Little Anie - Cap. 57

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Little Anie

Pov Lua | Sábado - 15h30.

- Arthur? – O chamei. Eu tinha acabado de entrar no quarto e ele estava deitado respondendo uns emails. Bom, pelo menos foi isso que ele disse que iria fazer.
- Oi, amor... – Respondeu sem tirar os olhos da tela do notebook.
- Pega a mala. Eu não chego. – Fiz bico. Embora ele ainda não me olhasse. – Tenho que arrumar minhas coisas. – Continuei. – ARTHUR! – Gritei.
- Eu já escutei, Luh. – Reclamou.
- Então...
- Não é você que fica zoando dizendo que eu sou do seu tamanho? Então, se eu chego, você também chega. – Riu cinicamente. Bufei.
- É sério! Poxa... – Disse enquanto ia até o closet. – Eu não chego. – Reclamei.
- Deixa eu responder aqui. Já vou pegar, sua chata. – Me disse. A droga da mala ficava na última prateleira. Que droga. Por que tinha que ficar lá no alto? Subi no braço da poltrona que ficava ali perto. E segurei na prateleira de cima até subir na costa da poltrona. – Você vai cair... – Arthur me avisou. – Deixa de ser apressada. – Finalizou. Estiquei meus braços o que pude, e mal consegui tocar na mala. Arthur riu.
- Não tô vendo nada de engraçado. – Falei irritada e me virei para lhe mostrar o dedo do meio. Caramba! Por que aquela costa de sofá tinha que ser tão estreita? Eu acabei me desequilibrando e caí.
- LUH! – Ele gritou.
- AAIN – Choraminguei. – Minha bunda. – Reclamei sem me mexer. E Arthur correu até mim. Minha bunda estava ardendo. Meus olhos lagrimaram.
- Eu te avisei. Mas você é teimosa.
- Cala a boca, Arthur! – Mandei irritada.
- Iih... Não tive culpa.
- Como sempre. – Retruquei. – Saí. Estou com dor. E não é só na bunda. – Eu disse fazendo uma careta quando uma pontada em minha barriga se intensificou. – Aaain... – Me encolhi.
- Vem... – Ele insistiu e me ajudou a levantar. – Deve ter sido do impacto. Deita aí. – Mandou quando chegamos perto da cama. – Vou buscar um remédio pra dor. – Disse.

Me encolhi na cama. Até minha costa doía. Olha o problema que eu fui arranjar. Bufei irritada comigo mesma.

Não demorou muito e Arthur voltou para o quarto. Ele trazia nas mãos um copo com água, e uma pílula para dor. E mais um vidro, não consegui decifrar o que era. A dor não deixou, e eu fechei meus olhos outra vez.

- Aqui, toma essa pílula. – Ele me deu o remédio e o copo com água. – E eu trouxe esse gel. – Disse me mostrando o vidro. – Vai aliviar a dor. Pelo menos, é isso que tá dizendo. – Completou. – Tá doendo muito? – Perguntou preocupado ao se sentar ao meu lado e pegar o copo da minha mão, e coloca-lo na cômodazinha ao lado da cama.
- Sim. Minha bunda, minha costa, e minha barriga. – Reclamei. Eu estava deitada de lado. Arthur acariciou meu rosto.
- Vira de bruços, deixa eu fazer uma massagem com esse gel. – Me pediu. Fiz o que ele pediu e senti suas mãos levantarem a minha blusa, e logo depois ele abaixar minha bermuda. E espalhar o gel pelo meu corpo. Subindo e descendo as mãos. Massageando com força.
- Devagar, Arth... – Gemi não conseguindo completar seu nome, quando ele passou as mãos em minha costa. Tudo estava tão dolorido.
- Não quer ir ao hospital? – Me perguntou. – Você caiu de uma altura considerável. Devia ir.
- Não. Não. Vai passar. – Tentei convencê-lo.
- E se não passar? – Cogitou. – Se você não se sentir bem, amanhã você não viaja. Não mesmo! E não tô nem aí se seu chefe vai achar ruim. Você não vai. – Disse autoritário. Tentando manter seu tom de voz normal. E massageando minha costa. Suspirei sentindo algumas lágrimas mancharem meu rosto. – Lua? – Me chamou e se inclinou para olhar meu rosto.
- Ah... Desculpa. – Ouvimos a voz de Mel. Pelo jeito que eu estava, alguma coisa perversa passou pela sua cabeça. Eu tinha certeza. – Atrapalhei? – Perguntou confusa.
- Não. Não estávamos fazendo o que você deve estar pensando. – Arthur brincou e sentou-se ao meu lado abaixando minha blusa e ajeitando minha bermuda.
- Obrigada. – Sussurrei.
- O que aconteceu? – Mel perguntou entrando no quarto.
- Luh caiu.
- De onde já? – Mel perguntou preocupada e apressou os passos até chegar a cama, onde se sentou.
- Da poltrona. – Ele disse.
- An? – Perguntou confusa.
- Da costa da poltrona, pra ser mais exato. Ela subiu.
- O que você foi fazer trepada lá? – Me perguntou num misto de brincadeira. Uma coisa que eu não estava era para brincadeiras.
- Pegar a mala. – Respondi baixo.
- Caiu como?
- De bunda. – Arthur falou passando as mãos em meus cabelos. – Mas tá doendo à costa e a barriga. – Completou. – Já disse para irmos ao hospital. Mas ela é teimosa.
- Não quer ir?
- Não. Logo passa. Não precisa se preocupar. – Falei.
- Se precisar de alguma coisa, me chama. – Me disse e saiu.

Arthur puxou o notebook para o lado dele e se apoiou com os cotovelos na cama.

- Não tô interessada em ler seus e-mails. – Retruquei chateada. Ele me encarou.
- An?
- Não quero ler... Não precisa virar o notebook. – Falei revirando os olhos.
- Não virei por isso. Não tem nada de mais nos e-mails. Virei porque fica melhor pra mim assim.
- Aham... – Me levantei e soltei quase um inaudível gemido.
- Aonde você vai? – Me perguntou.
- Deixar você trabalhar em paz.
- Luh... Amor, não estou me sentindo incomodado. Você entende tudo errado. Que saco! – Exclamou aborrecido.

Não liguei e em passos lentos saí do quarto, desci os degraus, passei pela sala, pela cozinha e cheguei à varanda, onde tinha duas redes amarradas, e várias almofadas e puffs espalhados pela área. Além da visão da grande piscina à frente. Me deitei com cuidado em uma das redes. A dor abaixo de meu umbigo se intensificou, como se algo estivesse me perfurando. Mordi os lábios com força e me aquietei. Me encolhendo em posição fetal na rede. Logo o remédio faria efeito né? Pelo menos, era isso que eu pedia internamente. Fechei os olhos querendo dormir. E acho que logo consegui isso.

Pov Arthur

Lua havia saído do quarto super chateada, confesso que acabei me irritando com ela um pouco, nada de mais também. Eu estava preocupado com a queda que ela havia pegado. Com as dores que ela disse está sentindo. Mas ela é teimosa demais para acatar qualquer pedido meu. Terminei de falar com John. E desliguei o notebook. Anie entrou no quarto, já que Lua tinha deixado à porta só encostada.
- Papai?
- Oi amor.
- Por que a mamãe tá lá? – Me perguntou enquanto subia na cama.
- Lá onde, Anie?
- Na valanda.
- Varanda. – Corrigi.
- Eu falei isso. – Ela fez uma careta. Ri.
- Tá bom, tá bom. – Balancei a cabeça. – Ela está dodói.
- Dodói? O que aconteceu? – Me perguntou.
- Ela caiu, amor. Mas vai melhorar. Não se preocupe. Só deixe ela lá tá?
- Mamãe está dormindo... Eu chamei ela...
- Uhm... Deixe ela dormir. Sua mamãe vai viajar amanhã. – Disse me levantando da cama. – Vem! – A chamei estendendo as mãos em sua direção para carrega-la. Ela ficou em pé na cama e se jogou em meus braços.
- Ela vai demorar?
- Não, amor. – Falei saindo do quarto. – Eu vou cuidar de você. Olha que divertido, a gente pode aprontar todas. – Ri descendo a escada com Anie. Ela riu baixinho.
- Mamãe não vai gostar.
- Shhh... Ela nem vai saber. –  Comentei colocando o dedo sobre os lábios. Anie fez o mesmo.
- Olha Anie! – Ouvimos a voz de Carol. – O filme do leão.
- Quero assistir, papai.
- Vai lá. – Falei colocando-a no chão. Anie saiu correndo e sentou-se no sofá. Fui para a varanda e encontrei Lua dormindo, encolhida na rende, ressonando baixinho. Me aproximei observando-a. Não resisti, e passei a ponta dos dedos ao redor de seu resto. Ela abriu os olhos vagarosamente, se acostumando com a claridade. Daqui a pouco anoitecia.
- Melhorou? – Perguntei baixo, enquanto me inclinava para vê-la mais de perto.
- Uhum... – Murmurou.
- De verdade? – Insisti.
- Um pouco. – Respondeu.
- Posso me deitar? – Perguntei sorrindo discretamente.
- Aham... – Sorriu e eu me deitei ao seu lado na rede. Uma de minhas mãos mexiam seus cabelos, enrolando-os ainda mais. A outra eu coloquei em sua cintura.
- A dor da barriga passou mais?
- Sim. – Respondeu se aconchegando em meu peito.
- E a dor da costa? – Beijei sua testa ao finalizar a pergunta. – E da bunda? – Não consegui segurar o riso.
- Paaaara, Arthur! – Exclamou me dando um tapa. – Tava doendo, tá?
- Não disse ao contrário. Mas de verdade, melhorou?
- Sim, Arthur. Passou um pouco, já disse, melhorei. – Falou beijando minha bochecha. – Não se preocupe.
- Isso é um pedido impossível. – Esclareci.

As horas foram passando, e a noite logo caiu. A gente estava ali, conversando sobre várias coisas, sobre a viagem que ela faria amanhã. Sobre a viagem que eu faria no sábado, quando ela chegasse. Sobre Anie, que ainda estava extremamente comportada. Até que a pequena apareceu ali.

- Mamãe. – Chamou baixinho enquanto agarrava na beira da rede.
- Oi filha. – Lua sorriu.
- Quero deitar aí... – Pediu fazendo bico.
- Não. Não pode. – Falei brincando enquanto abraçava Luh. Anie fez uma cara emburrada e seus olhinhos encheram de lágrimas. Sim, eu era uma pessoa bem implicante.
- Deixa de implicância, Arthur. – Lua bateu em meu braço. – Vem Anie. – Ela disse estendendo a mão para a filha.
- Não... – Anie sussurrou ainda emburrada.
- Vem, filha. – A chamou mais uma vez. Mas Anie saiu em direção à cozinha. – Tá vendo?
- Depois eu falo com ela.
- Saí, Arthur.
- Aah, é assim? Saí, Arthur? – Perguntei me levantando.
- Tenho que arrumar minha mala. Que horas é isso? – Me perguntou.
- Sete e quinze. – Respondi e segurei em sua mão.
- Droga. – Reclamou.
- O que foi já? – Nós andávamos devagar. Na verdade, eu acompanhava Luh que contava os passos.
- Quase passando da hora da pílula. – Chegamos a cozinha. E depois passamos pela sala. Anie estava deitada no sofá e Mel ao seu lado.
- O que aconteceu? – Nos perguntou.
- Arthur implicante. Isso responde? – Lua comentou. – Vem filha, vamos lá para o quarto. – A chamou.
- Não. Não quero. – Anie disse encarando a TV.
- Melhorou Luh?
- Mais ou menos. – Respondeu.
- Vem, filha. – Agora foi a minha vez de chamar Anie. Andei até o sofá e fiquei em sua frente. Inclinei o corpo e depositei um beijo em sua bochecha. – Não fique zangada. Eu estava brincando.
- Saí, papai. – Mandou me empurrando de leve.
- Não vou sair nada. – Falei passando meus braços envolta de seu corpo, carregando-a logo em seguida. – Que marrenta. – Falei apertando-a em meus braços. – Já jantou, Mel?
- Não.
- Olha os horários. Vou começar a pegar no seu pé. – Avisei e subi a escada. Lua riu caminhando em minha frente. Mel não disse nada.

Continua...

Se leu, comente! Não custa nada.

N/A: Como eu avisei na C-Box, a internet ontem estava horrível. Não deu para eu atualizar todas as webs. Espero que tenham entendido. E ah... Irei postar um conto. Espero que gostem.

O que acharam desse capítulo? Estou sentindo falta da interação de vocês nos comentários. L Gosto de trocar ideias quanto às suposições do que irá acontecer.

Afinal, o que vocês acham que vai acontecer? Algum palpite?

20 comentários:

  1. a lua Ta muito misteriosa , ainda acho q ela Ta planejando engravidar e fazer uma surpresa pro Thur . tadinha da luh , foi teimosa e acabou caindo kkkk . Xx adaline

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    1. Você estaria certa, se fosse a um tempo atrás. Haha... mas agora não. Bom, surpresa vem aí. É só o que digo!

      Beijos, Adaline. Obrigada pelo comentário.

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  2. Quero que a Mel e Chay voltem! Posta mais

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  3. Eu acho q ela já está grávida e n sabe.. Super torcendo pra pílula dela ter falhado.. Amandoo podia ter um capítulo bônus amh né Milly pf.. Bjossss

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    1. Às vezes eu desconfio que vocês tem bola de cristal em casa kkkkkkkk sério mesmo. Mas papo of... shiu.

      Aaah, Rafa, a vida tá uma correria só. Nem tem como postar um capítulo bônus. Ou vou atrasar - ainda mais - os outros posts.

      Beijos, Rafa. Obrigada por comentar.

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  4. Eu acho q ela já está grávida e n sabe.. Super torcendo pra pílula dela ter falhado.. Amandoo podia ter um capítulo bônus amh né Milly pf.. Bjossss

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  5. Por um momento achei que essa dor da Lua na barriga era alguma coisa relacionado a bebê, mais depois fiquei na dúvida haha
    já quero o proximo.

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    1. Dúvidas, sempre elas né? Kkkkkkkk mas não posso afirmar nada. Você verá.

      Beijos, Vanessa. Obrigada por comentar.

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  6. Minha nossa o cão atenta mesmo Lua quase se acaba numa queda :O Anie magoou :/ se fosse eu tbm ñ ia mais kkkkk Hm Lua ta estranha demais com essas pilulas dela e essa dor no pé da barriga? Ta estranho isso :/
    Adoraaaandoooo Milly *---*

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    1. Muito estranho né? Muita gente expôs suas desconfianças sobre o que vai acontecer nos próximos capítulos. E não é que acertaram?! Pois é, quem diz meu irmão, "fiquei natrix" kkkkk não dá pra esconder nada kkkkk

      Beijos, Danni. Obrigada pelo comentário.

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  7. Maaaaais! Amor, quais são os dias que você posta a web?

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    1. Eu posto dia sim e dia não. Dia de domingo eu não posto. E nós dias de pastagem, que eu não atualizo as webs. É que com certeza, não tive tempo.

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  8. Posta mais. Acho que está dor da barriga e ela que já está gravida. Esta pilulas.

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    1. Kkkkkk Mds... nem tenho o que falar. Gente, vocês são demais kkkkkk olhe, só digo uma coisa, vocês vão se surpreender. Só isso!

      Beijos. Obrigada pelo comentário.

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  9. Eu também acho que ela está grávida, estou torcendo muito por isso. O Arthur iria pirar e nós também kkkk!!!
    Carol

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    1. Todo mundo iria pirar né?
      ... todo mundo vai acabar pirando.
      Aguarde os próximos capítulos. Gente, vou ter que escrever mais nas entrelinhas. Vocês são demais kkk

      Beijos, Carol. Obrigada por comentar.

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  10. Posta mais pq eu to amando tudo Jamille vc esta arrasando a cada capitulo.
    Sera que o Arthur vai apronta durante essa viagem d lua? E o Chay sera que vai voltar pra banda?ele merece outra chance a Mel tem que perdoa o Chay
    Annie cada dia que passa mas fofa e Cada dia mas mimada pelo arthur e pela sofia,adoro a Anni

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    1. Haha, Anie é meu amor. Não Arthur não irá aprontar. Mas vai acontecer algo bem triste durante a viagem dele. Chorem comigo :´(

      Obrigada pelo elogio. Fico feliz com isso!

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  11. Jamille posta mas pq eu to amando ��������
    Sera que Anni vai perdoa o Arthur?

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