E
lá estava ela, como quase todas as terças-feiras, encaminhando-se para o fórum
da Cidade do México, onde enfrentaria mais uma audiência. Mantinha-se
concentrada desde que saíra de casa, estava com os documentos todos em mãos, e
repassava mentalmente o que teria que dizer ao juiz, quando um corpo bateu
contra o seu, seguido de um tombo e um grito.
Arthur=
Perdão, eu não queria. - estendendo a mão para ajudá-la. – Perdão, de verdade.
Lua=
Está tudo bem. – pegando sua pasta que estava no chão, e ajeitando-se.
Arthur=
Eu não vi você. – envergonhado. – Essa justiça nesse país que não vale
absolutamente nada.
Lua=
Como? – espantou-se.
Arthur=
Não há um advogado que preste, nem se quer advogadas, é uma pior que a outra! –
irritado. – Eu nunca vi nenhuma decente, acredita nisso?
Lua=
Pois está de frente para uma. – abriu o sorriso. – Lua Maria, e você? – a
morena de cabelos lisos e estatura média, lhe estendeu a mão.
Arthur=
Ah, er… Arthur. – o rapaz, não muito alto, de cabelos castanhos e muito bem
arrumado, apertou a mão dela.
Lua=
Muito prazer, Arthur. – assentiu, soltando sua mão.
Arthur=
Digo o mesmo. – simpático. – Você disse que era advogada? – ela sorriu,
confirmando. – Nossa, eu… Eu nunca imaginaria.
Lua=
Não pareço uma? – arqueou a sobrancelha.
Arthur=
Bem, está vestida como uma, mas não é velha, nem anda resmungando. – sorriu sem
graça.
Lua=
Devo me sentir lisonjeada por isso? – indagou, com um amplo sorriso, e ele
confirmou. – Pois bem, precisa de uma boa advogada, Arthur?
Arthur=
Eu já passei por todos os advogados possíveis e imagináveis desse país, e
nenhum prestou. – revirando os olhos.
Lua=
Pode ter passado por muitos, mas não por todos, já que não me conhecia. –
piscou e retirou um cartão da bolsa. – Caso precise.
Arthur=
Espera, aonde você vai agora? – com o cartão nas mãos.
Lua=
Tenho uma audiência. – sorriu, dando um passo a frente.
Arthur=
Já perdeu alguma? – perguntou rapidamente.
Lua=
Ainda não, e essa não será a primeira. – piscou, e quando foi andar, ele a
puxou.
Arthur=
Posso marcar uma hora com você depois que sair daqui? – esperançoso de que
alguém pudesse finalmente resolver o seu problema.
Lua=
Pode. – desvencilhando-se dele. – É só ligar.
Sô=
Luinha! – a loira vinha correndo e arrumando as madeixas loiras.
Lua=
Sô, ainda temos um tempo, acalme-se. – dando dois beijos no rosto da amiga.
Sô=
Estou tão nervosa, tão aflita, não posso perder a guarda da Aninha por nada
nesse Mundo. – tremendo.
Lua=
E você já me viu perder alguma causa? – piscou. – Vamos entrar, sim?
Sô=
Vamos, eu estou muito ansiosa. – mordendo os próprios lábios.
Lua
apenas sorriu, piscou disfarçadamente para Arthur, e depois entrou com Sô, para
poderem aguardar a audiência que logo teria início.
O
Homem ainda ficou mais um tempo parado em frente ao fórum, apenas lembrando de
como era aquela morena de minutos atrás. Parecia tão jovem, mas também tão
madura e competente, que ele ficou a se indagar de quantos anos ela deveria
ter. Estava receoso em ter que ligar para ela depois da audiência, então, achou
melhor esperar.
Quando
ia até o restaurante que havia bem em frente, tropeçou no pé de alguém. Hoje
não é meu dia, pensou ele de cara feia, mas abriu um sorriso em seguida ao ver
que era uma criança.
Melanie=
Mil perdões, Senhor, ela não fez de propósito. – a morena, de olhos castanhos,
juntou a pequena junto a si.
Arthur=
Imagina, não foi nada. – sorriu com simpatia. – É sua filha?
Melanie=
Não. – sem graça. – Só estou cuidando dela, enquanto a mãe está em uma
audiência.
Arthur=
Entendo, acabo de sair de uma agora. – suspirou tristemente. – Qual é o seu
nome, Anjinho? – olhando para a garotinha, que tinha os olhos bem azuis e o
cabelinho loiro.
Ana
Paula= Aninha, Tio. – sorriu com meiguice. – E o seu?
Arthur=
Pode me chamar de Thur. – sorriu para ela.
Melanie=
Está tudo bem? – olhando para ele, que parecia ter ficado emocionado em falar
com a garotinha.
Arthur=
É… – ele bufou. – Acabei de sair da audiência, e não consegui, sabe? – seus
olhos encheram-se de lágrima. – Não consegui a guarda do meu filho.
Melanie=
Eu lamento. – com dó dele. – A mãe dela esta numa audiência assim também, sei o
quanto é doloroso.
Arthur=
Muito, e eu não tenho sorte, é um advogado pior que o outro. – indignado.
Melanie=
Se quiser, te indico a advogada da mãe da Aninha, ela é simplesmente uma
benção, é bem novinha, mas também muito competente, e não perde nenhuma, aliás,
eu tenho certeza de que vai dar tudo certo hoje.
Arthur=
Como é o nome dela? – interessou-se.
Melanie=
Lua Maria… – Aninha a interrompeu.
Ana
Paula= É a Tia Luinha. – contente.
Arthur=
Lua Maria? – pensando. – É uma com cabelo castanhos, er… Qual seu nome?
Melanie=
Ah, é Melanie. – sorridente. – E sim, é ela mesma, já a conhece?
Arthur=
Conheci não tem dez minutos, aqui mesmo. – ele sorriu de lado. - Vou esperar
que ela saia pra marcar um dia.
Melanie=
Você vai adorar. – com Ana em seu colo. – Mas acho que vai demorar um pouco. –
sem jeito.
Arthur=
Se importa se eu esperar com vocês? – deu de ombros, e a morena aceitou.
Por
fim, acabaram tornando-se amigos, e Thur até contou a Melanie sobre seu filho,
e o quanto era importante conseguir a aguarda dele. A Morena também acabou
falando um pouco de como era cuidar de Aninha, que era como sua filha.
Ana
Paula= Cadê a Mamãe, Tia? – fazendo bico para Mel.
Melanie=
Ela já vem, Meu Anjo. – alisando o cabelinho dela. – Só mais um pouquinho.
Sophia=
FILHA! – ela veio correndo na direção da menina, que ergueu os olhos na direção
da mãe, e correu para abraçá-la.
Melanie=
Chegaram! – exclamou contente, e levantou-se para ir até a amiga. – Você vem?
Arthur=
Sim. – levantando-se também.
Melanie=
Deu tudo certo? – olhando esperançosa para a amiga.
Sophia=
Deu certíssimo! – agarrada a filha. – Você tinha que ver como a Lua redarguia a
tudo que o advogado daquele sacana dizia. – com os olhos brilhando. – Até que o
Juiz, e, diga-se de passagem, muito gato, disse: “Argumento irrefutável, a
guarda é da mãe.”
Melanie=
JURA? – abriu um sorriso imenso.
Sophia=
Mel, estou TÃO feliz! – enchendo a bochecha da filha de beijos.
Melanie=
E eu estou feliz por vocês. – dando um beijo na loira. – Eu não te disse, Thur?
Sophia=
Quem é esse? – curiosa.
Melanie= Futuro cliente da Luinha, por um processo exatamente
igual ao seu. – apresentando. – Arthur, essa é a Sophia, mãe da Aninha.
Arthur= Muito prazer. – estendendo a mão a ela. – E parabéns.
Sophia= Muito obrigada. – extremamente contente. – Você vai adorar
a Luinha, ela é ótima.
Aninha= TIA! – saindo dos braços da mãe, e correndo até a morena,
que a pegou no colo.
Lua= Minha Pequena. – pegando a garotinha no colo, e a abraçando
com carinho.
Aninha= Eu vou ficar com a mamãe pra sempre? – com os olhinhos
marejados.
Lua= Pra sempre, Meu Amor. – beijando a bochecha da criança.
Melanie= Luinha! – chamando a amiga, que se aproximou lentamente
deles. – Parabéns!
Lua= Obrigada, Mel. – abraçando a morena de lado, pois ainda
estava com Aninha em seus braços. – Ainda bem que deu tudo certo.
Melanie= Claro que ia dar! – rindo. – Está pra nascer uma advogada
melhor que você. – Lua riu.
Bom capitulo! Posta mais hj, não só dessa, também das outras. Por favor! Rs
ResponderExcluirPosta mais adorei este capítulo. Por favor
ResponderExcluirAmei posta mais
ResponderExcluir++++++ não vai postar mais essa não?
ResponderExcluirVou sim amr, estou em epocas de provas e fora outras coisas q tenho pra fazer ai n estou tendo tmp. Mais sim eu vou postar o mais rapido possivel
Excluir++++++++
ResponderExcluirPostaa Mais
ResponderExcluir