Milagres do Amor - Cap. 12º e 13º

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Milagres do Amor
Fugindo | Final.

Pov Narrador

Lua acordou assustada e chorando desesperadamente. Mais uma vez nesse dia sonhou com Arthur, mas desta vez não sonhou com ele sendo assassinado como vinha sonhando, mas sim se casando com outra, depois que descobriu toda a verdade sobre a vida imunda que ela viveu. Ele não a perdoou por ela não ter contado a verdade, a deixou no altar, e dias depois se casou com outra.

Lua sentiu um aperto enorme no peito e resolveu que contaria, ela mesma, toda a verdade sobre seu passado. Ela tentou poupá-lo de tudo, mas estava cada vez mais difícil. Sentia-se fraca, infeliz, ela sabia que ele poderia nunca mais olhar em sua cara ou começar a tratá-la diferente, mas ela teria que passar por tudo, e confiar nele.

Levantou da cama, depois de se acalmar, tomou seu banho, colocou uma calça jeans, botas de cano alto preto, uma blusa xadrez dobrada até o cotovelo, deixou o cabelo solto.

Depois fez sua higiene matinal e desceu em direção à cozinha.

Ruth preparava o café.

– Bom dia querida!

– Bom dia Ruth. Poderia chamar o Louise pra mim?

– Tudo bem, mas você já vai sair? –  Lua assentiu. – Nem pensar, hoje você só sai daqui depois de tomar seu café.

– Tudo bem.

Depois de tomar seu café e comer algumas torradas. E encontrar Louise, eles vão ao cemitério. Lá era o único lugar onde Lua se sentia protegida, estando longe de Arthur.

– Sim, tem um bar há poucos minutos daqui.

Arthur curioso para saber do que se trata, aceita.

Eles chegam ao bar, Arthur logo é recebido com aplausos pelos frequentadores do local, pelo trabalho realizado. Ele apenas balança a cabeça agradecendo. Eles se sentam e pedem uma bebida.

Arthur olha sugestivamente para Bernardo, para começar logo a conversa.

Bernardo dá um belo gole em sua cerveja e começa.

– Ok, eu vou começar só não sei por onde. – diz nervoso.

– Que tal do inicio? – diz Arthur sarcástico.

– Claro, claro. Olha chefe…

– Apenas Arthur.

 – Han… Arthur, desde que começamos a trabalhar juntos, naquele dia em que você estava com a moça em seus braços…

– Lua.

– Oh, sim Lua, eu percebi algo diferente, eu estou sendo muito intrometido eu sei, mas eu comecei e vou terminar. A maneira com que você a olhava, não era nada comum. – Arthur franze o cenho, mas Bernardo continua. – Eu sei bem o que estou falando, apesar de não ter encontrado o amor em minha vida, mas eu sei identificar quando alguém tem a sorte de encontrar.

– O que? Você está louco? – diz furioso, ameaçando se levantar.

– Sabe Arthur, às vezes você tem que aceitar quando lhe estendem a mão. Eu estou aqui enfrentando a tremedeira e o pavor, por estar falando esse tipo de coisa com você. Eu quero ser seu amigo, me sinto obrigado a isso, não sei por que mais sinto. Eu estou tentando abrir seus olhos, mas se você não aceitar minha ajuda pode ser tarde de mais.

Arthur volta a se sentar e vira de uma vez a dose de seu copo, e pede outra dose de uísque.

Como  Arthur não falou nada, mas voltou a se sentar, Bernardo tirou coragem não sabe de onde e continuou.

– Muitas pessoas se apaixonam várias vezes na vida, mas poucas amam ou encontram um amor verdadeiro, como você encontrou. E olha, às vezes encontramos, mas por não prestar atenção em alguns sinais, simplesmente deixam o amor passar, voando com o vento, sem se abri pra ele verdadeiramente. Eu sei o que te fez desistir da prostituta.

Arthur presta atenção em todas as palavras de  Bernardo, enquanto bebe mais uma dose, de sua bebida.

– Arthur você pode falar comigo, às vezes ajuda.

– Ah você é policial ou psicólogo? – diz sarcástico.

– Eu troquei a faculdade de psicologia para ser policial.

– Ah bom! – tenta fugir do assunto e pede a garrafa inteira de uma vez.

– O pior erro do ser humano é tentar tirar da mente o que não sai do coração. Você está indo trabalhar mesmo estando de folga, metendo a cabeça no trabalho. Ela está na sua casa?

– Sim.

– Então, não adianta você tentar fugir, pelo contrário, insista, persista, corra em direção a sua felicidade, não deixe cair diante dos seus olhos,  Arthur.

– Eu não iria conseguir fazê-la feliz. – desabafa.

– Mas você pode estar fazendo-a sofrer.

– Eu não quero isso.

– Seu afastamento pode estar matando-a Arthur!

– Merda. – diz culpado passando a mão pelos cabelos repetidamente, os deixando mais desalinhados. – Definitivamente mexer com os sentimento do coração é apontar uma estaca para o próprio coração.

– Sim, é mesmo. Mas ainda está em tempo de reverter à situação. Eu não a conheço, mas ela me pareceu estar extremamente apegada e pode estar até amando-o também.

Arthur e Bernardo ficaram conversando horas e horas, como se fossem velhos amigos. Mas com certeza uma grande amizade crescia ali. Depois de se abrir como nunca tinha feito antes,  Arthur estava mais bêbado do que jamais ficou na vida.

Bernardo o ajudou a sair do bar e entrou no carro, lhe pedindo o endereço de sua casa. Apesar da voz arrastada ele lhe deu,  Bernardo seguiu para o endereço, esperando que o mesmo estivesse certo. No final das contas estava, passou pela portaria e colocou Arthur com dificuldades, afinal o homem é gigante e pesado, no sofá da sala, acompanhado de perto por Luke, que rosnou repetidas vezes pra ele. Saiu rapidamente da casa, trancando a porta e colocando a chave por debaixo da porta. Deixando um Arthur extremamente alcoolizado e desmaiado no sofá.

Continua...


Milagres do Amor
Zerar e Recomeçar.
Pov Narrador

Naquela manhã, como de costume, Lua levantou ,fez sua higiene matinal, vestiu uma roupa qualquer e desceu. Quando deu de cara com um Arthur dormindo profundamente no sofá, Lua sorriu.

– Ele fica mais bonito a cada dia. – pensa.

Ela se aproxima e lhe faz um carinho em seus cabelos, inconscientemente ele solta um sorriso. Lua lhe dá um beijo na testa e vai para a cozinha, onde encontra Ruth já preparando o café.

– Bom dia querida acabei de ver uma cena linda. – diz lhe dando um beijo carinhoso em sua testa.

– Bom dia, que cena?

– Oh querida, você com o patrão na sala. – Lua cora fortemente – Não fique com vergonha. Apenas tome seu café.

Lua come.

– Bom dia senhorita. – diz Louise após chegar à cozinha.

– Só Lua, Louise.

– Oh, me desculpe. Vamos ao mesmo lugar hoje?

– Sim.

– Quando quiser ir é só chamar.

– Vamos agora. – Lua dá um beijo em Ruth e sai com Louise.

Arthur depois de uma noite literalmente desmaiado no sofá, acorda com uma dor de cabeça infernal.

– Ruth – berra com a mão na cabeça sem se levantar do sofá.

– Sim, senhor.

– Eu quero um remédio para dor de cabeça, urgente.

– Se o senhor preferir, eu sei fazer um chá muito bom para ressaca.

– Não, eu não tomo chá, quero só o remédio.

– Sim senhor, com licença.

Depois de alguns minutos, ela volta com o remédio e um copo com água. Ele toma, sobe meio cambaleante e vai direto para o chuveiro, toma um banho frio, não ligando para os protestos de seu corpo.

Enquanto troca de roupa lembra da conversa que teve com Bernardo e percebe que estava agindo como um rato fugindo do gato. Termina de se vestir e decide procurar Lua. Vai ao quarto e não encontra ninguém, percorre todos os cômodos da casa e não a encontra. Ele começa a se desesperar, milhões de coisas ruins passam pela sua cabeça e em todas… ele é o culpado por ter a deixado sozinha.

– Ruth – berra novamente entrando na cozinha.

– Sim, senhor.

– Você sabe onde está a Lua?

Ruth percebendo a preocupação estampada no rosto de seu padrão o acalma.

– Sim, ela está no cemitério.

– O que? Cemitério?

– Sim. Há algum tempo acorda e vai pra lá, só volta de noite. Senhor eu não deveria falar, mas…

– Fale logo. – começa a se irritar.

– Desde que você resolveu fugir dela – Arthur olha com uma cara estranha para ela – Não adianta me olhar assim, agora eu falo. Ela não tem se alimentado como deveria, só toma café, e se eu insistir. Quando não passa o dia no quarto passa no cemitério, ela tenta disfarçar mais seu olhar a entrega, sempre está com um olhar e sorriso tristes.

Arthur cada vez mais vai entrando no abismo da culpa.

– Eu sou uma velha senhora, me escute, tenho experiência nas coisas do amor. E posso lhe afirmar que fugir não vai fazer com que o sentimento que leva no peito suma em um passe de mágica. Quando o amor chega ninguém é capaz de arrancá-lo do coração. Mas não espere ser tarde de mais. Eu a quero bem e temo por sua saúde, ela vai ficar doente, sem dúvidas e você é o único capaz de tirá-la do buraco em que ela se encontra.  Lua é uma flor, merece desabrochar, brilhar e finalmente ser feliz. – termina com um olhar terno para Arthur.

Ele senta-se e escuta tudo com muita atenção, passa as mãos pelos cabelos molhados, pelo recente banho, e lhe pergunta:

– Está tão na cara assim? Você é a segunda pessoa que me diz quase a mesma coisa em menos de um dia.

– Não, apenas quem já viveu ou tem uma sensibilidade é capaz de perceber.

– Merda Ruth, eu achava que era a coisa certa a fazer, eu não sei amar, esse sentimento não é pra mim. Eu só vou fazê-la sofrer.

– Não é a coisa certa senhor, deixe acontecer, ela irá te ensinar. Você só vai fazê-la sofrer se continuar se afastando. – Arthur dá um suspiro cansado.

– Ok, eu desisto de lutar contra isso, não aguento mais, vou deixar os dados rolarem. – diz massageando as têmporas. – Onde fica o cemitério?

Ruth lhe explica o endereço com o maior sorriso e feliz por ter conseguido abrir os olhos de seu patrão.

 Arthur dirige em direção ao cemitério, quando uma tempestade desaba, ele liga para Louise.

 – Senhor – no primeiro toque ele atende.

– Louise, a Lua ainda está no cemitério?

– Sim, senhor.

– Embaixo dessa tempestade?

– Senhor, eu tentei, mas ela não quer sair daqui.

– Ok, estou chegando. Pode ir, eu a levo pra casa.

– Como quiser senhor.

Ele chega em poucos minutos, apesar do trânsito estar engarrafado por causa da chuva. Ele estaciona seu volvo, e sai do carro debaixo de chuva, sai à procura da lápide do avô de Lua como Ruth lhe falou.

Lua se encontra deitada na lápide, não se importando com a chuva que molha toda sua roupa, pelo contrário, torce para a chuva levar consigo sua dor e tristeza que permanece em seu corpo a devastando, a sufocando, cada vez mais.

Arthur anda mais alguns metros, quando chega à lápide e a encontra deitada.

Fica algum tempo observando, mas logo se aproxima. Senta em seus pés, Lua se levanta pelo susto e encara Arthur não acreditando no que seus olhos estavam vendo.

– O que você está fazendo aqui?

– Eu vim te buscar. – diz olhando pra frente.

– Não precisa, eu estou bem.

– Lua, nós precisamos conversar – diz olhando em seus olhos.

– Sobre o quê?

– Você sabe sobre o quê.

Eles se encaram por algum tempo, até que Arthur resolveu falar.

– Lua… Han… Me desculpa por ter te deixado sozinha, eu não vou repetir esse erro. Eu não quebrarei mais minha promessa. – diz cauteloso.

Lua o observa abismada.

– O poderoso Aguiar me pedindo desculpas? – pensa.

– Você não quebrou nada Arthur.

– Claro que eu quebrei, prometi te ajudar, te proteger, e não o fiz. Mas ainda há tempo de reverter isso. – diz olhando em seus olhos.

Arthur lança seu sorriso torto à Lua que retribui, com saudades do velho Arthur.

– Me diz uma coisa? Por que você vem aqui todos os dias?

– Eu… Não me sinto… Sozinha quando estou aqui.

– Sei…Também sei que a culpa é minha. Mas você não vai se sentir mais sozinha. Agora vamos, pois eu tenho certeza que a senhorita vai ficar doente.

Ele se levanta e estende a mão para ela. Ela hesita, olha de sua mão para seus olhos, no fim não iria resistir mesmo, aceita de bom grado, e coloca sua mão, que perto da dele parece a de um bebê, aceitando assim, a ajuda que ele novamente lhe oferece.

No meio da tempestade, que não dá nenhum sinal de que irá parar, eles vão em direção ao carro. Lua começa a bater os dentes de frio, Arthur a puxa para seus braços tentando esquentá-la, apesar de estar tão gelado quanto ela. Porém Lua vai feliz e sorri, ela finalmente voltou para onde nunca, jamais, deveria ter saído.

Após alguns longos minutos no trânsito intenso da grande Los Angeles, eles chegam a casa. Arthur manda Lua tomar um banho quente imediatamente, que obedece sem reclamar, e vai tomar o seu.

Após o banho desce e pede a Ruth que faça um chá para Lua, ele sobe com o chá, fervendo em mãos, bate na porta e entra. Encontra Lua com uma blusa de moletom gigante rosa e uma calça preta, penteando os cabelos em frente o espelho.

Ela o vê e sorri, enquanto ele se senta na cama e dá duas batidinhas a chamando para se sentar do seu lado.

– Sente aqui.

Lua se senta. Ele pega uma toalha seca no armário e volta para a cama lhe entregando o chá.

– Ah, Thur eu não quero chá – diz fazendo careta.

– Não perguntei, toma tudo, e sem reclamar – diz firme. – Vire-se.

– Pra quê? – pergunta confusa

– Para secar seus cabelos, que estão pingando.

Lua se vira e ele começa a passar a toalha com cuidado em seus cabelos, enquanto ela toma o chá.

– Sabe, eu gosto do seu cabelo, ele é muito bonito.

– Obrigada. – diz corando e dando graças a Deus por estar de costas pra ele.

Eles ficam alguns minutos sem dizer nada, apenas o silêncio preenchendo o quarto, quando Arthur resolve falar.

– Lua, não dá mais para adiar, eu sei que este assunto não te faz bem, mas chegou a hora de me contar.

Apesar dele querer contar o que sente, mostrar o que seu coração manda, tenta adiar essa conversa. Ele bem sabe que para confirmar seus sentimentos, precisa ouvir tudo que ela esconde e aí talvez se declarar.

Porém, isso é só um pretexto para tomar coragem para falar, não há nada no mundo que o fará desistir ou esquecer esse amor, muito menos um passado provavelmente sofrido e cheio de marcas, que ela teve.

Ele termina de secar seus cabelos, Lua se vira e coloca a xícara já vazia sobre a cabeceira da cama. Ela se senta de frente para ele, mas não fala nada. A coragem que antes se fazia presente agora sumiu e a loira tem medo de sua reação.

Arthur percebendo as mudanças de sua expressão, diz:

– Docinho… – ela sorri com o apelido que há muito tempo não escutava e aprendeu a gostar. – Você pode confiar em mim – ele pega as mãos dela e as cobre com a sua, mandando correntes elétricas para todas as suas terminações nervosas. – Eu quero te ajudar, mas não será possível se você não me disser o que aconteceu, o que te faz sofrer tanto.

Lua abaixa a cabeça, fugindo do olhar acolhedor e interrogativo lançado a ela, mas ele levanta seu queixo com a ponta de seu dedo indicador e a faz olhar para ele novamente.

Ela respira e inspira procurando força e coragem. Por fim resolve.

– Ok… Eu vou te contar.

Continua...

Se leu, comente! Não custa nada.

Dois Capítulos para a alegria de todos \o/.
Os capítulos vão ser atualizados de acordo com os comentários. Próximo post. com mais de 10 comentários.

Preparadas para o que Lua tem a dizer? O que vocês acham?

Agradecimento:


Obrigada, Rafa, pelo elogio. Ficamos felizes em saber que estão gostando tanto assim. E espero que possamos melhorar cada vez mais, seja postando fics/webs novas ou adaptadas. Obrigada a cada comentário e elogio feito ao longo dos capítulos de cada história. Eles são muito importantes, servem de incentivo para continuarmos. E sim, leio todos os comentários deixados por vocês nos meus posts. E quando dá, respondo a todos.


Beijos.

14 comentários:

  1. Ahh quero ver qual será a reação dele..rs

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  2. O que será, q faz ela pensar q o Arthur vai deixa lá ?

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  3. Onnnw , Milly , Eu é que te agradeço , Vcs estao sempre evoluindo e isso é muito bacana , não só pra gnt , como pra vcs tambem ! Ansiosa para o proximo !!
    Um capitulo bem cutee de LuAr ! Já quero elea juntos !!
    Beeeijao!!

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  4. Está mt boa mesmo as webs! Quero mais! Posta logo heim

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  5. Posta mais.
    Estou ansiosa

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  6. Owt q fofo *_* sempre surpreendendo amooo MT as suas webs.. Posta mais

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  7. Lindo a e web você podia atualizar mais vezes ao dia pensa

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