Peça-me o que quiser ou deixe-me - 3º temp. - 141º,142º,143º e 144º Capítulo (Adaptada)

|

Capítulo 141:
Durante alguns minutos, permanecemos sem nos mover, até que Arthur sai de mim e, virando-me para ele, sussurro:
- Me perdoa, querido?
- Por quê?
- Pelo outro dia, no o carro.
Não vejo os seus olhos, a escuridão me impede, mas depois de me dar um beijo nos lábios, diz enquanto me abraça:
- Não se preocupe. Não foi nada, mas faça de novo.
- Eu prometo.
Noto como o seu corpo se move ao sorrir e, abraçando-o, procuro a sua boca e beijo. Faço isso que tanto gosto que ele me para. Chupo o lábio superior, depois o inferior e, depois de dar-lhe uma mordida, beijo com paixão.
Arthur aceita o meu beijo de bom grado. O devora e, instantes depois, me deixa sem ar, mas não importa. Preciso dessa paixão. Anseio essa exigência. Beijo a beijo, os nossos corpos se aquecem e, quando sinto o seu pênis ereto de novo, eu toco e pergunto:
- Outra vez?
Arthur me beija e sussurra:
- Não.
- Por quê?
- É tarde e acho que foi o suficiente.
Ouvir isso é um golpe para mim. Não foi o suficiente e insisto:
- Arthur…
Sem dizer nada, se afasta de mim, levanta e acende a luz do quarto. Nos olhamos nos olhos e ele pede:
- Lu, não começa, por favor.
Sem mais, entra no chuveiro e fecha a porta. Me levanto. Como uma fera, caminho até o banheiro, mas ao colocar a mão na maçaneta, paro e volto para a cama.
Estou zangada e excitada.
Como ele pode me deixar assim?
Preciso de sexo, e, sem pensar, abro a gaveta... Faço como a minha irmã na sua época de secura e pego o meu Super-homem particular.
O batom vibrador que Arthur me deu meses atrás. Sem demora, coloco no meu inchado e úmido clitóris e me masturbo.
Oh! Sim!
Isto é o que preciso.
Sem pausa, o aparelho me dá o que procuro. Que maquina! Fecho os olhos e mexo apertando-o sobre mim. Encontro o meu prazer e me deixo levar enquanto ofego e me movo na cama.
Quando abro os olhos, Arthur está na minha frente, com uma cara péssima.
Que cena!
Nos olhamos como rivais. Passo o meu olhar pelo seu corpo e vejo o seu pênis duro e ereto. Viu o meu jogo e se excitou ainda mais. O seu olhar é selvagem e isso me deixa louca. Sei o eu faria comigo nesse instante e desejo. Desejo-o com toda a minha alma.
Ainda com a respiração ofegante pelo que acabei de fazer, abro as pernas para ele. Me mostro. Convido-o a continuar o jogo comigo. Tento fazer com que me possua como quer. Mas ele não se dá ao trabalho e, sem dizer nada, dá a volta e entra de novo no banho, batendo a porta.
Zangada, amaldiçoo. Me mexo na cama e me sinto repelida. Isso me enfurece mais e mais. Quando sai, dez minutos mais tarde, está molhado. Tomou uma ducha. Veste uma boxer e observo que a sua ereção desapareceu. Imagino o que se passou no banheiro e, sem falar nada, pego o batom vibrador e entro no banheiro também.
Fecho a porta, claro que batendo com força. Eu não vou ficar por baixo.
Uma vez lá dentro, me olho no espelho e sussurro ao ver o meu cabelo de louca.
- Estou cagando para você, Arthur Aguiar.
Sem mais, me lavo. Depois lavo o batom vibrador e quando volto para a cama, debaixo do seu olhar atento, coloco uma calcinha. Guardo o brinquedo na gaveta e, sem lhe dar um beijo, sussurro:
- Boa noite.
Ele não responde. Me cubro.
Mas o calor no meu corpo é tal que, ao final, me descubro, sento-me na cama e, com cara de chateada, digo:
- Odeio que você faça isso.
- E o que você acha que eu fiz? – responde com uma voz dura.
- Se masturbou.
- E você não fez a mesma coisa?
Com vontade de apanhar o abajur e bater na cabeça dele, digo:
- A diferença é que eu fiz isso porque você não queria nada comigo.
Dito isto, com toda a dignidade que tenho, viro e me cubro novamente.

Não quero mais falar com ele.

Capítulo 142:
Na manhã seguinte quando eu acordo, como de costume, estou sozinha na cama. Arthur já foi para o trabalho. Quando desço até à cozinha, Simona me prepara um café da manhã e diz:
- Temos dois capítulos de Loucura Esmeralda gravado, você quer assistir?
Concordo, e assim que termino o café da manhã, nós duas vamos para a sala.
Neste dia, vemos esperançosas como Luis Alfredo Quiñones, ao abrir uma caixinha e ver um pingente que Esmeralda Mendoza lhe presenteou, tem um flash em sua mente e começa a lembrar de coisas. Simona e eu juntamos as mãos. Isto parece ser bom.
Naquela manhã, Esmeralda saiu para cavalgar com seu filhinho e Luis Alfredo os observa de longe e tem outro flash. Sua mente se enche de recordações, e Simona e eu aplaudimos quando de repente ele percebe que a mulher da sua vida é Esmeralda e não a enfermeira Lupita Santúñez.
Quando acaba os dois capítulos nós duas estamos animadas.
Proponho a Simona sair para um passeio. Ela se recusa, está nevando e não é uma boa hora para uma grávida como eu andar pelas estradas.
Ela está certa. Vou para o meu quartinho e, como não posso sentar no tapete macio que eu gosto, ou senão logo terão que me levantar com um guindaste, me sento em uma cadeira, abro meu laptop e conecto o Facebook para conversar com minhas amigas guerreiras. Como sempre conversar com elas me levanta o astral e acabo sorrindo.
Simona vem e me dá o telefone. É Arthur.
- Fale.
- Olá querida. Como você está hoje?
- Bem.
Depois de uma pausa, acrescenta.
- Você ainda está furiosa sobre a noite passada?
- Sim.
- Ouça pequena, você tem que...
- Não, me escute você. – Eu corto. - Estou muito zangada. O que você fez ontem à noite me doeu. Por que você é tão duro? Por acaso não ouviu a médica dizer que podemos ter uma vida sexual completa?
- Lu...
- Nem Lu, nem leite. Por que é tão baba...?
Eu paro. Não é justo insultá-lo, e depois de uma pausa, ele diz:
- Diga-me querida, o que você está desejando!
- Não. Eu não vou lhe dar o prazer de dizer.
Ele fica calado. Eu jogo com a vantagem de que estou em casa, mas ele está no escritório e, finalmente diz:
- Eu terei um jogo de basquete esta tarde e esqueci a bolsa com as coisas. Você levaria para mim ao ginásio de esportes às cinco horas?
Estou prestes a dizer não, que peça a sua prima, porém finalmente respondo:
- Tudo bem, Norbert levará.
- Eu gostaria que você levasse.
Que bonito o que me diz, mas a serpente que vive em mim solta:
- E eu gostaria de outras coisas e, olha, me incomodo, mas me contenho.
Escuto Arthur bufar e depois de alguns segundos, sussurra:
- Tenho vontade de ver você pequena.
- Tudo bem. Eu vou levar.
Quando eu desligo, eu percebo que nem me despedi dele. Por Deus, que mal educada eu sou!
A verdade é que meu Iceman merece o céu. Aguentar-me quando estou antipática é insuportável. E ultimamente tenho sido a pior. Então ligo para o seu celular e quando ele atende eu digo:
- Eu te amo mal-humorado.
Escuto o seu sorriso e adoro quando ele diz:
- E eu te amo mais que minha vida pequena.
À tarde, quando eu saio de casa está nevando e faz muito frio.
Norbert me leva ao ginásio de esportes e eu estou feliz. Eu estou volúvel com meus hormônios e, quando chego vejo o meu menino apoiado em nosso carro esperando por mim, eu sorrio.
Deus é tão lindo!
Quando nos vê chegar, Arthur vem até o carro e, quando eu desço me beija na boca e murmura:
- Olá linda, como você está?
Pronta para fumar o cachimbo da paz, eu respondo:
- Feliz, agora que estou com você.
Abraçados, caminhamos para dentro do ginásio de esportes e quando chegamos ao vestiário, ele olha para mim e pergunta:
- Já sabe onde você precisa ir, certo?
Concordo e quando penso que vai me soltar, se aproxima de novo, chupa meu lábio superior, depois o inferior e após mordiscar, me beija.
Ah, sim... Ah, sim...
Aproveito esse contato sem me importar com quem possa nos olhar.
Arthut é o meu marido, eu sua esposa, e não me importo com o que o resto do mundo possa pensar. Quando se afasta de mim, olha em meus olhos e diz:
- Não quero voltar a discutir com você, entendido pequena?
Concordo como uma boneca. É claro que o efeito de Aguiar, quando se propõe, me deixa completamente fora de combate. Ele sorri. Eu sorrio e, me dando um doce tapinha no traseiro sussura:
- Vá para as arquibancadas me esperar.
Com um sorriso bobo nos lábios eu vou. Ao chegar às arquibancadas, com tristeza, vejo que não está nenhuma das amigas e recordo de Frida. Eu olho em volta e vejo que as pessoas começam a chegar. Minha expressão se quebra quando eu vejo entrar Björn com sua poodle constipada.
Nos olhamos e, balançando os quadris Fosqui sobe até onde estou com seus saltos impressionantes. A diva da televisão está vestida com calças de leopardo e uma blusa semi-transparente muito sugestiva. Eu sorrio sem perceber.
Eu uso macacões de maternidade e botas de neve. Fascinante.
- Olá Lua.- Cumprimenta.
Surpresa que ela lembra do meu nome, tento me lembrar do seu. Como se chamava? Finalmente, após apertar os neurônios e me aproximar de Fosqui, a poodle constipada respondo:
- Olá, tudo bem?
Ela me olha com curiosidade. Me escaneia com profundidade e, finalmente pergunta:
- Você está bem?
Oh, que falsa.
Mas com a mesma vontade de falar que ela, eu respondo:


- Perfeita.

Capítulo 143:
Concorda, senta ao meu lado e não volta a falar uma palavra comigo. Dez minutos mais tarde, quando os meninos saem para a quadra, sorrio encantada e grito ao verdadeiro estilo ianque, enquanto cumprimento Arthur e Bjorn. Eles também me cumprimentam e o jogo começa.
Entregue, grito e protesto quando fazem falta na minha equipe, enquanto a poodle não diz nem mú. Calada só observa como eles jogam. Quando o jogo termina, a equipe de Arthur perde e eu sussurro:
- Hoje não foi um bom dia.
A poodle me olha, pisca e sussurra:
- Para mim, a partir de agora será. Björn e eu temos um encontro com alguns amigos. - E baixando a voz, sussurra: - Para jogar.
Por que está me dizendo isso?
Parece se deleitar com o meu problema, mas determinada a não lhe dar o gosto, eu respondo:
- Faz bem. Jogue tudo o que puder.
Sem olhar para o rosto dela, caminho para o vestiário e sinto uma das minhas contrações. Eu toco a barriga e se acalma. Björn sai, beija os lábios da poodle e em seguida me cumprimenta.
- Olá gordinha, como você está?
- Eu rolo em vez de andar, mas estou bem. - Respondo.
Ele me abraça, sorri e Arthur aparece. Björn e eu ainda sorrimos e, vendo-nos, Arthur pergunta divertido:
- Eu tenho que desconfiar?
Björn e eu nos olhamos e, em uma só voz respondemos:
- Sim.
Todos nós rimos, Björn me solta e Arthur me abraça. A poodle nos observa e diz:
- A comida do outro dia estava fantástica, não é mesmo?
Björn e Arthur acenam com a cabeça. Comida? Que comida? E ela acrescenta:
- Nós temos que repetir. Eu ficaria encantada em voltar a sua casa Björn.
Meu rosto congela.
O que é isso de Arthur almoçar com Fosqui e Björn, na casa dele?
Uma menina se aproxima da poodle para pedir um autógrafo e se afastam alguns passos de nós. Björn e Arthur me olham e, ao entender o que eu entendi, se olham e rapidamente Björn explica:
- Lu, foi um almoço de trabalho.
- Em sua casa?
Apavorado Arthur se aproxima e pegando-me pelo pulso diz:
- Lu não tire conclusões precipitadas.
- Você almoçou com Fosqui? Com a poodle constipada?
Björn solta uma gargalhada.
- Fosqui? Você a chama de poodle constipada?
Mas Arthur não ri e quando eu começo a caminhar em direção à saída do ginásio de esportes, explica:
- Não almoçamos em sua casa. Almoçamos em um restaurante, Lu.
Com raiva em meu rosto, eu me viro e sussurro:
- Eu sei muito bem o que se faz em sua casa. - E olhando para Björn, rosno: - E você, mau amigo, como pode permitir?
Bloqueado, Björn vai responder quando Arthur diz:
- Querida quer se acalmar? Não aconteceu nada. Fomos ao restaurante ao lado da casa de Björn. Eu queria pedir a Agneta alguns contatos para divulgar a empresa na televisão.
Porém, já me fez subir o sangue. Estou furiosa e, olhando para os dois respondo:
- Babacas! Vocês são dois babacas!
Eles se olham. Björn não esconde sua surpresa e Arthur sussurra:
- Já a amarramos por hoje.
O seu comentário me irrita ainda mais e começo a andar.
- Escute gordinha, diz Björn passando à frente: - Não pense mal. Arthur veio me buscar no escritório, em seguida chegou Agneta e cinco minutos depois nós saímos e almoçamos em um restaurante para discutir a publicidade da Müller. Mas, por que você não acredita?
Quando vai me segurar, eu lhe dou um tapa e, ante sua cara incrédula, sussurro:
- Ponto um, lhe permito me chamar de gordinha porque estou grávida, e uma vez que deixe de estar, se voltar a dizer, eu quebro suas pernas. Ponto dois, o que você faz com a sua poodle não me interessa e, acredite ou não, eu sei que Arthur com essa... essa... não teve nada a ver. - E voltando-me para Arthur, que nos observa, finalizo: - E ponto três, por que não me disse que você tinha almoçado com ela?
- Droga, que mau humor você está moreninha, diz Björn divertido.
Arthur cruza um olhar com o seu amigo e, em seguida, olhando para mim explica:
- Naquele dia você estava com raiva e não quis falar. Por isto não comentei. Mas por favor, não deixe passar pela sua cabeça que essa mulher, Björn e eu tivemos alguma coisa, porque não é verdade, entendido?
Eu fecho meus olhos e bufo. Eu sei que ele tem razão e, aproximando-me dele, coloco a cabeça em seu peito e sussurro:
- Não me deixe ficar grávida novamente. Eu estou ficando louca.
Arthur sorri. Me abraça e diz ante o sorriso de Björn:

- Estou indo para casa com Lu. Boa sorte com a poodle!

Capítulo 144:
Os dias passam e eu engordo a cada segundo.
Minha mãe, como eu estou crescendo!
Eu não vejo meus pés. Sem querer dizer outras coisas.
As calçinhas que uso são como da época vitoriana. De acordo com os funcionários, são calçinhas de grávida, de acordo comigo, são calçinhas enormes. Acaso não se pode ser sexy quando está grávida? Definitivamente, com essas calçinhas que chegam até debaixo das minhas tetas, claro que não.
No dia em que Arthur viu, não parou de rir até que eu joguei o sapato em sua cabeça. Pobrezinho, lhe acertei em cheio num solavanco.
As contrações cada vez são mais frequentes e mais intensas. Não doem. Mas sei que são os prelúdios do Calvário que vou passar. Minha mãe, que dor! Não quero nem pensar.
Não fiz o regime e na próxima visita, o ginecologista me enche de bronca.
Mas porque eu deveria negar, entra por um ouvido e sai pelo outro. Só engordei doze quilos em sete meses e meio. Minha irmã engordou vinte e cinco.
Do que se queixa?
Arthur me olha enquanto o ginecologista me examina. Eu ordeno que se cale e ele, prudentemente, não abre o bico. Sou consciente que nesses últimos meses estou sendo uma tirana e o pobre aguenta calado. No dia que explodir, Tróia queimará!
De novo, ao fazer a ultra-sonografia, não vemos Medusa. Saímos tímido e tímida. Quando acabamos, a doutora nos da uma data para uma semana depois, Tenho que fazer a monitoração.
Quando saímos da consulta, liguei para o pintor que irá pintar o quarto de Medusa e digo que faça em amarelo. Arthur me escuta e concorda. Segundo ele, o que eu decidir, decidido está.
Dois dias depois, quando o pintor está em casa, fazendo o que eu havia pedido, eu mudo de opinião. Agora quero que das quatro paredes do quarto, duas seja amarelo, uma vermelha e outra azul.
Quando Arthur pergunta por que decidi isso, eu olho e explico que o azul representa a frieza da Alemanha e o vermelho o calor da Espanha. Surpreendido me olha, não diz o que pensa e concorda. Coitado!
Uma semana depois, Arthur e eu vamos ao hospital. Está nervoso, e eu, histérica. A enfermeira que nos atende me faz deitar numa maca, passou um cinto largo em minha barriga conectado a um monitor e nos explicou que isso era para vê a frequência cardíaca do bebe e as contrações o útero, entre outras coisas.
Estou assustada, mas ao ver a cara do meu Iceman quando escuta o coração batendo de Medusa, passa todo o medo. Parte-me! A enfermeira que nos atende, após ver os batimentos, diz que está tudo em e voltamos na semana seguinte.
Quando saímos do hospital, nós dois estamos animados. Nosso relacionamento é uma montanha russa. Supõe-se que na gravidez os casais se juntam e se amam. No nosso caso, nos queremos e Arthur me aguenta. Sou consciente de que me converti em uma víbora gorda, chorona, comilona e irritada.
Simona e Norbert não sabe o que ocorre. Só sabe que nos adoramos e nos queremos, pelo que discutimos todos os dias. Flynn, meu grande defensor, passa a maior parte do tempo entediado com o seu tio e demonstrando-me seu carinho. E Bjorn, nosso grande amigo, és o encarregado de manter a pás entre nós. Os únicos eu estão alheios a tudo são Sónia, Sophia e minha família.
Como eu digo : Se os olhos não vêem o coração não sente!
Uma noite não consegui dormir. Olho o relógio. São 3:28 da madrugada e decido levantar-me. Estou farta de rolar na cama e as contrações me incomodam e não me deixam pegar no sono.
Com discrição, coloco o roupão e como uma baleia preste a explodir, desço as escadas.
Susto e Calamar, a me ver, me cercam e cumprimentam. Que gratos são os animais. Seja a hora que seja, eles sempre estão prontos para te presentear com carinho. Durante vários minutos me dedico a beijá-los e prestar a atenção que merecem, quando os solto, caminham para dormir e eu retomo minha caminhada até a cozinha.
Uma vez ali, abro o congelador, olho os potes de sorvete e decido por baunilha com nozes de macadâmia, pego o pote, dou uma colherada e me sento em uma das cadeiras da cozinha saboreando-o, enquanto observo a escuridão em volta. Saboreio o sorvete. Está ótimo, e logo ouço:
- O que foi carinho?
A voz me assusta e, ao ver que é Arthur, sussurro levantando a mão ao coração:
- Caramba! Você me assustou!
Ele se aproxima e agachando insiste preocupado:
- Está bem pequena?
Olhamos-nos e finalmente eu respondo:
-As malditas contrações não me deixam dormir. Mas tudo bem. Não se preocupe.
Arthur concorda e não diz nada. É um abençoado. Senta-se de frente a mim a mesa e tenta me animar.
- Falta pouco preciosa. Em três semanas, nosso bebe estará connosco.
Concordo, mas assusta-me pensar nisso. O parto está chegando e a ansiedade me envolve.
- Te quero carinho – sussurra.
Eu também o quero, mas ao invés de dizer, lhe ofereço uma colherada de sorvete. Ele aceita, e quando pega, diz contente:
- Escute carinho, não se chateia pelo que estou preste a lhe dizer, mas se continuar comendo sorvete, quando a doutora te pesar...
- Cale-se! – eu o corto. – Não comece você também.
Durante uns segundos permanecemos calados, enquanto seguia comendo sorvete sem parar. Sou uma máquina. Uma vez que acabo o pote, me levanto, o jogo no lixo e Arthur com o semblante sombrio e mordendo a língua para não dizer o que pensa, pergunta:
- Contente?
Concordo. E olhando para ele digo:
- Contentíssima.
Dito isso, saímos do lugar e nos enfiamos na cama. Chateados, cada um olha para um lado, até que durmo.
O dia seguinte quando me desperto já é tarde. Às onze da manhã.
Quando me levanto, tenho uma acidez de morrer e me lembro de todos os sorvetes de baunilha com nozes de Macâdamia. Estou pesada e me sinto em marcha lenta.
Estou escovando os dentes quando vejo Arthur aparecer vestido com seu terno escuro. Que lindo ele está! Entra me beija na testa e diz:
- Se vista, vamos sair.
- Não vai ao escritório hoje?
- Não. Hoje tenho outros planos – responde.
Quando me visto, desço até a cozinha e só como um copo de leite. A acidez e o peso me matam. Estamos sós. Flyn está no colégio e Simona e Norbert não sei onde estão. Não pergunto. Sigo chateada pela conversa da noite anterior.

Quando entro no carro, ninguém fala. Tão pouco colocamos musica. Arthur conduz pelas ruas de Munique e entra em um parque. 

7 comentários:

  1. Que loucuraaa esses dois.. Lua vai enlouquecer Arthur , tadinhoo!!!! Amooo essa Webb!!! Anciosa pelo próximo!!!

    ResponderExcluir
  2. To amando a web, quando eles vão descobrir o sexo da Medusa? kkk

    by: Naat

    ResponderExcluir
  3. Aveeeeeeeee que curiosidade haaaa menina ou menino kkk Lua cada vez mais loucaa kkkk

    ResponderExcluir
  4. Tadinha da Lua, engordando MUITO kkk, Arthur vai ficar doido kkk
    mais plmds

    ResponderExcluir
  5. Meu Deus Lua toda dramatica kkkk ai curiosa pra meduza chegar kkk

    ResponderExcluir
  6. Meu Deus o que é Lua gravida kkkkkkk um verdadeiro terremoto kkk ansiosa por mais!

    ResponderExcluir