Capítulo 49:
Dois
dias depois, minha cunhada Sophia telefona, combinamos de sair esta noite para
a farra com ela.
Uau,
isto me agrada muito!
Inicialmente,
iríamos Graciela e eu, mas ao final os rapazes se animam. Eles não nos deixam
ir sozinhas e, quando chegamos à porta do Guantanamera, observo o rosto do meu
amor e sei que não é uma boa idéia estar ali.
Quando
entramos, eu vejo que Anita, Sophia com Daniel e alguns amigos já estão
dançando na pista. Eu sorrio. Olha como minha cunhada alemã dança esta música! Arthur
a observa. Nunca a tinha visto dançar assim, e surpreso ao ver como ela se
mexe, pergunta:
-
Porque minha irmã faz essas caras?
Divertida,
a olho no momento em que Sophia nos vê, e soltando uma gargalhada vem correndo
em nossa direção com o seu namorado atrás. Cumprimentamos-nos.
De
repente, eu olho para um cara que dança na pista com Anita. De onde saiu esse
pedaço de bombom? Sophia ao ver a direção do meu olhar, sussurra:
-
Impressionante, não é?
Atordoada,
eu concordo. Trata-se de um morenaço incrivelmente sexy.
- Nós
o batizamos de Don tronco perfeito.
-
Diga-me como está o Don? - Murmuro.
- Se
chama Máximo. - Sussurra Sophia.
-
Quem é?
- Um
amigo de Reinaldo.
- É
cubano?
-
Não, argentino e é muito bom, não é?
- Já
te digo.
Concordo.
Negar isso seria uma das maiores mentiras do mundo. Paralisadas, estamos
observando como Anita dança salsa com o argentino, quando de repente Arthur diz
ao meu lado:
- Sua
bebida Lu.
Ao
pegar o que ele me oferece, vejo em seus olhos que ouviu nossa conversa e que
está irritado.
Oh,
meu menino é um ciumento.
Eu
sorrio. Ele não sorri.
Eu me
aproximo dele e dou um beijo, murmuro:
- Eu
só gosto de você.
- E
Máximo. - Ele zomba.
Finalmente,
depois de dar beijinhos forçados, consigo que sorria e me beije. Durante o
tempo que o grupo conversa, percebo como Dexter e Arthur se comunicam com seus
olhos quando passa uma mulher que eles acham atraente. Eu sorrio. Não posso
ficar zangada. Eu também tenho olhos em meu rosto.
Arthur
paga uma rodada de mojitos quando começa uma música e quase todos gritamos:
-
Cuba!
Surpreso,
Arthur me olha. Eu começo a mexer lenta e pausadamente ao som da música e vejo
como o meu marido me filma com seu olhar azulado. O vestido curto que uso lhe
agrada, ele comprou na nossa lua de mel e, seduzindo-o digo:
-
Vem. Vamos dançar na pista.
Meu
menino levanta as sobrancelhas e nega com a cabeça.
Falta
apenas dizer: "Nem louco!".
Estamos
de volta à Alemanha e a naturalidade de seus atos em nossa lua de mel parece
ter desaparecido. Sinto muito. Eu gostava muito do Arthur desinibido.
Observa-me com o rosto sério e vendo que eu não paro de me mexer, diz:
- Vá
você para a pista.
Desejando
dançar e cantar a canção do grupo Orishas que toca, vou para a pista com meus
amigos e danço com eles. Nossos movimentos são lentos e sensuais. A música vem
em nossos corpos e cantamos.
Represent, represent,
Cuba orishas underground de la Habana.
Represent, represent,
Cuba, hey mi música.
A
pista se enche.
Nós
todos dançamos ao som da música, enquanto cantamos em voz alta, observo que Arthur
não tira o olho de mim. Está me vigiando. Não está confortável.
Meu
amigo Reinaldo chega. Ele vê Arthur e corre para cumprimentá-lo. Ambos sorriem.
Meu loiro lhe apresenta a Dexter e Graciela e aponta onde estou. Reinaldo, com
seu grande sorriso cubano corre para a pista e agarrando minha cintura, começa
a dançar esta canção quentíssima.
Represent, represent,
Cuba orishas underground de la Habana.
Eu
olho para Arthur e percebo que essa dancinha que estamos fazendo não o está
agradando. Rapidamente me solto e toda a pista começa a pular enquanto
cantamos.
Aprenderás
que en la rumba está la esencia.
Que
mi guaguancó es sabroso y tiene buena mezcla.
A mi
vieja y linda Habana un sentimiento de mañana.
Todo
eso representas,
¡Cuba-a-a!
O
local inteiro canta e dança, quando termina o DJ troca de ritmo e eu volto ao
meu marido. Com sede pego o mojito e dou um gole considerável.
-
Você não dança querido?
Arthur
me olha... me olha e me olha e ao ver como estou suada pergunta, retirando o
cabelo do rosto:
-
Desde quando eu gosto de dançar?
Sua
resposta é uma afronta, mas como eu não quero discutir nem lembrá-lo que em
nossa lua de mel dançou tudo o que quis e mais um pouco, eu dou um passo para o
alto e agarrando seu pescoço, murmuro:
-
Bem, pois então me beije. Pois disto você gosta, certo?
Sorri
finalmente!
Ele
me beija e desfrutamos de nosso beijo, mas de repente Sophia me puxa, me leva
para a pista e começo a dançar Bemba Colorá. O rosto de Arthur novamente
escurece. Está claro que não está gostando nada do Guantanamera.
Graciela
nos olha e faço um sinal para que se junte a nós. Nem pensa e vem para a pista
connosco, enquanto sacode os quadris. Dexter e Arthur se olham e bufam.
Vão
os dois!
Rapidamente
nos unimos a Reinaldo, Anita, Daniel, alguns amigos cubanos e Don Tronco
perfeito.
Minha
mãe. De perto, o argentino é ainda melhor.
Como
não é a primeira vez que venho nesse local, já sei como se dança. Fazemos uma
roda e no meio, par a par, demonstram sua graça na dança quente e deliciosa. Eu
e Sophia nos movemos como duas loucas enquanto gritamos "Açúcar".
Quando
a música termina, volto para Arthur. Estou de novo com sede, e ele, com um
olhar desconfortável, me olha e pergunta:
-
Será assim a noite toda?
Observo
que Dexter diz algo a Graciela e que ela revira os olhos. Eu volto a olhar para
o meu menino não latino e pergunto, depois de beber um enooooorme gole de meu
rico mojito:
- Não
gosta do Vacilón?
Essa
palavra ele não entende, e vendo seu rosto, insisto:
- Não
gosta da festa e das boas vibrações que têm aqui?
Arthur,
ou melhor, Iceman, olha em volta e, com sua sinceridade avassaladora, responde:
-
Não. Não me agrada em nada. Mas a você sim, certo?
Depois
de terminar o meu mojito, eu olho e, apesar de saber que ele se incomoda,
respondo:
-
Você já sabe, meu amor.
Suas
narinas se inflam.
Uauuuu,
excitante!
Logo,
aproximando-me dele, murmuro:
- Me
coloque como uma Ducati, como quando você está tão depravado.
Colo
meu corpo ao dele. Mesmo com saltos alcanço o seu nariz. Arthur não se move. Só
me olha eu começo a mover meu corpo lentamente ao ritmo da música. Eu sinto sua
ereção e beijando-o, pergunto:
-
Você quer que a gente vá para casa?
Concorda
sem hesitar e eu sorrio.
Quando
chegamos, são duas e quinze da madrugada, nos despedimos de Dexter e Graciela,
e quando entramos em nosso quarto, Arthur continua emburrado.
Eu
estou um pouco alterada por causa mojitos e, aproximando-me, digo:
-
Escute querido...
Porém
não consigo dizer mais nada.
Iceman
me pega em seus braços e, com uma paixão que me deixa sem fôlego, me beija e me
devora. Me empurra contra a parede e rasgando a calcinha, diz perto da minha
boca, enquanto desabotoa a calça:
- Eu
não gosto que dance com outros.
Me
penetra com tanta força que me faz suspirar.
- Não
quero que você volte àquele lugar, entendido?
Sua
paixão me enlouquece, mas não sou boba. Me agarro com força em seus ombros ,
olhando-o, respondo sem perder a serenidade:
-
Meus amigos vão para lá, onde está o problema?
O
rosto de Arthur torna-se novamente sombrio. Agarra meus quadris, me aperta
contra ele novamente e eu grito. A sua profundidade me deixa louca, me encanta,
e sussurra:
- Eu
não gosto daquele lugar.
Eu
beijo-o, e quando separo meus lábios dos seus, respondo:
- Eu
gosto. Eu me divirto e não faço mal a ninguém.
- Faz
mal a mim. – Fala entre dentes, me penetrando novamente.
Sinto
falta de ar. Porém eu gosto do nosso jogo quente e, querendo mais, sussurro:
-
Não, querido. Eu nunca faria mal a você.
Após
uma nova penetração, Arthur suspira e murmura:
-Havia
muitos homens te observando.
-
Porém sou só sua.
Sua
boca volta a tomar a minha. Suas mãos descem até a minha bunda. Eu me seguro
nele enquanto me penetra uma e outra vez. Não descansa. Ele está furioso e sua
fúria me encanta. Me abro. Me deleito neste momento tão depravado. Tão
passional até que meu corpo não pode mais e, apertando-me contra ele, um prazer
intenso e viciante sai de mim.
Arthgur,
ao perceber, aumenta suas estocadas mais e mais e mais. Ele se funde em mim sem
descanso, até que um gemido viril me faz saber que ele chegou ao limite.
Sem
soltar-nos, continuamos contra a parede. Nós amamos este tipo de sexo. Nossas
respirações estão agitadas e, olhando-o, digo:
-
Diga, o Guantanamera excitou você.
Ele
me olha e ao ver meu sorriso, finalmente sorri também e diz, abraçando-me:
-
Você me excita pequena... só você.
Não
volta a me proibir de nada. Sabe que não deve. Embora já tenha deixado claro o
que pensa do Guantanamera.
Naquela
noite, depois de fazermos amor novamente como dois selvagens sob o chuveiro,
dormimos abraçados e muito... muito apaixonados.
Os dias
passam, Dexter e Graciela não avançam.
Estão
me cansando.
Björn
convida Graciela para jantar, ela aceita e Dexter não diz nada.
Mas
este homem não tem sangue nas veias?
No
dia seguinte pergunto à Graciela sobre seu encontro e, encantada conta que Björn
se comportou como um cavalheiro em todo o momento. Zero sexo.
Honestamente,
não estou surpresa. Se há algo sobre Björn, além de ser maravilhoso, é que ele
é um verdadeiro cavalheiro e um bom amigo de seus amigos.
A
escola de Flynn começa. No seu primeiro dia de aula está nervoso. Durante o
caminho, Norbert e eu sorrimos ao vê-lo tão feliz. Ele carrega em sua mochila a
lembrança que fez para a sua amiga especial Laura, está ansioso para
entregar-lhe.
Mas
sua expressão não é mais a mesma quando vamos buscá-lo à tarde. Está triste e
aflito.
- O
que houve? - Eu pergunto.
Com
lágrimas nos olhos, meu pequeno coreano-alemão me olha e murmura, ainda com o
presente envolto nas mãos:
-
Laura não está mais na escola.
- Por
quê?
-
Ariana me disse que seus pais mudaram de cidade.
Oh,
meu menino. Sua primeira deceção amorosa.
Que
pena. Porque o amor é sempre tão complicado?
Eu o
abraço e ele se deixa abraçar enquanto Norbert dirige. Eu beijo sua cabecinha
morena e, tentando encontrar as melhores palavras que meu pai dizia, consigo
dizer:
-
Ouça Flynn, entendo que você está triste por não ver Laura, mas tem que ser
positivo e pensar que ela, embora não esteja nesta escola, está bem. Ou prefere
que ela esteja mal?
O
garoto me olha, nega com a cabeça e diz:
- Mas
eu não vou vê-la novamente.
-
Isto nunca se sabe. A vida dá muitas voltas e, talvez um dia volte a
reencontrar sua amiga.
Meu
pequeno não responde e, tentando fazê-lo sorrir, proponho:
- O
que você acha de ir comprar alguns presentes para Arthur? Sábado é seu
aniversário.
Concorda.
Rapidamente, indico a Norbert que desvie e nos leve a uma joalheria, onde eu
sei que há um relógio que meu marido gosta. Custa o valor de um terreno, mas
hoje nós podemos nos permitir!
Quando
entramos na joalheria, a mim não conhecem, mas a Flynn e a Norbert sim, e
quando eu digo que eu sou a Senhora Aguiar, só falta estender um tapete vermelho
e jogar pétalas a meus pés.
Que
forte! O que o dinheiro não faz.
Depois
de comprar o relógio e uma pulseira de couro preto que Flynn escolheu para seu
tio, deixo que empacotem tudo para presente e me entristeço ao ver a carinha de
meu sobrinho. Eu não gosto de vê-lo tão triste, principalmente depois do último
mês em que esteve tão feliz. Quando chegamos ao carro, tento fazê-lo sorrir.
-
Você sabe que, dentro de dois finais de semana participarei de uma corrida de
motocross com Jurgen?
-
Viva! Sim?
Concordo
e pergunto:
-
Você quer ser meu assistente?
O
garoto acena com a cabeça, mas não sorri e eu insisto:
- O
que você acha se começarmos no próximo fim de semana suas aulas com a moto?
Sua
expressão muda e os olhos se iluminam.
Desde
antes de nosso casamento, o pequeno queria aprender a andar de moto, por isso
pedi a meu pai que aproveitasse o verão e o ensinasse primeiro a andar de
bicicleta. Isto me facilitaria a tarefa.
Eu
penso em Arthur e me treme as carnes. Eu sei que essas aulas vão me trazer mais
dor de cabeça, mas também sei que Arthur finalmente aceitará. Meu menino
prometeu mudar sua atitude ante tudo e tem demonstrado isso.
Flynn
começa a fazer perguntas sobre a moto. Eu respondo da melhor forma possível,
até que me olha e diz:
- Tio
Arthur vai ficar bravo, certo?
Desdenhando
o fato, beijo-o na cabeça e respondo, convencida de que tem razão:
-
Fique tranquilo. Eu prometo que vou convencê-lo.
Mas
Flynn e eu estávamos certos. Naquela tarde, quando Dexter e Graciela saem para
resolver alguns assuntos de sua empresa, eu falo com Arthur sobre o assunto e
ele fica bravo.
- E
por que você tem que lembrá-lo? – Ele diz do outro lado da mesa de seu
escritório.
-
Ouça Arthur. - Respondo olhando a estante com as suas armas. - Flynn estava
destruído pela perda de Laura e eu pensei ...
-
Você decidiu trocar Laura por uma moto, certo?
Eu
olho. Ele me olha.
Desafiamos-nos
como sempre com o olhar e acrescento:
Eita que adorooo capítulos assim ;) Jah quero o próximo
ResponderExcluirPosta maiss
ResponderExcluirbichinho di flyn :( esses dois mais brigão gente kkkk amando !
ResponderExcluirque ecepção pro pobre flym :/ ansiosa por mais e Lua dobrando homem kkkkk
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