Milagres do Amor - Cap. 45º

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Milagres do Amor
Eu só não deixaria você partir

Pov Narrador

Os acontecimentos que sucederam a festa de aniversário de Lua não foram nada animadores. Acordou com uma dor de cabeça infernal, não saiu do quarto aquele dia, do banheiro de volta pra cama, foi sua rotina durante dois dias inteiros. Longo para uma ressaca, Arthur até queria levá-la ao hospital, mas sem dúvidas ela não quis, dizendo que só estava cansada e que logo passaria, pura mentira estava se sentindo um lixo. Os programas de TV e revistas comentavam os acontecimentos, mas não conseguiram nenhuma foto comprovando algo, o que Lua agradeceu. Lembrava-se de tudo, só estava meio alterada. A vergonha ainda pulsava em suas veias, toda vez que via Arthur, parecia um pimentão ambulante. Ele só ria e a abraçava, dizendo que adorou cada segundo dos ataques pervertidos dela. Alana não deu as caras na festa, o que Lua agradeceu, somente Alexia aproveitou. Estranho para as duas gêmeas que eram unha e carne. Por fim faltava apenas três dias para o casamento. Alana estava quieta de mais, Lua estranhou, achando que talvez ela tenha desistido da paixão louca e sem sentido que nutria por Arthur. Cedo engana, ela estava com tudo maquinado em sua cabeça de vento e não estava mais sozinha, com seguiu um aliado de peso em sua batalha… Estavam todos tomando seu café em uma manhã chuvosa e fria de Los Angeles.

– Bom, está tudo pronto para o casamento só falta a despedida de solteira – disse Mel bebericando seu café. Arthur quase cospe o suco que estava tomando.
– Nem pensar Mel. – disse limpando a boca.
– Ah, qual é Arthur? Temos que ter uma despedida. – falou Chay.
– Sem chance, estou muito feliz em mandar embora a minha vida de solteiro. E você amor quer ter uma despedida? – perguntou Arthur virando para Lua, que se encontrava distraída demais, tentando controlar sua azia.
– Lua? Acorda – disse Mel.
– Oi? Desculpe, me distrai – riu sem humor.
– Anda muito distraída ultimamente, o que te aflige? – pergunta Arthur.
– Nada, acho que é ansiedade. – disse sorrindo.
– Mas você concorda em ter uma despedida de solteiro? – pergunta Chay.
– Pra mim nem pensar, mas se você quiser Arthur, pode ir. – diz sincera pra ele.
– Isso! Mano já tenho o lugar, já combinei com o Bernardo e alguns amigos. – diz Chay todo empolgado.
– Não sei Chay!
– Larga de ser chato.
– Está bem, eu vou.

(…)

Já era noite, Lua estava dormindo. Sonhando com uma criança de olhos muito castanhos como os de Arthur lhe sorrindo abertamente.

– Amor? – Arthur tentou acorda-la, como não obteve sucesso a sacudiu levemente.
– Hum... – respondeu se virando de bruços.
– Você está bem?
– Sim. – abriu os olhos e o encarou.
– Anda dormindo tanto. Mas não foi por isso que te acordei, estou indo. – Lua levantou ainda sonolenta e o abraçou, enterrando seu rosto em seu peito.
– Acho que não vou. – disse pensativo. Desde que acordou estava se sentindo estranho, uma sensação estranha lhe passando pelo corpo. Como se alguma coisa pudesse acontecer.
– Não amor, vai, se divirta. – o encorajou. Ele suspirou e a apertou em seus braços.
– Você vai ficar bem? – perguntou preocupado, enfiando sua a cabeça nos cabelos com aroma de morango.
– Vou sim, não se preocupe – ergueu e depositou um beijo carinhoso em seus lábios.
– Eu te amo.
– Também te amo. E se comporte lá hein – disse rindo.

Ele se levantou e já estava na porta, quando a olhou e a viu sorrir.

– Tem certeza que não quer que eu fique? – tentou mais uma vez.
– Tenho. – Ele assentiu e fechou a porta, encontrando Luke sentado no tapete, se abaixou e sussurrou pra ele.
– Cuide dela. – passou as mãos em seus pêlos e foi embora, com o coração doendo.

Quando Ricardo, Chay e Bernardo entraram no carro, Alana foi logo colocar seu plano em prática. Alana não sabia no que estava se metendo, ela nunca gostou de Lua pelo motivo óbvio, mas nunca pensou em matá-la, até conhecer alguém que a fez mudar de ideia e era isso que planejava fazer. Estava nublada pelo ódio, na verdade estava sendo manipulada, para fazer tudo isso. Queria Arthur de qualquer forma, queria estar no lugar que era ocupado por Lua, e só conseguiria isso matando-a.

Subiu calmamente para o quarto de Lua, encontrando Luke dormindo na porta, andou passo a passo até seu quarto e pegou álcool e o isqueiro e voltou até lá. Derramou em todo o chão do seu quarto até, no corredor e principalmente na porta do quarto de Lua. Pulou o Luke, que rosnava pra ela e fechou a porta atrás de si.

Encontrou Lua dormindo profundamente, agarrada ao sapo. Sorriu malignamente e como era combinado teria que jogar o álcool em volta de sua cama. Mas no último minuto resolveu não fazer isso, apenas jogou álcool na cortina e um pouco no quarto, sabia que teria pouco tempo, então deixou o álcool evaporar. Pensou em deixar tudo pra lá e esquecer esse plano, mas lembrou das palavras que foram faladas com muita calma e carinho.

– Você não quer seu Arthur? Então lute por ele, a principal coisa que você terá que fazer e matar Lua Blanco, após sua morte, ele ficará frágil. Então o seduza e pronto, ele será seu.

As palavras ecoaram em sua mente, e só em pensar que teria Arthur para ela, a fez voltar ao que estava fazendo saiu do quarto e jogou álcool em mais alguns cômodos da casa. Aproveitando Mel, Ray, Rita e sua irmã estavam se divertindo na sala de jogos, afastada da sala. Resolveu começar o fogo por ali, porém pensou bem e não era esse o combinado. Então correu para seu quarto e colocou fogo na cortina e colchão, jogou o álcool no corredor e atirou o isqueiro. Desceu correndo e gritando.

– Socorro, tia Rita. Logo todas apareceram alarmadas.
– O que foi minha querida?
– Tia Rita eu não tive culpa – fingiu estar desesperada.
– Eu estava no meu quarto ai… - parou ganhando tempo.
– Fale garota – gritou Mel.
– Fogo... – caiu de joelhos.

Mel sentiu o cheiro de queimado e logo Luke correu escada abaixou, latindo e correndo como um louco para todos os lugares.

– O que você fez? – perguntou Alexia, abraçando a irmã.
– Merda – gritou Mel e subiu as escadas. – Ligue para os bombeiros. Mel tentou subir mais o corredor estava em chamas, ela não se arriscaria, eram poucos os lugares que estavam sem nada. Não conseguiria passar por ali, gritou o nome de Lua várias vezes, mas ela conhecia seu sono pesado e sem dúvidas ela não acordaria. Desceu correndo.
– Mãe já ligou? – gritou desesperada.
– Já, eles estão a caminho.
– Mel e a Lua? – perguntou Rita.
– Não dá para passar por lá, eu chamei, mas ela não me escutou. – começou a chorar.
– Meu Deus – Rita colocou as mãos na boca.
– Eu não tive culpa, não tive – repetia Alana no chão com sua irmã. – A vela caiu em minha cama, eu tentei apagar mais se alastrou muito rápido.
– Sua idiota. – gritou Mel.
– Vamos para fora, não podemos fazer nada – disse Alana ajudando a irmã se levantar.

Elas foram para fora e escutaram vidros sendo espatifados pelas chamas, a fumaça já enchia o ambiente.

Arthur estava dirigindo seu volvo prata, mas seu sexto sentido estava o avisando pra voltar. E foi isso que fez, pisou no freio e virou o carro cantando pneus, voltando para a casa.

– O que foi filho? – perguntou Ricardo do banco de trás com Bernardo – Chay liga lá pra casa.
– Pra quê?
– Anda porra. – gritou pra ele. Ele obedeceu, tentou, mas ninguém atendia.
– Ninguém atende.
– Eu vou ligar para Mel. – disse Bernardo, conhecia bem Arthur e quanto cismava com algo, pode ter certeza que estava algo fora de seu devido lugar. Enquanto isso Arthur metia o pé no acelerador.
– Alô?
– O que? – disse alarmado.
– Já estamos chegando, sai de perto Arthur. Desligou o telefone e ficou com uma expressão aflita, não sabendo como contar.
– O que aconteceu Falcone? – perguntou Arthur. Ele engoliu o nó em sua garganta e falou.
– A casa está pegando fogo.
– Como pegando fogo? – gritou Chay.
– Não sei a Mel, estava muito nervosa, não conseguiu me explicar nada direito.
– Ela falou alguma coisa da Lua? – perguntou Arthur o olhando para o retrovisor a tempo de vê-lo abaixar o olhar.
– Ela não me falou nada – mentiu.
– Você mente mal Bernardo. – Ele não teve tempo de retrucar, pois Arthur já entrava com tudo na portaria, que estava aberta, avistou o carro do corpo de bombeiros e parou.

Sai do carro correndo e foi em direção a eles.

– Cadê a Lua Mel? – perguntou a irmã que estava chorando desesperadamente nos braços de sua mãe.
– Ela ainda está lá dentro filho – respondeu Rita.
– E vocês não vão entrar? – cuspiu para o bombeiro.
– Estamos esperando reforços, tem muita fumaça... – Ele não deixou terminar e correu porta adentro da casa, com Luke em seu encalço, escutando alguns gritos desesperados o mandando parar.

Alguns homens que estavam no andar de abaixo até tentaram o impedir, mas não obteve sucesso. Ele subiu as escadas tampando o nariz com a mão, só via fumaça no andar de cima, o fogo estava quase em toda parte. Correu para o canto que sabia que tinha um extintor e foi abrindo espaço com ele.

Chutou a porta de seu quarto gritando o nome de Lua, mas não obteve resposta. Por incrível que pareça o fogo ainda não tinha chegado até a cama, somente a fumaça e o calor sufocante, se fazia presente em todo o ambiente. Estava ficando insuportável respirar ali dentro. Ele entrou e a encontrou, desacordada, porque dormindo ela não estava mais. Jogou o extintor em algum lugar do quarto e a protegeu de outra explosão dos vidros sendo espatifados pelas chamas e calor.

Arthur a pegou no colo e se apressou em ir até o corredor, sempre protegendo a cabeça dela e tampando seu nariz, seus olhos ardiam pela fumaça, seu peito já sentia a queimação por falta de oxigênio puro. Não consegui enxergar nada em sua frente.

– Merda – esbravejou para o nada. Foi quando Luke o lembrou que estava ali, começou a latir e o guiar entre a fumaça para o começo na escada, se esquivando do fogo e de alguns cacos pelo chão.

Chegou ao começo da escada e desce rapidamente, correu para fora e logo dois homens pegou Lua de seus braços e a levou para a ambulância. Arthur começou a tossir e respirar fundo seu pai Chay o apoiou e o levaram até a ambulância que Lua estava recebendo oxigênio, fizeram o mesmo com ele.

A ambulância seguiu para o hospital, Arthur apesar de estar bastante lerdo, não tirava os olhos dela, deitada na maca e recebendo os cuidado médicos necessários. Rapidamente eles chegaram ao hospital, onde foram levados para a emergência, Arthur como estava acordado e em um estado melhor que Lua, apenas foi deitado em uma das camas e o médico o examinou. Alguns minutos ali, já estava bem, seu pai, que trabalha ali, foi ver como ele estava.

– Tudo bem filho? – perguntou preocupado. Arthur levantou e levou a mão a cabeça que doía.
– Só a merda da minha cabeça que doía, mas e a Lua? – perguntou preocupado.
– Você já foi medicado e já recebeu alta. Ela eu não sei, vai ficar com sua mãe e irmã que estão a ponto de arrancar os cabelos de tão preocupadas, eu vou vê-la. – Ele assentiu e meio trôpego foi para a recepção, onde foi abraçado por Rita e Mel, que estavam em lágrimas.
– Filho, nunca mais faça isso comigo. – disse Rita
– Eu estou bem, não se preocupe. – Ele sentou no sofá com Mel e Rita em cada braço.
– Você é louco por entrar lá daquele jeito? – perguntou Mel batendo em seu ombro.
– Você queria que eu deixasse a razão do meu viver morrer?
– E como ela está? – perguntou Ray que estava abraçada a Chay.
– Eu não sei meu pai foi vê-la. – Depois de duas horas inteiras esperando por notícias, aparece Ricardo com um sorriso de orelha a orelha.

Continua...

Se leu, comente! Não custa nada.

Alana uma bruxa, ooooh garota encrenqueira. Precisa de tratamento.
Uuuhm... Por que será que Ricardo está sorrindo assim, depois de tudo?

Com mais de 10 comentários, próximo post.

11 comentários:

  1. ++++++++++ Amando.
    As:Renata

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  2. Serio deixa eles dois serem um pouco felizes manda a alana pra OZ lá tem bruxa igual a ela

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  3. Ela tá grávidaaaaaa♡

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  4. Garota ridícula! Posta mais! Acho q ela ta gravida

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  5. Olhaa depois dessa eu se fosse Lya mandava essa menina pros quintos bicha nojenta... Tmara que Lua esteja bem.
    Ahhhh curiosa pra saber o prox capitulo *---'*

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  6. Eu tenho certeza de que a lua está grávida

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