Little Anie
Pov
Arthur
Lua saiu para ir ao
trabalho, e eu resolvi me deitar novamente. Não que eu fosse dormir, só deitar
mesmo. Mas um pequeno ser saltitante e falante, entrou no quarto. Acabando com
os meus planos de aproveitar o silêncio.
- Papaaaai! – Anie correu
até a cama e eu a ajudei a subir.
- Oi, Anie. Bom dia, filha.
- Bom dia, papai. Hoje tem
aula de balé papai, fica lá assistindo, é sim. É sim. – Pediu juntando as
mãozinhas. – Tem um monte de mães lá.
- Sou seu pai, lá não fica
pai nenhum. Vou pedir a sua mãe para ir lá, vê a nossa futura bailarina. Tá? – Sugeri.
Sério que Anie queria mesmo que eu fosse?
- Não papai. É hoje! – Disse.
- Filha... – Eu até poderia
mentir, e dizer que ia me ocupar. Na verdade, o que eu iria fazer a manhã toda?
- É sim. Não custa nada.
Você vai? – Perguntou.
- Anie, outro dia, quem
sabe...
- Não. Hoje. Por favorzinho!
É sim. – Ela começou a pular em cima da cama.
- Não pula. Você pode cair. –
Avisei e ela parou.
- Você vai.
- Vou. Vou. Vou. Pronto!
Agora vai falar pra Carol banhar você, que eu vou tomar o meu banho, ok?
- Tá. – Ela sorriu e me
abraçou super apertado.
- Vai lá... – Falei a
colocando no chão. E Anie saiu do quarto correndo. Antes que eu pudesse se quer
mandar ela não correr. Ela fechou a porta. E eu fui obrigado a levantar e ir
tomar banho e me arrumar para ficar uma hora e meia sentado, olhando um monte
de crianças se sentindo bailarinas. Ri de meu pensamento. Não era tão ruim
assim. Elas eram felizes, e crianças. Era melhor ir logo, antes que me
atrasasse.
- Anie? – Falei ao entrar no
quarto dela. Carol estava a arrumando. – Vamos logo. Você já tomou café?
- Sim.
- Mesmo? Carol, ela já
tomou?
- Já sim, Arthur. – Ela
respondeu.
- Uhm... Então vou esperar
você lá no estacionamento. Não demora. – Anie assentiu e eu saí.
Uns 10min depois, ela
apareceu lá. Toda de rosa. Sim, ela tinha uma roupa de balé rosa e uma branca,
hoje ela resolveu ir estilo: Sophia. Fazer o quê?
Abri a porta do carro para
ela, e a coloquei na cadeirinha, depois dirigi até a escola. Não é novidade se
eu falar que todas aquelas mães, umas quinze, acho. Ficaram me olhando. Qual é,
minha filha tem pai.
- Anie?
- Oi papai. – Ela segurou minha
mão.
- Sério mesmo que quer que
eu fique aqui? Não pode ser outro dia? – Perguntei.
- Não papai, é hoje. Tá?
- Tá né. Fazer o que? – Dei
de ombros. E Falei um 'Bom dia' e todos ali responderam,
incluindo as crianças. Me senti a 'tia'. Aah
esquece.
- Vamos Anie? – A professora
a chamou. – Bom, e você pode sentar ali...? – Ela esperou que eu falasse meu
nome. Não era a professora do dia anterior, era outra, devia ser a ajudante
dela. Ou sei lá, nem sei se ela tem uma ajudante.
- Arthur. – Respondi. Fiquei
até surpreso pelo fato dela não saber meu nome. Mas ninguém é obrigado a saber,
na verdade.
- Arthur. Sou, Leny.
Ajudante da Liz.
- Aah sim. Bom, vou me
sentar ali. – Apontei para o lugar onde ela tinha indicado. Tinha uma loira lá.
Muito bonita por sinal. Que Lua jamais saiba disso.
- Oie.
- Oi. – Respondi sorrindo
educadamente.
- Pai solteiro? – Ela é bem
direta. Só pra constatar.
- Aah, não. – Respondi. – Casado.
– Levantei a mão lhe mostrando a aliança.
- Ah, sim. Não é comum vim
pais, é mais mães mesmo.
- Tô sabendo. Todas me
olharam. – Falei e ela riu.
- É. Seu rosto não me é
estranho. – Continuou.
- Provavelmente já me viu
por aí.
- Realmente. – Ela sorriu. –
Mas me lembraria se já tivéssemos nos esbarrado, por aí. -Insinuou. A olhei.
- Não nos esbarramos desse
jeito. – Deixei claro. E olhei para frente.
- Minha filha é a loirinha,
perto da sua.
- Uhm... Parecida com você. –
Comentei. Mas não a olhei.
- Linda né?
- Sua filha? Sim. – Respondi.
As crianças fizeram um círculo e se sentaram ao redor da professora, enquanto
ela ficava nas pontas dos pés e falava.
Anie no Balé
- Nem sei seu nome. – Falou.
Essa mulher não sabe ficar calada?
- Nem eu sei o seu. – Respondi.
- Isla. Agora já sabe. E o
seu?
- Arthur.
- Uhm... – Sussurrou. – Elas
podiam ser amigas né?
- Quem? – A olhei confuso.
- Nossas filhas. – Pra falar
a verdade. Eu acho que não. Eu sei que era apenas uma criança, mas que sofria
forte influência da mãe. Dava para perceber.
- Talvez. – Respondi. E
voltei meu olhar para Anie.
As horas foram passando. E a
mulher ao meu lado estava parecendo uma investigadora, com o tanto de pergunta
que – ainda – estava me fazendo.
- Você faz o que? – Fiquei
tentado a mentir.
- Tenho uma banda. Já deve
ter ouvido falar... Acho.
- Qual nome?
- McFly.
- Mentira?! – Só faltava ela
dizer que era fã. O que seria uma mentira, já que ela nem sabia o meu nome.
- Por que haveria de ser?
- Como eu não sabia seu
nome?
- Não sei.
- Bom, sou secretaria. Mas
só trabalho na parte da tarde.
- Uhum...
- Bom, por hoje é só. Vocês
estão de parabéns, meus amores. – Ouvimos a professora dizer. E Anie correu até
mim, e se jogou em colo.
- Que linda! – Falei lhe
dando beijinhos.
- Gostou papai? – Me
perguntou sorridente.
- Muito. – Lhe dei mais um
beijo.
- Será que a mamãe vai
gostar?
- Claro que vai. – Respondi.
– Vamos? Hoje vamos almoçar com ela. – Pisquei e Anie sorriu mais ainda. Então
eu levantei, ainda carregando Anie. Quando estávamos nos aproximando da saída.
Isla, apareceu.
- Tchau, Arthur. – Me virei
para olha-la. – Tchau... – Ela esperou que eu falasse o nome de Anie.
- É Anie.
- Tchau, Anie. – Anie
encarou a mulher e depois me olhou. E apenas sorriu sem vontade. Ela era a Lua,
na versão infantil.
- Essa é a Evie. Minha
lindinha. – Falou apresentando a garotinha. Ela era tão loira quanto à mãe, e
tinha os olhos bem verdes, provavelmente puxou ao pai, já que a mãe tinha os
olhos escuros, e não era loira de nascença.
- Eu sei. – Anie respondeu entediada.
- Oi, Evie. – Disse para a
garotinha. – Bom, vou indo.
- Aah, eu também. Tchau, até
amanhã. – Ela sorriu.
- Tchau. – Foi só o que eu
disse, já que Anie não parava de pedir em meu ouvido "Vamos logo, papai!"
*
- Não gosto daquela garota.
Ela tem a voz chata. – Anie disse quando eu estacionei o carro no outro lado da
rua, em frente ao restaurante, já era 13h15. Lua já devia estar chegando. Eu
tinha ligado para ela.
- Que garota, meu amor? – Perguntei
saindo do carro e tirando ela da cadeirinha.
- A Evie, papai. – Ela
revirou os olhos percebendo minha falta de atenção em sua conversa.
- Por que filha? O que
aconteceu?
- Ela empurrou a Meg, no
primeiro dia lá, e ela caiu. Chorou muito. – Explicou.
- E quem é Meg?
- Papai! – Ela exclamou.
- O que filha? Mas eu não
sei quem é a menina.
- É a minha coleguinha de
lá, papai.
- Aah, ok! – Falei e vi o
carro de Lua estacionar logo atrás do meu. – Sua mãe chegou.
- Cadê ela? – Anie levantou
os braços, para que eu a carregasse. E foi o que eu fiz. Logo, Lua atravessou a
rua.
- Aah! Que amor! – Lua falou
quando Anie se jogou nos braços dela. Lua carregou a filha e a apertou, lhe
dando vários beijos, e falava algumas palavras que eu não conseguir entender.
Depois ela se virou para mim, finalmente notando minha existência. Sorriu ao se
aproximar e me deu um selinho.
- Confesso que esperava
mais. – Comentei enquanto entrávamos no restaurante, o que fez Lua rir.
*
Quando saímos do
restaurante. Só podia ser perseguição. Porque não era possível, em nossa
direção vinha Isla. Ela estava sozinha. E sorriu cinicamente ao me olhar.
- Arthur? Duas vezes em
menos de cinco horas. – Ela riu, e eu permaneci sério. Lua me encarava com uma
sobrancelha erguida. Qual era a dessa mulher? Eu a vi hoje. E ela já queria
arruinar a minha vida? O meu casamento?
- Pois é. – Foi o só que eu
disse.
- Oi, sou Isla. – Ela
estendeu a mão para a Lua, que a olhou com uma expressão de "E
eu te perguntei?" Ainda
bem que Anie estava sem seu colo, ou Isla ia ficar com a sua mão no ar. Já que
Lua não a cumprimentaria. Ela viu que Lua não iria dizer nada, e sorriu sem
graça.
- Sou, Lua. Esposa – Ela deu
ênfase ao falar a palavra. – Dele.
- Aah, até achei que ele era
solteiro.
- Para a sua falta de sorte,
ele não é. – Lua comentou.
- Bom, de qualquer forma,
vai ser sempre um prazer encontrar você, Arthur. – Ela ignorou Lua totalmente.
E eu assenti, pedindo internamente, que ela fosse embora logo. Então ela saiu.
Lua me olhou pedindo explicações.
- Quem é ela? De onde saiu
essa pu...
- Lua! – Exclamei entes que
ela falasse besteira perto de Anie. Ou ela ia acabar perguntando o que era uma
puta. Era melhor evitar.
- Esse ser? – Completou.
- Senhor! Lua, nem sei quem
é ok?
- Como não? Ela sabe teu
nome.
- A filha dela...
- Filha? De onde você conhece
a família dela?
- Eu não conheço. Argh!
- Mas você acabou de falar
que ela tem uma filha. – Continuou.
- Ela faz balé, oras. Foi
lá.
- Desde quando você fica de
papo com as mães das alunas de lá? – Me perguntou.
- Não fico de papo. – Revirei
os olhos. – Hoje eu assisti a aula, Anie insistiu. Queria que eu fosse. E essa
mulher estava lá. Pronto, foi isso. – Finalizei. Lua continuou me olhando.
- Tem certeza?
- Claro. Por que eu
mentiria?
- Não sei. Parece que ela
conhece você um pouco mais.
- Ela é doida. E me dá a
Anie. Quero ir embora. – Falei por fim, já bastante irritado.
- Tchau, meu amor. – Lua lhe
deu um beijo.
- Por que vocês estavam
brigando? – Nos perguntou baixo.
- Não estávamos brigando. Só
esclarecendo umas coisas. – Lua explicou e me olhou.
- Você né? – Perguntei irônico.
- Quem devia estar zangada
era eu. – Comentou.
- Mas e quem era que estava
duvidando de mim?
- Aah, Arthur! – Disse com
desdém. A gente conversa mais tarde. Ela beijou Anie mais uma vez, e depois
colocou a menina no chão e foi embora. Voltei pra casa e resolvi tomar um
banho.
À tarde,
16h55 - Conversa?
Pov Lua
Ok. Eu admito que duvidei
dele. Arthur não é nenhum santo. Mas eu não estava nem a fim de encarar uma DR.
E ainda por cima, hoje tenho um compromisso com as meninas. Cheguei em casa, e
Anie estava brincando na sala, Arthur estava em casa, porque os carros estavam
na garagem. Mas ele não estava na sala. Devia estar no escritório, ou no
quarto. Dei um beijo em Anie, e subir. Realmente ele estava lá. Só que estava
dormindo. Deixei minha bolsa e a pasta na poltrona, e tirei os sapatos, depois
a roupa e fui tomar banho. Quando saí, Arthur já tinha acordado. Ele me olhou e
enterrou o rosto no travesseiro. Provavelmente já prevendo que iríamos ter que
conversar. O problema era que eu não queria discutir, uma coisa meio impossível
se tratando de desconfianças. Fui vestir uma roupa, e depois voltei e Arthur me
puxou pelo braço, me fazendo cair em cima dele.
- Nem vem. Fiquei chateada
com você. – Me afastei dele e ele bufou.
- Eu só estava tentando
evitar uma discussão desnecessária. – Justificou.
- Transando? É só assim que
você sabe evitar? – Perguntei.
- Não ia transar. Eu só
puxei você.
- Aah ok. O que você
conversou com ela?
- Conversei? Nada de
interessante.
- Detalhes. Quero detalhes.
- Você tá parecendo à mãe de
um adolescente, sabia? – Riu irônico.
- Não falei nada de
engraçado. E não sou sua mãe. Sou sua mulher e você não é nenhum adolescente.
- Sério que quer levar isso
adiante?
- Estou aqui, não estou?
- Lua, o nome dela é Isla...
- sso eu já sei. – O
interrompi.
- Continuando – Ele revirou
os olhos. – Ela tem uma filha, Evie, o nome da menina. Isla é secretaria e é só
o que eu sei. Pronto.
- Só?
- O que mais você queria que
eu soubesse?
- Ela ao menos tem marido?
Só pra me preparar caso ela queria roubar o marido alheio. – Falei e ele
segurou o riso.
- Não sei. E nem perguntei.
E ah, quer saber? Chega dessa conversa idiota. Não quero brigar com você por
causa dela. Eu nem a conheço de fato.
- E espero que nunca conheça
de fato. – Retruquei.
- Ok Lua! Acabou?
- Por hora sim. E aaaaii de
você se ficar de papinho com aquela puta. Que tipo de mãe ela é? Você olhou o
tamanho da saia? Não, nem responde. E melhor nem ter olhado para a saia dela.
Onde ela trabalha? Em um escritório de vadias?
- Não sei e não me
interessa. E no momento, eu só quero parar de falar dessa mulher. Ok?
- Ok. – Me dei por vencida e
deixei que ele me abraçasse e logo depois me beijasse e depois ele deitou em
cima de mim, ficando entre minhas pernas, sem parar de me beijar.
Continua...
Se leu, comente! Não custa nada.
Bom, está aqui o 3 cap. como prometido. Espero que tenham gostado da pequena maratona. Próxima atualização, só quarta-feira.
Amanhã provavelmente eu atualize a outra web, O Clube. Aguarde!
É isso gente, não esqueçam de deixar um comentário, nesse e nos posts anteriores também.
Obrigada pela paciência.
Um Beijo, e até a próxima atualização.
Dêem uma olhadinha lá no meu blog, Nossos Sonhos - Clique aqui. Começamos agora! Bye... Apareçam lá...
Dêem uma olhadinha lá no meu blog, Nossos Sonhos - Clique aqui. Começamos agora! Bye... Apareçam lá...
Lua ciumenta hahaha
ResponderExcluirAmando as sequências de capítulo!
ResponderExcluirPosta maiss
ResponderExcluirEitaas arrasou nas atualizações Milly :)
ResponderExcluirBesta kkkk doida é quem entra numa briga com Lua kkk mulher desce do salto qnd se trata do homem dela.
Adoreeei
Haha Danni, vocês estavam merecendo uma atualização assim, e eu estava devendo né? Depois do breve sumiço da semana passada ;-) que bom que adorou. Beijos...
ExcluirAeeee \O/ hihi eu já tava triste :\
ExcluirAhhh demaaais Milly *---* tu é uma ótima escritora viu ;D deixa sempre um quero mais em cada capitulo kkkk nois piraa. Bjus
Adorei! Já quero mais
ResponderExcluireu estou amando tudo perfeito
ResponderExcluiresta nota mil sua fanfic !!!!!!!!!!
ResponderExcluirObrigada, amore. Fico feliz :-D
Excluirta d+ ansiosa para mais !!!!!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirQue mulher chata, achei engraçado a Lua com ciúmes kkk
ResponderExcluirAii meus Deus amei, quarta e estou doida po próximo já!
ResponderExcluirJá é quarta-feira, flor. Já vou atualizar.
ExcluirAaah, eu sei estou esperando ansiosamente! Posta Milly!
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