Capítulo 121:
- Eu
quero voltar para a Alemanha. Eu disse a ele para decidir o que quer fazer com
o nosso relacionamento e que qualquer coisa me ligasse. Mas não ligou. Você não
vê?
- Mas
o que você está dizendo? Björn rosna. - Agora que o tem de volta. Estás louca?
Como você está indo?
Engulo
o nó de emoções que se esforça para sair do meu interior e digo:
- Eu
deixei tudo nas mãos dele, Björn. Eu lhe disse peça-me o que quiser, ou me
deixe. Agora eu tenho que ver se ele realmente quer que eu fique com ele. Mas
eu não quero pressioná-lo. Eu quero que pense e decida o que quer fazer.
Meu
bom amigo tenta me convencer a não ir embora e deixar Arthur, mas eu me recuso.
Estou cansada, muito cansada, e não me sinto bem. A frieza do meu marido e a
sua rejeição tocaram diretamente no meu coração.
No
final, Björn se dá por vencido, entramos no elevador, chegamos ao lobby e
quando saímos do hospital, ouvimos gritos e tumultos. Quando me viro para olhar
meu coração para de bater e eu fico sem palavras ao ver Arthur lutando com duas
enfermeiras enquanto grita:
- Lu...
, Espera... Lu...
Meu
coração se acelera quando Björn e eu olhamos para a cena.
A
poucos metros de distância de nós esta Iceman em sua versão carrancuda,
vestindo a ridícula roupa do hospital, liberando insultos a torto e a direito,
ao tentar se soltar de duas enfermeiras que parecem dois armários.
Como
se estivesse com os pés grudados no chão, não consigo me mover. Björn diz:
-
Pelo que vejo, Arthur decidiu o que ele quer.
Meu
amor louco, de repente vê que eu o vejo e levantando uma mão, grita para que eu
não saia de onde estou. Em seguida, remove as enfermeiras de cima e, arrastando
perna engessada chega até nós.
- Te
liguei carinho. - Diz ele, mostrando-me o meu celular. - Te liguei no seu
celular para que você pudesse voltar, mas você o deixou no quarto.
Meu
coração pula fora do meu peito.
Mais
uma vez meu amor, meu lindo, meu Iceman me demonstra que me quer e se
aproximando de mim, o ouço dizer:
-
Sinto muito, pequena ... Sinto muito.
Eu
não me movo...
Eu
não digo nada...
Arthur
está tenso. Ele está nervoso. Quer que eu fale que diga alguma coisa e insiste:
- Eu
sou um idiota.
-
Você é meu amigo, você é. - Diz Björn.
Meu
menino estende a mão para seu bom amigo e momentos depois se abraçam e ouço Arthur
dizer.
-
Desculpe Björn. Perdoa-Me.
Emocionada,
metade do hospital e eu estamos os observando quando Björn sussurra:
-
Você está perdoado, idiota.
Ambos
riem
Se
soltam e as enfermeiras voltam a segurar Arthur. Pede que volte para o quarto.
Em seu estado não pode ficar ali.
Tensão.
Todos
no saguão do hospital nos observam. Isto é surreal. Um tipo de quase dois
metros de altura, com uma camisola de hospital que mostra mais do que tampa, retorna para lutar com as enfermeiras e
quando as afasta de si, me olha, me olha e me olha.
Crava
seu olhar deslumbrante em mim e não importa quem nos veja ou nos ouça, diz:
- Eu
te amo. Diga-me algo, carinho.
Mas
eu não digo nada e ele insiste, aproximando-se de mim:
- Eu
não vou te deixar, pequena. Você é minha vida, a mulher que quero e preciso que
você me perdoe e me não me deixe por ser tão...
-
Idiota. - Completo a frase.
Arthur
concorda. Eu vejo em seus olhos a necessidade de que eu o abrace.
Mas,
surpreendentemente eu não faço. Estou tão paralisada que mal posso pestanejar.
Então, apertando um botão do meu celular soa o toque da chamada. É a canção ‘Si
nos dejan” e sussurra:
Eu
prometi que iria cuidar de você por toda a vida e é o que eu vou fazer.
Ponto
para a Alemanha!
Nos
olhamos...
Nos
desafiamos...
E
estou tão desejosa de abraçá-lo pelo que acaba de fazer e dizer:
Eu
digo, dando um passo para a frente:
-
Primeiro Ponto, que fique claro que para que eu te deixe e queira viver sem
você algo muito ... muito ... mas muito ruim tem que acontecer.
-
Segundo Ponto, eu ainda quero que cuide de mim ao longo da vida, mas nunca
duvide de mim ou de Björn . E o terceiro ponto, o que você está fazendo
mostrando a bunda para todos do hospital, carinho?
Ele
sorri, eu sorrio e todos ao nosso redor sorriem.
Quando
eu me jogo em seus braços e sinto que me abraça, eu fecho os olhos e estou
feliz. Enquanto as pessoas batem palmas e sorriem enquanto Björn vai para atrás
de seu amigo e sussurra:
-
Colega, vai para o seu quarto e pára de ficar mostrando a bunda.
Meus
hormônios se transformam, e quando minhas lágrimas molham o peito de Arthur,
pressiona-me mais contra ele e murmura :
-
Shiii ... não chore ,carinho. Por favor, não chore.
Mas
eu estou tão emocionada...
Tão
feliz ...
E tão
preocupada com ele ...
Que
choro e rio descontroladamente.
Cinco
minutos mais tarde, acompanhado por Björn e pelas enfermeiras, voltamos para o
quarto. Arthur arrancou o soro e tem que voltar a colocá-lo. As enfermeiras o
repreende e ele não pára de me olhar e sorrir.
Só se
preocupa comigo !
Björn,
após ver que tudo está em ordem vai até o refeitório para pegar um pouco de
comida. Ele insiste que eu tenho que comer alguma coisa e rapidamente Arthur o apoia.
Pegue dois!
Quando
ficamos sozinhos no quarto, Arthur pede quem me deite ao seu lado na cama. Eu
faço isso. Ele me abraça e eu pergunto preocupada:
-
Você está bem, carinho?
Arthur
move seu pescoço e responde:
- Já
estive melhor mas vou me recuperar.
Seus
olhos me assustam. Eu não consigo parar de olhar para eles e murmura:
-
Fique tranquila, tudo será resolvido.
- Sua
cabeça tem doido?
Capítulo 122:
Ele
balança a cabeça dizendo que sim e me preocupo mais, até que ele diz:
- Mas
tudo esta controlado.
Com
um gesto carinhoso, sorri, me passa a mão sob o queixo e acrescenta:
-
Como você disse, eu te amo mais que minha vida.
Me
lanço á sua boca e ele estremece de dor.
- Oh
, carinho, eu sinto muito, sinto muito.
Ele
sorri e diz :
-
Quem mais sente sou eu, moreninha. Não poder te beijar é uma tortura.
Volta
a me abraçar e quando eu me separo dele, eu digo:
-
Apesar do aspeto sinistro que te dão estes olhos de vampiro furioso, você ainda
é o homem mais bonito, sexy e imbecil do mundo. - Arthur sorri e acrescento: -
E agora que a metade do hospital viu a sua bunda, e que bunda, eu sei que eu
sou uma mulher mais invejada.
Ele
sorri e seu sorriso enche minha alma. Então ele sussurra:
-
Deus, pequena ... perdoe-me por desconfiar de você. Te amo tanto que quando eu
vi aquelas malditas fotos, me bloqueei e perdi a razão.
-
Você está perdoado e eu espero que você não volte a desconfiar de mim. .
- Eu
não vou. Eu prometo .
- Ah,
e por falar nisso, foi Amanda quem me aconselhou. Você estava certo, ela me
respeita .
Desejando
dizer o que estou a vários dias lhe ocultando e ao resto do mundo, eu o olho e
digo:
- Eu
tenho uma coisa para te dizer, mas você tem que me soltar primeiro.
Arthur
olha para mim, está preguiçoso e responde :
- Me
conta logo. Agora eu quero me manter abraçado a ti.
Eu
rio e me pressionando contra ele enquanto murmuro:
- Ok,
mas quando eu lhe contar se arrependererá de não ter sabido antes.
-
Você tem certeza?
-
Absoluta.
A
curiosidade lhe possui e beijando-me na cabeça, pergunta:
- É
algo bom, né?
- Eu
acho que sim, mas com o momento que acabamos de passar, eu não sei como você
vai reagir!
- Não
me assuste.
- Não
tenha medo.
- Lu
...
Eu
dou de ombros e não me movo. O calor do seu corpo me excita. E sua voz no meu
ouvido me excita ainda mais. Começa a tocar no meu couro cabeludo com os dedos.
Oh, Deus, que sensação gostosa! Dois minutos depois não faz mais e,
soltando-me, me incita:
-
Anda, quero saber.
Manhosa,
suspiro, saio da cama e caminho até a minha bolsa. A notícia que vou lhe dar
vai deixá-lo louco. Abro a bolsa, pego um envelope grosso e o mostro. Arthur me
olha e levanta uma sobrancelha. Com graça lhe indico que espere e retirando o meu
cachecol enrolado no pescoço, olho para ele e digo:
-
Olhe como estou.
Vendo
o meu pescoço vermelho e quase cru, se levanta da cama alarmado.
-
Mas, carinho, o que aconteceu ?
-
Tenho estado nervosa por isso os hematomas.
Boquiaberto
volta a olhar pra mim e franzindo a testa, murmura:
- Eu
sou o culpado .
- Em
parte sim.- Concordo.- Você sabe o que acontece comigo quando eu fico nervosa.
Sem
entender nada, eu dou o envelope volumoso e com diversão lhe digo:
-
Abra.
Quando
isso acontece, os quatro testes de gravidez caem na cama.
Boquiaberto,
surpreendido e sem saber o que dizer, me olha e, aproximando-me dele tiro a
foto da nossa água viva que a ginecologista me deu e sussurro:
-
Parabéns, Senhor Aguiar, você vai ser papai.
Seu
rosto é um poema e percebendo que ele não tem reação, acrescento:
-
Isso mesmo, prepare-se, porque desde que eu sei da água viva fico doendo...
-
Água viva?!
-
Assim que eu chamo, respondo, apontando para a imagem na fotografia.
Paralisado,
entende o que quero dizer e continuo:
-
Bem, isso porque desde que sei que Água viva está dentro de mim, não durmo, não
como e não quero nem te contar que tenho um péssimo humor. Porque eu estou
assustada. Muito assustada! Eu vou ser mamãe e não estou preparada.
Atordoado
como poucas vezes o vi em minha vida, Arthur começa a se levantar.
Mas o
que você vai fazer?
Eu
rapidamente o paro. Se você voltar a arrancar o soro, as enfermeiras nos matam.
Nos
olhamos. Eu sorrio e puxando-me de novo para seus braços, me abraça de tal
maneira que tenho que dizer:
-
Carinho... Carinho... Assim me asfixia.
Me
solta, me beija e se encolhe de dor. Ele me abraça. Novamente olha para o
exame, emocionado e pergunta com a voz trêmula:
-
Vamos ter um bebê?
-
Parece que sim.
- Uma
moreninha?
- Ou
um loirinho?
Ele
sorri. Está nervoso. Olha-me. Observa-me e volta a sorrir.
Por
um tempo, Arthur não me solta e juntos olhamos para a ultrassonografia e rimos,
rimos e rimos até que de repente pergunta:
-
Pequena, você está bem?
Sua
alegria é minha alegria.
E disposta
a ser sincera, respondo:
-
Bem, não, carinho. Eu me sinto uma merda. Tem dias que não paro de vomitar, não
paro de chorar, não paro de coçar o pescoço. E não paro de me assustar com a
Água viva. E a tudo isso some o fato de que o meu marido não me quer e ainda me
acusou de estar ficando com seu melhor amigo. Como quer que eu esteja?
E
antes que ele possa dizer qualquer coisa, eu adiciono. - Maaaaaaas... Agora,
neste instante, neste momento aqui ao seu lado. Estou muito bem, realmente,
muito bem.
Arthur
me abraça novamente.
Ele
está tão surpreso com a notícia que mal pode falar e num tom íntimo o deixa
louco quando murmuro:
-
Para constar, apesar da minha gravidez, você terá a sua punição por desconfiar
de mim.
Ele
sorri. E neste momento a porta se abre e ao aparecer Björn, Arthur olha para
ele e repleto de felicidade, pergunta:
-
Quer ser o padrinho da minha Água viva?
Capítulo 123:
No
dia seguinte, Björn e Norbert voltam para a Alemanha. Björn tem várias
audiências e não pode faltar. Eu telefono para Sophia e Sónia, que, ao saberem
do que aconteceu se assustam e voam imediatamente para Londres.
Sophia,
ao ver o estado dos olhos de seu irmão, se reúne com os médicos do hospital. No
final decide esperar para ver se o tempo ou a medicação resolvem. Caso
contrário, uma vez na Alemanha programará uma cirurgia para drenar o sangue.
Esclarecido este ponto, o médico dá alta para dois dias mais tarde.
Bem,
podemos voltar para casa!
Sónia
fica louca ao saber que terá outro neto e Sophia aplaude feliz. Quando a
família aumenta, enche a todos de felicidade. Frida e Andrés telefonam e ficam
aliviados ao falar diretamente com Arthur, e nem sei dizer o quão felizes
ficaram ao saber da minha gravidez.
Quando
ligamos para Flynn para ele falar com o seu tio, não dissemos nada sobre a
gravidez, nem a ele nem a Simona. Norbert manterá o segredo até que voltemos.
Uma
tarde, quando estou com Arthur no quarto, Amanda aparece.
Sua
presença ainda me incomoda, mas eu reconheço que o que fez por mim me permitiu
ver que não era a pessoa que eu pensava. Durante uma hora fala com Arthur sobre
trabalho, e eu decido aproveitar o tempo para ligar para o meu pai. Quero lhe
dar a notícia.
Emocionada
e ao mesmo tempo nervosa, saio da sala e aperto o telefone de Jerez. Após duas
chamadas é a voz da minha sobrinha Luz que me cumprimenta:
-
Tiaaaaaaaaaaaaa!
- Olá
professora Pokémon, como você está?
-
Bem, como meu avô diz, maldita, mas feliz.
-
Luz, essa boquinha. – Repreendo.
Ela é
tão natural, tão autêntica, que não posso deixar de sorrir.
-
Hoje a professora Colines, me deu um quatro em um trabalho que eu merecia pelo
menos um sete.
Sorrio.
Lembro quem é a Colines e respondo.
- Bem
querida, talvez você deva se esforçar mais.
-
Aquela bruxa com cara de rata me persegue. Tia, eu me esforcei muito, mas esta
prova foi muito inescrupulosa.
- Bem
querida, eu acho...
Mas
então, de repente, como bem faz a minha irmã, muda de assunto e pergunta:
-
Como esta o tio? Está melhor?
- Sim
querida, está recuperando as forças, e em alguns dias voltaremos para a
Alemanha.
- Que
legal! E Flynn?
- Em
Munique com Simona e Norbert. Por certo, está ansioso para a temporada de
férias para ver você de novo.
- Que
enrolado está o tio. – Solta com sua habitual ousadia. - Diga a ele que vou
levar os jogos que lhe disse para o Wii e que se prepare, eu vou lhe dar uma
surra, certo?
-
Certamente vou dizer.
-
Tia, vou deixar minha mãe falar com você. Que saudade! Um beijo grande, grande.
-
Outro para você, meu amor.
Eu
sorrio. Que linda é minha luz!
-
Maluquinha, como está Arthur? - Pergunta minha irmã preocupada.
Quando
telefonei para ela e meu pai para lhes dizer que Arthur estava no hospital,
eles queriam viajar para Londres. Segurei-os. Eu sei que Arthur se incomodaria
com muitas pessoas.
-
Bem. Voltamos para casa depois de amanhã. Estou exausta.
- Oh
maluca..., pena que você está tão longe. Eu adoraria lhe dar força e ânimo.
- Eu
sei. Eu realmente gostaria de tê-los por perto. E como está Lúcia?
-
Comilona. Esta menina come muito. Qualquer dia vai comer nós todos.
Ambas
rimos e eu cochicho:
- Ah,
você não sabe uma coisaaaaaa...
- O
quê?
-
Adivinha.
-
Vocês virão morar na Espanha?
-
Nãoooooo.
-
Você ficou loira?
-
Não.
- Meu
cunhadinho te presenteou com uma Ferrari vermelha?
-
Não.
- O
que é maluca?
Divertida
eu sorrio e disposta a dizer, solto já:
- Eu
acho que alguém vai chamar a tia Raquel logo logo.
O
grito da minha irmã é ensurdecedor.
Nem
Tarzan em seus melhores tempos poderia ter feito melhor.
Começa
a bater palmas como uma louca e escuto quando diz à minha sobrinha luz. As duas
gritam e aplaudem. Eu sorrio sem conseguir remediar e então eu escuto a voz do
meu pai dizendo:
- É
verdade, moreninha? É verdade que você vai me dar outro neto?
- Sim
papai, é verdade.
-
Viva, minha mãe, acaba de alegrar minha vida. Sente-se cansada minha menina?
- Sim
papai, um pouquinho.
Seu
sorriso e felicidade, como sempre, fazem meu coração inchar.
Eu
falo com ele e Raquel juntos. Ambos querem falar comigo e me mostrar a sua
alegria. Minha irmã assume o telefone e diz:
-
Maluca... quando você chegar em casa, me telefone e conversamos. Eu tenho um
monte de coisas de Lúcia que podem servir nos primeiros meses. Oh, meu Deus...
oh Deus... Você grávida. Não posso acreditar!
- Nem
eu Raquel, nem eu. - Murmuro.
Eu
escuto um barulho e, de repente, minha sobrinha pergunta:
-
Tia, eu posso fazer uma pergunta?
-
Claro querida.
- O
bebê vai nascer com os olhos de Flynn?
Dou
uma risada e escuto também meu pai e minha irmã rirem.
Divertida
por seu comentário, eu respondo:
- Eu
não sei fofinha. Quando nascer, a primeira coisa que vou fazer é olhá-los.
Novamente
o ruído e as lutas. É meu pai.
-
Moreninha, você tem comido bem?
- Sim
papai. Não se preocupe.
-
Você já foi ao médico?
-
Sim.
- Sua
irmã me disse que, você tem que tomar não sei o que de folclórico.
Solto
uma gargalhada.
- Sim
papai. Diga-lhe que estou tomando ácido fólico.
-
Viva moreninha, como estou feliz. Outro netinho!
- Sim
papai, outro netinho.
-
Talvez seja um menino.
Isso
me faz rir e pergunto:
- E
se for uma menina, o que acha?
Meu
pai ri e responde:
-
Bem, eu terei outra pequena mulher a mais para amar e mimar, minha vida.
Nós
dois rimos e então diz:
- Arthur
esta melhor?
- Sim
papai, está bem melhor. Em alguns dias estará de alta.
-
Bem... bem e, escute, ele está feliz com o bebê?
Eu
sorrio. Arthur quase não dorme desde que ele soube. Está sempre preocupado que
eu coma e descanse e quando vê que eu vomito fica doente, mas respondo:
- Arthur
está como você... encantado.
Nós
conversamos mais alguns minutos, e quando eu vejo Amanda sair da sala, eu
rapidamente me despeço da minha família. Ela me olha e eu digo:
- Vou
levá-la até a porta do hospital.
Ela
concorda e nós duas andamos em direção ao elevador. Sabemos que temos uma
conversa pendente e, quando paramos digo:
-
Obrigada por me avisar.
Amanda
me olha e, retirando o cabelo sedoso de seu rosto, quando entramos no elevador,
responde:
-
Parabéns pelo bebê.
-
Obrigada Amanda.
Então,
olhando para mim diz:
- Não
avisei antes porque Arthur tinha me proibido. Mas no terceiro dia eu ignorei
suas ordens e fiz. Você tinha que saber o que estava acontecendo.
Concordo
e dou um sorriso. Aprecio este grande detalhe.
A
tensão entre nós pode ser cortada com uma faca e, quando chegamos à porta do hospital,
me olha e diz:
- Lua,
eu quero que você saiba que as coisas ficaram muito claras faz tempo. Arthur é
um homem bem casado e eu não entro nessa.
-
Fico feliz em saber o que você pensa. - Eu digo. - Isto facilitará a
convivência aos dois.
Sorri
e, apontando para um homem de terno que a espera em um impressionante Audi A8,
diz:
- Eu
vou. Me esperam.
Movendo-me
rapidamente, eu me aproximo dela e dou um beijo em cada bochecha. Nos olhamos e
sei que o gesto que temos cada uma, ela me contando sobre Arthur e eu dando-lhe
dois beijos, nos faz firmar a paz.
Depois,
sem sair da porta do hospital, vejo como a tigresa loira mexe os quadris para o
homem do Audi, entra no carro e, após se beijarem na boca, eles vão.
Quando
volto para o quarto, Arthur trabalha com o seu computador e sorri quando entro.
Sua
aparência melhorou e, aproximando-me dele dou um beijo e sussurro:
- Eu
te amo.
Dois
dias depois voltamos para Munique.
Lar
doce lar!
Ter
todas as minhas coisas a mão, minha cama e meu banheiro é o que mais preciso.
Quando
Simona e Flynn vem até Arthur, seus rostos dizem tudo.
Estão
assustados!
Arthur
e eu sorrimos, enquanto acaricio a cabeça de Calamar.
-
Fiquem tranquilos, embora pareça a vampiro malvado do Crepúsculo com esses
olhos, eu juro que é Arthur! E não morde pescoços.
O meu
comentário relaxa um pouco o ambiente. Eu vejo o alarme em seus rostos e
entendo isso, seus olhos assustam.
Flynn,
como criança que é, se aproxima de seu tio e após abraçá-lo, pergunta:
-
Você vai ficar bem ou vai ficar assim para sempre?
- Ele
ficará bem. - Digo ansiosa para recuperar seu olhar.
- Eu
espero. - Arthur murmura, abraçando seu sobrinho.
Eu
olho e não digo mais nada. Eu sei, ainda que não diga nada, meu alemão está
preocupado com o assunto. Basta ver como ele mesmo se olha no espelho para
perceber isso. Nós não falamos sobre o assunto. Eu não quero atormentá-lo. Eu
só espero que a medicação consiga drenar o sangue e tudo está resolvido.
Como
meu pai sempre diz, a positividade chama positividade. Portanto, positiva!
Observo
Simona, que não pode parar de olhar os olhos de Arthur.
Eu
entendo.
Isto
é o que impressiona mais a todos. Vê-lo com a perna engessada faz você olhar,
mas realmente o que impacta são seus olhos completamente vermelhos de sangue.
Sem um pingo de branco. Vermelho e azul, uma estranha combinação.
À
noite, quando nos sentamos para jantar, pedimos a Norbert e Simona que sentem
connosco para a sobremesa.
Precisamos
falar com eles. E quando lhes damos a boa nova da gravidez, Flynn grita:
- Eu
terei um primo! Que legal!
Arthur
e eu nos olhamos e eu digo:
-
Você vai ser o irmão mais velho e precisamos que você lhe ensine muitas coisas.
Todo
mundo olha para mim. O comentário de alguma forma surpreende e esclareço,
plenamente convencida:
-
Flynn é meu menino e Medusa também será...
-
Medusa? - Eles perguntam em uníssono, Simona e Flynn.
Norbert
sorri. Arthur também e eu esclareço, apontando para a minha barriga.
- Eu
chamo Medusa até saber se é uma menina ou um menino. - Eles concordam e,
olhando para Flynn, que não tira o olho de mim, pergunto: - Você quer ser seu
irmão mais velho, certo?
Ele
balança a cabeça e murmura com gesto espantado:
-
Legalllllllll mamãe.
Às
vezes me chama de mamãe, às vezes de tia, e às vezes de Lu. Ele ainda não
decidiu como fazer isso, mas eu realmente não me importo.
Tudo
o que eu quero é que me chame.
Simona,
realmente animada sobre tudo, agarra a mão de Norbert e exclama:
- Que
alegria! Outra criança correndo pela casa. Que alegria!
Eu
olho com carinho. Eles não têm filhos. Meses atrás, Simona me disse que eles
tentaram durante anos, mas que o destino nunca lhes concedeu. Eu sei que a
notícia, a ela particularmente, chega ao seu coração, e Medusa será como o seu
netinho.
-
Então não compraram a moto para as minhas aulas, certo? – Pergunta Flynn.
Medusa chegando�� kkkkkkkk
ResponderExcluirAmo essa web
Quero que seja gêmeos, o arthur vai ficar louco.
ResponderExcluirWeb perfeita, quando acabar essa temporada faz outra temporada com o filho deles. Bjos
Se essa web acabar eu vou ficar doente, não consigo parar de ler. Sou viciada nessa web, está cada dia melhor.
ResponderExcluir-Allana
Cada diaa melhooooooooooooor, Essa foi boa, Medusa kkkkk, Lua e suas ideias kkk, Web cada dia melhor ...
ResponderExcluirAmooooooo essa web muito perfeita.... Só Lua pra dar esses nomes..kkkkkk
ResponderExcluirPostaaaaa maissss , n consigo imaginar ela acabando !!
Posta maiss
ResponderExcluirPosta +++++++++
ResponderExcluirAmeeii *-*
Meu Deus ate que fim chegou a segunda feira kkkkk tava morrendo kkkk mais amando!
ResponderExcluirMeu Deus que fofo ele correndo atras dela *__* finalmente as pazes :) amando ansiosa por mais!
ResponderExcluirSe Lua gravida sobe nunha moto o thur morre do coração kkkkkkkkk amando que venha a medusa kkkkk
ResponderExcluirAi meu Deus quantas emoçoes num dia so kkkkk ou agua viva ja tem outro nome kkk meduza é foda kkkkk amando chega logo terça-feira kk
ResponderExcluirLindooooooooooo agua viva pa meduza foi pack kkkkkkk
ResponderExcluir