Little Anie - Cap. 68 | 1ª Parte

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Little Anie | 1ª Parte

Pov Lua

Capítulo anterior...

Ele me abraçou. Sim, me abraçou, tão forte, tão forte, mais forte do que da outra vez. Que jurei que ele queria fundir o corpo ao meu. Seus braços me envolveram pela cintura. E eu segurei em seus braços tentando me manter em pé, mesmo sabendo que ele jamais me deixaria cair.

– Eu jamais fariam alguma coisa com você... Eu nunca faria nada contra você... – Disse sincero, ele chorava muito. Que eu não pude deixar de me sentir culpada. Aquela voz carregada de sentimentos misturados e confusos, fez minhas pernas vacilaram, e como eu havia pensado, ele não me deixou cair.  E com o corpo ainda mais junto ao meu, beijou meu pescoço ternamente. – Me desculpe. – Sussurrou, e minha resposta foi um soluço, acompanhado de um choro, e ele chorou comigo.

*

Ficamos alguns minutos na mesma posição: Abraçados e chorando. Depois Arthur caminhou comigo até a cama, onde me sentei, e levei as mãos aos olhos, para tentar secar as lágrimas. Ele sentou ao meu lado, e me encarou. Levou as mãos até meu rosto, e o segurou, me fazendo encara-lo.

– Me desculpe, Lua. Não é droga de casamento. Você sabe que não é... – Suspirou fechando os olhos com força. – Estou confuso, e eu não sei como foi passar esses dias, você está certa. – Admitiu. E eu que pensei que ele não estava ouvindo nada das minhas explicações. – A culpa não é sua, me desculpe, por favor... Por... Favor, querida. – Pediu se aproximando novamente de mim. Beijou ternamente meu rosto, e envolveu os braços cuidadosamente em minha cintura, me puxando para o colo dele, enquanto deitava a cabeça em meu ombro. Levei as mãos até sua nuca. Não iria adiantar nada continuar "quebrando o maior pau" com ele. Eu só tinha Arthur ali, ele ainda era meu marido, e só eu e ele sabíamos o que essa perda significava. Só eu e ele sabíamos quantas vezes ele havia me pedido por esse filho. – Eu sou um idiota, Lua. Admito... Eu estou me sentindo o pior dos maridos... Você vai me desculpar? – Perguntou baixo, meu ombro já estava completamente molhado pelas lágrimas dele. E meu coração batia tão rápido, que eu tinha medo que ele parasse a qualquer segundo. Respirei fundo e tentei falar alguma coisa, mas o choro não me deixou falar nada. – Eu vou entender se você não me desculpar... eu prometi te ajudar. Olha o que acabei fazer? Você... Você tá pior do que antes... Eu... Eu deveria ter te abraçado, como agora. Eu deveria ter... ter tentando te consolar... meu amor, desculpa... Lua? Meu anjo, você é teimosa, sabe que é. Por Deus, muito teimosa. Mas Luh, você não é uma droga de mulher. Me perdoe por isso também... – Disse ainda baixo.
– Você... Você me magoou, Arthur. – Consegui dizer. E ele me abraçou mais forte.
– Eu sei... Eu sei... Lua, olha o que você me disse... Só Deus sabe o quanto eu sonhei com o dia em que você chegaria para mim, e falaria que seríamos pais outra vez... e no entanto, olha... olha o que aconteceu? Eu... eu nunca imaginei ouvir isso. E... e... – Ele não conseguiu terminar de falar. O abracei mais forte.
– Não chore... Isso tá acabando ainda mais comigo. Estou... Estou me sentindo culpada. – Sussurrei.
– Eu nunca faria nada com você. Acredite, eu jamais machucaria você... eu jamais tocaria em você do... do jeito que você pensou. Lua, por Deus, eu nunca faria isso com você! – Exclamou se afastando de mim. E voltou a me encarar. Seu rosto estava completamente vermelho e molhado pelas lágrimas. – Você ainda acredita em mim? – Perguntou baixo, hesitante.
– Eu achei que... que faria... – Solucei. Passei as mãos no rosto novamente, mas de nada adiantava. Ele negou incontáveis vezes com a cabeça. Como se não acreditasse que tivesse feito eu pensar que ele passaria de todos os limites.
– Eu não faria... Eu não faria, amor... – Disse ainda me encarando. E eu quase me joguei em seus braços após ouvir a última palavra. Mas ele falara tão baixo, que eu quase pedi para que repetisse outra vez. – Eu sei que tá sendo difícil, Luh... olha pra mim? Por que isso aconteceu com a gente? Eu queria tanto, Luh, mas tanto esse filho. Você sabe que eu queria, não sabe?
– Sei... – Murmurei e levei uma das mãos até o rosto dele. E tentei impedir que mais lágrimas caíssem. – Não chore, Arthur. – Pedi outra vez.
– Eu estou com medo que... que você... – Tentou dizer. Mas eu sabia o que ele tentava falar. E no momento, eu estava como ele.
– Shhh... – Sussurrei. – Por favor, Arthur... Assim não... – Falei me aproximando dele, e agora foi a minha vez de puxa-lo para um abraço. – A culpa vai ser minha... Não fique assim...
– Não, por favor, não se culpe. Não quero que se culpe. Olhe... – Ele se afastou e segurou meu rosto. – Se for o que a gente não quer que seja... Lua, não vou mentir. Vou ficar triste demais. – Ele soluçou, me fazendo fechar os olhos. – Olhe... Olhe pra mim. – Pediu. Abri os olhos novamente. – Mas Luh, você... Você pode pensar que seja nós dois.
– Não somos nós dois. Sou eu. Só eu, Arthur. – Falei um pouco alto. Como ele queria que o problema fosse ele?
– Mas você... você pode pensar... Vai ser melhor... Eu preferia que fosse eu... – Murmurou abaixando a cabeça.
– Não. Não diga bobagens! – Exclamei. – Nenhum homem suporta saber disso. Você não suportaria. Como se sentiria sabendo que... que não vai poder dar o que a pessoa que você tanto ama te pede toda vez que fazem amor? – Perguntei vendo-o fechar os olhos lentamente. – Você não suporta nem pensar na ideia. – Lhe disse e ele voltou a abrir os olhos e me encarar.
– Você não me pediria um filho... E eu não vou pedir a você. – Me disse.
– Você não precisa me pedir para eu saber que você quer. – Retruquei. – Basta olhar pra você, seus olhos brilham quando implica dizendo que quer que o filho de Mel seja um menino. Seus olhos brilham quando falam de crianças, de filhos. Seus olhos... Você... os pedidos. – Exclamei, para logo depois me calar e soltar um longo suspiro.
– Eu mudo. Não peço mais. Não falamos mais nisso... – Tentou dizer, mas não me olhava. – A gente...
– Paaaara! Não vai ser fácil, você sabe. Não tente fingir que vai ser. No final, você vai me culpar quando as coisas derem errado. Eu sei que vai. – Falei rápido e me levantei da cama. Arthur se levantou no segundo seguinte.
– Não diga o que não sabe! Já disse, pense que somo nós. Somos nós dois, Lua. Não se culpe sozinha. – Insistiu irritado.
– Isso não vai mudar! Eu vou saber que sou eu. Não insista, para! – Pedi.
– PARA VOCÊ! – Ele gritou me assustando. – PARA DE REPETI ESSA DROGA DE CULPA! NÃO QUERO CULPAR VOCÊ. – Ele me segurou pelos ombros, e me sacudiu enquanto falava. – PREFIRO MIL VEZES PENSAR QUE SOU EU. BOTAR NESSA DROGA DA MINHA CABEÇA, QUE SOU EU. VOCÊ NÃO ENTENDEU? – Ele afrouxou o aperto em meus braços e me soltou. – Não quero pensar nisso agora. A gente nem sabe o resultado...
– É melhor começar a pensar...
– Saber da perda de um filho, já foi o suficiente por hoje. – Me disse e sentou na cama novamente. Cerrei os punhos e fechei os olhos. Merda, já estávamos brigando de novo.

Fazia quase 30min que estávamos sentados na cama, em completo silêncio, sem nos olhar. Apenas fitávamos algo. Até que senti Arthur se mexer ao meu lado, e tão rápido quanto o meu coração voltou a bater, ele me abraçou, me deitando na cama. Cravei as unhas na costa dele, sabendo que o machucaria, na verdade, eu queria fazer isso.

Ele apertou a mão que estava em minha nuca, e a outra mão, ele entrelaçou na minha mão livre, apertando-a também. Senti sua respiração contra meus lábios, meus olhos estavam fechados. Meu peito subia e descia tão rápido, que eu pensei que meu coração sairia pela boca. Arthur mordeu meu lábio inferior e o puxou, antes de me beijar. Nada calmo, nada carinhoso. E sim, completamente rápido, apressado, irritado, que senti gosto de sangue. Logo os lábios dele foram para meu pescoço. Eu não me movi, e ele subiu os beijos novamente. As mãos dele ainda apertavam os mesmos lugares.

– Desculpa. Droga! Desculpa, desculpa, desculpa... – Pediu beijando várias vezes minha bochecha e o canto de minha boca. Ele se afastou e me encarou. – Pode começar a me xingar, Lua... Eu não sei mais o que fazer... Como agir. – Encolheu os ombros.
– Não vou fazer isso... – Falei. Eu sabia que ele estava desesperado por não saber o que falar. Por não ter nada o que fazer pra mudar o que já aconteceu. E eu sabia que ele se culpava por não estar aqui mais uma vez. Arthur tocou meus lábios, e balançou a cabeça.
– Eu devia cuidar de você... – Sussurrou. – Mas... Estou tão perdido quanto você. – Admitiu.

E isso eu já sabia. Abraçou minha cintura, e colocou a cabeça sobre minha barriga. Como se ali, fosse encontrar a calma que havia perdido. Voltamos a ficar em silêncio, e quando notei, ele estava chorando, porque um soluço foi ouvido. Toquei o resto dele, e devagar o afastei de mim. Era mais difícil do que eu imaginava. O abracei forte, e beijei sua bochecha.

– Não chore... Não chore, por favor... – Acariciei seus cabelos. – Você devia estar cuidando de mim... – O lembrei. Agora, uma de minhas mãos, subiam e desciam em sua costa.
– Acho que sou eu quem está precisando de cuidados agora. – Murmurou. – Você é a calma, e ao mesmo tempo, a tempestade. Quando as coisas dão errado, você acaba com tudo... acaba comigo. – Fungou. Fechei os olhos suspirando.
– Eu acabei com tudo? – Perguntei baixinho.
– A gente vai consertar tudo, amor. – Ele me abraçou mais forte. – Vamos, não vamos?
– Vamos, amor... – Murmurei. Arthur me soltou e segurou em meu queixo, passou os lábios nos meus, e diferente de minutos atrás, o beijo agora era lento e cheio de amor, desculpas, perdões e promessas.

Continua...

Se leu, comente! Não custa nada.

N/A: Ufá! Enfim postei, né? \o/ e aí, o que acharam do capítulo? Eu ah, fiquei com o coração partido e lágrimas nos olhos enquanto escrevia :´( e vocês?

O que acham que irá acontecer hein?
Bom, vou adiantar que as coisas irão se acertar, mas como tudo não são flores... hum...

Beijos...

18 comentários:

  1. chorando muito, posta mais.
    Ass:Renata

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  2. Ta linda, estou amando. Só acho que deveria postar mais um hj . Mih

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  3. Posta mais por favor.Ficamos muito tempo sem web

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  4. A sério esse exame tem que da negativo ela tem que poder engravida de novo .... Posta mais

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  5. Ohh sofrimento desespero deles passa pra nois.
    Tomara que tudo dê certo \Õ/ eles ñ merecem essa culpa.
    Adoreeeiii *----*

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  6. Meu Deus necessito de mais o que será que vai acontecer

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  7. meu deus que capitulo lindo, já no começo meu coração começou a apertar
    muito lindo
    espero que eles se acertem, torço por eles
    mais pelo amor de deus

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  8. MEU DEUUUUUUUUUUUUUUS CHOREEEI QUERO MUITO O PRÓXIMO

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  9. PODERIA POSTAR OUTRO HOJE NÉ HAHAH
    BEIJOS TÁ LINDO A WEB, PARABÉNS
    Bye: Clara

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  10. Posta mais.
    O jamile eu nao. To mandado vc fazer nada mas seria bom se o arthur se separasse pra dar uma emoção ou uma afliação pr nos que estamos lendo pr .saber se eles iriam voltar por o exame dizer que ela no pode engravidar ai elea se separansem ai depois de uns mese s eles voltavam e durante a volta deles ela engravidase... eu acho que a finfic ficaria otima. Daria mas emoção

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    1. Bom, "anônimo" Sei que querem um UP de emoção a mais. Olhe, mas garanto que o que tenho imaginado para os próximos capitulos, pode ser bem melhor que isso.Não haverá de ser necessario uma traição para tudo dar uma volta e tanto.

      Bom, é isso...

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    2. eu concordo com o anônimo seria otimo a ideia dele tem que ter umas brigas mas fortes nessa fanfic
      *leticia

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