Little Anie - Cap. 60

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Little Anie
Pov Arthur

Chegamos em casa umas 10h45. Tirei Anie da cadeirinha e abri a porta. Hoje ela não foi ao balé. E eu já sentia uma falta enorme só de saber que não veria Luh nas horas seguintes. Nem no dia seguinte. Nem nos dias seguintes. A casa ficaria em silêncio durante uma semana de suas reclamações diárias. De seus gritos para tentar impedir Anie de fazer uma travessura qualquer. De sua implicância comigo. De seus apelidos que eu aprendi a considerar 'carinhosos'. De suas provocações quando vestia uma camisola, ou um baby doll, ou uma lingerie super sexy e rendada. E me dizia que estava indisposta. E que queria apenas dormir – Embora essas vezes fossem quase raras. Ainda sim, existiam. Na maioria, ela sempre topava tudo. Ela devia conter o riso ao ver minha frustração. Eu tinha vontade de tirar qualquer roupa que ela vestisse. Eu sentiria falta de seus carinhos. Das horas em que conversávamos coisas aleatórias. Suspirei tirando o casaco e jogando na poltrona. Logo Anie surgiu no quarto correndo e abraçou minhas pernas.

- Hey, mocinha. – Ri segurando em seus braços. – O que foi amor? – Perguntei ainda rindo. Anie me olhou com uma cara sapeca.
- Carol tá correndo atrás de mim, papai.  – Ela riu erguendo os braços esperando ser carregada.
- O que estão aprontando hein? – Perguntei carregando-a e beijando sua bochecha.
- Anie? – Carol a chamou.
- Não deixa ela me pegar, papai. – Anie disse enterrando o rosto em meu pescoço. E se mexeu inquieta em meu colo.
- Anie?
- Ela está aqui, Carol. – Disse saindo do quarto.
- Sua danada. – Carol comentou. – Vamos logo almoçar. – Disse. – Ela está fugindo por isso. – Completou ao me olhar.
- Vamos, Anie. Tem que almoçar, e sem drama. – Falei descendo com ela os degraus. Carol nos acompanhou.
- Vem, Anie. – Carol a pegou de meu colo. – Você já vai almoçar, Arthur? – Me perguntou.
- Não. Só mais tarde. – Respondi.
- Tem que almoçar, papai. – Anie disse séria. E minutos depois gargalhou. Uma gargalhada gostosa. Ri alto, assim como Carla e Carol.
- É? É? É? – Perguntei fazendo cócegas nela. Anie se encolhia no colo de Carol.
- Pa... ra.. Para... Papai. – Pediu ofegante e vermelha. Parei e beijei seus cabelos.
- Vá almoçar, pequena. – Sorri e Carol a levou para a cozinha.

Era quase 21h. Eu estava deitado na cama, e Anie ao meu lado. Ela estava deitada de bruços, os cotovelos apoiados no colchão, e as mãozinhas no queixo. As pernas balançavam de um lado para o outro. E ela folheava um livro de história infantil, que Lua havia lhe dado. Eu estava assistindo ao um filme e tentando me manter acordado até a hora que Luh ligasse. Ainda faltavam umas duas horas e pouco. E eu estava caindo de sono. Anie não dava sinais de que queria dormir. O que eu lamentava, por dentro e por fora.

O filme tinha acabado e a hora estava se movendo tão rápido quanto uma tartaruga. Bocejei me espreguiçando. E olhe para Anie.

- Filha?
- Oi, papai. – Ela tirou os olhos do livro e me olhou.
- Não está com sono? – Perguntei enquanto me sentava na cama.
- Não. – Ela respondeu.
- Já passou da hora de você dormir, amor.
- Ainda não papai. – Disse ainda me encarando. Um olhar pidão. Que fazia qualquer um – exceto, Luh – ceder.
- Ah filha. Tem que dormir. Amanhã tem balé. Você tem que acordar cedo. – Falei.
- Mamãe ainda não ligou. – Reclamou fazendo um bico.
- Ela ainda não chegou lá, filha. Por isso... – Expliquei.
- Não?
- Não, amor. É longe.
- Papai?
- Oi, amor.
- Deixa eu dormir aqui?
- Deixo, Anie. – Sorri acariciando seu rosto. – Só se você dormir agora.
- Aaah não. – Ela fez um bico enorme. Uma batida na porta foi ouvida.
- Tá aberta. – Falei um pouco alto. E Logo Mel colocou a cabeça para dentro do quarto, e riu.
- Achei que já poderiam estar dormindo. – Comentou.
- Se uma certa pessoa colaborasse. – Falei apontando para Anie e Mel riu. – Tô esperando a ligação de Luh.
- Ah sim. A que horas mais ou menos ela vai chegar lá?
- Onze e pouco. – Respondi. – E você? Está bem?
- Estou sim. Não se preocupe.
- Jantou né?
- Você está parecendo um pai. – Comentou rindo.
- Sou um pai.
- Quis dizer, meu. – Explicou. Revirei os olhos.
- Sou muito novo pra ser seu pai.
- Não apela, Arthur. – Ela riu. Mostrei língua. – Boa noite, Anie. – Mel lhe jogou um beijo.
- Boa noite, titia. – Anie retribuiu o gesto.
- Durma bem. Tchau, Arthur. Boa noite. – Ela riu e fechou a porta.
- Quando você crescer, não seja tão complicada quanto elas. Mulheres são todas assim.
- Não entendi, papai. – Anie me olhou com o cenho franzido.
- Esquece, amor. – Beijei seus cabelos. – Que tal dormir? – Ergui uma sobrancelha e Anie curvou os lábios em um sorriso sapeca.
- Não, papai. – Ela apertou minha bochecha e se alinhou em meu colo. – Não quero.
- Aah Anie. É sim. Está tarde. – Tentei convencê-la. – Durma, vai...
- Nããããooo... – Ela quase cantarolou. – Dorme você, papai.
- E deixar você acordada? Jamais, isso é um perigo, filha. – Comentei apertando seu nariz.
- Não vou dormir, papai. – Disse.
- Vamos ver se não. – A apertei em meus braços. – Uma hora você irá sentir sono. Tenho certeza. – Pisquei.
- Você vai dormir?
- Claro, Anie. Estou quase dormindo acordado. – Respondi.
- Não vai sair?
- Aah, então é isso? Por isso não quer dormir? Não irei sair Anie. Pode dormir, filha. – Beijei seus cabelos.  – Vou ficar com você, amor. – Assegurei. Anie me abraçou fortemente e eu a puxei para meu colo. Logo ela dormiria. Caso contrário, eu não sei o que farei.

Às horas não paravam. Eu já havia cochilado, e como comentei, Anie havia adormecido. A deitei com cuidado na cama e fui ao banheiro. Quando voltei, olhei para o relógio, era 23h15. Lua logo ligaria. Me deitei na cama, e olhei para a pequena. Ela estava esparramada na cama. Era espaçosa. Sim. Muito. Lua dizia que ela dormia como eu. O que era verdade. Eu só esperava que Anie não me empurrasse da cama. Eu já estava com um espaço reduzido quase a zero. Tirei os fios de cabelo que caiam em seu rosto, e ela se mexeu, virando o rosto para o outro lado. Quem não iria dormir mesmo? Ri baixinho. Alguns minutos depois, o celular começou a tocar. Peguei e atendi já sabendo quem era do outro lado da linha.

Ligação ON
- Luh. – Sorri como se ela estivesse em minha frente. Era um alívio saber que ela já havia chegado.
- Oi amor. – Ela disse. Eu podia apostar que ela estava sorrindo tanto quanto eu.
- Chegou bem?
- Sim. Só tô extremamente cansada da viagem. Parece que nunca ia chegar. – Comentou. – Estou com muito sono. Eu cochilei. Mas não é a mesma coisa. Estou meia perdida com a hora. Já amanheceu. – Disse.
- Ainda nem dormi. – Ri. Ela também riu.
- Como Anie está? Já está dormindo?
- Está bem. Implicou que não queria dormir. Achou que eu ia sair. – Falei fazendo Lua ri.
- Ela está aí?
- Sim. Pediu para dormir aqui. Tá quase me expulsando da cama. Achei que ela não ia dormir nunca. Não me lembro de ser quase uma missão impossível fazê-la dormir. – Comentei. Lua gargalhou.
- Que exagero, amor. Mas achou que ia ser fácil né? – Perguntou divertida.
- Achei que ia ser normal, igual quando você tá aqui. – Admiti. – Fora que ela estava correndo de Carol para não almoçar.
- Mas almoçou?
- Sim, Luh.
- Diz que deixei um beijo.
- Ela não parou de perguntar por você. E perguntava se você não ia ligar.
- Arthur! Estou morrendo de saudades já.
- Eu vou cuidar dela, Luh.
- Não tenho dúvidas. – Me disse. – E Mel? Como está?
- Pelo que me disse, bem.
- Amanhã ligo para ela. Arthur?
- Oi.
- O hotel é lindo. A cama é enorme. – Disse soltando um risinho cínico.
- Quer brincar de provocações à uma hora dessas? – Perguntei sentindo meu sangue ferver. Sorte a dela que estava longe. Ou já estaria sem roupa depois dessa frase.
- Só estou lhe contando. – Se justificou fingindo-se de boba, coisa que não era nem de longe. – E ah... Adivinha o que eu estou fazendo...
- Me provocando.
- Também.
- Olhando pra cama e imaginando nós dois.
- Uhm.. – Murmurou. – Uma coisa boa de se fazer. Mas não é isso...
- O que então?
- Tirando a roupa.
- Luh! – Exclamei, embora baixo. Ou eu ia acabar acordando Anie.
- Amor, você podia estar aqui e me ajudar a tirar o sutiã, a calcinha... – Comentou sussurrando.
- Pelo amor... Eu vou desligar esse telefone. – Falei mordendo os lábios com força. Por que ela tinha que me provocar?
- Aah não. Eu vou tomar banho. A gente podia continuar a nossa conversa.
- Acho uma péssima ideia. – Falei.
- Ah, eu não acho amor.
- Luh... – Murmurei. Ouvi um barulho de água. Provavelmente ela estava no banheiro. Droga!
- Aaii.. – Ouvi um grito um pouco longe. – A água está fria. – Disse.
- Se eu estivesse aí. Banho era a última coisa que você tomaria depois de ficar nua. – Provoquei escutando um gemido.
- Pena que não está. – Lamentou.
- Você vai lamentar mais quando eu pegar você. Você vai pagar por cada gemido que eu reprimi. Minha frustração vai te custar caro. – Minha voz era calma e rouca. Eu estava tentando me controlar.
- Aai.. Acho que vou adorar pagar por essas provações. Isso não me mete medo. Só me faz ficar com mais vontade de provocar você. E te deixar louco. – Ela sussurrou de volta.
- Eu já estou louco. Não sei se vai achar tão bom assim.
- Bom? Nem eu acho. Devo amar. – Disse cínica.
- Vamos ver...
- Vou contar cada segundo.
- Safada.
- Tenho um ótimo professor.
- Vou me lembrar de dizer a ele para dar um castigo em uma certa aluna desobediente.
- Espero que ele te escute. Os castigos são sempre prazerosos.
- Quando a gente se encontrar, vou te mostrar o quão prazeroso pode ser o castigo.
- Não vejo a hora. – Falou como se estivesse sentindo o som das palavras. Saboreando em sussurro ao fala-las. Fechei os olhos com força.
- Lua!
- Estou aqui, amor.
- Esse é o problema.
- Sonhe comigo, Arthur. De preferência, que não consiga me tocar no sonho. – Me disse ainda baixo. Como se estivesse pensando no que falar lentamente.
- Não irá ser um sonho. – Retruquei. – Vai ser uma tortura. Como agora.
- Gosto de torturar você.
- Sempre soube. Não vejo a  hora de cobrar por cada provocação.
- Elas estão só começando, amor. – Sussurrou. – Boa noite. Ou vai querer me esperar tomar banho?
- Bom dia, Luh. E que você fique excitada quando eu tomar conta dos seus pensamentos enquanto você toma banho. E que quando dormir. Acorde ofegante depois de ter tido um sonho bem prazeroso comigo. – Sorri ouvindo ela soltar um gemido. – Amo você.
- Amo você.
Ligação OF

Continua...
Se leu, comente! Não custa nada.

Ui, provocações haha... E está só começando. 
O que acharam?

13 comentários:

  1. SOS eu pensando que eles ñ iriam além kkkkkkkkkkkkkkk boto fé que Lua engravida de Arthur pelo telefone kkkkkkkkkkkkkk
    Adorandooo Milly *O*

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  2. aí meu Deus , q safadinhos. pelo visto as coisas vão esquentar Xx adaline

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  3. Haha haha esses dois ein bem safadinhos kkk
    Já quero o próximo.

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  4. Posta mas cada dia que passa melhor ...mas eu to achando o arthur muito certinho ele tem que aprontar um pouco sair dessa fase de marido sertinho... affs

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    1. Concordo com vc e eu tambem acho que chay tem que voltar mas a mel ...chega deles dois sofrerem.... e Arthur se libera apronta o que é uma fanfic sem traição

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    2. Não acho que tenha que ter traição, é muito clichê toda fic tem traição, isso é o que me faz gostar da web ela não é igual as outras ela se diferencia, o Arthur não é "certinho" ele ama a Luh e ela ama ele, eles tem um ao outro e tem a Anie! Não vejo por que ter traição, nada a ver com a fic, eles estão tão bem um com o outro, põe bem nisso e em todos os sentidos!Espero que não tenha traição, toda fanfic é isso!

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    3. Elaiaaa... Bom, "anônimos" Querem traição é? Por quais motivos Arthur trairia a Lua? Eles estão bem. Uma traição agora seria sem cabimentos, Não acham?

      Mas enfim, a uma coisa aí antes do final da fic. Nem tudo são rosas... Só quero que saibam disso.

      Alléxia, quem ama não traí. Concordo. Sim estão super bem, traição agora não é o caso. Mas acontecerá um fato triste. No momento, traição está totalmente descartada.

      Beijos!

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    4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Casal safados dA PORRA lkkkkkk amando sexo por telefoni kkkkk mais curiosa ansiosa

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  6. +++++++++++++++++++++++++++

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