Milagres do Amor - Cap. 8º e 9º

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Milagres do Amor
Passeio e Surpresa.

Pov Narrador

Arthur passou a tarde inteira, interrogando o traficante.

Estava quase anoitecendo quando ele resolve tudo e volta pra casa. No curto caminho de menos de vinte minutos, ele chega. Guarda o carro na garagem entra em casa e encontra Luke deitado no tapete, logo que percebe Arthur corre em sua direção tentando se redimir.

Arthur esquece os acontecimentos passados que Luke fizera e faz carinho em sua cabeça.

Ele procura Lua por todos os cômodos da casa e não a acha, começa a ficar preocupado. Quando vê Ruth e lhe pergunta:

– Ruth sabe onde Lua se meteu?
– Sim senhor, ela está na piscina.
– Ela almoçou?
– Não senhor.
– Que diabos, por que não? – pergunta ficando irritado.
– Ela disse que não estava com fome.

Arthur se sente culpado por não ter almoçado com ela. Ele vai em direção os fundos da casa e a encontra de costas para ele, sentada em uma cadeira de madeira em frente à piscina.

Ele passa longos minutos a observando. Seus cabelos loiros  brilhavam com a luz da lua, sua silhueta bem definida amostra, lhe tira os sentidos.

Quando cansa de ficar babando se aproxima, sem fazer nenhum barulho.

Lua se levanta ainda não percebendo a presença de Arthur e caminha na beirada da piscina. Seus pensamentos se chocam sem parar, sempre indo a uma única direção.

– Como esse sentimento pode ser tão forte? Eu mal o conheço isso não poderia ter acontecido. Estava satisfeita em tê-lo como amigo. Talvez Ruth esteja errada, estou confundindo grande amizade com amor. Ah, droga, a quem eu quero enganar? Sem ele por perto me sinto tão desconfortável, quando está por perto meus problemas desaparecem esparramando-se pelo chão. Porém quando está longe às nuvens nubladas começam a aparecer e eu sei bem por que… Só espero que o que sinto, seja suficiente para nós dois.

Lua divaga por seus pensamentos tentando encontra respostas. Olhando para o céu começa a dar cada estrela existente, razões por o querer tanto a cada minuto mais e mais, suas qualidades e até seus defeitos, mas que ela descobriu gostar, faltaram estrelas.

De repente ela sente borboletas em seu estômago com um cheiro familiar no ar, porém não liga o cheiro a pessoa.

– Bú – grita Arthur, Lua se desequilibra e cai na piscina. Arthur até tenta segura-la, mas é em vão, ela cai de roupa e tudo na parte mais rasa da piscina.
– Ah, Arthur – grita irritada em meio à tosse por ter engolido água.
– Desculpa – começa a gargalhar – Não era essa minha intenção – diz entre as gargalhadas.

– Hum… Então vamos ver até onde vai está brincadeira – pensa Lua já maquinando.

– Arthur Aguiar, seu eu tivesse caído na parte funda teria me afogado na cara dura, finge desespero e começa a andar ‘’distraidamente’’ mais para o fundo.

– Não sabe nadar? – apesar de Lua mentir muito mal, Arthur não percebeu.
– Não! – responde e finge que escorregou, prende a respiração e fica de baixo da água.

Arthur espera ela emergir, mas isso não acontece e começa a ficar agoniado com a demora.

Ele pula a água sem pensar duas vezes, de roupa e tudo, e com um aperto esquisito, que nunca sentido antes, no peito.

Lua sente braços fortes a puxando para a superfície.

– Tudo bem? – pergunta Arthur com o cenho franzido.
– Sim, bom trabalho Thur. Já pensou em ser salva-vidas? – ri.
– Não Lua, você estava brincando comigo? – finge estar irritado, mas por dentro aliviado por Lua estar bem e tudo não ter passado de uma brincadeira.
– Nada mais justo, você me fez cair e eu te fiz também. – Dá um sorriso de orelha a orelha.
– Sua sapeca – começa a fazer cócegas em sua barriga.

Eles passam longos minutos, quem sabe horas ali curtindo a piscina com suas brincadeiras. Até que Arthur quer sair.

– Ah, larga de ser turrão, a água está tão boa. Vamos ficar mais?
– Nem pensar, temos que tomar um banho. Está começando a esfriar, e você pode ficar gripada.

Um bico enorme e fofo se forma no rosto de Lua e Arthur logo ri.
– Desmancha esse bico. Nós vamos fazer uma coisa que vai te animar muito. – diz passando o dedo em seu bico.
– Hum… Tudo bem o que é? – diz curiosa.

Arthur sai da piscina e a ajuda. Uma má ideia para seu alto controle, o vestido que ela esta usando ficou grudado em seu corpo, seus seios firmes e fartos se intumesceram, apontando diretamente para ele, pedindo para ser acariciados.

Sua mão coça com essa possibilidade e sua boca saliva com a ideia de levá-lo a boca e chupá-lo até se cansar. (0-o)

Quando percebe o que está pensando, tira o pensamento de sua cabeça, porém, tarde demais, seu amiguinho já pulou da calça, tira a blusa social de dentro da calça e o tampa. Pega uma toalha nova e cheirosa que Ruth ali deixou e entrega a  Lua.

Lua nem percebe a luta interna que  Arthur está tentando combater e muito menos sua excitação.

– Obrigada. Thur, me diz o que é? Vai.
– Nem pensar, só depois do banho e do jantar. Falar em jantar pode me responder, por que a senhorita não almoçou? – pergunta enquanto caminha com Lua em direção a casa.
– Não estava com fome. Eu tomei café.
– E agora está?
–Não.
– Como isso é possível? Você só tomou café.
– Sei lá, vem Thur eu quero ir logo. – diz o puxando pela mão.
– Como você sabe que vamos sair? – pergunta confuso.
– Nãos sei, joguei verde – ri. – Tem como nós jantarmos neste lugar?
– Hum… Tem sim. Boa ideia, vamos jantar lá então.
– Ok, vou tomar banho.
– Vai lá.

Cada um vai em direção ao seu quarto.

Lua toma seu banho quente e rápido, tirando todo o cloro do corpo e do cabelo.

Coloca um vestido preto com bolinhas delicadas brancas até a altura das coxas, com uma jaqueta preta por cima, coloca um sapato de bico fino e prende os cabelos, ainda molhados, em um rabo de cavalo e passa somente brilho labial.

Por sorte de calçar junto com  Mel, ao contrário das roupas, que só os vestidos lhe servem.

Arthur coloca uma calça jeans e blusa verde com tênis adidas e desce, espera  Lua sentado no sofá da sala, que logo desce.

Arthur acompanha os movimentos de Lua de boca aberta. Ela chega a sua frente.

– Como estou? – pergunta dando uma pirueta.

– Hum… Gostosa demais. – pensa, mas fala outra coisa.

– Está… Linda. – responde a medindo dos pés a cabeça, quando chegam a seus lábios, fica doido para provar seu gosto.

– Obrigada, Thur, você também está lindo. Adorei sua blusa combinou perfeitamente com sua pele. Você poderia usar  ela sempre. – diz sorrindo.
– Ah, então quer dizer que só fico bonito com ela? – pergunta se fingindo de indignado.
– Claro que não, com qualquer roupa você.

Arthur observa o embaraço dela, adorando vê- lá corando. Puxa seu queixo com o dedo indicador e a encara.

– Obrigada docinho. Mas há controvérsias, tem pessoas que acham meus olhos assustadores. – brinca.
– Eu não acho, são os olhos mais bonitos que eu já vi. – diz corando mais, se possível.
– Obrigado novamente eu também acho a mesma coisa dos seus.

Lua apenas balança a cabeça agradecendo e ri timidamente.

Ele se abaixa e lhe dá um beijo sincero na testa, que é recebido com um abraço em troca. Arthur cheira seus cabelos e vão para o carro.

Eles percorrem a metade do caminho em silêncio. Arthur resolve quebrá-lo

– Me conta mais sobre você, Lua.

Lua é surpreendida pela pergunta, mas responde.

– Hum… Meu nome todo é Lua Blanco, tenho 20 anos, faço aniversário em 05 de março, escrevo e canto músicas…
– Jura?
– Sim, meu avô me dizia que eu cantava bem. – Lembra com um sorriso triste.
– Um dia eu quero ver e ouvir suas músicas, então.
– Tudo bem, eu te mostro.
– E sua família?

Arthur entra em um campo perigoso.

– Família? Ah, família é sinônimo de união e amor, então a minha família já morreu.

Arthur percebe que não é um assunto que Lua  fique feliz e resolve ficar quieto.

– E você? – Lua pergunta.
– Ah, minha vida não é interessante. – diz tentando desviar do assunto.
– Não, nem vem, eu falei agora é sua vez.
– Ok, ok, Sou Arthur Queiroga Bandeira Aguiar como você já sabe, faço aniversário de 03 de março tenho 22 anos. – ele é interrompido por Lua.
– O que? 23 anos, como assim? Você é general e chefe do FBI com apenas 23 anos? está brincando né?
– Não, eu sempre me destacava entre todos de minha turma, eu era o melhor, por isso acharam que eu estava mais qualificado e pronto para avançar nas turmas.
– Nossa – Lua se impressiona.
– É.
– E sua família? – Lua repete a mesma pergunta que ele lhe fez.
– Eu não tenho muito contato com eles há muito tempo. Eles vem de vez em quando me visitar ou vou para lá no natal, quando vou.
– Por quê? Eles não te apoiam? Vocês não se dão bem?
– Não é isso, eu só prefiro assim. – diz dando de ombros.
– Prefere ficar longe? Definitivamente você não bate bem da cabeça, eles devem sentir sua falta.

Arthur deixa passar o ‘’você não bate bem ‘’ e responde.

– Eles vêm me visitar. – dá de ombros.
– Isso é muito egoísmo da sua parte. – diz indignada.

Arthur fica de boca aberta com sua petulância.

– O que você disse? – pergunta novamente não acreditando no que ouviu.

Eles chegam ao shopping, Arthur entra no estacionamento e para o carro. Olha para Lua franzindo o cenho.

– Não adianta você me olhar com essa cara não. Senhor Aguiar, você é muito egoísta sim. Só quem não tem uma família, para se apoiar e ganhar amor sabe o quanto é ruim. Só olha para seu umbigo.

Lua mal percebe que uma lágrima escapa de seus olhos e Arthur a seca.

Arthur que começava a se irritar com Lua, se desarma totalmente quando percebe que ela chora.

– Não precisa chorar. Já chegamos. Vamos?

Lua assente.

Arthur sai do carro e abre a porta para Lua, que pega em sua mão e a guia em direção a porta do shopping.

Eles entram e muitas cabeças viram em direção aos dois.

– Tinha me esquecido do quanto você é famoso. – ri
– Eu não sou famoso. – responde Arthur.
– É sim ‘’O poderoso Aguiar’’, você sempre está na TV e jornais. – Arthur dá de ombros, vai em direção à praça de alimentação.
– O que você quer comer?
– Hum… Pizza de mussarela?
– Ok.

Eles sentam-se à mesa e percebem um empurra-empurra entre os garçons, para atendê-los. Arthur vira os olhos.

– Eles estão com medo do poderoso Aguiar – diz Lua dando gargalhadas que é seguida por Arthur.

Logo um deles vem atendê-los. Arthur pede a pizza e duas cocas, o garçom logo sai da mesa trêmulo.

Enquanto espera os pedidos chegarem, conversam banalidades, mas a pizza chega a tempo recorde.

– Uau, isso tudo é medo do poderoso Aguiar. – brinca Lua.

Eles comem, bebem e logo vão em direção a uma loja de roupas, depois claro de pagar pela refeição.

Arthur iria deixar Lua sozinha fazendo suas compras, mas logo desiste da ideia, pois Lua quase deu um ataque e fica.

Lua coloca e tira várias peças de roupas e sapatos, saindo do provador para saber a opinião de Arthur.

Depois de mais de duas horas indo de loja em loja. Arthur paga e em cada uma delas recebe um mega desconto, sem motivo nenhum. Ele cheio de sacolas na mão, pois não deixou Lua carregar nenhuma.

– Ò povo puxa saco, que descontos foram esses? – diz Lua.
– Pois é – ri Arthur.

Eles seguem para o estacionamento, ele coloca as centenas de sacolas no porta malas do carro.

– Mel iria dar um chilique, se me visse no shopping.
– Por quê?
– Eu nunca venho com ela.
– Que maldade, tadinha.
– Tadinha? Isso porque você não a conhece. Chega a ser até pior que você para fazer compras.

Lua ri e dá um tapa em seu ombro.

– Seu chato.

Arthur termina de colocar as sacolas bate a porta do porta malas. Quando escuta um grito de Lua, se vira rapidamente colocando a mão na cintura, onde se encontra sua arma.

Lua estava tão envolvida no papo com Arthur, que nem percebeu passos vindos atrás de si. De repente é puxada, solta um grito de surpresa, onde logo recebe uma mão em sua boca a impedindo de gritar.

Quando escuta uma voz nojenta e grossa em seu ouvido.

– Te encontrei novamente, belezura.

Lua se apavora ao conhecer aquela voz.


Continua...



Milagres do Amor
Descobertas.

Pov Narrador

Eram os mesmos caras que a perseguiram quando Arthur a encontrou, mas agora com mais um em seu bando.

Os seguranças do estacionamento acompanharam tudo e já chamaram a policia. Era uma questão de tempo até eles chegarem ali.

O chefe do bando, segura Lua pelo pescoço, onde provavelmente ficaria a marca roxa pela força exercida no local, a outra mão com a arma apontando em sua direção.

– Sinto muito Aguiar, mas acho que hoje não é o seu dia de sorte. – diz com um sorriso sarcástico em direção a Arthur.
– Por que você tem essa certeza? – pergunta.

Por fora está o mais calmo possível, colocando seu treinamento de anos em pratica, mas por dentro algo estranho se apoderava de seu coração, uma sensação esquisita e incrivelmente… O medo ali se via presente. Sim, Arthur Aguiar com medo, mas não por ele, claro, por Lua.

– Olha em volta Aguiar, estamos em maioria e você não parece estar ao alcance de sua arma. – ri sendo acompanhados de seus comparsas.

Lua que tenta respirar, pelo aperto forte em seu pescoço, começa a se desesperar. Não quer que nada aconteça a Arthur por sua causa.

Ele, porém, não se intimida nem um pouco. Pelo tanto de caras que ele já enfrentou, esses em sua frente parecem bem burros, para sua experiência e capacidade.

– Rá, já estou acostumado em estar em minoria – fala encarando-o ameaçadoramente, seus olhos incrivelmente escuros e profundos. Acredite você não ira conseguir seguir seus objetivos. – ri, um sorriso ameaçador, puxado de lado.
– Você acha Aguiar? Porém, uma pessoa parece ser a mais fraca de todos nós. – se refere à Lua apertando seu pulso, que geme de dor. – Não é Lua…

Sussurra em seu ouvido com seu hálito nada agradável.

– E o que parece, você gosta muito dela não? Arriscar sua vida para protegê-la. – diz com seu sorriso irritante lançado a Arthur. – Que tal fazermos um trato? Eu tiro a virgindade dela e depois, ah, depois ela é toda sua.

Arthur engole a saliva com dificuldade, tentando manter sua raiva camuflada e não se deixar abater pelas palavras sujas do bandido.

– Ainda não é a hora – pensa, se controlando ao máximo.

– Por que você a quer? Pela sua virgindade? Há tantas por ai, oferecendo de graça. – tenta dizer com indiferença.
– Ah, Aguiar você sabe que não é tão fácil assim, achar uma virgem e ainda por cima gostosa que nem essa que eu tenho em minhas mãos é muito difícil. – diz cheirando o pescoço de Lua, que se esquiva enojada.

Arthur cada vez mais está sem paciência, a qualquer momento sua raiva pode explodir, como um vulcão em erupção.

– Mas não é só isso, eu paguei, muito caro por essa vadia. O pai dela estava me devendo, como não tinha dinheiro para pagar, me ofereceu sua filha como moeda de troca.

Lua estremece e seu desespero, ao ouvir essas palavras, escorrem como uma cachoeira em seus olhos. Apesar de conhecer muito bem seu pai, nunca pesou que ele fosse capaz de vendê-la.

– Não chore belezura. Ele não te queria, diferente de mim. Eu irei adorar me afundar em você, tão forte que você irá gritar. – ri tirando sua mão do pescoço dela e indo em direção ao seu seio direito.

Lua lhe dá um tapa, o homem lhe devolve com uma bofetada em seu rosto. Lua cai no chão, por tamanha força.

Arthur que até então permanecia calado só observando, atinge o auge de sua ira, de repente tudo que ele vê em sua frente é o vermelho. Seu sistema de proteção entra em ação.

– Você não deveria ter feito isso. – diz entre dentes.

Um dos homens vendo que testaram de mais a paciência do Aguiar, corre dali espantado e trêmulo pelo olhar e voz ameaçadores, lançado em sua direção. Afinal sua vida valia mais que poucos dólares pagos para estar ali e enfrentar um touro bravo, pronto para lhe lançar para o alto com sua chifrada violenta.

– Covarde. – o chefe fala.

Aproveitando do momento de distração do homem, Arthur vai para cima dele, tirando a arma da sua mão e a do outro homem como um borrão.

– O que você é? Como fez isso? – pergunta espantado e de olhos arregalados.

Arthur nem olha para Lua, pois se não perderia o foco de sua mais recente caça. Para em sua frente, onde ela continua caída no chão.

– Sou humano igual a você. Só que ao contrário de você, quando eu vou fazer uma coisa… eu faço direito.

Arthur se lança pra cima do homem, que não tem tempo de reagir, recebe um soco do olho esquerdo e cai, miando de dor.

O outro vem em direção ao Arthur e tenta lhe acerta um soco, mas é parado no meio do caminho.

– Agora é minha vez. – ri ameaçadoramente.

Dando-lhe uma joelhada no estômago, ele se curva de dor abaixando a cabeça, Arthur lhe dá uma joelhada no nariz, quebrando-o, e completa com um soco, bem dado de esquerda. O Homem cai desmaiado e sangrando no chão.

– Franguinho. – diz. O brilho do ódio ainda permanece em seu olhar sua boca quase espumando de tanta sede de vingança.

Ele vai em direção ao ‘’chefe’’ deles, que permanece no chão com a mão no olho, tentando aplacar a dor. Puxa-o pelo colarinho, até ele ficar a altura de seus olhos.

– Você mexeu com o homem errado e principalmente com a garota errada, seu merda.

E o atira para uma coluna, que sustenta o teto, ele quica e cai no chão, em um baque surdo, provavelmente quebrando algumas costelas.

Arthur não satisfeito, o ergue bruscamente, que grita de dor.

– Você não deveria ter encostado nela, minha vontade é de arrancar sua mão ou algo muito melhor, te  matar. Para sua sorte, isso a assustaria.

Ele o joga no chão e se vira, quando escuta um sussurro ,vindo do homem.

– A Aguiar, você a ama ! – afirma, com a força que lhe resta.
– Você não sabe de nada.
– Rá, não negou? Explica-me esse extinto de proteção então Aguiar? – gargalha em meio às dores agudas e o sangue em sua boca misturado com a saliva.
– Cala a boca, porra. – Berra e lhe dá um chute, em sua barriga, e um soco, onde desmaia.

Uma sirene é ouvida e logo mais de 10 viaturas entram cercando o estacionamento, parece até que o presidente se encontrava ali. Exagero? Não, se tratando do chefe do FBI, não é.

Até tentaram fazer com que ele andasse com seguranças, mas claro que ele não aceitou.

Lua que continua deitada no chão sente sua cabeça girar e nada ouviu sobre o breve papo entre Arthur e o bandido. Seu estômago começa a se contorcer, querendo jogar tudo que comeu pra fora.

Sente uma mão grande e quente em seu rosto, tirando seu cabelo de seu rosto e limpando o canto de sua boca manchado pelo sangue, que ali escorria.

Apesar de está de olho fechado percebe imediatamente quem está ao seu lado, pelo cheiro e pelas correntes elétricas esquisitas causadas, pelo toque.

Arthur limpa seu machucado, erguendo um pouco sua cabeça, ele sente mais ódio do desgraçado, mas se acalma e volta sua atenção a Lua.

Lua coloca sua mão gelada na de Arthur que permanece em seu rosto e lhe sussurra:

– Arthur – e suas lágrimas voltam com força, tentando segurar o vômito que ameaça sair por sua boca a qualquer momento.
– Sim docinho. Sou eu, você está bem? – pergunta preocupado
– Não – resmunga com dor em sua boca, abre os olhos, que até então estava fechado pela tontura. Encara Arthur e vê ali preocupação e… Carinho!

Ela tenta sorrir mais geme de dor. Apesar de estar acostumada com a dor, pela sua falta de coordenação ou por… Seus pais.

Arthur se desespera.

– Onde dói? Será que você quebrou algo? – diz procurando com cuidado alguma fratura.

Lua sorri pela preocupação evidente de Arthur.

– Ele deve gostar, pelo menos, um pouco de mim – pensa.

– Não, está tudo bem, só minha cabeça que gira e minha boca lateja um pouco. – o tranquiliza.

Lua tenta se levantar, mas quase cai, sem forças nos braços. Arthur a ergue, com cuidado, passando uma mão atrás de seus joelhos e a outra segurando suas costas, tirando-a do chão frio e úmido.

Ela ainda luta contra o vômito, que com a altura, se intensificou.

– Thur… Arthur me leva ao banheiro… Por favor? – diz com dificuldade.
– Tudo bem.

Ele percebe seu desespero e vai em direção ao banheiro, vê vários policias saindo das viaturas e indo em direção aos bandidos.

Bernardo anda em sua direção. Arthur o conhece na hora, ele será seu novo parceiro, apesar de Arthur não precisar de um. Bernardo foi escolhido a dedo, é um dos melhores policiais.

Seus cabelos curtos, olhos em um tom castanho bonito, rosto firme com traços marcantes, seu corpo não é muito musculoso e também não é muito alto.

– Senhor Aguiar, sou Bernardo Falcone, como já sabe. Tudo bem com o senhor?
– Sem dúvidas.
– Nós prendemos um homem que estava fugindo pelos fundos do estacionamento.
– Presta atenção no que eu vou te dizer, Falcone – Bernardo engole seco – Eu quero esses homens na prisão até a morte, entendeu? – conclui com o maxilar travado.
– O senhor manda.

Arthur vira e agora sim, vai em direção ao banheiro do shopping, com Lua em seus braços, que dá graças a Deus.

Com o movimento do andar de Arthur seu estômago se revira ainda mais, para tentar se acalmar ela agarra a camisa de Arthur e afunda sua cabeça em seu pescoço, sentindo seu perfume que ela tanto adora, acalmando assim sua respiração e estômago.

Arthur entra no banheiro feminino com Lua nos braços, não se importando com o protesto de algumas mulheres que ali estavam.

– Docinho, estamos no banheiro.

Avisa a Lua que ainda está afundada com a cabeça em seu pescoço.

– Ok, pode me colocar no chão?

Arthur a coloca, mas continua segurando-a pelos ombros. Ela se dirige a uma cabine e joga tudo que estava segurando no vaso, vomitando violentamente.

Arthur vai até lá e segura seu lindo loiro rabo de cavalo, não se importando com a cena que está presenciando.

Quando não lhe resta mais nada no estômago a não ser ar, ela desaba no chão de joelhos, mas não se machuca, pois sua queda é acompanhada por Arthur que agora segura em seus ombros.

Ela passa as costas da mão na boca, limpando-a e se vira para Arthur.

– Você não precisava ter visto isso, desculpe-me. – diz coma voz arrastada.
– Não se preocupe. – ele limpa o suor acumulado em sua testa em seguida pega sua mão, fazendo carinho circulares com a ponta dos dedos.

Lua respira e inspira varias vezes, fica ali alguns minutos e se levanta, meio trôpega, com Arthur a ajudando. Vai até a pia, onde lava muitas vezes sua boca e seu rosto. Ela para um momento pra pensar e a realidade lhe atinge com uma onda violenta. Todo passado que ela mantinha trancado a sete chaves, em algum lugar de sua mente volta, e nubla seu coração novamente. Ali enfrente ao espelho, vendo sua imagem refletida começa a chorar descontroladamente.

Porém sabe o que ele tem e sabe muito bem o que é, e que ele desconhece o que sente.

Arthur bate a porta com cuidado e vira-se para Bernardo.

– Espero que ela fique bem senhor.
– Ela ficará.
– Será um prazer trabalhar com o senhor.

 Bernardo estende sua mão para Arthur que hesita, mas acaba apertando. Logo em seguida entra no carro dando a partida.

Ele começa a pensar em tudo que viveu quando Lua entrou em sua vida, logo sorri com as lembranças. Chega rapidamente em casa, tira  Lua do carro, que ainda dorme profundamente, e entra em casa. É recebido por Luke, que parece saber que Lua não está bem, começa a chorar.

– Ela está bem Luke. – Diz ao cachorro.

Ele sobe as escadas vai para o quarto, coloca-a na cama e a cobre. Porém permanece ali velando seu sono.

Seus pensamentos pipocam em sua mente, um se chocando com o outro. Mas uma coisa não sai de sua cabeça.

– Aguiar, você a ama! – o que o bandido disse antes de desmaiar.

Como um filme as imagens de seus momentos com Lua passam em sua cabeça.

Ele percebe que quando está com ela, tudo fluía naturalmente, ria com ela, como não ria com mais ninguém, se sentia vivo, como há muito tempo não sentia.

 Lembra do quase beijo, onde pode até sentir o hábito doce dela misturado com o seu.

– Como eu queria que aquele beijo tivesse acontecido! – pensa passando as mãos nervosamente pelos cabelos.

Lembra da piscina onde sentiu uma agonia terrível, da qual nunca sentiu por algo ou alguém. Sua roupa colada em seu corpo, sua excitação evidente naquele dia, que se torna presente só com o pensamento.

– Que merda, só com o pensamento eu fico assim, imagina quando… Ah, não quero nem pensar. – se exaspera.

Lembra do ódio que subiu em suas veias, quando o desgraçado bateu nela, só com a lembrança, sua boca seca de vontade de matá-lo.

Das palavras que ela falava sem medo ou receio algum, sempre com um sorriso encantador no rosto. Quando a via chorar seu muro de frieza e indiferença ruía com um baque surdo ao chão, ali ele percebe que faria de tudo para mantê-la sorrindo com sua espontaneidade, sua doçura e delicadeza.

Certa vez ele leu uma frase onde nela dizia:

– O amor é se sentir seguro nos braços de alguém, é querer manter um sorriso. Não é só o desejo físico, é sentir vontade de passar todos os dias, minutos, horas com essa pessoa. É sentir o estômago se embrulha apenas com um toque… Amar é sorrir apenas porque o outro está sorrindo, é querer permanecer abraçado, sentindo o calor e o cheiro do outro para sempre. Amar é fazer tudo pelo outro, sem querer nada em troca, apenas seu amor.

Porém o amor é algo delicado, que vem e vai fácil, é como uma flor, frágil e bela, ela cresce a cada vez que é regada, mas, se é esquecida, além de não crescer, ela morre.

 Arthur coloca suas mãos no rosto e finalmente cai em si.

Ele realmente a ama. É como se ela fosse seu ar, sua água em um deserto escaldante, sua miragem mais encantadora e graciosa, sua chuva em cem dias de seca. É tudo que ele jamais imaginou ter ou sonhou em dar.


Continua...

Se leu, comente! Não custa nada.

Dois Capítulos para a alegria de todos \o/.
Se tiver bastante comentário. Amanhã posto mais.
Os capítulos vão ser atualizados de acordo com os comentários. Próximo post. com mais de 10 comentários.

16 comentários:

  1. Aeeee lindoooo amando como sempre... Agr só falta Little Anie.. *_*

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  2. Awwwwn o final do capitulo foi muito fofo!!

    by: Naat'

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  3. Que lindoo *--*
    Oh ate o Luke chorou com o estado de Lua. É Aguiar ñ foge da raia ñ que tu ta arriado os 4 pneus e os esteps por Lua.
    Adoreeeiii

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  4. Ate quem fim o Arthur percebeu que ele ama a Lua

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  5. Apaixonada pela web! Ansiosa por mais!

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  6. Que lindo! Estou ansiosa para o primeiro beijo deles kk

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  7. Ameiiii... posta mais!!

    by: Naat'

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  8. Querida que perfeita, já estou ansiosa. Alasca ♊

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