Peça-me o que quiser ou deixe-me - 3º temp. - 85º,86º,87º e 88º Capítulo (Adaptada)

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Capítulo 85:


Os dias passam e minha melhora é evidente. Com tristeza, na quinta-feira digo adeus a Graciela e Dexter. Retornam ao México, porém prometemos nos encontrar aqui ou lá.
Adoro a companhia de Graciela. Ela é uma boa menina, tão boa que é impossível não sentir saudades. Laila continua na casa. A verdade é que ela é linda. Não tem falado com Simona, somente comigo, ao menos a menina é muito agradável.
Arthur retorna ao hospital. Ele precisa fazer uma revisão, por causa de seu problema nos olhos. Sophia me deixa entrar com ele enquanto o atende, e intimidada, observo o que eles fazem. Quando termina, nós três sentamos em seu consultório e Sophia pergunta:
- Você tem sentido dor de cabeça ultimamente?
- Várias vezes.
Ouvindo isso, eu pergunto:
- Por que você não me disse?
- Porque eu não queria lhe preocupar. – Responde Arthur.
Eu bufo e olho para Sophia, que me pede calma antes de continuar:
- Arthur, por enquanto está tudo bem, mas se voltar a sentir dor na cabeça diga-me, está bem?
Ele balança a cabeça e quando saímos do hospital, meu alemão me olha e sussurra:
- Sorria e eu vou sorrir também.
Dias mais tarde, quando me encontro bem melhor do acidente, eu ligo para meu pai e digo o que aconteceu. Como sempre, o homem se assusta e fica  chateado porque eu não contei antes, mas também, como sempre me perdoa. É um amor.
Falo também com a minha irmã, que é farinha do mesmo saco. Raquel fica irritada, resmunga e me chama de inconsequente por seguir andando de moto. Eu escuto... Escuto... E escuto, e quando estou prestes a mandá-la fazer gargarejo, penso no quanto a amo e sigo escutando. Não há outro remédio.
Quando finalmente ela fala o que quer, pergunto sobre Juan Alberto. Eu sei através de Arthur, que da Bélgica ele voltou para a Espanha, e não fiquei surpresa quando ela me disse que eles se viram em Jerez. Mas agora ele já voltou para o México, embora telefone para ela a todo o momento.
Parece tranquila e calma, mas eu sei que sofre. Não me disse nada, mas se sente mal, e por isso que eu não vou colocar mais o dedo na ferida.
Ao desligar, me deito na cama e durmo. Quando eu acordo, depois de dez minutos, Simona entra em meu quarto com um copo de água e alguns comprimidos. Tomo a medicação. Quando termino, ela diz com graça:
- Você quer assistir aqui Loucura Esmeralda? Começa em dez minutos.
Concordo. Eu sento na cama, repouso de volta para trás e pergunto:
- O que houve com Laila?
- Por que você acha que aconteceu algo?
Estou tentada a mentir, mas é Simona e eu digo:
- Ouvi você discutir com Norbert sobre a sua visita. Além disso, tenho observado ela e vejo que não tem bom relacionamento nem contigo nem com Björn, mas todos disfarçam. Você vai me dizer o que aconteceu?
Simona toca seu rosto e o cabelo e após diz:
- Não é minha sobrinha, mas de Norbert. E a antipatia é mútua. Segundo a mãe deste monstro, trabalhamos como empregados por minha culpa e por isto sempre nos tratam com desprezo. Mas sabe, eu prefiro ser uma empregada que um ser deplorável como aquela menina, por mais estudada em Economia que seja.
- Por que você diz isso?
- Não é trigo limpo, Lua. E, baixando a voz, ela acrescenta: - Ontem mesmo voltei a discutir com Norbert por causa dessa sem-vergonha. Ela mete passarinhos na cabeça e...
- Passarinhos? Que passarinhos?
- A mãe de Laila vive em Londres e quer que quando nos aposentamos, passamos a viver lá também. Porém, eu não quero ir para Londres ou qualquer outro lugar. Eu me recuso.

Céus!! Sei que toda família tem suas dificuldades. E sem saber o que dizer sobre isso comento:

Capítulo 86:


- Ouvi que você estava falando sobre o que aconteceu com Björn, o que foi?
- Ela fez uma coisa muito feia, o que eu não vou falar. Prefiro que Björn mesmo lhe conte. Mas esta horrível menina é má... Muito má.
Sem saber a que se refere, vou perguntar, quando a musiquinha da Loucura de Esmeralda começa e decido ficar em silêncio. Continuaremos em outro momento.
Com angústia em nossos rostos, testemunhamos como Luis Alfredo Quiñones se recupera após o tiro que recebeu no peito, mas sofre de amnésia e não se lembra de nada. Nem sequer que sua amada é Esmeralda Mendoza, e que é pai de um belo menino. Ela sofre. Nós sofremos. Minha mãe, que novela!
Outubro chega e meu acidente é esquecido. Arthur e todos têm me cuidado, tudo está indo bem e, às vezes eu sinto um medo terrível de ser tão feliz.
Nestes dias, Arthur e eu temos discutido algumas vezes pela questão do trabalho. Eu quero trabalhar, mas ele não quer. Ele acha que o fato de eu trabalhar nos tirará tempo juntos e nos trará problemas.
Eu não suporto que me limitem a vida e, finalmente, quando falamos sobre isso, um dos dois acaba deixando o quarto batendo a porta.
Um dia desses, num domingo de manhã, Arthur com Flynn e Laila vão para o campo de tiro. Eu me recuso. Eu não gosto de armas e prefiro mantê-las fora da minha vida.
Certa manhã, Arthur me liga do escritório e me pede que vá ao escritório de Björn, para assinar alguns papéis. Quando lhe pergunto que papéis e me responde que se trata do nosso testamento, fico gelada. Dura. Na Alemanha há previsões para isso.
Depois de pensar, entendo sem dúvida que isto é o melhor. Para evitar problemas à minha família se realmente me acontecer algo.
No escritório todos me cumprimentam com bondade. Eu sou a Senhora Aguiar, o que surpreende a todos, exceto Helga que, ao me ver, cumprimenta encantada. Eu me envergonho um pouco ao lembrar o que fiz meses atrás no hotel com ela.
Ufa..., que calor!
Quando entro no escritório de Björn, o calor transforma-se em suor. A última vez que estive aqui terminei em sua mesa, nua e com as pernas abertas.
Björn ao me ver, se levanta e me dá dois beijos na bochecha. Com profissionalismo, me mostra os papéis que Arthur já assinou, e fico sabendo que nosso amigo, além de advogado é um notário.
Que grande partido esse!
Bonito, gostoso, inteligente, advogado e notário, quase nada!
Ele explica que Arthur incluiu em umas cláusulas o meu pai, minha irmã e sobrinhas como beneficiários. Isso me emociona.
Meu marido pensa em tudo. No final, pego uma caneta e assino convencida de que não vou morrer e de que vou viver muitos anos.
Quando terminamos, Björn me convida para comermos juntos. Eu aceito. Quero falar com ele sobre Laila.
A necessidade de saber o que aconteceu me consome!

Caminhamos de braços dados até o restaurante. Björn conta piadas continuamente para mim e eu não consigo parar de rir. Pedimos vinho e brindamos a todos os anos que Arthur e eu vamos viver. Rindo, começamos a falar sobre nossas coisas, quando aparecem alguns amigos dele e sentam conosco. Nossa conversa vai ter que esperar. Finalmente, peço uma Coca-Cola e saio do vinho.
Uma tarde, quando estou entediada em casa, recebo um telefonema de Sónia. Ela quer que eu vá vê-la. Aceito encantada. Não tenho nada melhor para fazer.
Norbert me leva.
Quando eu chego, minha sogra me recebe com o carinho de sempre. É maravilhosa. Estamos conversando, quando de repente toca no rádio a canção September do Earth, Wind & Fire e Sónia, divertida, comenta:
- Você sabe que sempre que ouço isso eu me lembro da primeira vez que vi você dançando como uma louca naquele hotel em Madrid?
- Sério? - Ela acena com a cabeça e eu acrescento: - Eu amo esta música.
- Eu também!

Ambas rimos e, levantando-se, propõe:

Capítulo 87:
- Bem, então vamos dançar.
Nós levantamos. Minha sogra é uma bomba! Aumenta o volume e começamos a dançar como duas doidas, enquanto cantamos:
Ba de ya, say do you remember.
Ba de ya, dancing in September.
Ba de ya, never was a cloudy day.
Logo aparece Sophia, a que estava faltando! E ao nos ver tão animadas se junta à festa, e nós três dançamos como loucas.
Quando a música termina, nós nos sentamos entre risos e alvoroço com o ritmo de September.
A empregada que vive com Sónia traz bebidas fresquinhas. Rapidamente pego uma Coca-Cola. Estou com sede.
- Bem mamãe, passado o momento de euforia, o que aconteceu?
Isso me chama a atenção. Tem algo errado?
Mãe e filha se olham, depois Sónia me olha e diz:
- Preciso de sua ajuda.
Sophia e eu nos olhamos e minha sogra continua:
- Você sabe que eu terminei com Trevor Gerver há meses, certo?
Concordamos.
- Pois então, na noite de anteontem, quando eu estava jantando com um amigo em um restaurante, eu o vi aparecer de braço dado com uma jovem muito bonita.
- É mesmo mamãe?
- Pois sim, essa garota não tinha mais do que trinta anos.
- Então o quê? - Eu pergunto.
- Isso me deixou muito irritada ao vê-lo tão bem acompanhado. - Sónia murmura.
Eu pisco. Eu não entendo. Eu sei que minha sogra deixou desse homem. Em seguida, Sophia pergunta:
- Você ficou com ciúmes?
- Não filha.
- Então o que acontece?
- Bem, eu tenho raiva que sua acompanhante era mais jovem do que eu. - Eu sorrio. Eu não posso ajudá-la. Sónia nunca para de surpreender e Sophia protesta:
- Mãe, por favor, mas o que você quer dizer?
Eu ainda estou rindo, quando Sónia explica:
- Trevor, ao me ver, se aproximou e me convidou para uma festa que dará amanhã em sua casa.
- Então o quê? - Sophia pede.
- Bem, isso é um problema, minha filha.
- Então não vá. – Eu respondo. - Se não te agrada, não vá e pronto!
Ela olha para mim e bufa. Eu cada vez entendo menos o que ocorre, quando Sónia, nos olha e solta:
- Eu quero ir a essa festa. Mas não com um homem da minha idade. Eu quero ir com um jovem bonito e atraente. Nós vamos causar um escândalo! Eu quero que esse vaidoso do Trevor Gerver perceba que uma mulher como eu, também pode levantar paixões nos mais jovens.
Bem... Bem... Bem... Se me picam eu não sangro!
- Mãe, você quer contratar um gigolô?
- Não.
- Então o que você quer Sónia? - Eu pergunto totalmente perdida.
Desesperada, ela olha para nós e, depois de tomar a sua bebida, grita, erguendo as mãos:
- Um garoto, é o que eu quero!
Sophia e eu nos olhamos e segundos depois desatamos a rir.
Eu quebro. Eu morro de rir!
Sónia é uma bomba e quando vê que nós duas não paramos de rir, protesta:
- Pois vejo a ajuda que tenho de vocês.
- Mãe... Mãe... Mas...
Sophia não pode continuar. Ao me ver sorrir, segue rindo, e Sónia nos observa. No final, conseguimos parar e minha cunhada diz:

- Vamos ver mãe, como você quer que te ajudemos? 

Capítulo 88: 
E vendo seu rosto olhando para nós e morrendo de rir, respondo:
- Eu acredito que você queira que encontremos um corajoso do Guantanamera, certo?
- Mamãeeee...- Protesta Sophia.
- Pois sim, filhas. Eu preciso de um mulato saboroso que seja boa pessoa, e que deixe Trevor Gerver e sua acompanhante a altura do mulato, diz a mulher, batendo palmas.
- Mamãeeee... - Repete Sophia.
Uma vez revelado seu desejo, Sónia nos olha e acrescenta:
- Se isto não fosse importante para mim, não lhes pediria. Porém eu sei que vocês podem conhecer um cara decente para me acompanhar.
Quando eu consigo parar de rir, olho para Sophia e ela, divertida, responde:
- Tudo bem, mãe. O que você quer é um rapaz para acompanhá-la à festa, que não te passe a mão e que te deixe como uma rainha ante todos, certo?
- Exatamente filha! Eu não quero um garoto de programa, nem um gigolô que cobre seus serviços. Apenas um rapaz bonito, decente e divertido que queira acompanhar uma pobre velha.
- Não exagere com o drama... Julieta. - Eu brinco e Sónia ri.
- Mamãe, a pobre velha não serve, você não acha?
Ela solta uma gargalhada e, olhando-nos responde:
- Certo, certo... Resumindo, eu preciso de um garoto que seja amigo de vocês e que posso confiar.
- Podemos sugerir Reinaldo. - Digo brincando.

- Não. - Diz Sophia. - Reinaldo estava em seu casamento e Trevor pode reconhecer.
Nós duas pensamos, pensamos até que, de repente, nos olhamos e soltamos divertidas:
- Don Tronco Perfeito!
- Quem é esse? - Sónia pede.
- Maximo, um amigo. - Explica Sophia. Ele veio para a Alemanha há seis meses e é um cara legal. Por certo, professor de dança, e está enrolado com Anita.
- Não me diga! - Exclamo espantada e Sophia concorda.
- Anita é sua amiga da loja de roupas? - Pergunta Sónia.
- Sim, mamãe.
Minha sogra me olha e eu explico:
- Máximo é um gato, mas não é um mulato e sim argentino.
- Che, idiota. – Aplaude Sónia. - Me encantam os argentinos.
Sophia pega rapidamente o telefone, fala com Anita e lhe conta o que aconteceu. Esta fica de conversar com Máximo e nos avisar. Quando desliga, Sónia olha para mim e diz:
- Pelo amor de Deus, filha da minha vida, não conte a Arthur se não ele não fala comigo pelo resto da minha vida.
Achando graça concordo. Vou voltar a manter um segredo de Sónia e respondo:
- Fique tranqüila, não direi nem um pio. Porque como você sabe, se ele descobre que tenho ajudado nisso, para de falar comigo também.
Todas nós rimos. Conhecemos Arthur e se descobre, nos mata!
O telefone de Sophia toca. É Maximo. Combinamos de nos encontrar em uma hora na loja de Anita.
Morrendo de rir, eu entro no carro com a minha sogra e minha cunhada e vamos para a loja.
A situação parece surreal, porém divertida. Uma excentricidade a mais de Sónia. Quando entramos na loja, o gato ainda não chegou e conversamos tranquilamente com Anita. Ela acha uma boa idéia que seu namorado acompanhe a mãe de sua melhor amiga, ainda que ache graça das intenções sem entender.
Quando aparece Maximo, o rosto de Sónia diz tudo o que pensa dele. Está encantada!
O argentino é impressionante, não só pela simpatia, mas é bonito. Com um beijo carinhoso nos cumprimenta e, quando olha para Sónia e pega seu braço, deixando todas mortas, diz:

- Você e eu vamos ser os reis da festa. 

6 comentários:

  1. Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk..esse capitulo foi o mas engraçado..ameiiii!!! Posta maissssss!!!

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  2. Ahhhhh ameiiiiiii...essa web e show cara!!!!!

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  3. Não vejo a hora da lua ficar grávidaaaaa

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  4. Cada dia melhor, vai ser tão fofinho quando a Lua engravidar...

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  5. Essas 3 parecem loucas kkkk todas contra o Arthur bichinho kkk amando!

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  6. ai meu deus quero uma sogra dessa kkkkkk maissssssssssssssssssss?

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