Milagres do Amor - 6º e 7º Cap.

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Milagres do Amor
Estranha Harmonia.

Pov Narrador

A auréola que os envolve é absurdamente calma e sincera. Em suas mentes os pensamentos se movimentam como pipocas na panela. Pensam de tudo mais ao mesmo tempo não pensam em nada, a mente está na boca e no hálito quente, que vai se aproximando com o passar dos segundos.

A expectativa é até melhor que o beijo em si. As mãos soam e a ansiedade aumenta por parte de ambos.

Quando seus lábios quase se tocam, um latido estridente de Luke quebra totalmente a magia e expectativa do momento. Eles se separam bruscamente, como se tivessem levado choque pelo corpo inteiro, pela aproximação exagerada.

Lua extremamente envergonhada e chateada por Luke ter estragado o melhor momento que ela poderia viver nessa vida.

Arthur, estressado e grosso como é, querendo matar Luke imediatamente.

Um silêncio constrangedor se instala no ambiente fechado e frio. Lua respira fundo e tenta esquecer o que eles quase fizeram, toma coragem e quebra o silêncio, com seu jeito espontâneo e contente apesar de tudo.

– Vamos? – diz pegando Arthur pela mão e indo em direção as cozinha.

Arthur prepara um macarrão instantâneo para comerem, muito cansado para pensar em cozinhar.

Lua balança a cabeça negativamente e começa a chorar. Arthur observa espantado e não sabe como acalma-la, apenas coloca suas mãos em cada lado se seu rosto manchado pelas lágrimas.

– O que foi docinho? – Lua hesita. – Sabe que pode me falar qualquer coisa! – a incentiva.
– Eu… Eu apenas não… Não quero dormir.
– Por que não? – pergunta mais confuso do que já estava.
– Porque, é dormindo que tudo piora. Quando estou dormindo não posso lutar com o meu subconsciente como acordada. As lembranças que mais quero esquecer se voltam com toda força.

Arthur a puxa para o ninho de seus braços entrando no quarto com ela.

– Está tudo bem, você é forte.
– Não está não! Eu não sou, apenas tento.
– Talvez você se sinta melhor me contando – propõe, fazendo com que Lua chorasse mais.
– Me desculpe, fica calma. Não precisa contar se não quiser, mas fique sabendo que quando quiser, fique à vontade em me contar, eu estarei disposto a ouvi-la e ajuda-la, ok?

Lua assente e volta a abraçá-lo, como todas as vezes que seus braços fortes a envolvia, uma onda de paz e segurança enche o ar se misturando com seu delicioso perfume.

– Eu vou ficar aqui até você dormir.

Ele deita com ela a ajeitando nos travesseiros macios recém trocados.

Ela aos poucos para de soluçar e se acalma da recente crise de choro, nos braços de Arthur. Que tenta acalma-la, cantando uma canção de ninar, que ouvia de sua mãe quando criança.

Logo os dois caem no sono profundo e sem sonhos. Arthur com seu sono leve e Lua ao contrário com seu sono extremamente agitado e perturbado.

Lua se mexe um pouco na cama acordando Arthur, que percebe onde está, olha no relógio da cabeceira da cama que marca, quatro horas da manhã.

– Hum… Posso dormir mais um pouco. – pensa se ajeitando como pode, pois Lua está coma cabeça em seu peito. Ele sente um vento frio, olha para a janela e a vê aberta.

Tenta se levantar com todo o cuidado para não acorda-la, sem sucesso.

Lua apesar de seu sono pesado, se remexe na cama e acorda, sentindo falta de algo.

Arthur observa tudo sorrindo, sua falta foi sentida imediatamente. Lua se senta e faz uma um bico, ainda sonolenta. O que faz com que Arthur a observa encantado com a carinha fofa.

– Thur – resmunga com a voz embargada pelo sono – Posso te chamar assim, né?

Apesar dele não gostar nem um pouco de apelidos, acaba aceitando, afinal ele acabaria cedendo a ela de qualquer forma.

– Claro, claro.
– Aonde você ia?
– Eu ia para meu quarto.

Lua faz uma careta.

– Você disse que ficaria aqui comigo até eu dormir. Mais eu estou acordada novamente. – diz tentando manter os olhos abertos.
– Você parece uma gatinha manhosa – diz, enquanto fecha a janela e volta para a cama. – Você teve pesadelos?
– Não, não sonhei com nada. O melhor sono que já tive, sem nenhuma interrupção indesejada.
– Que bom – diz a puxando para seus braços e enfiando a cabeça em seus cabelos com aroma de morangos.
– Posso te pedir uma coisa? Se você não quiser é só falar não, ok? – pergunta com a voz abafada pelo peito de Arthur.
– Aham.
– Você se importa de dormir comigo todas as noites? Sabe você consegue me acalmar, não quero voltar a ter pesadelos. – pergunta corando e agradecendo por ele não pode ver seu rosto.
– Não, não me importo.

– Mas que merda eu estou dizendo, é claro que me importo. Como vou conseguir me controlar com esse corpo quente e perfeito junto ao meu todas as noites e não poder tocá-lo? E esse cheiro delicioso de morangos? Ah, Arthur Aguiar você está incrivelmente fodido. Mas como posso negar algo a ela? – fala com seu subconsciente.

– Obrigada, por tudo. – diz bocejando e dando um beijo inocente em seu peito. – Boa noite.

Porém para ele não foi nada inocente, algo lá embaixo dá sinal de vida (o-o coisa boa!)

Arthur pigarreia e responde:

– Disponha e boa noite docinho. – diz beijando seus cabelos.

O relógio marca sete da manhã, com ele Arthur desperta e sai da cama com cuidado. Vai para seu quarto, toma um banho, se veste e desce. Encontra Ruth, sua empregada, preparando o café.

– Bom dia senhor Aguiar – diz educadamente a senhora.
– Bom dia.

Depois da breve comunicação nada mais se ouve no cômodo da cozinha. Arthur termina seu café e sobe novamente, escovas os dente, ajeita sua arma da cintura. Tenta mais não resiste e vai para o quarto onde Lua dorme.

Por não ter comentado com ela que iria trabalhar, deixa um recado no espelho do banheiro, volta à cama lhe dá um beijo na testa e desce.

– Ruth – chama-a
– Sim senhor – responde a empregada surgindo na porta da cozinha.
– Lá no quarto da Mel, dorme uma jovem, Lua. Quando ela descer a trate muito bem, ok?
– Claro senhor.

Ruth que trabalha há anos para Arthur estranha a moça no andar de cima, pois ele nunca leva mulher alguma para sua casa. Ela percebe algo pairando no ar, mas nada diz. Primeiro porque Arthur nunca deu muito intimidade para empregados e não queria perder seu emprego, dando palpites na vida particular de seu patrão, apesar de considerá-lo como um filho, pelos anos de convivência. Segundo por saber que quem fala o que quer, escuta o que não quer, e com o Aguiar uma patada não seria nada difícil. Ela bem sabia que seu jeito frio e calculista por fora, era como uma armadura, que só um amor verdadeiro e profundo poderia fazê-la cair.

Arthur vira e dá de cara com Luke, alegre e com a língua pra fora a espera de seu tão conhecido ‘’Tchau amigão’’ seguido com três batidas em suas costelas.

Porém seu dono não o perdoou pela intromissão do dia anterior. Finge que não vê o cachorro ali parado e sai em direção à garagem, onde pega sua Mercedes blindada preta e vai para mais um dia de trabalho intenso.



Milagres do Amor
Sentimento Puro e Inocente

Pov Narrador

Três horas depois, Lua acorda procurando por Arthur, mas não o acha.

– Ele deve ter ido trabalhar! – pensa meio chateada por ele não ter a avisado.

Levanta-se meio trôpega, tentando se desenrolar do lenço enrolado em seu corpo, depois segue para o banheiro. Faz sua higiene matinal, quando olha para o espelho vê um pedaço de papel coma caligrafia bonita e perfeita de Arthur.

Bom dia docinho.

Fui para o trabalho. Não sei se voltarei para o almoço, mas dona Ruth, a empregada, já chegou, ele ira preparar seu café e almoço ok?

Assim que você acordar me ligue! (o telefone está na agenda, na sala).

Arthur.

– E você já se chateando com ele não é dona Lua? – diz para si mesma em voz alta, com um sorriso bobo no rosto.

Desce com a roupa de Arthur ainda no corpo, vai em direção ao telefone.

Três horas atrás… Arthur chega ao enorme e elegante prédio do FBI, recebe alguns ‘’Bom dia senhor Aguiar’’, mas sempre sem responder nenhum, um aceno de cabeça era a única coisa que tinham como resposta, continua andando com toda sua postura rígida e prepotente, sempre com sua cara feia.

Os colegas de trabalho, já acostumados com sua falta de contato com os abaixo de sua hierarquia, apenas lhe dirigem a palavra por educação e por ele ser o chefe.

Contudo, muitos o respeitam e o invejam, afinal um homem com apenas 23 anos chegar aonde chegou e ainda ser conhecido nacional e internacionalmente pelo seu trabalho, não é para qualquer um.

Ele chega a sua luxuosa sala, bem decorada em tons de preto e branco, onde começa imediatamente seu trabalho, alguns esquemas de corrupção para interceder, traficantes de tragas para prender. Quando seus pensamentos vão à outra direção completamente diferente, Lua.

Ele tenta a todo custo prestar atenção no computador a sua frente ou nos papéis em suas mãos, mas não adianta, cansado para e encosta a cabeça no encosto da cadeira tentando relaxar .Massageando sua têmporas, pela dor de cabeça, que ameaça lhe engolir.

Seus pensamentos voam. Em apensa uma única noite tudo muda, sua vida, muda. Lua entrou em sua vida para colocar tudo de pernas para o ar, sua vida antes, resolvida e sem preocupações, agora é interrompida por uma garota problema. Arthur nunca pensou que ficaria assim por uma mulher, sua vida é cheia delas apenas para satisfazer seu prazer e depois descartá-las, não para apreciar cada gesto e fala e o pior, tomar conta de seus pensamentos a cada minuto do dia, lhe tirando dos eixos, como está sendo com Lua.

Mal sabendo que sua mente não quer Pérola em sua cama, e sim Lua.

Quando ele vai encerrar a reunião seu celular o interrompe, ele o pega no bolso da camisa social azul que está usando, olha na tela, sorri e atende.

– Olá dorminhoca! Dormiu bem? – diz sem se importa com os homens e sua secretária que observa de queixo caído.

Afinal, o frio e prepotente Arthur Aguiar, falando manso com alguém? Isso sim é uma novidade.

– Oi Thur, dormir sim, melhor impossível. – diz Lua do outro lado da linha sentada no sofá redondo e macio.
– Que bom, espere um momento.

Ele vira para os homens e os dispensa, indo em direção a sua sala.

– Lua, não vai dar para almoçar em casa com você hoje. Mas iremos ao shopping mais tarde, afinal você precisa de roupas. – diz se sentando em sua cadeira.
– Jura? – se anima, mas logo o sentimento de culpa toma a envolve. – Arthur não é certo você gastar seu dinheiro comigo.
– Não discuta comigo. – diz seco
– Tudo bem.
– Para de fazer charme, eu sei que você gosta. – tenta descontrair.

Do outro lado da linha Lua dá uma gargalhada que é seguida por ele.

– Docinho, eu tenho que desligar, se precisar de qualquer coisa não hesite em me ligar, ok?
– Está bem.
– Tchau!
– Tchau!

E o traficante não tem outra solução a não ser se render.

Lua após falar com Arthur vai em direção à cozinha, onde encontra Ruth.

Uma senhora gordinha de meia idade, com seus cabelos pretos com fios brancos, baixa e com um semblante feliz, porém maltratado pela idade.

– Olá, você deve ser a Ruth não é? – pergunta educadamente
– Sim e você, Lua?
– Sim.
– Lua, irei arrumar seu café, sente-se querida. Afinal temos que tratar você muito bem como o patrão mandou. Também por ser a primeira mulher a vir nessa casa, a não ser a mãe e irmã de Arthur.
– Sério? Quando ele me falou eu não acreditei. Pois como um homem como Arthur, público e muito lindo, não está acompanhado, casado ou namorando ninguém?
– Sim minha querida. Apesar de tudo isso, ele é um homem difícil e muito temido.
– Não consigo ver isso nele. Claro que quando ele quer, nos deixa apavoradas, mas ate aquela cara de bravo dele é linda – ri, com os olhos brilhantes e cheio de significados, esse que é logo capturado por Ruth.
– Você conheceu o pior lado dele e não saiu correndo? – ri.
– De maneira nenhuma.
– Eu já conheci esse lado turrão e grosso dele, e acredite, se eu não precisasse desse emprego eu tinha saído correndo. Apesar de tudo ele é um bom patrão.
– Do jeito que você e os jornais falam parece que ele é um monstro sem alma, porém ele não é assim – diz Lua com o cenho franzido.
– É só com você então. – diz Ruth ligando a televisão existente na cozinha.
– Será? Ele me trata super bem, é tão carinhoso. – diz tomando seu suco de laranja e comendo torradas.
– Você está apaixonada por ele. – diz der repente, fazendo Lua colocar pra fora metade do suco e começar a engasgar, Ruth corre para seu lado dando pequenos tapinhas em suas costas.
– Ruth o que… Não, não mesmo – diz Lua apavorada.
– Minha jovem, não subestime a sabedoria dessa velha. Eu já vivi muito, sei reconhecer a paixão ou o amor a quilômetros de mim. Paixão é apenas fogo e desejos passageiros. Pelo brilho dos seus olhos e a maneira como você fala, seu afeto, isso sim é amor. Você se importa com ele. Eu observei você ligando agora pouco, seu rosto era só felicidade e com uma paz impressionante. – conclui passando as mãos enrugadas pela idade nos longos cabelos de Lua.
– Eu o conheci ontem, não posso está sentindo essas coisas. O que sinto é apenas gratidão. É só isso – Lua tenta se convencer.
– Me responde algumas perguntas então?
– Claro – responde mordendo os lábios.
– Quando vocês se conheceram, o que você sentiu quando olhou em seus olhos, pela primeira vez? Medo?
– Não. – tenta controlar a voz – a última coisa que senti foi medo.
– O que sentiu então?
– Eu senti… Ah eu não sei explicar, paz, segurança…
– Como ele reagiu a você?
– Normal… Eu acho, ele até me abraçou em determinado momento.

Ruth arregala os olhos.

– Jura? Uma última pergunta. Ele agiu estranho quando, hum… Sei lá alguém se aproximou de você? Tipo ciúmes? – Lua pensa e lembrando-se do episodio dos seguranças.
– Oh sim, quando o segurança me olhou um pouco estranho ele ficou irado. Mas não acho que seja ciúmes..
– Bingo, todos os sintomas estão presentes. Você o ama e incrivelmente é recíproco.
– OMG! Não pode ser. – diz exasperada começando a chorar, e acaba concluindo que tudo que Ruth disse é…

Seus pensamentos são interrompidos por uma notícia na televisão.

– Interrompemos nossa programação para uma notícia urgente. O ‘’Poderoso Aguiar’’ ataca novamente, o alvo dessa vez foi o maior traficante de drogas do país – conta a repórter, mostrando imagens ao vivo de Arthur colocando o traficante do carro e entrando em seguida.

Ruth olha para Lua que continua chorando.

– Minha querida, não chore, esse sentimento é uma dádiva de Deus.
– Como não irei chorar. Eu sou tão comum, ele pode ter qualquer mulher que quiser, e não passo de uma garota cheia de problemas e traumas. Ele nunca iria me amar. – desabafa.
– É aí que você se engana, hoje de manhã ele falou de você com tanto carinho, me pediu para tratá-la bem, seus olhos brilhavam igualzinho ao seu, a diferença é que ele sabe disfarçar bem e você não. Ele a ama também. Como você, ele ainda não percebeu, mas logo alguém ira abrir seus olhos ou ele ira perceber sozinho.

Lua coloca a cabeça nas mãos, seus pensamentos vão longe. Lembra dos momentos em que passou com Arthur, seu sorriso, seus incríveis olhos castanhos, sua boca vermelha e convidativa, seu sorriso deslumbrante, sentia uma coisa estranha e avassaladora dentro do peito quando o via ,seu sentimento de paz e segurança ao seu lado, de seus defeitos…Enfim ela percebe que o vírus do amor a atingiu, como uma vacina injetada em suas veias, e ela bem sabia que enfrentaria todo o inferno para segurar suas mão, sentir o calos de seus braços e corpo ,que lutaria para ficar com ele para sempre.

Continua...

Se leu, comente! Não custa nada.

Dois Capítulos para a alegria de todos \o/.
Os capítulos vão ser atualizados de acordo com os comentários. Próximo post. com mais de 10 comentários.

14 comentários:

  1. Apaixonada pela sua história!!!!

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  2. Docinho eu acho fofo ele chamando ela assim❤❤

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  3. Apaixonante esse capitulo! Posta mais

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  4. Docinho é tão Annw ♡
    Lua não resistiu aos encantos de Arthur e nem Arthur aos de Lua!

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  5. Amandoo querooo mais, a web está otimaa.. Bjinhoss

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  6. Tomara que o Arthur perceba que está apaixonado pela Lua

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  7. Tô apaixonada por essa web!!!

    by: Naat

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  8. Owmmm coisa linda ♡♥♡♥♡
    Já quero eles juntos *---*

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  9. Querida a cada dia que passa eu fico mais apaixonada pela sua web. Beijos. Alasca ♊

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  10. Amei essa web
    posta mais please

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