Peça-me o que quiser ou deixe-me - 3º temp. - 129º,130º,131º e 132º Capítulo (Adaptada)

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Capítulo 129:
- Certamente que não querido. Não se preocupe com isso agora.
- Lu..., meus olhos sempre darão problemas.
- Eu também sempre vou dar. E nem imagina quando nascer a Medusa. Uauuu! Prepare-se Aguiar.
Eu ouço sorrir e isso me conforta. Eu preciso que sorria.
Ansiosa para abraçá-lo, me levanto da minha cama e deito na dele, digo:
- Você tem um problema nos olhos querido, e com isto vamos viver para sempre. Eu te amo, você me ama e, vamos ser capaz de passar por esse problema e todos os que se apresentarem. Eu não quero que se preocupe agora, certo?
- Tudo bem pequena.
Tentando mudar de assunto, eu acrescento:
- Quando Medusa chegar, não pense que você vai escapar de cuidá-la por causa de seus olhos malditos. Oh não, espertinho, nem sonhe! Penso ter você a par de tudo, desde o primeiro dia que nascer até que vá para a faculdade, ou se for hippie ou queira viver em uma comunidade, entendido campeão?
Arthur sorri, me beija na cabeça e responde:
- Entendido campeã.
Depois de dois dias, seus olhos voltam gradualmente ao que eram, e eu estou feliz por isso e porque minha família vem passar as festas natalinas com a gente. Mas apesar da minha felicidade, estou uma merda. Não paro de vomitar, eu estou mais magra que em toda a minha vida. As roupas caem de mim, eu nunca tenho fome e sei que meu estado leva Arthur à rua da amargura. Eu vejo isso em seus olhos. Sofre quando me vê correr para o banheiro, e também quando me segura a sua frente. Meus hormônios estão fora de controle e, assim como sorrio, eu choro. Nem eu mesma me reconheço.
Em 21 de dezembro vamos para o aeroporto para buscar a minha família. Me enche de alegria e felicidade que venham passar as festas connosco. Mas quando meu pai e minha irmã me veem, seus rostos dizem tudo, embora fiquem em silêncio. Entretanto, minha sobrinha, quando me da um beijo, pergunta:
-Tia, você está ruinzinha?
- Não querida, por quê?
- Porque você tem uma cara horrível.
- Vomita muito – esclarece Flynn. - E isso nos tem preocupado.
- Será que estão cuidando bem? - Luz pergunta:
- Sim. Todos cuidamos bem da mamãe.
Surpresa, minha sobrinha olha para ele e pergunta:
- A tia é sua mãe?
Ele me olha e eu pisco um olho.
- Sim, a tia Lu é minha mãe. - Responde.
- Muito legal. - Murmura luz, olhando.
Crianças e sua sinceridade.
No dia 24 de dezembro comemoramos véspera de Natal todos juntos. Minha família está feliz. Eles escrevem seus desejos e penduram na árvore. Arthur sorri e eu aproveito como uma louca tê-los todos juntos.
A gravidez me mata. Não me deixa viver.
Não seguro nada no estômago, nem o presuntinho gordo que o meu pai trouxe. Eu como com prazer, mas logo depois sai de mim, como tudo ultimamente. Daí sim, eu me recomponho e o presunto retorna para mim.
Sou cabeça dura!
Minha irmã, em seu afã de me tranquilizar, confirma que as náuseas desaparecem após os primeiros três meses.
- Espero que sim, porque Medusa...
- Maluquinha, não o chame assim! É um bebezinho e pode se ofender de ser chamado por esse nome.
Eu olho e finalmente calo a boca. Melhor.
Então eu olho para o meu pai e Arthur jogando tênis no Wii com Flynn e Luz. Como estão bem!
- Ai maluca, mas eu não acredito que você vai ser mãe.
- Nem eu... - bufo.
Raquel começa a falar sobre a gravidez, estrias, pés inchados, manchas na pele e a mim estão me dando os sete males. Tudo isto vai acontecer comigo? Eu escuto. Processo a informação e, quando não posso mais, faço como ela faz tão bem e, desviando o assunto, pergunto:
- Bem, você não vai me contar nada sobre o seu rolinho selvagem?
Raquel sorri e, aproximando-se de mim, sussurra:
- Na noite que eu fiquei com Juanín, o da loja de ferragens, quando retornei estava me esperando no beco ao lado da casa.
- Mas, e o que me diz?
Ela assente e continua:
- Ela estava com ciúmes, maluca.
- Normal.
- E discutimos. Sim, bem baixinho para que ninguém nos ouvisse.
Eu sorrio e acrescento, ao ver a minha sobrinha gritar como uma louca ao vencer no Wii:
- Se você saiu com outro, é normal que tivesse ciúme. Eu em seu lugar teria lhe mandado para o espaço se depois de pedir a sua mão, você recusasse e ainda logo saísse com outro.
Minha irmã louca ri. Que felicidade eu vejo em seu rosto. Eu também sorrio e logo sussurra se aproximando:
- Eu dormi com ele. Por certo, que desconfortável é fazer em um carro. Felizmente, depois fomos para Villa Moreninha. Espantada e boquiaberta, eu vou dizer algo, quando a sonhadora da minha irmã acrescenta:
- É tão cavalheiro, tão homem, que me deixa louca.
- Você dormiu com ele?
- Sim.
- Sério?
- Sim.
- Você?
Raquel olha para mim, me mandando baixar a voz, e diz:
- Claro que sim. Por acaso você acha que eu sou assexuada como um molusco? Ei, tenho as minhas necessidades e Juan Alberto é um cara que eu gosto. Claro que eu dormi com ele. Porém não contei antes, porque eu queria te dizer pessoalmente e garantir que não sou nenhuma vadia.
- Mas desde quando você faz essas coisas?
Minha irmã olha para mim, levanta as sobrancelhas e diz:
- Desde que me tornei moderna.
Nós rimos e continuo:
- Mas vamos ver, você não disse que tinham discutido?
- Sim, mas quando ele saiu do carro e me encurralou contra ele, oh Deus... Oh Deus, maluca o que me subiu pelo corpo!
Eu imagino. Penso nas reconciliações com Arthur e suspiro.

- E quando ele me beijou e disse em seu sotaque "Eu não me importaria em ser seu escravo se você fosse minha senhora", eu não podia mais e fui eu quem o arrastou para dentro do carro e avancei.

Capítulo 130:
Mais uma vez sorrio.
Eu não posso segurar.
Minha irmã me mata e eu repito assombrada:
- Você avançou?
- Oh sim... Ali no beco mesmo, fiz a loucura do século. Eu esfolei a perna esquerda com a alavanca de marcha, porém minha Mãeeeeee! Que momento e que bem me senti. Estava sem sexo desde o quarto mês de gravidez de Lúcia e, maluca... foi incrível.
Eu me parto de rir. Arthur olha para mim e sorri. Ele gosta de me ver feliz.
Minha irmã continua:
- Quando terminamos, não me deixou sair do carro e dirigiu como um louco para a sua casa. Como eu disse, papai deixou as chaves e, quando entramos...
- Conta... conta...
Deus... Eu estou ficando louca. A falta de sexo me faz indagar a vida de minha irmã. Ela cora, mas incapaz de parar, continua:
- Fizemos amor por todos os lados. Em cima da mesa de jantar, na varanda, no chuveiro, contra a parede da despensa, no chão...
- Raquel... - Murmuro espantada.
- Ah... e na cama. - E ao ver a minha cara de espanto e graça, acrescenta: - Ai maluca, esse homem me possui de uma maneira que eu nunca pensei que eu provaria. Mas quando estamos juntos e fazemos, literalmente me transformo numa loba!
A sinceridade de minha irmã é esmagadora, e a minha necessidade de sexo, eloquente. Escutá-la me sobe a libido e sussurro:
- Que inveja.
- Por quê? - E ao entender, confessa: - Quando eu estava grávida de Luz, José não me tocou por quatro meses. Ele tinha medo de machucar o bebê.
Isto me faz sorrir. Talvez o que acontece com Arthur não é tão raro e pergunto:
- E quando você tinha relações grávida, tudo bem?
- Alucinante. O desejo é devastador, porque os hormônios estão em altos níveis que eu mesma me assustava. Claro que, quando eu engravidei de Lúcia, como ele me pediu o divórcio no meio, eu tinha um tubo com Superman.
- Quem é o Superman?
- O consolo que o idiota do meu ex me deu. Graças a ele, me controlei para não ficar louca.
Estou cada vez mais bloqueada pelas coisas que minha irmã diz. Ela me olha e desabafa:
- Filha, nem que tivesse dito que me meti uma garrafa de gás ou que havia participado de uma orgia. Quantos anos você tem.
O seu comentário me faz rir em voz alta. Se ela soubesse.
Dois dias depois, chega o famoso momento da minha visita à ginecologista. Todos querem me acompanhar, mas eu insisto que só quero que Arthur venha. Meu pai e minha irmã entendem e ficam com as crianças em casa.
Eu levei para a médica todos os exames que me pediu na primeira vez, inclusive os da minha visita de emergência ao hospital. Estou nervosa, na expectativa. Com o gesto profissional, ela olha tudo e quando eu faço o ultrassom, diante do rosto sério de Arthur, diz:
- O feto está bem. Seu coração está batendo perfeitamente e as medidas corretas. Portanto, você sabe, siga com sua vida normalmente, tome as vitaminas e vejo você em dois meses.
Arthur e eu nos olhamos e sorrimos.
Medusa está perfeita!
Enquanto eu limpo o gel da barriga e voltamos para o consultório, onde a médica escreve no computador, eu digo:
- Eu posso perguntar uma coisa?
A mulher para de digitar.
- Diga.
- Os vômitos desaparecem?
- Como regra geral sim. No fim do primeiro trimestre, o feto se assenta e, supostamente, a náusea desaparece.
Estou prestes a bater palmas com as orelhas. Arthur me olha, sorri e eu pergunto novamente:
- Eu posso ter relações sexuais completas?
O rosto de meu marido agora é um poema. É como um golpe quando pergunto isto. A médica sorri, olha para mim e diz:
- Claro que sim, mas por um tempo com cuidado, entendido?
Quando saímos da consulta, Arthur está sério e quando entramos no carro, eu não posso suportar a tensão e digo:
- Vai, vai proteste!
Explode como uma bomba e quando acaba, eu olho e respondo:
- Tudo bem... Eu entendo tudo que você diz. Mas entenda querido, que não sou uma pedra e que você é uma tentação permanente. - Ele sorri e aproximando-me dele acrescento: - Tuas mãos me provocam a querer que me toque, tua boca a querer beijar e seu pênis, oh Deussssssssss! - Eu digo, tocando-o por cima da calça. - Me convida a querer que jogue comigo.
- Para, Lu... para.
Dou uma risada. Ele sorri também e me beijando, diz:
- Eu lhe asseguro que se em você eu provoco tudo isto, nem quero te dizer o que você provoca em mim.
- Hummmm, isto ficou interessante.
- Porém...
- Oh... Eu não gosto dos “poréns”.
- Vamos com calma para que não voltemos a nos assustar.
- Eu te dou toda a razão. – Concordo. - Porém...
- Bem, você também tem um porém. - Arthur ri.
- ...porém eu quero jogar com você.

Ele não responde, mas sorri. Isso é um bom sinal.

Capítulo 131:
No dia seguinte, eu estou um pouco melhor e decido ir às compras por Munique com a minha irmã, Frida e Sophia. Nós quatro somos poderosas e tivemos um dia genial. Eu insisto em comer um hambúrguer e, quando mergulho minha batata no ketchup, eu olho rindo e digo:
-Eu amo comida gordurosa. A medusa adora.
Minha irmã franze a testa ao ouvir esse nome, mas antes de dizer qualquer coisa, Frida fala:
- Quando Glen estava na minha barriga eu o chamava de Eidechse.
Sophia e eu rimos e Raquel pergunta:
- O que significa isso?
Divertida, coloco outra batata gordurosa na boca e respondo:
- Lagarto.
Quando saímos da lanchonete pensamos em ir tomar um café,mas passando pela mais antiga cervejaria em Munique, o Hofbräuhaus, decidimos entrar para minha Irma conhecer. Eu bebo água.
Raquel esta assombrada. Ela tem a mesma cara que eu quando entrei ali pela primeira vez, e a tia mostra a capacidade de que tem de beber cerveja. Isso me surpreende. Não conhecia essa faceta dela, divertida, digo ao ver que Sophia e Frida começam a quarta rodada.
- Raquel, se você não parar, você vai chegar arrastada em casa.
Minha irmã olhou para mim e respondeu:
- Como você não pode beber, bebo por nós duas. Vendo que rimos, ele acrescenta:
- Você agora está no fase deliciosa da gravidez. Você sabe, azia, tornozelos inchados, seios doloridos e maravilhosas náuseas matinais.
- Que engraçada você é, linda. Burlo-me e ela responde:
- Oh e o que me diz da libido lá em cima? Você leva a melhor?
Eu não respondo. É uma cachorra! Frida, ao nos ouvir conta divertida:
- Durante minha gravidez, só digo que o pobre Andrés me evitava. Meu Deus, quão chata me transformei com o tema sexo.
Ouvindo isso de alguma forma é reconfortante. Eu vejo o que acontece comigo aconteceu com as outras e não ficaram loucas. Todos nós rimos quando trouxeram a próxima rodada e Sophia, ao ver uma amiga, grita:
- Tatianaaaaaaaaaaaa!
A jovem loira olha para nós e, depois de cumprimentar minha cunhada, nos apresenta. A menina é linda e por um tempo senta connosco para uma conversa. Quando ela sai, minha irmã, que já tomou muita cerveja, olha para mim e diz:
- Cuchu... ou estou muito bêbada ou eu não entendi nada.
Horrorizada, eu percebo que nós falamos tudo em alemão, segurando-a, respondo:
- Oh, Raquel, querida, sinto muito. É o costume.
Rapidamente conto que Tatiana é um bombeiro e minha irmã fica surpresa. Mas se racha de rir quando eu comentei que pedi emprestada a roupa de Bombeiro dela e disse que sempre quando quiser me empresta.
Chega a última noite do ano.
Eu ainda não tenho sexo, mas não porque Arthur não quer, mas sim porque eu continuo uma merda e quem não deseja agora sou eu.
Esta tarde, quando veio a mãe e a irmã de Arthur, ele desaparece. Não diz para onde está indo e isso me deixa com raiva. Estou me tornando rabugenta
É hora de jantar e Arthur ainda não voltou e, quando estamos na cozinha dando os últimos retoques, eu digo:
- Simona, agora nós todos levaremos as coisas para a mesa e eu quero você junto a Norbert sentados nela, ok?
A mulher vem arrastando os pés e observando isso, acrescento:
- Estou avisando, ou se sentam à mesa e jantam com todos ou aqui ninguém janta.
- Ui ui, Simona - zomba Sophia. Vai nos deixar sem jantar?
-De modo algum. - explica Sónia. - Simona e Norbert jantarão com todos.
Junto com Sophia saem da cozinha rindo com um par de bandejas, e meu pai olha para Simona e diz:
- Vê, Simona, minha filha é muito teimosa.
A mulher sorri e pisca um olho, depois responde:
- Sim, Manuel, já estou conhecendo-a. E vendo que enrugo o nariz para a salada de repolho acrescenta: - Eu vou levar isso para a mesa. Quanto mais longe de você, melhor.
- Obrigada, Simona.
Quando ela sai da cozinha, meu pai aproxima-se e me diz:
-Sente-se, querida. Deixe que eu termine de organizar a bandeja de camarão.
Eu faço o que ele pede. Hoje não é o meu melhor dia, sentando a meu lado, tira o cabelo do meu rosto e acrescenta:
- Por que você não vai para a cama, minha vida? La estará melhor que zanzando por aqui.
Revirando os olhos, respondo:
-Não, pai. É véspera de Ano Novo e quero estar com você.
- Mas, filha, te vejo com o rosto pálido. Eu sorrio e ele me pergunta: - Esta mal, certo?
Assento. É o meu pior dia de longe, e com um sorriso triste ele diz:
- Eu acho que ver e sentir toda essa comida não te ajuda, não é?
Olho para os camarões, milanesa frita, cordeiro grelhado, e presunto de parmai que meu pai trouxe da Espanha, preparado com todo o seu amor, e respondo:
- Oh, papai, como eu gosto de milanesa frita, de cordeiro grelhado e o camarão que você faz, e também as náuseas que me dão agora.
O homem sorri e me dando um beijo carinhoso na bochecha, diz:
- Ate nisso você é igual a sua mãe. Ela também teve nojo de marinada durante a gravidez. Sim, e quando isso aconteceu, eu comia grãos.
A porta da cozinha abre e Arthur entra. O homem desaparecido!
Ao ver-me com o meu pai se acerca, agachando perante mim, diz preocupado:
- Querida, por que você não vai para a cama?
- Isso mesmo que eu estou dizendo a ela, Arthur, mas você sabe como é a minha moreninha. Teimosa!
Ignorando, eu olho meu loiro lindo:
- Onde você estava?
Arthur sorri e responde:
- Recebi uma chamada urgente e tive que lidar com isso.
De repente, ouço um grito. Assustada, eu me levanto quando a porta da cozinha abre amplamente e minha irmã com o rosto totalmente contorcido, exclamou:
- Chuchuuuuuuuuuu, olha quem está aqui!
Vejo Juan Alberto com a pequena Lúcia em seus braços, olho para Arthur e sorrio. Essa foi a urgência.
O mexicano cumprimenta meu pai, que lhe dá a mão feliz da vida, e depois se aproximando de mim, me da dois beijos e pergunta:
- Como esta minha linda mamãe?

- Corcunda, mas feliz por ter você aqui - eu digo, feliz por minha irmã.

Capítulo 132:
- Dexter e Graciela enviaram muitos beijos e esperam poder viajar para conhecer o bebê.
Nesse momento, minha sobrinha entra correndo como um vendaval e grita:
- Ei, cara, como é que você está aqui?
O mexicano olha divertido e responde:
- Eu vim para ver pequena dama linda e desafiá-la no Mario Bros.
Luz se joga em seus braços e todos nós rimos. Esta claro que esse mexicano sabe ganhar minha família. Uma vez que Luz corre, ele olha para minha irmã, que o contempla fascinada, e aproximando-se dela da um beijo na boca e todo meloso na frente do meu pai pergunta:
- Como esta a minha rainha?
Sem se preocupar, Raquel o beija de volta e responde:
- Muito feliz em vê-lo.
Muito forte!
O Sorriso de minha irmã é imenso.
Eu olho para o meu pai e vejo que sorri, pisca o olho para mim e eu sei que ele gosta do que vê. Eu fico alucinada com a atrevida da Raquel, quando escuto o que o mexicano diz:
- Deliciosa, me diga.
Minha irmã totalmente liberada põe o dedo na boca e sussurra sem se preocupar na frente de todos:
- Como-te com tomate.
Espantada, pisco.
Ela disse que o come com tomate?
Arthur, divertido, ri. Claramente, Juan Alberto gosta. Meu pai, com minha irmã e comigo, se vê que já esta curado de sustos. Isso é bom!
Quando o barulho para na cozinha, os dois homens da minha vida, olham para mim. Eles voltaram a estar preocupado comigo e, sustentando meu olhar, eu declaro convencida:
- Eu quero estar com vocês essa noite especial e eu não vou perder por nada nesse mundo, ok?
Meia hora depois, estamos todos sentados ao redor da mesa e a felicidade inundou minha casa, apesar de estar me arrastando.
Quão diferente este Natal do ano passado, quando eram apenas Arthur, Flynn, Simona, Norbert e eu. Agora estão aqui toda a minha família, a família de Arthur, Susto, Calamar e Juan Alberto. É maravilhoso!
Quando Sónia oferece lentilhas para minha sobrinha e Flynn, as crianças torcem o nariz. Isso me faz sorrir. Mas eu rio mais quando o meu pai oferece para Flynn gaspacho. O garoto vê e de seus olhos saem faíscas.
Aguento o jantar como posso. Ver muita comida e, principalmente, sentir o cheiro me dá aflição. Mas a felicidade que me da ter todos ao meu lado faz valer a pena para não perdê-la. O cheiro forte me embrulha o estomago, mas como uma campeã, me mantenho à mesa sem comer, enquanto todo mundo fica roxo. O primeiro, meu marido e o Mexicano. Olha, eles gostam de presunto de Parma.
Uma vez que termina o suntuoso jantar, nos sentamos nos sofás para assistir televisão e eu explico a minha família que vamos assistir uma comédia que é tradição na Alemanha.
Quando começa o Dinner for One, todo mundo ri, e minha irmã, que se senta sobre as pernas, sem entender essa estranha tradição, olha para mim e sussurra:
- Oh, Cuchu, que estranho são os alemães!
- Ei, o que isso que você come com tomate?
Raquel ri e maliciosamente, sussurrando:
- Ele gosta que eu diga essa frase. Ele diz que excita como falo.
Espantada, eu sussurro também:
- E você diz que os alemães são estranhos?
Acomodada nos braços do meu amor, assim como o ano anterior, eu rio. Uma vez que acaba o programa, meu pai, Simona e Sónia vão para a cozinha para pegar uns copinhos com uvas e Arthur faz mesmo que fez no ano passado: coloca no canal Internacional e se conecta à Puerta del Sol.
Oh minha Espanha!
Mas, ao contrário do ano anterior, não chorei. Eu tenho na sala de estar minha família e eu estou completamente feliz. Quando o relógio começa a tocar, todos falamos e pedimos silencio total (Isso é uma tradição espanhola). E quando os sinos começam, eu olho para Arthur me observando, e mastigo uva por uva sem desviar o olhar do meu amor. Eu quero que ele seja a última coisa que verei no ano que passou e a primeira do novo ano.
- Feliz 2014! Grita Flynn e Luz ao terminarem as uvas.
Desta vez, ninguém vem entre nós, e Arthur me abraça, me beija e sussurra perto de minha boca, totalmente apaixonado:

-Feliz Ano Novo, meu amor.

8 comentários:

  1. Lindoooooooo de maissssss.... Ameiiii perfeitoooo!! Raquel arrasando, uma comédia !! Posta maissss!!!

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  2. Arrazooou no capituloooo, Espero que LuAr continue felizes assim
    AMANDOOOOOOOOOOOO, MAAAAAAAAAAAAAAAAAAAIS <3

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  3. A Meduza ta acabando com a Luinha kkkkk

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  4. Coitada da Lua kkkk agua viva Medusa ta dando de 10 a 0 na espanha kkk amando ;)

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  5. Lua gravida ta sendo uma viagem kkkk ela ta doida com esse baby

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  6. Arthur meu filho tire o atraso dela ja oxi bichinha agua viva acaba com ela kkkk

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  7. Peninha da Lu é ruim mesmo :/ mais passa ansiosa por mais!

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