Milagres do Amor
Passeio
e Surpresa.
Pov Narrador
Arthur passou a tarde inteira,
interrogando o traficante.
Estava quase anoitecendo quando ele
resolve tudo e volta pra casa. No curto caminho de menos de vinte minutos, ele
chega. Guarda o carro na garagem entra em casa e encontra Luke deitado no
tapete, logo que percebe Arthur corre em sua direção tentando se redimir.
Arthur esquece os acontecimentos
passados que Luke fizera e faz carinho em sua cabeça.
Ele procura Lua por todos os cômodos da
casa e não a acha, começa a ficar preocupado. Quando vê Ruth e lhe pergunta:
– Ruth sabe onde Lua se meteu?
– Sim senhor, ela está na piscina.
– Ela almoçou?
– Não senhor.
– Que diabos, por que não? – pergunta
ficando irritado.
– Ela disse que não estava com fome.
Arthur se sente culpado por não ter
almoçado com ela. Ele vai em direção os fundos da casa e a encontra de costas
para ele, sentada em uma cadeira de madeira em frente à piscina.
Ele passa longos minutos a observando.
Seus cabelos loiros brilhavam com a luz da lua, sua silhueta bem definida
amostra, lhe tira os sentidos.
Quando cansa de ficar babando se
aproxima, sem fazer nenhum barulho.
Lua se levanta ainda não percebendo a
presença de Arthur e caminha na beirada da piscina. Seus pensamentos se chocam
sem parar, sempre indo a uma única direção.
– Como esse sentimento pode ser tão
forte? Eu mal o conheço isso não poderia ter acontecido. Estava satisfeita em
tê-lo como amigo. Talvez Ruth esteja errada, estou confundindo grande amizade
com amor. Ah, droga, a quem eu quero enganar? Sem ele por perto me sinto tão
desconfortável, quando está por perto meus problemas desaparecem
esparramando-se pelo chão. Porém quando está longe às nuvens nubladas começam a
aparecer e eu sei bem por que… Só espero que o que sinto, seja suficiente para
nós dois.
Lua divaga por seus pensamentos
tentando encontra respostas. Olhando para o céu começa a dar cada estrela
existente, razões por o querer tanto a cada minuto mais e mais, suas qualidades
e até seus defeitos, mas que ela descobriu gostar, faltaram estrelas.
De repente ela sente borboletas em seu
estômago com um cheiro familiar no ar, porém não liga o cheiro a pessoa.
– Bú – grita Arthur, Lua se
desequilibra e cai na piscina. Arthur até tenta segura-la, mas é em vão, ela
cai de roupa e tudo na parte mais rasa da piscina.
– Ah, Arthur – grita irritada em meio à
tosse por ter engolido água.
– Desculpa – começa a gargalhar – Não
era essa minha intenção – diz entre as gargalhadas.
– Hum… Então vamos ver até onde vai
está brincadeira – pensa Lua já maquinando.
– Arthur Aguiar, seu eu tivesse caído
na parte funda teria me afogado na cara dura, finge desespero e começa a andar
‘’distraidamente’’ mais para o fundo.
– Não sabe nadar? – apesar de Lua
mentir muito mal, Arthur não percebeu.
– Não! – responde e finge que
escorregou, prende a respiração e fica de baixo da água.
Arthur espera ela emergir, mas isso não
acontece e começa a ficar agoniado com a demora.
Ele pula a água sem pensar duas vezes,
de roupa e tudo, e com um aperto esquisito, que nunca sentido antes, no peito.
Lua sente braços fortes a puxando para
a superfície.
– Tudo bem? – pergunta Arthur com o
cenho franzido.
– Sim, bom trabalho Thur. Já pensou em
ser salva-vidas? – ri.
– Não Lua, você estava brincando
comigo? – finge estar irritado, mas por dentro aliviado por Lua estar bem e
tudo não ter passado de uma brincadeira.
– Nada mais justo, você me fez cair e
eu te fiz também. – Dá um sorriso de orelha a orelha.
– Sua sapeca – começa a fazer cócegas
em sua barriga.
Eles passam longos minutos, quem sabe
horas ali curtindo a piscina com suas brincadeiras. Até que Arthur quer sair.
– Ah, larga de ser turrão, a água está
tão boa. Vamos ficar mais?
– Nem pensar, temos que tomar um banho.
Está começando a esfriar, e você pode ficar gripada.
Um bico enorme e fofo se forma no rosto
de Lua e Arthur logo ri.
– Desmancha esse bico. Nós vamos fazer
uma coisa que vai te animar muito. – diz passando o dedo em seu bico.
– Hum… Tudo bem o que é? – diz curiosa.
Arthur sai da piscina e a ajuda. Uma má
ideia para seu alto controle, o vestido que ela esta usando ficou grudado em
seu corpo, seus seios firmes e fartos se intumesceram, apontando diretamente para
ele, pedindo para ser acariciados.
Sua mão coça com essa possibilidade e
sua boca saliva com a ideia de levá-lo a boca e chupá-lo até se cansar. (0-o)
Quando percebe o que está pensando, tira
o pensamento de sua cabeça, porém, tarde demais, seu amiguinho já pulou da
calça, tira a blusa social de dentro da calça e o tampa. Pega uma toalha nova e
cheirosa que Ruth ali deixou e entrega a Lua.
Lua nem percebe a luta interna
que Arthur está tentando combater e muito menos sua excitação.
– Obrigada. Thur, me diz o que é? Vai.
– Nem pensar, só depois do banho e do
jantar. Falar em jantar pode me responder, por que a senhorita não almoçou? – pergunta
enquanto caminha com Lua em direção a casa.
– Não estava com fome. Eu tomei café.
– E agora está?
–Não.
– Como isso é possível? Você só tomou
café.
– Sei lá, vem Thur eu quero ir logo. –
diz o puxando pela mão.
– Como você sabe que vamos sair? –
pergunta confuso.
– Nãos sei, joguei verde – ri. – Tem
como nós jantarmos neste lugar?
– Hum… Tem sim. Boa ideia, vamos jantar
lá então.
– Ok, vou tomar banho.
– Vai lá.
Cada um vai em direção ao seu quarto.
Lua toma seu banho quente e rápido,
tirando todo o cloro do corpo e do cabelo.
Coloca um vestido preto com bolinhas
delicadas brancas até a altura das coxas, com uma jaqueta preta por cima,
coloca um sapato de bico fino e prende os cabelos, ainda molhados, em um rabo
de cavalo e passa somente brilho labial.
Por sorte de calçar junto com
Mel, ao contrário das roupas, que só os vestidos lhe servem.
Arthur coloca uma calça jeans e blusa
verde com tênis adidas e desce, espera Lua sentado no sofá da sala, que
logo desce.
Arthur acompanha os movimentos de Lua
de boca aberta. Ela chega a sua frente.
– Como estou? – pergunta dando uma
pirueta.
– Hum… Gostosa demais. – pensa, mas
fala outra coisa.
– Está… Linda. – responde a medindo dos
pés a cabeça, quando chegam a seus lábios, fica doido para provar seu gosto.
– Obrigada, Thur, você também está
lindo. Adorei sua blusa combinou perfeitamente com sua pele. Você poderia
usar ela sempre. – diz sorrindo.
– Ah, então quer dizer que só fico
bonito com ela? – pergunta se fingindo de indignado.
– Claro que não, com qualquer roupa
você.
Arthur observa o embaraço dela,
adorando vê- lá corando. Puxa seu queixo com o dedo indicador e a encara.
– Obrigada docinho. Mas há
controvérsias, tem pessoas que acham meus olhos assustadores. – brinca.
– Eu não acho, são os olhos mais
bonitos que eu já vi. – diz corando mais, se possível.
– Obrigado novamente eu também acho a
mesma coisa dos seus.
Lua apenas balança a cabeça agradecendo
e ri timidamente.
Ele se abaixa e lhe dá um beijo sincero
na testa, que é recebido com um abraço em troca. Arthur cheira seus cabelos e
vão para o carro.
Eles percorrem a metade do caminho em
silêncio. Arthur resolve quebrá-lo
– Me conta mais sobre você, Lua.
Lua é surpreendida pela pergunta, mas
responde.
– Hum… Meu nome todo é Lua Blanco,
tenho 20 anos, faço aniversário em 05 de março, escrevo e canto músicas…
– Jura?
– Sim, meu avô me dizia que eu cantava
bem. – Lembra com um sorriso triste.
– Um dia eu quero ver e ouvir suas
músicas, então.
– Tudo bem, eu te mostro.
– E sua família?
Arthur entra em um campo perigoso.
– Família? Ah, família é sinônimo de
união e amor, então a minha família já morreu.
Arthur percebe que não é um assunto que
Lua fique feliz e resolve ficar quieto.
– E você? – Lua pergunta.
– Ah, minha vida não é interessante. – diz
tentando desviar do assunto.
– Não, nem vem, eu falei agora é sua
vez.
– Ok, ok, Sou Arthur Queiroga Bandeira
Aguiar como você já sabe, faço aniversário de 03 de março tenho 22 anos. – ele
é interrompido por Lua.
– O que? 23 anos, como assim? Você é
general e chefe do FBI com apenas 23 anos? está brincando né?
– Não, eu sempre me destacava entre
todos de minha turma, eu era o melhor, por isso acharam que eu estava mais
qualificado e pronto para avançar nas turmas.
– Nossa – Lua se impressiona.
– É.
– E sua família? – Lua repete a mesma
pergunta que ele lhe fez.
– Eu não tenho muito contato com eles
há muito tempo. Eles vem de vez em quando me visitar ou vou para lá no natal,
quando vou.
– Por quê? Eles não te apoiam? Vocês
não se dão bem?
– Não é isso, eu só prefiro assim. – diz
dando de ombros.
– Prefere ficar longe? Definitivamente
você não bate bem da cabeça, eles devem sentir sua falta.
Arthur deixa passar o ‘’você não bate
bem ‘’ e responde.
– Eles vêm me visitar. – dá de ombros.
– Isso é muito egoísmo da sua parte. – diz
indignada.
Arthur fica de boca aberta com sua
petulância.
– O que você disse? – pergunta
novamente não acreditando no que ouviu.
Eles chegam ao shopping, Arthur entra
no estacionamento e para o carro. Olha para Lua franzindo o cenho.
– Não adianta você me olhar com essa
cara não. Senhor Aguiar, você é muito egoísta sim. Só quem não tem uma família,
para se apoiar e ganhar amor sabe o quanto é ruim. Só olha para seu umbigo.
Lua mal percebe que uma lágrima escapa
de seus olhos e Arthur a seca.
Arthur que começava a se irritar com
Lua, se desarma totalmente quando percebe que ela chora.
– Não precisa chorar. Já chegamos.
Vamos?
Lua assente.
Arthur sai do carro e abre a porta para
Lua, que pega em sua mão e a guia em direção a porta do shopping.
Eles entram e muitas cabeças viram em
direção aos dois.
– Tinha me esquecido do quanto você é
famoso. – ri
– Eu não sou famoso. – responde Arthur.
– É sim ‘’O poderoso Aguiar’’,
você sempre está na TV e jornais. – Arthur dá de ombros, vai em direção à praça
de alimentação.
– O que você quer comer?
– Hum… Pizza de mussarela?
– Ok.
Eles sentam-se à mesa e percebem um
empurra-empurra entre os garçons, para atendê-los. Arthur vira os olhos.
– Eles estão com medo do poderoso
Aguiar – diz Lua dando gargalhadas que é seguida por Arthur.
Logo um deles vem atendê-los. Arthur
pede a pizza e duas cocas, o garçom logo sai da mesa trêmulo.
Enquanto espera os pedidos chegarem,
conversam banalidades, mas a pizza chega a tempo recorde.
– Uau, isso tudo é medo do poderoso
Aguiar. – brinca Lua.
Eles comem, bebem e logo vão em direção
a uma loja de roupas, depois claro de pagar pela refeição.
Arthur iria deixar Lua sozinha fazendo
suas compras, mas logo desiste da ideia, pois Lua quase deu um ataque e fica.
Lua coloca e tira várias peças de
roupas e sapatos, saindo do provador para saber a opinião de Arthur.
Depois de mais de duas horas indo de
loja em loja. Arthur paga e em cada uma delas recebe um mega desconto, sem
motivo nenhum. Ele cheio de sacolas na mão, pois não deixou Lua carregar
nenhuma.
– Ò povo puxa saco, que descontos foram
esses? – diz Lua.
– Pois é – ri Arthur.
Eles seguem para o estacionamento, ele
coloca as centenas de sacolas no porta malas do carro.
– Mel iria dar um chilique, se me visse
no shopping.
– Por quê?
– Eu nunca venho com ela.
– Que maldade, tadinha.
– Tadinha? Isso porque você não a
conhece. Chega a ser até pior que você para fazer compras.
Lua ri e dá um tapa em seu ombro.
– Seu chato.
Arthur termina de colocar as sacolas
bate a porta do porta malas. Quando escuta um grito de Lua, se vira rapidamente
colocando a mão na cintura, onde se encontra sua arma.
Lua estava tão envolvida no papo com
Arthur, que nem percebeu passos vindos atrás de si. De repente é puxada, solta
um grito de surpresa, onde logo recebe uma mão em sua boca a impedindo de
gritar.
Quando escuta uma voz nojenta e grossa
em seu ouvido.
– Te encontrei novamente, belezura.
Lua se apavora ao conhecer aquela voz.
Continua...
Milagres do Amor
Descobertas.
Pov Narrador
Eram os mesmos caras que a perseguiram
quando Arthur a encontrou, mas agora com mais um em seu bando.
Os seguranças do estacionamento
acompanharam tudo e já chamaram a policia. Era uma questão de tempo até eles
chegarem ali.
O chefe do bando, segura Lua pelo
pescoço, onde provavelmente ficaria a marca roxa pela força exercida no local,
a outra mão com a arma apontando em sua direção.
– Sinto muito Aguiar, mas acho que hoje
não é o seu dia de sorte. – diz com um sorriso sarcástico em direção a Arthur.
– Por que você tem essa certeza? –
pergunta.
Por fora está o mais calmo possível,
colocando seu treinamento de anos em pratica, mas por dentro algo estranho se
apoderava de seu coração, uma sensação esquisita e incrivelmente… O medo ali se
via presente. Sim, Arthur Aguiar com medo, mas não por ele, claro, por Lua.
– Olha em volta Aguiar, estamos em
maioria e você não parece estar ao alcance de sua arma. – ri sendo acompanhados
de seus comparsas.
Lua que tenta respirar, pelo aperto
forte em seu pescoço, começa a se desesperar. Não quer que nada aconteça a
Arthur por sua causa.
Ele, porém, não se intimida nem um
pouco. Pelo tanto de caras que ele já enfrentou, esses em sua frente parecem
bem burros, para sua experiência e capacidade.
– Rá, já estou acostumado em estar em
minoria – fala encarando-o ameaçadoramente, seus olhos incrivelmente escuros e
profundos. Acredite você não ira conseguir seguir seus objetivos. – ri, um
sorriso ameaçador, puxado de lado.
– Você acha Aguiar? Porém, uma pessoa
parece ser a mais fraca de todos nós. – se refere à Lua apertando seu pulso,
que geme de dor. – Não é Lua…
Sussurra em seu ouvido com seu hálito
nada agradável.
– E o que parece, você gosta muito dela
não? Arriscar sua vida para protegê-la. – diz com seu sorriso irritante lançado
a Arthur. – Que tal fazermos um trato? Eu tiro a virgindade dela e depois, ah,
depois ela é toda sua.
Arthur engole a saliva com dificuldade,
tentando manter sua raiva camuflada e não se deixar abater pelas palavras sujas
do bandido.
– Ainda não é a hora – pensa, se
controlando ao máximo.
– Por que você a quer? Pela sua
virgindade? Há tantas por ai, oferecendo de graça. – tenta dizer com
indiferença.
– Ah, Aguiar você sabe que não é tão
fácil assim, achar uma virgem e ainda por cima gostosa que nem essa que eu
tenho em minhas mãos é muito difícil. – diz cheirando o pescoço de Lua, que se
esquiva enojada.
Arthur cada vez mais está sem
paciência, a qualquer momento sua raiva pode explodir, como um vulcão em
erupção.
– Mas não é só isso, eu paguei, muito
caro por essa vadia. O pai dela estava me devendo, como não tinha dinheiro para
pagar, me ofereceu sua filha como moeda de troca.
Lua estremece e seu desespero, ao ouvir
essas palavras, escorrem como uma cachoeira em seus olhos. Apesar de conhecer
muito bem seu pai, nunca pesou que ele fosse capaz de vendê-la.
– Não chore belezura. Ele não te
queria, diferente de mim. Eu irei adorar me afundar em você, tão forte que você
irá gritar. – ri tirando sua mão do pescoço dela e indo em direção ao seu seio
direito.
Lua lhe dá um tapa, o homem lhe devolve
com uma bofetada em seu rosto. Lua cai no chão, por tamanha força.
Arthur que até então permanecia calado
só observando, atinge o auge de sua ira, de repente tudo que ele vê em sua
frente é o vermelho. Seu sistema de proteção entra em ação.
– Você não deveria ter feito isso. – diz
entre dentes.
Um dos homens vendo que testaram de
mais a paciência do Aguiar, corre dali espantado e trêmulo pelo olhar e voz
ameaçadores, lançado em sua direção. Afinal sua vida valia mais que poucos
dólares pagos para estar ali e enfrentar um touro bravo, pronto para lhe lançar
para o alto com sua chifrada violenta.
– Covarde. – o chefe fala.
Aproveitando do momento de distração do
homem, Arthur vai para cima dele, tirando a arma da sua mão e a do outro homem
como um borrão.
– O que você é? Como fez isso? – pergunta
espantado e de olhos arregalados.
Arthur nem olha para Lua, pois se não
perderia o foco de sua mais recente caça. Para em sua frente, onde ela continua
caída no chão.
– Sou humano igual a você. Só que ao
contrário de você, quando eu vou fazer uma coisa… eu faço direito.
Arthur se lança pra cima do homem, que
não tem tempo de reagir, recebe um soco do olho esquerdo e cai, miando de dor.
O outro vem em direção ao Arthur e
tenta lhe acerta um soco, mas é parado no meio do caminho.
– Agora é minha vez. – ri ameaçadoramente.
Dando-lhe uma joelhada no estômago, ele
se curva de dor abaixando a cabeça, Arthur lhe dá uma joelhada no nariz,
quebrando-o, e completa com um soco, bem dado de esquerda. O Homem cai
desmaiado e sangrando no chão.
– Franguinho. – diz. O brilho do
ódio ainda permanece em seu olhar sua boca quase espumando de tanta sede de
vingança.
Ele vai em direção ao ‘’chefe’’ deles,
que permanece no chão com a mão no olho, tentando aplacar a dor. Puxa-o pelo
colarinho, até ele ficar a altura de seus olhos.
– Você mexeu com o homem errado e
principalmente com a garota errada, seu merda.
E o atira para uma coluna, que sustenta
o teto, ele quica e cai no chão, em um baque surdo, provavelmente quebrando
algumas costelas.
Arthur não satisfeito, o ergue bruscamente,
que grita de dor.
– Você não deveria ter encostado nela,
minha vontade é de arrancar sua mão ou algo muito melhor, te matar. Para
sua sorte, isso a assustaria.
Ele o joga no chão e se vira, quando
escuta um sussurro ,vindo do homem.
– A Aguiar, você a ama ! – afirma, com
a força que lhe resta.
– Você não sabe de nada.
– Rá, não negou? Explica-me esse
extinto de proteção então Aguiar? – gargalha em meio às dores agudas e o sangue
em sua boca misturado com a saliva.
– Cala a boca, porra. – Berra e lhe dá
um chute, em sua barriga, e um soco, onde desmaia.
Uma sirene é ouvida e logo mais de 10
viaturas entram cercando o estacionamento, parece até que o presidente se
encontrava ali. Exagero? Não, se tratando do chefe do FBI, não é.
Até tentaram fazer com que ele andasse
com seguranças, mas claro que ele não aceitou.
Lua que continua deitada no chão sente
sua cabeça girar e nada ouviu sobre o breve papo entre Arthur e o bandido. Seu
estômago começa a se contorcer, querendo jogar tudo que comeu pra fora.
Sente uma mão grande e quente em seu
rosto, tirando seu cabelo de seu rosto e limpando o canto de sua boca manchado
pelo sangue, que ali escorria.
Apesar de está de olho fechado percebe
imediatamente quem está ao seu lado, pelo cheiro e pelas correntes elétricas
esquisitas causadas, pelo toque.
Arthur limpa seu machucado, erguendo um
pouco sua cabeça, ele sente mais ódio do desgraçado, mas se acalma e volta sua
atenção a Lua.
Lua coloca sua mão gelada na de Arthur
que permanece em seu rosto e lhe sussurra:
– Arthur – e suas lágrimas voltam com
força, tentando segurar o vômito que ameaça sair por sua boca a qualquer
momento.
– Sim docinho. Sou eu, você está bem? –
pergunta preocupado
– Não – resmunga com dor em sua boca,
abre os olhos, que até então estava fechado pela tontura. Encara Arthur e vê
ali preocupação e… Carinho!
Ela tenta sorrir mais geme de dor.
Apesar de estar acostumada com a dor, pela sua falta de coordenação ou por… Seus
pais.
Arthur se desespera.
– Onde dói? Será que você quebrou algo?
– diz procurando com cuidado alguma fratura.
Lua sorri pela preocupação evidente de
Arthur.
– Ele deve gostar, pelo menos, um pouco
de mim – pensa.
– Não, está tudo bem, só minha cabeça
que gira e minha boca lateja um pouco. – o tranquiliza.
Lua tenta se levantar, mas quase cai,
sem forças nos braços. Arthur a ergue, com cuidado, passando uma mão atrás de
seus joelhos e a outra segurando suas costas, tirando-a do chão frio e úmido.
Ela ainda luta contra o vômito, que com
a altura, se intensificou.
– Thur… Arthur me leva ao banheiro… Por
favor? – diz com dificuldade.
– Tudo bem.
Ele percebe seu desespero e vai em
direção ao banheiro, vê vários policias saindo das viaturas e indo em direção
aos bandidos.
Bernardo anda em sua direção. Arthur o
conhece na hora, ele será seu novo parceiro, apesar de Arthur não precisar de
um. Bernardo foi escolhido a dedo, é um dos melhores policiais.
Seus cabelos curtos, olhos em um tom
castanho bonito, rosto firme com traços marcantes, seu corpo não é muito
musculoso e também não é muito alto.
– Senhor Aguiar, sou Bernardo Falcone,
como já sabe. Tudo bem com o senhor?
– Sem dúvidas.
– Nós prendemos um homem que estava
fugindo pelos fundos do estacionamento.
– Presta atenção no que eu vou te
dizer, Falcone – Bernardo engole seco – Eu quero esses homens na prisão até a
morte, entendeu? – conclui com o maxilar travado.
– O senhor manda.
Arthur vira e agora sim, vai em direção
ao banheiro do shopping, com Lua em seus braços, que dá graças a Deus.
Com o movimento do andar de Arthur seu
estômago se revira ainda mais, para tentar se acalmar ela agarra a camisa de
Arthur e afunda sua cabeça em seu pescoço, sentindo seu perfume que ela tanto
adora, acalmando assim sua respiração e estômago.
Arthur entra no banheiro feminino com
Lua nos braços, não se importando com o protesto de algumas mulheres que ali
estavam.
– Docinho, estamos no banheiro.
Avisa a Lua que ainda está afundada com
a cabeça em seu pescoço.
– Ok, pode me colocar no chão?
Arthur a coloca, mas continua
segurando-a pelos ombros. Ela se dirige a uma cabine e joga tudo que estava
segurando no vaso, vomitando violentamente.
Arthur vai até lá e segura seu lindo
loiro rabo de cavalo, não se importando com a cena que está presenciando.
Quando não lhe resta mais nada no
estômago a não ser ar, ela desaba no chão de joelhos, mas não se machuca, pois
sua queda é acompanhada por Arthur que agora segura em seus ombros.
Ela passa as costas da mão na boca,
limpando-a e se vira para Arthur.
– Você não precisava ter visto isso,
desculpe-me. – diz coma voz arrastada.
– Não se preocupe. – ele limpa o suor
acumulado em sua testa em seguida pega sua mão, fazendo carinho circulares com
a ponta dos dedos.
Lua respira e inspira varias vezes,
fica ali alguns minutos e se levanta, meio trôpega, com Arthur a ajudando. Vai
até a pia, onde lava muitas vezes sua boca e seu rosto. Ela para um momento pra
pensar e a realidade lhe atinge com uma onda violenta. Todo passado que ela
mantinha trancado a sete chaves, em algum lugar de sua mente volta, e nubla seu
coração novamente. Ali enfrente ao espelho, vendo sua imagem refletida começa a
chorar descontroladamente.
Porém sabe o que ele tem e sabe muito
bem o que é, e que ele desconhece o que sente.
Arthur bate a porta com cuidado e
vira-se para Bernardo.
– Espero que ela fique bem senhor.
– Ela ficará.
– Será um prazer trabalhar com o
senhor.
Bernardo estende sua mão para
Arthur que hesita, mas acaba apertando. Logo em seguida entra no carro dando a
partida.
Ele começa a pensar em tudo que viveu
quando Lua entrou em sua vida, logo sorri com as lembranças. Chega rapidamente
em casa, tira Lua do carro, que ainda dorme profundamente, e entra em
casa. É recebido por Luke, que parece saber que Lua não está bem, começa a
chorar.
– Ela está bem Luke. – Diz ao cachorro.
Ele sobe as escadas vai para o quarto,
coloca-a na cama e a cobre. Porém permanece ali velando seu sono.
Seus pensamentos pipocam em sua mente,
um se chocando com o outro. Mas uma coisa não sai de sua cabeça.
– Aguiar, você a ama! – o que o bandido
disse antes de desmaiar.
Como um filme as imagens de seus
momentos com Lua passam em sua cabeça.
Ele percebe que quando está com ela,
tudo fluía naturalmente, ria com ela, como não ria com mais ninguém, se sentia
vivo, como há muito tempo não sentia.
Lembra do quase beijo, onde pode
até sentir o hábito doce dela misturado com o seu.
– Como eu queria que aquele beijo
tivesse acontecido! – pensa passando as mãos nervosamente pelos cabelos.
Lembra da piscina onde sentiu uma
agonia terrível, da qual nunca sentiu por algo ou alguém. Sua roupa colada em
seu corpo, sua excitação evidente naquele dia, que se torna presente só com o
pensamento.
– Que merda, só com o pensamento eu
fico assim, imagina quando… Ah, não quero nem pensar. – se exaspera.
Lembra do ódio que subiu em suas veias,
quando o desgraçado bateu nela, só com a lembrança, sua boca seca de vontade de
matá-lo.
Das palavras que ela falava sem medo ou
receio algum, sempre com um sorriso encantador no rosto. Quando a via chorar
seu muro de frieza e indiferença ruía com um baque surdo ao chão, ali ele
percebe que faria de tudo para mantê-la sorrindo com sua espontaneidade, sua
doçura e delicadeza.
Certa vez ele leu uma frase onde nela
dizia:
– O amor é se sentir seguro nos braços
de alguém, é querer manter um sorriso. Não é só o desejo físico, é sentir
vontade de passar todos os dias, minutos, horas com essa pessoa. É sentir o
estômago se embrulha apenas com um toque… Amar é sorrir apenas porque o outro
está sorrindo, é querer permanecer abraçado, sentindo o calor e o cheiro do
outro para sempre. Amar é fazer tudo pelo outro, sem querer nada em troca,
apenas seu amor.
Porém o amor é algo delicado, que vem e
vai fácil, é como uma flor, frágil e bela, ela cresce a cada vez que é regada,
mas, se é esquecida, além de não crescer, ela morre.
Arthur coloca suas mãos no rosto
e finalmente cai em si.
Ele realmente a ama. É como se ela
fosse seu ar, sua água em um deserto escaldante, sua miragem mais encantadora e
graciosa, sua chuva em cem dias de seca. É tudo que ele jamais imaginou ter ou
sonhou em dar.
Continua...
Se leu, comente! Não custa nada.
Dois
Capítulos para a alegria de todos \o/.
Se
tiver bastante comentário. Amanhã posto mais.
Os
capítulos vão ser atualizados de acordo com os comentários. Próximo post. com
mais de 10 comentários.
Aeeee lindoooo amando como sempre... Agr só falta Little Anie.. *_*
ResponderExcluirAwwwwn o final do capitulo foi muito fofo!!
ResponderExcluirby: Naat'
Que lindoo *--*
ResponderExcluirOh ate o Luke chorou com o estado de Lua. É Aguiar ñ foge da raia ñ que tu ta arriado os 4 pneus e os esteps por Lua.
Adoreeeiii
Posta mais ....
ResponderExcluirAte quem fim o Arthur percebeu que ele ama a Lua
ResponderExcluirApaixonada pela web! Ansiosa por mais!
ResponderExcluirQue lindo! Estou ansiosa para o primeiro beijo deles kk
ResponderExcluirAH! Percebeu que a amaaaa!!! Agora sim ❤
ResponderExcluirAmeiiii... posta mais!!
ResponderExcluirby: Naat'
Ameeeiiii 😍😍
ResponderExcluirMt lindo! Quero mais
ResponderExcluirmeu deus gamei vc é 10
ResponderExcluirQuerida que perfeita, já estou ansiosa. Alasca ♊
ResponderExcluirMais please..
ResponderExcluirAmeeeiiii 😍😍
ResponderExcluirAmeiii
ResponderExcluir