Little Anie - Cap. 53

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Little Anie

Pov Arthur

Ela estava imóvel. Passei os olhos pela sala, e vi Mel e Carla se sentarem no sofá. Permitindo-se respirarem aliviadas. Mel levou à mão a barriga, e fechou os olhos. Carla passou a mão pela testa, logo sentindo o sangramento ali. Me aproximei de Luh, e puxei seu braço. Ela me abraçou enquanto eu beijava seus cabelos. Uma de minhas mãos estava em sua cintura, à outra mão estava em sua nuca. Ela apertava os braços envolta de minha cintura.

- Está tudo bem agora. Fique calma. – Sussurrei enquanto afagava os cabelos dela. Lua suspirou e eu senti minha camisa ser molhada pelas lágrimas que ela deixava cair silenciosamente. – Eu jamais deixaria ele bater em você, amor. – Assegurei enquanto apertava ela em meus braços. – Vem... Você precisa se acalmar. – Falei enquanto caminhava com ela ainda abraçada a mim. – Você precisa fazer um curativo aí. – Falei para Carla, e apontei para sua testa. – E você? – Olhei para Mel. – Está tudo bem, não está? – Perguntei preocupado. E ela assentiu. Lua saiu do abraço e seguiu Carla até a cozinha. Eu e Mel fizemos o mesmo caminho. Carla deu um copo de água a Mel. E Lua também estava com um. Me ofereceu, mas neguei educadamente.
- Vou pegar a maleta de primeiros socorros. – Lua disse indo até um pequeno armário que tinha próximo a cozinha, e tirando de lá a maleta. Andou de volta até Carla, que estava sentada. Pegou alguma coisa para limpar o sangue, e logo fez um curativo na testa de Carla, que agradeceu e sorriu fraco. – Desculpe por isso, Carla. Você não tinha nada haver com essa confusão. – Lua disse enquanto se afastava.
- Tudo bem, Luh. A culpa não foi sua.
- Cadê Carol? – Perguntei.
- Ela saiu. Foi ao cinema. – Carla respondeu.
- Está tudo bem, Mel?
- Sim, Luh. Devo pedir desculpas por toda essa confusão. É culpa minha também.
- Deixa disso. Você sabe que não é sua culpa. – Falei sério. Mel me encarou, mas não disse nada.
- Não acha melhor ir ao médico? Está no começo, é mais arriscado, tenho que admitir. – Lua disse olhando para Mel. Carla nos olhava confusa.
- O que você tem? Está doente? – Deixou a curiosidade falar mais alto.
- Estou grávida, Carla. – Mel lhe respondeu.
- Aah... -Ela levou à mão a boca, e sorriu carinhosamente. Mel também devolveu o sorriso.
- Não quer ir ao médico? – Perguntei. Mel me olhou.
- Não. Não se preocupem. Estamos bem, de verdade. – Garantiu.
- Então, tudo bem... Qualquer coisa é só falar. – Disse e saí da cozinha. Lua veio atrás de mim.
- Arthur... – Me chamou enquanto eu caminhava até a escada. Parei, e esperei que ela se aproximasse.
- Você está mais chateado comigo né? – Me perguntou baixo enquanto subíamos os degraus juntos. Coloquei um dos braços em seu ombro, e a puxei para mais perto.
- Não estou chateado. Só bastante irritado. – Admiti.
- Eu sei... Desculpa vai... Sei que você vai repetir mais uma vez, que me avisou que isso ia acabar acontecendo.
- E eu estava certo. Olha a confusão que deu. E se eu não estivesse aqui? Ele teria batido em você. Ele estava bêbado, e só falava besteira. Acho que ele não escutava nem as próprias palavras. – Falei.
- Mas ele está agora mais errado do que antes. Eu não tenho medo dele.
- Eu sei. E acabo de ter certeza que agora, mais do que nunca, vou pensar duas vezes antes de iniciar uma discussão e irritar você. – Brinquei para descontrair. Lua soltou um riso baixo e me empurrou para o lado.
- Ficou com medo?
- Não. Eu não tenho medo de você, apesar do seu atrevimento. Eu sei doma-la, não sei? – Perguntei encarando seus olhos que me encaravam de volta com uma intensidade absurda.
- Creio que sim. – Respondeu movendo os lábios lenta e sensualmente. Soltei um gemido baixo, tentando de todas as formas me controlar. Não era hora de pensar em sexo. Apesar de eu querer isso, e muito.
- Sem provocações! – Avisei. Lua riu.
- Não estou provocando você. – Me disse. E se deitou de costas na cama. Fiz o mesmo, e procurei a mão dela, e entrelacei nossos dedos. – Ainda estou bastante irritada com Chay. Não quero olhar na cara dele tão cedo. – Disse.
- Vontade de bater nele não me faltou. Mas se eu começasse, não pararia após um soco. Você sabe. – A olhei, mas Luh encarava o teto.
- Talvez tenha sido melhor mesmo... – Ela me olhou. – Como vocês vão ficar?
- Não sei... e pra falar a verdade, não quero pensar nisso agora. – Falei. Lua assentiu.
- Estou morrendo de dor de cabeça. – Disse e se levantou indo procurar um remédio. Minutos depois ela voltou e se deitou. Coloquei os braços envolta da cintura dela, e Lua se aconchegou em meu colo. – Acho que vou acabar dormindo. – Bocejou.
- Dorme... Depois do que aconteceu. É o que eu quero fazer também. – Falei e passei a ponta dos dedos no rosto dela, fazendo carinho. Lua me abraçou mais forte. – Quando eu estiver por perto, ninguém fará mal a você. Você confia em mim, não confia?
- Confio, Arthur... Eu confio. – Respondeu.
- Posso te contar um segredo? – Perguntei baixo.
- Sim.
- Eu amo você. – Falei no mesmo tom de voz, e depositei um beijo nos cabelos de Luh.
- É?
- Sim. – Assegurei.
- Eu também tenho um segredo para contar. – Me disse.
- Pode contar.
- Eu também amo você. – Falou e eu sorri.
- Vou guardar segredo.
- Eu também. – Sorriu. E beijou meu pescoço.
- Você nem sabe o que eu quero fazer para relaxar. – Comentei baixo.
- Uhm... Posso adivinhar. – Ela tocou meu queixo. – Mas agora eu só quero ficar quieta. – Finalizou.
- Eu sei... – Falei.

O silêncio tomou conta do ambiente. Provavelmente Lua tinha adormecido. Passei a mão pelos cabelos dela. Mas ela não se mexeu. Eu não queria pensar no último acontecimento. Chay realmente tirou todos do sério. E amanhã talvez nem se lembrasse. Apertei Lua em meus braços, ela gemeu algo incoerente, mas não acordou.

Às horas passaram depressa, e logo a noite chegou. E Anie também estava prestes a chegar. E Mika prestes, a saber, de tudo. Lua se mexeu ao meu lado e abriu os olhos lentamente, enquanto se espreguiçava.

- E dormiu né? – Perguntei.
- Uhum... – Murmurou. – Meu Deus! – Falou alto e se levantou. – Que horas é isso? – Me perguntou.
- Sete e pouquinho... – Respondi tentando achar o relógio. – Por quê?
- A pílula. – Torceu a boca fazendo uma careta.
- Bem que você podia esquecer né?
- Não acha que já tem criança demais pra nascer? – Perguntou se levantando da cama.
- Nenhuma é nossa. Então... – Dei de ombros vendo-a ir pegar a pílula.
- Se eu te contar uma coisa...
- O que?
- Agora não importa mais, amor. – Me disse.
- E por que começou então? – A encarei enquanto ela caminhava voltando pra cama.
- Doido pra eu esquecer a pílula né? – Disse me dando um selinho.
- Tá mais fácil você se esquecer de mim, do que dessa pílula aí. – Revirei os olhos e Lua deu uma risada.
- Não é por aí... Ah, você pode usar camisinha se a pílula te incomoda. – Comentou e eu a olhei sério.
- Nem pensar! Isso ia me incomodar mais ainda. – Retruquei. Fazia uns oito anos que eu não usava uma camisinha. E não ia voltar a usar agora. Não mesmo!
- Então eu vou continuar com a minha pílula e não se fala mais nisso. – Sorriu sem mostrar os dentes e eu bufei. Mulheres! Sempre elas, sempre elas botando ponto final em tudo.
- Vou tomar banho. – Comuniquei e levantei da cama.
- Quer companhia? - Me provocou. E sorriu cinicamente.
- Não, amor. – Também sorri.
- Tá me dispensando?
- Gentilmente...
- Não use minhas respostas contra mim. – Me disse.
- Não?
- Não. – Respondeu vagarosamente. Caminhei lentamente até ela e apertei suas bochechas com apenas uma mão, com força, mas provocando-a, fazendo os lábios dela formarem um bico. Os olhos dela brilhavam. E eu passei a língua nos lábios, provocando-a ainda mais. Empurrei Luh de costas na cama, e deitei sobre ela.
- Não. Me. Provoque. Blanco. – Falei calmamente dando ênfase em cada palavra.
- Mas. Eu. Gosto. De. Provocar. Aguiar. – Retrucou dando ênfase também.
- Acho bom ficar sabendo... – Pausei e alisei seu rosto. Ela me encarava me provocando também.
- De quê? – Perguntou curiosa.
- Que eu posso ser bem rígido com uma certa esposa desobediente... Conhece? – Disse e depositei um beijo seguido de uma mordida em seu pescoço. Lua segurou um gemido e emitiu um som incoerente.
- Acho que... Sim... – Murmurou com um fio de voz. – Agora é minha vez de dizer... Não. Me. Provoque. Aguiar.
- Mas. Eu. Gosto. De. Provocar. Blanco. – Retruquei. E logo mordi seu lábio antes de iniciar um beijo. Deixei meu peso cair sobre ela. E Lua levou as mãos até minha nuca.
- Adoraria saber como você seria rígido com ela. Poderia me mostrar? – Sussurrou a pergunta. Gemi sentindo ela depositar um demorado beijo em meu pescoço.
- Adoraria é?
- Sim... Sim... Adoraria.
- Uhm... Então eu vou adorar te mostrar. Nossa... E como eu vou. – Falei descendo as mãos para a cintura dela e levantando a blusa.

Continua...


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8 comentários:

  1. Eita fucarão Chay foi e deixou o estrago -.-
    Kkkkkkk Lua e Arthur mesmo depois de tudo ainda pensam em lesco lesco u.u kkkkkkkkkkk lá se vai o sono é grande que ia esquecendo a pílula ia vir um Arguiarzinho kkkkkkkkkkkkk
    Adorando Milly *---*

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  2. Amandoo quero mais... Quarta está MT longe.. Bjoss

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  3. Adrei, bem que a lua podia esquecer essas pérolas né, continua por favor...

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  4. Chay fazendo rebuliço kkk,
    Tadinha da mel, ela não merece isso
    Já quero o próximo...

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  5. Posta mais está e a minha favorita.
    Ela podia esquser para dar irmãozinho annie.
    Posta hoje

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