O Clube - Cap. 82

|

O Clube – Cap. 82
Ás vezes é difícil admitir algumas coisas para si mesmo. – FSOG
Uma felicidade que não se pode descrever.

E não há nada para mudar no passado, o que aconteceu, era para acontecer. Não faça perguntas se você não estiver preparada para ouvir as respostas. Não diga nada se não estiver preparado para falar.

POV LUA - CINCO MESES DEPOIS

O tempo estava passando cada vez mais rápido. E a minha vida mudava todos os dias. Eu já estava com sete meses, e daqui a dois meses iria nascer o pequeno, Nathan. Sim, eu estava esperando um menino. Não preciso dizer o tamanho da felicidade do Arthur, né? Ele praticamente explodiu em lágrimas naquele consultório. A doutora, Lize, até deu um calmante para o mesmo. E não é novidade também, que o excesso de preocupação dele para comigo, redobrou né? Ele não me deixa fazer absolutamente nada. E esse repouso absoluto está me deixando absolutamente, irritada. Passar 24 horas deitada em uma cama, não é nada legal. Mas de certa forma, eu até tento entender o lado dele. O medo que ele tem de me perder, assim como perdeu Giulia. Ele fez várias perguntas a respeito da minha saúde para a doutora, Lize. Eu presenciei, e vi estampado em seu rosto, o receio das respostas. Mas ela disse que eu não corria risco algum, e que minha saúde, assim como a do bebê, estava ótima. O que o deixou mais aliviado. Mas não diminuiu seu excesso de cuidados. O que era chato na maioria das vezes e isso até fazia a gente brigar. Mas no geral, era lindo ver o quanto Arthur estava feliz, era maravilhoso saber que eu era a responsável por essa felicidade. Pelo sorriso em seus lábios. Aquele rosto maravilhoso estava mais lindo, conforme os dias iam passando. Manu também tinha ficado radiante com a notícia, mas logo disse que preferia uma irmãzinha, porque meninos não gostam de brincar de bonecas. Arthur riu ao ouvir as palavras de Manuela, eu também não pude evitar um riso.

FLASHBACK ON - TRÊS MESES ATRÁS.

-Amor? -Arthur adentrou o quarto.
-Oi. -Respondi ao terminar de calçar os sapatos e logo levantei a cabeça para encara-lo.
-Você já está pronta? A gente só tem meia hora. -Ele sorriu nervoso. Eu também sorrir e revirei os olhos logo em seguida.
-A gente só tem meia hora, amor. Meia hora é muito tempo. Se o trânsito estiver tranquilo, a gente chega ao hospital, em quinze minutos. -Falei ao segurar as suas mãos e levantar da cama. -Parece até que é você quem vai se consultar. -Finalizei e Arthur me encarou.
-Eu estou ansioso. É hoje que vamos saber o sexo do bebê. É normal esse meu estado. -Ele se justificou. Pude notar em seu tom de voz, que não era só isso. Tinha alguma coisa o deixando assustado.
-Arthur, vai ficar tudo bem. Calma! Er... Vamos logo. -Falei e nós saímos do quarto.

*

-Bom dia! -Falei quando entramos no consultório.
-Bom dia, Lua. Bom dia, Arthur! -Lize respondeu com um leve sorriso nos lábios. -Está preparada querida? -Ela me perguntou quando sentei.
-Sim.
-E você? -Agora ela perguntou para Arthur. Soltei um riso abafado e ele esfregou as mãos, nervoso.
-Nervoso! -Respondeu. Ela sorriu outra vez.
-Se acalme. Vai ficar tudo bem. E ah, você acha que vai ser uma menina ou um menino? -Ela lhe perguntou.
-Eu quero que esteja bem, mas como já tenho Manuela, eu quero um menino dessa vez. -Ele me olhou de lado e sorriu, depois segurou uma de minhas mãos.
-Então está bem. Vamos Lua, você precisa se trocar. Quer ajuda? Uma enfermeira pode te acompanhar. -Ela me disse. Neguei com a cabeça e segui para a outra sala. Cinco minutos depois ela entrou com Arthur. Eu já estava deitada e ele segurou minha mão e me deu um beijo na testa.
-Sua mão está gelada. -Falei e ele apertou ainda mais minha mão. -Arthur, não vá desmaiar. -Brinquei e ele revirou os olhos.
-Eu estou nervoso, já disse! -Ele falou.
-E eu já disse que tudo vai ficar bem! -Apertei de volta ainda mais forte a mão dele.
-Eu sei, mas não consigo evitar esse meu estado. Desculpa! -Ele sorriu sem mostrar os dentes.
-Tudo bem, amor. -Falei e Lize se aproximou.
-Vamos começar? -Ela perguntou e eu assenti. Arthur apenas soltou um sorriso, aliviado. -Bom, acho que esse bebê quer guardar segredo sobre o sexo. -Lize disse. Eu e Arthur rimos. O coração do bebê batia tão forte, que nem parecia normal, era assustador. Parecia que estava com problemas. Me tranquilizei quando Lize disse que batia nessa frequência mesmo, foi um alívio realmente.
-Não tá dando pra ver? -Arthur perguntou. -Está tudo bem mesmo? Eu acho que... -Ele não parava de falar.
-Calma, Arthur! -Falei olhando para ele. Seus olhos estavam grudados na tela do computador. E Lize nos olhou.
-É normal, tem vez que não conseguimos ver o sexo. Só na hora do parto mesmo. E quanto ao bebê, está tudo bem Arthur. Não se preocupe. Ele só está se escondendo. Acho que você está ansioso demais.
-Deve ser marrento igual à mãe! -Ele retrucou. Lize riu e eu bufei.
-Vou tentar mais um pouco. Quem sabe ele se mexe. -Ela nos avisou e Arthur voltou a olhar para a tela do computador, assim como eu.

Quinze minutos se passaram, eu já estava impaciente. E Arthur mais nervoso a cada segundo. Sua mão estava suando. Tive receio de que ele passasse mal ali. Eu sabia que tudo estava bem, mas parece que para ele, só ia ficar bem se o bebê se mexesse e Lize conseguisse ver o sexo. Talvez ele estivesse com medo, ele estava mais nervoso do que nas outras vezes. A cada mês ele ia ficando mais nervoso. Eu não conseguia entender. A gente nunca chegou a falar a respeito de Giulia. Eu nunca perguntei como ele soube da notícia de que ela ia morrer. Eu nem sabia se estava tudo bem com ela e que só na hora do parto que tudo se complicou. Eu não sabia de nada. Arthur nunca tocou no assunto. Eu também nunca perguntei. "Então, parece que ele resolveu se mexer". Ouvi Lize dizer "Ele" era um menino. Arthur apertou ainda mais forte minha mão.

-É um menino, Arthur! -Lize anunciou. Arthur sorriu com lágrimas nos olhos e me olhou. -E só para confirmar, está tudo ótimo com ele. -Ela finalizou e a limpou o gel em minha barriga. -Vou deixa-los a sós. -Ela sorriu e saiu da sala.
-Seu sonho realizado! -Sussurrei também com lágrimas nos olhos. Era uma emoção maravilhosa. Uma sensação indescritível.
-Obrigada! -Ele disse, quase não pude ouvir. Sua voz parecia ter sumido. Ele colou os lábios nos meus. Eu sorri retribuindo o beijo. -Amo você!
-Amo você! -Sussurrei de volta. -E aí, já decidiu o nome? -Me levantei da cama e Arthur me ajudou a fechar o zíper do meu vestido. Me olhou sério, seus olhos brilhavam.
-Nathan! -Ele disse me abraçando e me deu um beijo na cabeça. Passou a mão lentamente em minha barriga.
-Mas você não falou esse nome da última vez que pensou nos nomes. -Disse.
-Eu escolhi a duas semanas. Achei lindo. Você não gostou? A gente pode trocar. -Ele disse e eu ri.
-Achei lindo amor. Lindo! -Falei e saímos da sala.

*

Chegamos em casa e Sophia nos esperava ansiosa. Seus olhos estavam brilhantes. Tamanha a expectativa. Oh céus, todos nessa família sofrem de ansiedade.

-E aí? O que é? É um menino? É uma menina? São gêmeos? -Ela riu ao fazer a última pergunta. Nós sabíamos que não haveria possibilidade de serem gêmeos, Lize já havia nos dito que era apenas um bebê.
-Calma Soph! Deixa ao menos a gente entrar em casa. -Falei me sentando no sofá. Não passava das cinco horas da tarde.
-Eu tô curiosa! Faaaaaalaaaaa! -Ela dava pulinhos. Resolvi brincar. Sou má!
-Não deu para ver! O bebê não se mexeu. Hoje ele estava comportado. Talvez só no próximo mês, e se não der para ver. Só no dia do parto mesmo. Lize disse que é normal. -Falei.
-Sério? -Dava para ver de longe a frustração de Sophia, tive vontade de rir. Ela era hilária. Arthur riu alto, estragando assim minha brincadeira.
-É um menino, maninha! -Ele deu um dos seus sorrisos mais lindos.
-Sua vaaaaaaaca! -Sophia me abraçou. Ela carinhosa como sempre. -Parabéns! -Ela me deu um beijo no rosto e depois deu um beijo em minha barriga. -Vou ter um sobrinho! Aaaaah que amor! -Ela completou. Sua felicidade era contagiante.
-Sim, e o nome dele vai ser, Nathan! Arthur escolheu. -Falei e Arthur veio até mim, quando Soph o soltou.
-Que nome lindo.
-Tem um significado lindo também! -Ele disse e nós sorrimos.

DOIS MESES ATRÁS

-Lua, pelo amor de Deus, pelo menos uma vez na vida me escuta. Eu não quero o teu mal. Você precisa de repouso. Eu não quero que aconteça nada com você. -Ele completou. Arthur estava me irritando com o seu excesso de cuidado.
-Ai Arthur, parece até que eu tô doente, você nem me deixa sair de casa sozinha. Não posso nem levantar dessa cama, que você já briga. Que droga! Você tá insuportável. Eu não sabia que engravidar seria tão chato assim. -Eu não queria dizer essa última frase. Mas Arthur me obrigou. Eu estava irritada.
-Eu só quero cuidar de você! Será que é difícil entender?
-Pois cuide menos! Isso tá chato. Você tá mandando em mim, não aguento mais ficar aqui. Eu quero respirar, esse seu cuidado tá me sufocando! -Finalizei, Arthur me olhava boquiaberto.
-Eu realmente não sabia que era assim que você estava se sentindo, sufocada. Desculpa por querer o teu bem. Mas só que as pessoas não entendem minhas boas intenções. Se você quiser, eu te deixo literalmente em paz, e você pode fazer o que quiser. Não vou mais falar nada. Eu só não quero que você venha pedir minha ajuda, se alguma coisa der errado. -Ele terminou. Suas palavras eram profundas, assim como o seu olhar, eu não conseguia decifrar. Era confuso demais.
-Eu não quis...
-Quis sim, eu entendi e tudo bem! Eu sei que sou insuportável. Eu só não quero que nada aconteça com você e nem com o bebê. Mas já que isso te sufoca. Eu paro! -Ele disse. Sua voz era baixa.
-Arthur... -Choraminguei. A última coisa que eu queria no mundo era brigar com Arthur. Ele estava prestes sair do quarto. -Não me deixe sozinha. -Soltei um soluço alto e Arthur me olhou. Caminhou até a cama novamente e eu me joguei em seus braços. -Me desculpe! Odeio brigar com você. -Disse.
-E você acha que eu gosto? -Sua voz era baixa. Ele me dava beijos no pescoço. -Fica calma. Não quero que passe mal.

FLASHBACK OF

-Arthur? -O chamei. Nós já íamos deitar. Ele tinha acabado de entrar no banheiro, mas a porta estava aberta. Eu já estava na cama. Mas eu queria fazer algumas perguntas a ele, tais perguntas, que ele talvez não goste de responder, bem, ainda não sei.
-Oi, Luh. -Ele respondeu e logo apareceu no quarto. Tirou a bermuda e me encarou. -O que foi? Não vai falar? -Ele disse. Eu ainda estava em dúvida, à gente estava bem. Não queria brigar com ele durante essa conversa. Então, ele caminhou até a cama e se deitou, puxou o lençol para se cobrir e me encarou outra vez. -Lua? O que foi?
-Aah... -Suspirei. -Eu queria te fazer uma pergunta. -Disse.
-Então faça! -Ele respondeu e piscou algumas vezes. Ele me olhava sério.
-Arthur, er... Uhm. -Mordi os lábios.
-Lua? O que aconteceu? -Ele me encarava, curioso.
-Amor, er... Bem, a gente nunca toca nesse assunto, mas é que... -Ele me interrompeu.
-Lua, por favor, não me pergunte sobre a, Giulia. -Ele disse, seus olhos se fecharam lentamente. Pude perceber que ele estava levemente, nervoso.
-Por que não? Eu quero saber. -Falei. Arthur passou as mãos pelos cabelos. Visivelmente, nervoso.
-Porque não tem nada para você saber. Eu não gosto de falar sobre Giulia, é um pouco difícil, aah céus, ainda é muito difícil. Você não entenderia. -Ele me olhou. Seus olhos estavam vermelhos e confusos. Eu senti pena.
-Se você ao menos falasse sobre ela.
-Eu não gosto de tocar nesse assunto. Já falei, será que é difícil entender? -Ele me encarou.
-Eu só queria saber o por quê... -Falei.
-É difícil? -Ele perguntou.
-Também... Aah Arthur, eu queria saber da história de vocês. -Falei baixo. Ouvi um suspiro de Arthur.
-Outro dia, outra hora, em outro momento. Hoje não, por favor, Lua! -Sua voz era uma súplica. Era como se algo dentro dele, estivesse sangrando, e eu sentia pena. Aquelas palavras transmitiam dor. Preferi aceitar. Talvez não fosse um bom momento, hoje não era a hora certa. Era melhor deixar para outro dia mesmo. Suspirei.
-Tudo bem, Arthur. Boa noite! -Falei e me virei. Senti seus braços ao meu redor.
-Boa noite, Lua! Obrigada por entender... -Ele sussurrou. E logo eu adormeci.

Continua...


Se leu, comente! Não custa nada.
Reta Final da Web.
O que estão achando? Comente!

9 comentários:

  1. Que lindooooooooooooo um menino kkkk ameiiii só não gostei do nome kkkk ansiosa por mais!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. O que tem de errado com o nome?
      Nathan tem um significado lindo :-)

      Excluir
  2. Deve encher mesmo a pessoa o tempo todo no seu pé kkkk também não gostei do nome lembra a o Natham da serie Crossfire da Sylvia Day só por isso kkkkk beiojsssss amando a web pena que ta acabando

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Escolhi Nathan, pelo significado, que é lindo. Não tem relação alguma com outro Nathan.

      Excluir
  3. Coitado do Arthur ele deve pensar que vai passar a mesma coisa da Giulia com a Lu o pior porque ele a ama o medo é em dobro mais ele podia dividir com ela assim ela iria entendelo amando ansiosa por mais!

    ResponderExcluir
  4. Verdade o nome me fez lembrar do pisicopata do Natham Becker kkkkk amando ansiosa por mais Thur conta pra Lu é melhor ;)

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. vixi serio? kkkkkk agora quero outro nome kkkkkk

      Excluir
  5. Compriencivel esse ecesso de preocupação com a Lu, ele tem medo de perdela :/ amo essa web nada contra o nome mais também lembrei do livro kkk

    ResponderExcluir
  6. Eitaa me apeguei a essa tbm >.<
    Arthur tem medo de perder Lua coitado...
    Com certeza vai nascer um belo homenzinho *-*

    ResponderExcluir