Como uma maçã pendurada em uma árvore
Eu peguei a mais madura
Eu ainda tenho
Você é como um verão indiano
No meio do inverno
Como um doce
Com uma surpresa no final
Me levar embora?
Oh! Sem mais erros
Porque nos seus olhos eu gostaria de ficar
Ficar…
Eu não posso parar, porque estou me divertindo muito.
Yeah, yeah, yeah, yeah … ()

Continua...

Se leu, comente! Não custa nada.

Com mais de 10 comentários, próximo post.
Se quiserem, posso fazer maratona dessa fic, ok? Vai depender de vocês, e quanto a Little Anie, eu irei tentar postar hoje anoite.

Beijos!

10 comentários: