Milagres do Amor
Fugindo
| Final.
Pov Narrador
Lua acordou
assustada e chorando desesperadamente. Mais uma vez nesse dia sonhou com
Arthur, mas desta vez não sonhou com ele sendo assassinado como vinha sonhando,
mas sim se casando com outra, depois que descobriu toda a verdade sobre a vida
imunda que ela viveu. Ele não a perdoou por ela não ter contado a verdade, a
deixou no altar, e dias depois se casou com outra.
Lua sentiu um
aperto enorme no peito e resolveu que contaria, ela mesma, toda a verdade sobre
seu passado. Ela tentou poupá-lo de tudo, mas estava cada vez mais difícil.
Sentia-se fraca, infeliz, ela sabia que ele poderia nunca mais olhar em sua
cara ou começar a tratá-la diferente, mas ela teria que passar por tudo, e
confiar nele.
Levantou da
cama, depois de se acalmar, tomou seu banho, colocou uma calça jeans, botas de
cano alto preto, uma blusa xadrez dobrada até o cotovelo, deixou o cabelo
solto.
Depois fez sua
higiene matinal e desceu em direção à cozinha.
Ruth preparava
o café.
– Bom dia
querida!
– Bom dia Ruth.
Poderia chamar o Louise pra mim?
– Tudo bem, mas
você já vai sair? – Lua assentiu. – Nem pensar, hoje você só sai daqui
depois de tomar seu café.
– Tudo bem.
Depois de tomar
seu café e comer algumas torradas. E encontrar Louise, eles vão ao cemitério.
Lá era o único lugar onde Lua se sentia protegida, estando longe de Arthur.
– Sim, tem um
bar há poucos minutos daqui.
Arthur curioso
para saber do que se trata, aceita.
Eles chegam ao
bar, Arthur logo é recebido com aplausos pelos frequentadores do local, pelo trabalho
realizado. Ele apenas balança a cabeça agradecendo. Eles se sentam e pedem uma
bebida.
Arthur olha
sugestivamente para Bernardo, para começar logo a conversa.
Bernardo dá um
belo gole em sua cerveja e começa.
– Ok, eu vou
começar só não sei por onde. – diz nervoso.
– Que tal do
inicio? – diz Arthur sarcástico.
– Claro, claro.
Olha chefe…
– Apenas
Arthur.
– Han…
Arthur, desde que começamos a trabalhar juntos, naquele dia em que você estava
com a moça em seus braços…
– Lua.
– Oh, sim Lua,
eu percebi algo diferente, eu estou sendo muito intrometido eu sei, mas eu
comecei e vou terminar. A maneira com que você a olhava, não era nada comum. – Arthur
franze o cenho, mas Bernardo continua. – Eu sei bem o que estou falando, apesar
de não ter encontrado o amor em minha vida, mas eu sei identificar quando
alguém tem a sorte de encontrar.
– O que? Você
está louco? – diz furioso, ameaçando se levantar.
– Sabe Arthur,
às vezes você tem que aceitar quando lhe estendem a mão. Eu estou aqui
enfrentando a tremedeira e o pavor, por estar falando esse tipo de coisa com
você. Eu quero ser seu amigo, me sinto obrigado a isso, não sei por que mais
sinto. Eu estou tentando abrir seus olhos, mas se você não aceitar minha ajuda
pode ser tarde de mais.
Arthur volta a
se sentar e vira de uma vez a dose de seu copo, e pede outra dose de uísque.
Como
Arthur não falou nada, mas voltou a se sentar, Bernardo tirou coragem não sabe
de onde e continuou.
– Muitas
pessoas se apaixonam várias vezes na vida, mas poucas amam ou encontram um amor
verdadeiro, como você encontrou. E olha, às vezes encontramos, mas por não
prestar atenção em alguns sinais, simplesmente deixam o amor passar, voando com
o vento, sem se abri pra ele verdadeiramente. Eu sei o que te fez desistir da
prostituta.
Arthur presta
atenção em todas as palavras de Bernardo, enquanto bebe mais uma dose, de
sua bebida.
– Arthur você
pode falar comigo, às vezes ajuda.
– Ah você é
policial ou psicólogo? – diz sarcástico.
– Eu troquei a
faculdade de psicologia para ser policial.
– Ah bom! – tenta
fugir do assunto e pede a garrafa inteira de uma vez.
– O pior erro
do ser humano é tentar tirar da mente o que não sai do coração. Você está indo
trabalhar mesmo estando de folga, metendo a cabeça no trabalho. Ela está na sua
casa?
– Sim.
– Então, não
adianta você tentar fugir, pelo contrário, insista, persista, corra em direção
a sua felicidade, não deixe cair diante dos seus olhos, Arthur.
– Eu não iria
conseguir fazê-la feliz. – desabafa.
– Mas você pode
estar fazendo-a sofrer.
– Eu não quero
isso.
– Seu
afastamento pode estar matando-a Arthur!
– Merda. – diz
culpado passando a mão pelos cabelos repetidamente, os deixando mais
desalinhados. – Definitivamente mexer com os sentimento do coração é apontar
uma estaca para o próprio coração.
– Sim, é mesmo.
Mas ainda está em tempo de reverter à situação. Eu não a conheço, mas ela me
pareceu estar extremamente apegada e pode estar até amando-o também.
Arthur e
Bernardo ficaram conversando horas e horas, como se fossem velhos amigos. Mas
com certeza uma grande amizade crescia ali. Depois de se abrir como nunca tinha
feito antes, Arthur estava mais bêbado do que jamais ficou na vida.
Bernardo o
ajudou a sair do bar e entrou no carro, lhe pedindo o endereço de sua casa.
Apesar da voz arrastada ele lhe deu, Bernardo seguiu para o endereço,
esperando que o mesmo estivesse certo. No final das contas estava, passou pela
portaria e colocou Arthur com dificuldades, afinal o homem é gigante e pesado,
no sofá da sala, acompanhado de perto por Luke, que rosnou repetidas vezes pra
ele. Saiu rapidamente da casa, trancando a porta e colocando a chave por
debaixo da porta. Deixando um Arthur extremamente alcoolizado e desmaiado no
sofá.
Continua...
Milagres do Amor
Zerar
e Recomeçar.
Pov Narrador
Naquela manhã, como de costume, Lua
levantou ,fez sua higiene matinal, vestiu uma roupa qualquer e desceu. Quando
deu de cara com um Arthur dormindo profundamente no sofá, Lua sorriu.
– Ele fica mais bonito a cada dia. – pensa.
Ela se aproxima e lhe faz um carinho em
seus cabelos, inconscientemente ele solta um sorriso. Lua lhe dá um beijo na
testa e vai para a cozinha, onde encontra Ruth já preparando o café.
– Bom dia querida acabei de ver uma
cena linda. – diz lhe dando um beijo carinhoso em sua testa.
– Bom dia, que cena?
– Oh querida, você com o patrão na sala.
– Lua cora fortemente – Não fique com vergonha. Apenas tome seu café.
Lua come.
– Bom dia senhorita. – diz Louise após
chegar à cozinha.
– Só Lua, Louise.
– Oh, me desculpe. Vamos ao mesmo lugar
hoje?
– Sim.
– Quando quiser ir é só chamar.
– Vamos agora. – Lua dá um beijo em
Ruth e sai com Louise.
Arthur depois de uma noite literalmente
desmaiado no sofá, acorda com uma dor de cabeça infernal.
– Ruth – berra com a mão na cabeça sem
se levantar do sofá.
– Sim, senhor.
– Eu quero um remédio para dor de
cabeça, urgente.
– Se o senhor preferir, eu sei fazer um
chá muito bom para ressaca.
– Não, eu não tomo chá, quero só o
remédio.
– Sim senhor, com licença.
Depois de alguns minutos, ela volta com
o remédio e um copo com água. Ele toma, sobe meio cambaleante e vai direto para
o chuveiro, toma um banho frio, não ligando para os protestos de seu corpo.
Enquanto troca de roupa lembra da
conversa que teve com Bernardo e percebe que estava agindo como um rato fugindo
do gato. Termina de se vestir e decide procurar Lua. Vai ao quarto e não
encontra ninguém, percorre todos os cômodos da casa e não a encontra. Ele
começa a se desesperar, milhões de coisas ruins passam pela sua cabeça e em
todas… ele é o culpado por ter a deixado sozinha.
– Ruth – berra novamente entrando na
cozinha.
– Sim, senhor.
– Você sabe onde está a Lua?
Ruth percebendo a preocupação estampada
no rosto de seu padrão o acalma.
– Sim, ela está no cemitério.
– O que? Cemitério?
– Sim. Há algum tempo acorda e vai pra
lá, só volta de noite. Senhor eu não deveria falar, mas…
– Fale logo. – começa a se irritar.
– Desde que você resolveu fugir dela –
Arthur olha com uma cara estranha para ela – Não adianta me olhar assim, agora
eu falo. Ela não tem se alimentado como deveria, só toma café, e se eu
insistir. Quando não passa o dia no quarto passa no cemitério, ela tenta
disfarçar mais seu olhar a entrega, sempre está com um olhar e sorriso tristes.
Arthur cada vez mais vai entrando no abismo
da culpa.
– Eu sou uma velha senhora, me escute,
tenho experiência nas coisas do amor. E posso lhe afirmar que fugir não vai
fazer com que o sentimento que leva no peito suma em um passe de mágica. Quando
o amor chega ninguém é capaz de arrancá-lo do coração. Mas não espere ser tarde
de mais. Eu a quero bem e temo por sua saúde, ela vai ficar doente, sem dúvidas
e você é o único capaz de tirá-la do buraco em que ela se encontra. Lua é
uma flor, merece desabrochar, brilhar e finalmente ser feliz. – termina com um
olhar terno para Arthur.
Ele senta-se e escuta tudo com muita
atenção, passa as mãos pelos cabelos molhados, pelo recente banho, e lhe
pergunta:
– Está tão na cara assim? Você é a
segunda pessoa que me diz quase a mesma coisa em menos de um dia.
– Não, apenas quem já viveu ou tem uma
sensibilidade é capaz de perceber.
– Merda Ruth, eu achava que era a coisa
certa a fazer, eu não sei amar, esse sentimento não é pra mim. Eu só vou
fazê-la sofrer.
– Não é a coisa certa senhor, deixe
acontecer, ela irá te ensinar. Você só vai fazê-la sofrer se continuar se
afastando. – Arthur dá um suspiro cansado.
– Ok, eu desisto de lutar contra isso,
não aguento mais, vou deixar os dados rolarem. – diz massageando as têmporas. –
Onde fica o cemitério?
Ruth lhe explica o endereço com o maior
sorriso e feliz por ter conseguido abrir os olhos de seu patrão.
Arthur dirige em direção ao
cemitério, quando uma tempestade desaba, ele liga para Louise.
– Senhor – no primeiro toque ele
atende.
– Louise, a Lua ainda está no
cemitério?
– Sim, senhor.
– Embaixo dessa tempestade?
– Senhor, eu tentei, mas ela não quer
sair daqui.
– Ok, estou chegando. Pode ir, eu a
levo pra casa.
– Como quiser senhor.
Ele chega em poucos minutos, apesar do
trânsito estar engarrafado por causa da chuva. Ele estaciona seu volvo, e sai
do carro debaixo de chuva, sai à procura da lápide do avô de Lua como Ruth lhe
falou.
Lua se encontra deitada na lápide, não
se importando com a chuva que molha toda sua roupa, pelo contrário, torce para
a chuva levar consigo sua dor e tristeza que permanece em seu corpo a
devastando, a sufocando, cada vez mais.
Arthur anda mais alguns metros, quando
chega à lápide e a encontra deitada.
Fica algum tempo observando, mas logo
se aproxima. Senta em seus pés, Lua se levanta pelo susto e encara Arthur não
acreditando no que seus olhos estavam vendo.
– O que você está fazendo aqui?
– Eu vim te buscar. – diz olhando pra
frente.
– Não precisa, eu estou bem.
– Lua, nós precisamos conversar – diz
olhando em seus olhos.
– Sobre o quê?
– Você sabe sobre o quê.
Eles se encaram por algum tempo, até
que Arthur resolveu falar.
– Lua… Han… Me desculpa por ter te
deixado sozinha, eu não vou repetir esse erro. Eu não quebrarei mais minha
promessa. – diz cauteloso.
Lua o observa abismada.
– O poderoso Aguiar me pedindo
desculpas? – pensa.
– Você não quebrou nada Arthur.
– Claro que eu quebrei, prometi te
ajudar, te proteger, e não o fiz. Mas ainda há tempo de reverter isso. – diz
olhando em seus olhos.
Arthur lança seu sorriso torto à Lua
que retribui, com saudades do velho Arthur.
– Me diz uma coisa? Por que você vem
aqui todos os dias?
– Eu… Não me sinto… Sozinha quando
estou aqui.
– Sei…Também sei que a culpa é minha.
Mas você não vai se sentir mais sozinha. Agora vamos, pois eu tenho certeza que
a senhorita vai ficar doente.
Ele se levanta e estende a mão para
ela. Ela hesita, olha de sua mão para seus olhos, no fim não iria resistir
mesmo, aceita de bom grado, e coloca sua mão, que perto da dele parece a de um
bebê, aceitando assim, a ajuda que ele novamente lhe oferece.
No meio da tempestade, que não dá
nenhum sinal de que irá parar, eles vão em direção ao carro. Lua começa a bater
os dentes de frio, Arthur a puxa para seus braços tentando esquentá-la, apesar
de estar tão gelado quanto ela. Porém Lua vai feliz e sorri, ela finalmente
voltou para onde nunca, jamais, deveria ter saído.
Após alguns longos minutos no trânsito
intenso da grande Los Angeles, eles chegam a casa. Arthur manda Lua tomar um
banho quente imediatamente, que obedece sem reclamar, e vai tomar o seu.
Após o banho desce e pede a Ruth que
faça um chá para Lua, ele sobe com o chá, fervendo em mãos, bate na porta e
entra. Encontra Lua com uma blusa de moletom gigante rosa e uma calça preta,
penteando os cabelos em frente o espelho.
Ela o vê e sorri, enquanto ele se senta
na cama e dá duas batidinhas a chamando para se sentar do seu lado.
– Sente aqui.
Lua se senta. Ele pega uma toalha seca
no armário e volta para a cama lhe entregando o chá.
– Ah, Thur eu não quero chá – diz
fazendo careta.
– Não perguntei, toma tudo, e sem
reclamar – diz firme. – Vire-se.
– Pra quê? – pergunta confusa
– Para secar seus cabelos, que estão
pingando.
Lua se vira e ele começa a passar a
toalha com cuidado em seus cabelos, enquanto ela toma o chá.
– Sabe, eu gosto do seu cabelo, ele é
muito bonito.
– Obrigada. – diz corando e dando
graças a Deus por estar de costas pra ele.
Eles ficam alguns minutos sem dizer
nada, apenas o silêncio preenchendo o quarto, quando Arthur resolve falar.
– Lua, não dá mais para adiar, eu sei
que este assunto não te faz bem, mas chegou a hora de me contar.
Apesar dele querer contar o que sente,
mostrar o que seu coração manda, tenta adiar essa conversa. Ele bem sabe que
para confirmar seus sentimentos, precisa ouvir tudo que ela esconde e aí talvez
se declarar.
Porém, isso é só um pretexto para tomar
coragem para falar, não há nada no mundo que o fará desistir ou esquecer esse
amor, muito menos um passado provavelmente sofrido e cheio de marcas, que ela
teve.
Ele termina de secar seus cabelos, Lua
se vira e coloca a xícara já vazia sobre a cabeceira da cama. Ela se senta de
frente para ele, mas não fala nada. A coragem que antes se fazia presente agora
sumiu e a loira tem medo de sua reação.
Arthur percebendo as mudanças de sua
expressão, diz:
– Docinho… – ela sorri com o apelido
que há muito tempo não escutava e aprendeu a gostar. – Você pode confiar em mim
– ele pega as mãos dela e as cobre com a sua, mandando correntes elétricas para
todas as suas terminações nervosas. – Eu quero te ajudar, mas não será possível
se você não me disser o que aconteceu, o que te faz sofrer tanto.
Lua abaixa a cabeça, fugindo do olhar
acolhedor e interrogativo lançado a ela, mas ele levanta seu queixo com a ponta
de seu dedo indicador e a faz olhar para ele novamente.
Ela respira e inspira procurando força
e coragem. Por fim resolve.
– Ok… Eu vou te contar.
Continua...
Se leu, comente! Não custa nada.
Dois
Capítulos para a alegria de todos \o/.
Os
capítulos vão ser atualizados de acordo com os comentários. Próximo post. com
mais de 10 comentários.
Preparadas
para o que Lua tem a dizer? O que vocês acham?
Agradecimento:
Obrigada, Rafa, pelo elogio. Ficamos
felizes em saber que estão gostando tanto assim. E espero que possamos melhorar
cada vez mais, seja postando fics/webs novas ou adaptadas. Obrigada a cada
comentário e elogio feito ao longo dos capítulos de cada história. Eles são
muito importantes, servem de incentivo para continuarmos. E sim, leio todos os comentários
deixados por vocês nos meus posts. E quando dá, respondo a todos.
Beijos.
Ahh quero ver qual será a reação dele..rs
ResponderExcluirmeu Deus mais pfvvv
ResponderExcluirPosta mais por favor
ResponderExcluirMaissss por favor
ResponderExcluirO que será, q faz ela pensar q o Arthur vai deixa lá ?
ResponderExcluirOnnnw , Milly , Eu é que te agradeço , Vcs estao sempre evoluindo e isso é muito bacana , não só pra gnt , como pra vcs tambem ! Ansiosa para o proximo !!
ResponderExcluirUm capitulo bem cutee de LuAr ! Já quero elea juntos !!
Beeeijao!!
Amando Tmb essa Web ,Posta Mais *--*
ResponderExcluirAmeiiii
ResponderExcluirEstá mt boa mesmo as webs! Quero mais! Posta logo heim
ResponderExcluirPosta mais.
ResponderExcluirEstou ansiosa
Muito bom,quero mais
ExcluirOwt q fofo *_* sempre surpreendendo amooo MT as suas webs.. Posta mais
ResponderExcluirQue gracinha! Quero mais!
ResponderExcluirLindo a e web você podia atualizar mais vezes ao dia pensa
ResponderExcluir