— Certo, Lua...
Eu me calo. E não diz mais nada. Droga. Eu sei que no fundo ele está certo.
Estou muito
flexível com Arthur, em relação a minha carreira, mas também sei que esses
últimos meses foram os mais felizes da minha vida. No entanto eu olho para meu
cunhado e digo:
— Vou
contar a Arthur, que esta música será com J.P Parker.
Tony sorri,
e assente, depois bufa e zomba:
— Arthur
não morde ninguém.
Espero que
essa noite, eu seja capaz de contar. Vou contar que vi MC Kiran, e J.P. Parker
me cumprimentou, e mais nada.
Essa é
nossa noite de filmes de terror, ele vem tão feliz do trabalho por causa de uma
cirurgia bem sucedida, quero vê-lo feliz e não um rosto triste.
Pedimos
comida chinesa, e jantamos em meio a risadas, beijos e amassos. Quando
terminamos pegamos os pratos, colocamos na lava louça. Arthurme olha, e
sentando ao meu lado com uma pasta, diz:
— Muito
bem, carinho, começamos nossa noite de filmes de terror.
— Bommm.
Abre a
pasta e tira quatro filmes.
— Comprei,
Expediente Warren, O ultimo Exorcista, Scream3 e Saw. Qual prefere?
— Bem...
eles são assustadores. –respondo rindo.
— Você já
viu?
— Não
— Nem eu.
Não é o tipo de filme que eu vejo muito.
— Então
vamos ver todos. –Respondo feliz.
— Todos?
Assinto com a cabeça e murmuro:
— Você
havia pensado em ver um, e logo depois um...
— Será uma
noite de terror total! –Eu corto. Ao ver sua expressão e pergunto:
— Você é um
marica?
— Não sou
um marica.– Ele repete.
Dou uma
bufada, e começo a cantarolar e dançar pela sala.
— Marica...
Arthur é um maricaaaaa .
Entre
risadas escolho Expediente Warren, pois foi um título que me chamou a atenção.
Antes de
colocar, decidimos fazer pipocas. Arthur também serve algo para beber, e muito
corajosamente obrigo a apagar as luzes da sala. Estes filmes são para ver no
escuro.
Poucos
minutos depois que começou o filme, me assusto, tampo os olhos e subo em Arthur.
Eu definitivamente morro de medo, ele começa a rir ao ver minha reação.
Esse filme
tem esse tipo de música que faz os cabelos ficarem em pé de tanto nervoso.
E ainda é
um filme real. Em que momento eu pedi para apagar as luzes?!
Quando
acaba o filme, estou sentada em seu colo, e sem acender as luzes pergunta:
— Você
gostou, querida? Impressionada e com o coração a mil por hora, afirmo com a
cabeça e Arthur diz:
— Qual você
quer ver agora?
— Outro?
Com um
grande sorriso, sussurra beijando meu pescoço.
— Não quer
uma noite de terror?
Tem razão.
Levo dias esmagando as fodidas noites de terror, e agora não posso dar para
trás.
— Bom...
Bom...O que vai ser agora?
Surpreso
com minha calma, Arthur me olha, tenta se levantar, mas eu não deixo.
— Onde você
vai?
— Preciso
ir ao banheiro, querida.
— Agora?
Ele me olha e pergunta:
— Você é
uma marica?
— Nãoooooooo.
— Tem medo
de ficar sozinha na sala? –Ele bufa.
— Não diga
besteiras. –Digo Levanto-me do seu colo, e libero para ele levantar.
Quando se
levanta eu pergunto:
— Quer que
acenda a luz?
— Não,
deixe assim.–ele responde. — É mais emocionante.
Concordo,
engulo a saliva e tento me tranquilizar. Arthur se vai, e eu me vejo sozinha na
sala escura. Escuto ruídos e zumbidos da televisão.
Quando olho
me lembro de Poltergeist. Ugh!
E começo a
ter palpitação.
Ah minha
mãe... Ah minha mãe. Penso no filme que acabamos de ver. Que medo! Se isso
acontecer comigo na minha casa, tomar um choque e morrer. Que horror!
Percebo um
movimento na minha direita, ao olhar não vejo nada. Engulo saliva. Outro
movimento a minha esquerda novamente me alerta. Não vejo nada.
Morta de
medo me levanto do sofá. Eu não entendo, minha pele fica toda arrepiada e meu
coração vai a mil por hora. Olho para trás do sofá, e não vejo nada.
Estou só, e
de repente as luzes acendem e apagam. Dou um salto, e me sento outra vez no
sofá e agarro uma almofada para me tampar.
Uma almofada pequena para me defender. Quando
consigo parar de tremer igual poodle, estico meu pescoço por cima do apoio,
chamo em voz alta.
— Ar... thur
Ele não responde. A música fica tocando em minha cabeça, e eu fico com a
sensação de ter alguém respirando em meu pescoço. E eu estremeço.
Não sei por
que eu vejo filmes de terror, sempre acontece isso. Eu gosto e sorrio, quando
os vejo, mas depois morro de medo.
— Arthur,
responda.–foda-se, eu insisto.
Espero ele
responder, mas nem um pio. Que demônios ele se meteu? Escuto um ruído que vem
do fundo do corredor.
Minha mente
começa a recriar cenas do filme que acabamos de ver.
Muito
ruim... Muito ruim.
Meu coração
parece que vai sair pela boca, minha respiração e os meus batimentos começam a
sair com força.
Com o
controle remoto na mão, como se fosse uma arma, caminho lentamente pelo
corredor, com as costas encostada na parede.
Quero
gritar.
Tenho medo.
Vai me dar
algo, meu Deus!
Deveria
sair de casa, mas não posso. Não sem Arthur. Então eu faço o mesmo, como todos
os idiotas dos filmes de terror, subo as escadas, como se estivesse armada, com
um controle remoto na mão.
Porque
estou fazendo algo tão esperado?
Já no andar
de cima, me dirijo ao banheiro, e volto a chamar:
— Ar...thur...
Nada, sigo
sem resposta. Minha mente começa a fantasiar as coisas. Porque não responde?
Será que foi assassinado? Por favor... não quero nem pensar nisso.
coitada da Lua kkkkk
ResponderExcluirLua uma graça kkkkk
ResponderExcluirEssa Lua existe não que medoooooooooooooooooo
ResponderExcluirLua ta com medo depois do filme kkkkk inpagavel Arthur morreu kkkk
ResponderExcluirMeia confusa essa Lua kkkk
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