Little
Anie
Pov
Arthur
Tirei a roupa para tomar
banho, entrei no banheiro e liguei o chuveiro. Eu precisava realmente de um
banho. Não demorei mais que meia hora. Quando sai, Anie estava no quarto, tinha
ligado a TV e estava sentada na cama.
-Eei, mocinha, quem mandou
ligar a TV hein? – Perguntei. Ela me olhou.
-Eu sei ligar... – Respondeu
e voltou à atenção para o desenho que passava.
-Percebi que sabe. Perguntei
quem mandou. – Falei novamente.
-Eu quis. – Respondeu
simplesmente.
-Anie? Está na hora do
almoço, desliga a TV e desce. Você já deveria está almoçando, você sabe como a
sua mãe odeia que você passe da hora de comer. – Disse e me aproximei da cama.
-Não estou com fome. Quero ver
o desenho. – Fez bico.
-Me obedece. Não quero
brigar com você. – Falei sério. – Vou vestir uma roupa. E quando voltar, quero
que esteja na sala. Tá me ouvindo? – Perguntei. Ela não disse nada. – Anie?
-Tô. – Respondeu irritada.
Fui vestir uma roupa. E quando voltei, Anie ainda estava no quarto, agora ela
estava deitada na cama, com o queixo apoiado nas mãos.
-Anie! – Alterei a voz e
peguei o controle para desligar a TV. Odiava ter que brigar ou gritar com ela. –
O que eu te disse hein? Não era pra você está lá na cozinha? Almoçando? Não foi
o que eu mandei?
-Não quero comer. Já disse. –
Ela respondeu e desceu da cama. Eu odiava fazê-la sentir medo quando eu
alterava a voz.
-Você tem que comer. Vai
ficar com fome?
-Não quero.
-Anie! Se sua mãe sonhar que
eu deixei você não almoçar, ela vai me esculhambar até se cansar. – Seus olhos estavam marejados. Não queria
fazê-la chorar.
-Não tô com fome... – Falou
pela última vez. Me aproximei dela, mas Anie se afastou.
-O que você tem? Tá sentindo
alguma coisa? – Perguntei mais baixo. Anie negou com a cabeça. – Não vou brigar
com você. – Eu disse.
-Você já gritou. – Retrucou
baixo.
-Você me irritou. Sabe que
tem que comer, nem que seja só um pouco.
-Eu não tenho culpa...
-E claro que não. Filha? Do
que você tá falando? – Perguntei confuso e encarei Anie que me olhava querendo
chorar. Ela correu saindo do quarto. – ANIE! – Gritei e fui atrás dela. – Anie,
me fala alguma coisa! – Pedi indo até a cama onde agora ela estava deitada. Me ajoelhei
no chão e em debrucei sobre a cama. Toquei no rosto de Anie, e ela chorava. – Anie,
não chora. Você precisa ouvir quando eu falo. – Lhe disse calmamente. – Por que
você falou aquilo? Daquele jeito? De que culpa você estava falando? – Perguntei
baixinho. Anie não falou nada. – Fala comigo, filha.
-Não quero. Me deixa
sozinha... – Pediu chorosa.
-Você tem que comer.
-Não quero. Não conta pra
mamãe, promete?
-Prometo só se você comer
alguma coisa depois. – Propus.
-Tá.
-Depois mando a Carol vim
até aqui. – Disse lhe dando um beijo no rosto. – Não fique zangada comigo, eu
amo você. – Falei saindo do quarto.
À tarde,
16h15 - Oi amor.
Pov Lua
Cheguei em casa umas 16h e
pouco. Arthur estava sentado no sofá, e não havia nenhum rastro de bagunças
feitas por Anie ali, e nem uma zuada das risadas ou falas dela. O que eu achei
estranho. Até porque, a primeira coisa que eu ouvia quando abria aquela porta
era o: 'Mããããããe!'
Que ela amava gritar e um abraço super apertado nas minhas pernas, já
que era até onde ela chegava. Mas nada disso aconteceu, e pelos minutos que
demorei abrindo e fechando a porta, não ia mais acontecer. Anie não estava em
casa? Perguntei para eu mesma. Fechei a porta e andei até onde Arthur estava.
Ele estava com fones de ouvido, e por isso não havia notado que eu estava ali.
-Búúú... – Falei tirando um
dos fones. Que idiota isso pareceu. Ri de mim mesma e deixei a bolsa no sofá ao
lado, e sentei no colo de Arthur, ele passou os braços envolta da minha
cintura. E depois beijou meu rosto. – Oi amor.
-Oi. – Respondeu.
-Arthur? O que aconteceu?
Você tá... Sei lá. – Dei de ombros por não ter encontrado a palavra adequada
para usar.
-Nada... Eu acho...
-Cadê a Anie? Por que ela
não está aqui fazendo bagunça como sempre? Aconteceu alguma coisa? – Perguntei.
-Ela está zangada comigo... –
Ele disse baixo. O olhei, podia se dizer que era raro Arthur brigar com a
filha.
-Zangada? Vocês brigaram?
-Não. Só um pouco... Na
verdade, eu gritei com ela. Anie não queria almoçar, e não me obedeceu. – Explicou.
-Uhm... E cadê ela?
-Está no quarto, e ah, eu
tinha prometido não contar que ela... Não almoçou. – Ele hesitou antes de
finalizar a frase.
-Ela não comeu nada? Arthur!
Já são mais de quatro horas. – Falei.
-Ela não quis... e ainda
disse que não tinha culpa. Não entendi, eu até perguntei culpa de quê, mas ela
não respondeu. Até chorou e não tá falando comigo. Achei que ela estivesse se
sentindo mal, ou alguma coisa assim...
-Culpa? Do que ela estava
falando?
-Não sei... Queria saber... –
Ele suspirou. – Odeio brigar com ela.
-Eu sei, mas às vezes, é
preciso. Anie tem que ter limite. E você quase nunca faz isso. Por isso ela
fica assim, e você também, quando faz o que tem que ser feito. – Falei. O que
não era mentira. A maioria das broncas que Anie já recebeu na vida, foram todas
de minha parte. Arthur quase nunca falava que ela estava errada, ou que não era
para fazer tal coisa, porque não era correto, ou quando fazia, logo em seguida
se arrependia, porque Anie ficava zangada com ele, então ele pedia desculpas, e
ela voltava a fazer o que achava certo. Ele devia achar que se brigasse com
ela, isso ia fazer com que ela gostasse, amasse menos ele. Bom, isso é o que eu
acho.
-Mas mesmo assim, eu odeio
fazer ela chorar...
-É manha dela, chorando ela
acha que você vai sempre se sentir culpado e aceitar o que ela quer. – Falei e
me levantei do colo dele. – Vou ver como ela está.
-Não vai brigar com ela né?
Por não ter almoçado.
-Não. Não vou. Quero saber
porque ela inventou isso. Sabe que tem que comer. Não precisa falar essas
coisas. – Falei subindo as escadas.
*
-Filha? – Chamei ao entrar
no quarto. Mamãe estava lá com ela. Lia uma história, é, devia ser isso mesmo. –
Aah, oi mãe. – Falei me aproximando dela e lhe dando um beijo.
-Oi meu amor. Tudo bem?
-Acho que sim. – Falei. – Anie?
Quero falar com você. – Avisei.
-Bom, vou deixar vocês
conversarem a sós. – Ela nos disse. Assenti e ela saiu do quarto.
-Quero saber o porquê de
você não querer almoçar, hein? Você sabe que tem que comer.
-Ele prometeu não falar. – Me
disse baixo ainda com o rosto encostado no travesseiro.
-Ele. – Dei ênfase. – É seu pai. – Falei um pouco alto.
-Ele gritou comigo. – Retrucou.
Fiquei olhando aquela miniatura de gente, e o quão ousada ela era, tanto pelo
tamanho, quanto pela idade. Anie tinha só três anos.
-Você deve ter feito alguma
coisa. Ou não?
-Não fiz. Só não queria
comer. Não estava com fome. – Choramingou. Ela sempre fazia isso quando via que
eu não estava de brincadeira.
-Você tem que comer. E sabe
que se fosse eu no lugar dele teria sido pior, não sabe? – Perguntei.
-Sei... – Respondeu baixo.
-Seu pai disse que você
falou que não tinha culpa. Anie? Do que você estava falando? Alguém culpou você
de algo? Me fala. – Pedi.
-Não... Não era nada...
-E por que você falou?
-Porque eu quis.
-Anie!
-Ele não gosta de mim. – Falou
do nada. Olhei para ela confusa.
-Isso não é verdade. Ele te
ama. E você sabe. Ele vive te dizendo isso. Sempre. Sempre foi assim. Por que
você está falando isso? Assim? – Perguntei tentando não alterar a voz.
-Ele quer ter outro filho,
porque não gosta de mim. – Respondeu chorando. Onde ela tinha ouvido isso de
filho? Nós nunca falamos desse assunto perto dela. A não ser naquele dia no
shopping, isso era impossível. Ela não lembraria. Arthur só perguntou se ela
queria um irmão. Não que ele queria um filho.
-Isso não é verdade, Anie!
Seu pai não falou isso. – Disse. – Onde você ouviu?
-Eu sei...
-Onde? Alguém falou.
-Você, pra vovó... – Respondeu.
Eu tinha comentado com a mamãe mesmo, mas não tinha notado que Anie estava por
perto.
-Eu não disse que ele não
gostava de você. Não vamos ter um filho Anie, já temos você. Quem falou foi eu,
não ele. Você deveria está zangada comigo.
-Você disse que ele queria
outro filho...
-E daí? Só por isso você
acha que ele não gosta de você? Você acha que o meu pai e mamãe não gostam da
sua tia Soph, só porque eu nasci?
-Não.
-Então, seu pai quer outro
filho, porque é o sonho dele ter mais um filho. Não porque ele não ama você.
Você deveria pedir desculpas a ele.
-Eu não fiz nada.
-Aah não? E essa cena toda?
Ele nem sabe que eu disse isso à sua avó. – Comentei.
-Não quero saber... – Ela
virou o rosto para me olhar. – Não gosto mais dele também. -Finalizou.
-Aah não? Então a culpa vai
ser sua se ele arrumar outra criança pra amar. – Comentei me levantando da
cama, Anie me olhou, mas não disse mais nada. Então eu saí do quarto e fechei a
porta. Que merda eu tinha feito?
Continua...
Se leu, comente! Não custa nada.
Posta maiss
ResponderExcluirMeu Deus a Anie tem nem tamanho merecia unhas palmadas isso sim :/ menina respondona
ResponderExcluirNa boa mimada não se amostra kkkk Anie mereceu ser castigada que feio se comportar asim se não cortar enquanto é pequeno vai passar vergonha la na frente. amando ansiosa por mais!
ResponderExcluirLua ta serta Anie sem limites assim não dar thur :/
ResponderExcluirMinha nossa :O Anie com 3 anos agindo como adolescente kkk isso que eu chamode precosse. Os pais devem saber se portar como tal porque se não a moral vai pelo ralo...
ResponderExcluirQuero só ver se vier um irmã ela vai jugir de casa kkk
Ansiosa a cada dia pra saber o que esta por vir ;)
Ela é assim porque sempre foi mimada por ele! Posta mais ! Vc poderia fazer uma maratona dessa web né !
ResponderExcluirLydiane, eu não tenho cap's prontos suficiente para fazer uma maratonista. Não agora. Sorry. Bjs!
ExcluirMaratona**
ExcluirEla só argio assim porque ele deu manha a ela ;) mais a Lua ta certissima tem que cortar em quanto é tempo se não depois vai ver...... o que é bom pra toce kkk amando a web ansiosa por mais e curiosa pelo que ha de vir por ai kkk um baby? seria legal kkk
ResponderExcluirBem complicado lhe dar com a Anie pois no fundo ele é o Maior culpado pra compensar a ausencia termina fazendo todos os gostos dela ai complica né kkk Criança tem que ter limites e horario pra tudo 3 anos não é 18 então te que botar moral pra cima dela kkk Pai geralmente é froxo pra menina kkkk aando ansiosa por mais curiosa pro desenrolar da história e um bebezinho seria nada mal Lua mais Louquinha um pouquinho kkk beijos e vc ta arrasando!
ResponderExcluirObrigada, Hellen ;-)
ExcluirVixii a coisa ficou feia, a web tá ótima
ResponderExcluirCadê os capítulos??? To com saudades da web! Continua ... By: Sue
ResponderExcluirVou atualizar a fanfic segunda-feira!
ExcluirCadê, cadê os capitulos querida autora?? :' porque não ta mas postando 'Q ta con te ceno' assim eu surto, maaas como sou super otimita prefiro pensar que está sem postar, pra ter capítulos suficientes para uma MARATONAAAA, u.u pq tem que ser otimista nessa vida né amiga!! MARATONA pffff
ResponderExcluirOoow amore, desculpa pela demora. Segunda eu atualizo, e quem sabe, com sorte eu poste até 3 Cap's ;-) Tem que ser otimista né verdade? Um beijo!
ExcluirÓbvio que desculpo, vou ter mas capítuloS(Três, Deus faz a Jamille postar três, por favor), sim temos que ser otimista e ver o outro lado da história!
ExcluirMoça já é segunda cadê?!
ResponderExcluirHaha, eu sei que já é segunda, querida. Já vou atualizar. Não esqueci. Só tive tempo agora.
ExcluirDesculpa se pareci 'grossa' não foi a intenção, é só ansiedade mesmo :'
ExcluirNão foi grossa não. Eu entendo. Tudo certo. Inclusive, já postei o cap. 35. Vê lá. Bjs...
ExcluirMais
ResponderExcluir