Little Anie
Pov Arthur
Ela estava imóvel. Passei os olhos pela sala, e vi Mel e
Carla se sentarem no sofá. Permitindo-se respirarem aliviadas. Mel levou à mão
a barriga, e fechou os olhos. Carla passou a mão pela testa, logo sentindo o
sangramento ali. Me aproximei de Luh, e puxei seu braço. Ela me abraçou
enquanto eu beijava seus cabelos. Uma de minhas mãos estava em sua cintura, à
outra mão estava em sua nuca. Ela apertava os braços envolta de minha cintura.
- Está tudo bem agora. Fique calma. – Sussurrei enquanto
afagava os cabelos dela. Lua suspirou e eu senti minha camisa ser molhada pelas
lágrimas que ela deixava cair silenciosamente. – Eu jamais deixaria ele bater em
você, amor. – Assegurei enquanto apertava ela em meus braços. – Vem... Você
precisa se acalmar. – Falei enquanto caminhava com ela ainda abraçada a mim. – Você
precisa fazer um curativo aí. – Falei para Carla, e apontei para sua testa. – E
você? – Olhei para Mel. – Está tudo bem, não está? – Perguntei preocupado. E
ela assentiu. Lua saiu do abraço e seguiu Carla até a cozinha. Eu e Mel fizemos
o mesmo caminho. Carla deu um copo de água a Mel. E Lua também estava com um.
Me ofereceu, mas neguei educadamente.
- Vou pegar a maleta de primeiros socorros. – Lua disse indo
até um pequeno armário que tinha próximo a cozinha, e tirando de lá a maleta.
Andou de volta até Carla, que estava sentada. Pegou alguma coisa para limpar o
sangue, e logo fez um curativo na testa de Carla, que agradeceu e sorriu fraco.
– Desculpe por isso, Carla. Você não tinha nada haver com essa confusão. – Lua
disse enquanto se afastava.
- Tudo bem, Luh. A culpa não foi sua.
- Cadê Carol? – Perguntei.
- Ela saiu. Foi ao cinema. – Carla respondeu.
- Está tudo bem, Mel?
- Sim, Luh. Devo pedir desculpas por toda essa confusão. É
culpa minha também.
- Deixa disso. Você sabe que não é sua culpa. – Falei sério.
Mel me encarou, mas não disse nada.
- Não acha melhor ir ao médico? Está no começo, é mais
arriscado, tenho que admitir. – Lua disse olhando para Mel. Carla nos olhava
confusa.
- O que você tem? Está doente? – Deixou a curiosidade falar
mais alto.
- Estou grávida, Carla. – Mel lhe respondeu.
- Aah... -Ela levou à mão a boca, e sorriu carinhosamente.
Mel também devolveu o sorriso.
- Não quer ir ao médico? – Perguntei. Mel me olhou.
- Não. Não se preocupem. Estamos bem, de verdade. – Garantiu.
- Então, tudo bem... Qualquer coisa é só falar. – Disse e saí
da cozinha. Lua veio atrás de mim.
- Arthur... – Me chamou enquanto eu caminhava até a escada.
Parei, e esperei que ela se aproximasse.
- Você está mais chateado comigo né? – Me perguntou baixo
enquanto subíamos os degraus juntos. Coloquei um dos braços em seu ombro, e a
puxei para mais perto.
- Não estou chateado. Só bastante irritado. – Admiti.
- Eu sei... Desculpa vai... Sei que você vai repetir mais uma
vez, que me avisou que isso ia acabar acontecendo.
- E eu estava certo. Olha a confusão que deu. E se eu não
estivesse aqui? Ele teria batido em você. Ele estava bêbado, e só falava
besteira. Acho que ele não escutava nem as próprias palavras. – Falei.
- Mas ele está agora mais errado do que antes. Eu não tenho
medo dele.
- Eu sei. E acabo de ter certeza que agora, mais do que
nunca, vou pensar duas vezes antes de iniciar uma discussão e irritar você. – Brinquei
para descontrair. Lua soltou um riso baixo e me empurrou para o lado.
- Ficou com medo?
- Não. Eu não tenho medo de você, apesar do seu atrevimento.
Eu sei doma-la, não sei? – Perguntei encarando seus olhos que me encaravam de
volta com uma intensidade absurda.
- Creio que sim. – Respondeu movendo os lábios lenta e
sensualmente. Soltei um gemido baixo, tentando de todas as formas me controlar.
Não era hora de pensar em sexo. Apesar de eu querer isso, e muito.
- Sem provocações! – Avisei. Lua riu.
- Não estou provocando você. – Me disse. E se deitou de
costas na cama. Fiz o mesmo, e procurei a mão dela, e entrelacei nossos dedos. –
Ainda estou bastante irritada com Chay. Não quero olhar na cara dele tão cedo. –
Disse.
- Vontade de bater nele não me faltou. Mas se eu começasse,
não pararia após um soco. Você sabe. – A olhei, mas Luh encarava o teto.
- Talvez tenha sido melhor mesmo... – Ela me olhou. – Como
vocês vão ficar?
- Não sei... e pra falar a verdade, não quero pensar nisso
agora. – Falei. Lua assentiu.
- Estou morrendo de dor de cabeça. – Disse e se levantou indo
procurar um remédio. Minutos depois ela voltou e se deitou. Coloquei os braços
envolta da cintura dela, e Lua se aconchegou em meu colo. – Acho que vou acabar
dormindo. – Bocejou.
- Dorme... Depois do que aconteceu. É o que eu quero fazer
também. – Falei e passei a ponta dos dedos no rosto dela, fazendo carinho. Lua
me abraçou mais forte. – Quando eu estiver por perto, ninguém fará mal a você.
Você confia em mim, não confia?
- Confio, Arthur... Eu confio. – Respondeu.
- Posso te contar um segredo? – Perguntei baixo.
- Sim.
- Eu amo você. – Falei no mesmo tom de voz, e depositei um
beijo nos cabelos de Luh.
- É?
- Sim. – Assegurei.
- Eu também tenho um segredo para contar. – Me disse.
- Pode contar.
- Eu também amo você. – Falou e eu sorri.
- Vou guardar segredo.
- Eu também. – Sorriu. E beijou meu pescoço.
- Você nem sabe o que eu quero fazer para relaxar. – Comentei
baixo.
- Uhm... Posso adivinhar. – Ela tocou meu queixo. – Mas agora
eu só quero ficar quieta. – Finalizou.
- Eu sei... – Falei.
O silêncio tomou conta do ambiente. Provavelmente Lua tinha
adormecido. Passei a mão pelos cabelos dela. Mas ela não se mexeu. Eu não
queria pensar no último acontecimento. Chay realmente tirou todos do sério. E
amanhã talvez nem se lembrasse. Apertei Lua em meus braços, ela gemeu algo
incoerente, mas não acordou.
Às horas passaram depressa, e logo a noite chegou. E Anie
também estava prestes a chegar. E Mika prestes, a saber, de tudo. Lua se mexeu
ao meu lado e abriu os olhos lentamente, enquanto se espreguiçava.
- E dormiu né? – Perguntei.
- Uhum... – Murmurou. – Meu Deus! – Falou alto e se levantou.
– Que horas é isso? – Me perguntou.
- Sete e pouquinho... – Respondi tentando achar o relógio. – Por
quê?
- A pílula. – Torceu a boca fazendo uma careta.
- Bem que você podia esquecer né?
- Não acha que já tem criança demais pra nascer? – Perguntou
se levantando da cama.
- Nenhuma é nossa. Então... – Dei de ombros vendo-a ir pegar
a pílula.
- Se eu te contar uma coisa...
- O que?
- Agora não importa mais, amor. – Me disse.
- E por que começou então? – A encarei enquanto ela caminhava
voltando pra cama.
- Doido pra eu esquecer a pílula né? – Disse me dando um
selinho.
- Tá mais fácil você se esquecer de mim, do que dessa pílula
aí. – Revirei os olhos e Lua deu uma risada.
- Não é por aí... Ah, você pode usar camisinha se a pílula te
incomoda. – Comentou e eu a olhei sério.
- Nem pensar! Isso ia me incomodar mais ainda. – Retruquei.
Fazia uns oito anos que eu não usava uma camisinha. E não ia voltar a usar agora.
Não mesmo!
- Então eu vou continuar com a minha pílula e não se fala
mais nisso. – Sorriu sem mostrar os dentes e eu bufei. Mulheres! Sempre elas,
sempre elas botando ponto final em tudo.
- Vou tomar banho. – Comuniquei e levantei da cama.
- Quer companhia? - Me provocou. E sorriu cinicamente.
- Não, amor. – Também sorri.
- Tá me dispensando?
- Gentilmente...
- Não use minhas respostas contra mim. – Me disse.
- Não?
- Não. – Respondeu vagarosamente. Caminhei lentamente até ela
e apertei suas bochechas com apenas uma mão, com força, mas provocando-a, fazendo
os lábios dela formarem um bico. Os olhos dela brilhavam. E eu passei a língua
nos lábios, provocando-a ainda mais. Empurrei Luh de costas na cama, e deitei
sobre ela.
- Não. Me.
Provoque. Blanco. – Falei
calmamente dando ênfase em cada palavra.
- Mas. Eu.
Gosto. De. Provocar. Aguiar. –
Retrucou dando ênfase também.
- Acho bom ficar sabendo... – Pausei e alisei seu rosto. Ela
me encarava me provocando também.
- De quê? – Perguntou curiosa.
- Que eu posso ser bem rígido com uma certa esposa
desobediente... Conhece? – Disse e depositei um beijo seguido de uma mordida em
seu pescoço. Lua segurou um gemido e emitiu um som incoerente.
- Acho que... Sim... – Murmurou com um fio de voz. – Agora é
minha vez de dizer... Não. Me.
Provoque. Aguiar.
- Mas. Eu.
Gosto. De. Provocar. Blanco. – Retruquei. E logo mordi seu lábio antes de iniciar um
beijo. Deixei meu peso cair sobre ela. E Lua levou as mãos até minha nuca.
- Adoraria saber como você seria rígido com ela. Poderia me
mostrar? – Sussurrou a pergunta. Gemi sentindo ela depositar um demorado beijo
em meu pescoço.
- Adoraria é?
- Sim... Sim... Adoraria.
- Uhm... Então eu vou adorar te mostrar. Nossa... E como eu
vou. – Falei descendo as mãos para a cintura dela e levantando a blusa.
Continua...
Se leu, comente! Não custa nada.
Está mt bom o capitulo! Posta mais
ResponderExcluirEita fucarão Chay foi e deixou o estrago -.-
ResponderExcluirKkkkkkk Lua e Arthur mesmo depois de tudo ainda pensam em lesco lesco u.u kkkkkkkkkkk lá se vai o sono é grande que ia esquecendo a pílula ia vir um Arguiarzinho kkkkkkkkkkkkk
Adorando Milly *---*
Amandoo quero mais... Quarta está MT longe.. Bjoss
ResponderExcluirAdrei, bem que a lua podia esquecer essas pérolas né, continua por favor...
ResponderExcluirOps eu quis dizer pirula rsrs
ExcluirPílula*
ExcluirChay fazendo rebuliço kkk,
ResponderExcluirTadinha da mel, ela não merece isso
Já quero o próximo...
Posta mais está e a minha favorita.
ResponderExcluirEla podia esquser para dar irmãozinho annie.
Posta hoje