Little Anie
♪ (There's no distance in between our love)
♪ (não tem distância
entre o nosso amor)
[...]
♪ I'll be all you need and more
♪ Eu serei tudo que você
precisa e mais
♪ Because
♪ Porque
♪ When the sun shines, we'll shine together
♪ Quando o sol brilhar,
nós brilharemos juntos
♪ Told you I'll be here forever
♪ Jurei que estaria aqui
para sempre
Pov
Arthur
Lua estava demorando muito
pra voltar. Já estava quase indo atrás dela. Quando ouvi sua voz.
-Vamos embora! -Ela estava
gentilmente pedindo para irmos logo embora.
-Você demorou. -Questionei.
-Tô com uma cólica
insuportável. Vamos logo. Não me faça implorar! -Assenti e chamei o garçom. Lua
nesses dias era pior do que se eu tivesse que aguentar dez dela. Seria uma
longa semana.
-Vamos! -Falei assim que
paguei a conta. Lua segurou em minha mão e apertou. -O que foi?
-Nada.
-Vai voltar para o trabalho?
Você parece tão mal.
-Eu tô com dor... Queria o
quê? -Perguntou irônica.
-Quando não é uma coisa, é
outra. -Falei.
-Não enche Arthur!
-Ok! Ok! Vou ficar mudo.
-Acho bom mesmo. Não quero
mais me estressar com você. -Falou e abriu a bolsa procurando por alguma coisa.
-Aah droga! -Exclamou. -Hoje é o meu dia! -A olhei.
-O que foi, Luh?
-Você disse que ia ficar
mudo.
-Como? Você tá me deixando
preocupado já.
-Passa numa farmácia? Por
favor, Arthur. -Pediu mais calma. Realmente para entendê-la. A pessoa tinha que
ter paciência acima de tudo. Não falei nada e tentei encontrar uma farmácia no
caminho.
-Pronto. -Falei assim que
estacionei em frente a uma. Lua abriu a porta do carro e saiu. Eu é que ia
precisar de um remédio para dor... só que de cabeça. Uns cinco minutos depois,
ela voltou. Já ia dá duas e meia. E eu dei partida no carro em direção ao
trabalho dela. Lua não disse mais nada. E isso estava me incomodando. -Luh?
-Uhm...
-O que você tem? Fora a dor,
a raiva de mim, o estresse... -Perguntei. Lua me encarou.
-E você acha isso pouco?
-Ironizou.
-Tô preocupado...
-Tô bem. -Ela respondeu. E
eu estacionei em frente ao prédio onde ela trabalhava. Mas Lua não fez menção
de sair do carro, e isso era estranho. -Você vem me buscar? -Perguntou.
-Talvez... Se você me
esperar. Não sei que horas vai terminar tudo lá. Me liga, ok?
-Tudo bem... E... Er...
Desculpa pelo estresse de hoje. -Pediu. Sim. Lua não estava bem. E isso estava
me preocupando.
-Luh, pelo amor de Deus, o
que você tem?
-Nada. Eu xinguei muito você
hoje. Desculpa, de verdade. -Falou.
-Meu Deus! -Exclamei e me
aproximei dela. -Você tá me preocupando.
-Deixa de ser bobo.
-Essa cólica tá afetando o
teu cérebro. -Brinquei.
-Não abusa também. -Me
avisou. E eu a abracei e beijei sua cabeça.
-Não sei o que tá
acontecendo... -Falei e ergui seu queixo e lhe dei um selinho. -Quero a Luh de
volta!
-Vou xingar você. -Ameaçou e
eu rir.
-Não. Xingar não. Gosto
quando você me elogia.
-Você não tá merecendo
elogio algum.
-Não?
-Não!
-Nem um beijo? Um beijo de
verdade. -Perguntei.
-Vou fazer esse esforço.
-Falou e eu sorri aproximando nossos lábios. Mordi levemente seu lábio inferior
antes de iniciar o beijo.
-Tá bom... -Sussurrou
seperando nossos lábios. -Preciso ir. -Falou e me deu um selinho.
-Não se esquece de me ligar.
-Falei voltando ao meu lugar.
-Quatro e meia. Ok?
-Ok... Qualquer coisa, me
liga. É sério, tô preocupado com você. -Falei.
-Não precisa. Fora a dor, eu
estou bem. -Ela disse e saiu. Dirigi até o local da reunião. A gravadora.
Pov Lua
Eu literalmente odiava
cólica. Aliás, toda mulher deve odiar essa dor. Por que dói tanto hein? Eu já
estava quase tomando aquela cartela toda de pílula e a dor não passava. Eu
estava rezando para que aquele ponteiro se adiantasse logo. Cadê às quatro e
meia que não chegam? Parece que minhas pernas queriam travar. Me mexi na
cadeira tentando manter as pernas em movimento. Eu não tinha mais paciência
nenhuma para ler nenhum processo. Eu só queria chegar logo em casa. Eu só queria
a minha cama. Eu só queria Arthur fazendo uma massagem em mim, porque essa dor
estava quase me fazendo gritar. Olhei para o relógio mais uma vez assim e para
o meu alívio, já era quatro e vinte e cinco. Peguei o celular e liguei para
Arthur. Chamou umas três vezes, e eu quase desliguei, mas ele atendeu.
Ligação
ON
-Luh. -Falou. Óbvio que era
eu. Mas eu não ia discuti por isso.
-Você ainda tá ocupado? -Eu
estava me esforçando muito para parecer natural. Sem dor alguma até na voz.
-Que voz é essa? -Eu podia
adivinhar que ele estava segurando o riso.
-Não vem rir, ok? Não tô pra
piadinhas hoje não! -Avisei logo.
-Só tô perguntando. E
respondendo a sua pergunta, não. Ainda não acabei aqui. Você pode me esperar
mais um pouco aí? -Perguntou.
-Pouco quanto?
-Meia hora. -Falou receoso.
Revirei os olhos. É claro que eu não ia esperar.
-Não. Não vou esperar nem
cinco minutos. Vou pegar um táxi. -Falei.
-Luh, é só meia hora, passa
rápido. -Ele disse calmo.
-Meia hora e mais quinze ou
vinte minutos até você chegar aqui. Quase uma hora. É óbvio que não Arthur. Não
vou esperar. Qual a parte de que eu estou sentindo uma dor desgraçada que você
ainda não entendeu? -Perguntei irritada.
-Eu não tenho culpa se você
tá sentindo dor. -Quase eu pergunto se ele queria um prêmio por te me dado essa
resposta.
-Vou desligar. A gente se vê
em casa. -Tentei soar calma.
-Me espera. Vou buscar você
aí... -Ele disse.
-Não precisa. Não vou
esperar meia hora.
-Vou agora. Me espera! Tá?
-Tá. -Respondi e desliguei o
celular.
Ligação
OF
Quinze minutos depois, Hanna
me ligou avisando que Arthur estava me esperando. Me levantei da cadeira,
ajeitei meu vestido, peguei minha bolsa e saí da sala. Apertei o botão do
elevador e esperei.
-Vim o mais rápido que pude.
-Arthur disse assim que eu entrei no carro.
-Obrigado. -Falei e encostei
a cabeça no banco do carro e Arthur dirigiu silenciosamente. Ele sabia mais do
que ninguém, que quando eu estava assim, era melhor nem tentar puxar assunto.
Nesses dias eu era dez vezes pior do que eu sou normalmente. Não demorou muito
para chegarmos em casa, o trânsito ajudou bastante, e eu agradecia por isso.
-Pronto. -Ele disse ao
estacionar na frente de casa. -Vai ficar aí? -Perguntou irônico. Não respondi
nada. Eu seria capaz de levar a sério a pergunta. Abri a porta do carro e
Arthur fez o mesmo. Caminhei até a entrada da casa e tirei a chave da bolsa.
Arthur pegou a mesma da minha mão e abriu a porta.
-Maaamãããe! -Uma Anie
saltitante veio em minha direção.
-Anie não corra. -Pedi. Ela
obedeceu e caminhou até mim.
-O que foi mãe?
-Só não estou bem, amor.
-Respondi.
-Você tá dodói?
-Não chamaria de doença. Só
estou com uma dor chata que não quer passar. -Passei as mãos em seus cabelos e
me abaixei para beijar sua bochecha.
-Filha! -Arthur falou alto
vindo de braços abertos até Anie, que correu até ele e foi carregada.
-Papai! -Ela lhe deu um
beijo. Preferi ir para o quarto. Eu tinha me imaginado naquela cama, cada
minuto depois que voltei do almoço. Mas antes eu tomei mais um remédio para
dor. Tirei os sapatos dos pés e me joguei na cama. Parecia que eu ia ter outro
bebê. Doía tanto. Senti a cama afundar ao meu lado. Era Arthur. Ele sempre
ficava preocupado e sem saber o que fazer quando me via assim. Mesmo que não
fosse a primeira vez. Ele se inclinou sobre mim, eu estava de bruços, tirou
alguns fios de cabelo que caiam em meu rosto, e os colocou atrás da minha
orelha. Me deu um suave beijo na bochecha enquanto voltava a posição anterior.
-O que foi? -Perguntei.
Minha voz saiu abafada por eu estar com o rosto pressionado no colchão.
-Nada. -Ele deu de ombros.
-Já tomou remédio né? -Perguntou. Ouvi ele deixar seus sapatos caírem no chão.
-Desde a hora que saí do
restaurante.
-Uhm... -Ele levantou da
cama e tirou a roupa. -Vou tomar banho. -Avisou. Eu não disse nada e ele sumiu.
Eu também precisava de um banho. Até minha cabeça já queria doer. Era só o que
me faltava. Respirei fundo e fechei os olhos. Me lembrei de uma coisa que
Arthur me falou mais cedo e comecei a rir. Realmente não era o meu dia. Quando
ele saiu do banheiro, eu ainda estava rindo. Virei o rosto para olha-lo e ele
caminhou em minha direção.
-Por que tá rindo? -Me
perguntou.
-É que... -Pausa para a
risada. -Eu lembrei... -Risada de novo. -De uma coisa que você falou...
-Continuei rindo e Arthur me olhava com um meio sorriso.
-O que? Luh, você é confusa.
-Comentou. Mostrei língua.
-Você disse que ia me pedi
desculpas do jeito certo, quando chegássemos em casa. -Falei e Arthur riu
frustrado.
-Sua cólica atrapalhou os
meus planos prazerosos. -Comentou lamentando. E aproximou os lábios dos meus.
-Mas você sabe que eu não ligo de transar com você... bem... nesses dias...
-Suas bochechas ficaram vermelhas e a minha expressão foi de nojo. Eca!
-Que nojo... -Falei e fiz
uma careta. Arthur passou os lábios pelo meu pescoço e subiu os beijos até
minha orelha.
-Nojento por quê?
-Perguntou.
-Porque é. Imagina só
você... não. Não imagina. -Falei e Arthur soltou um riso abafado. E beijou meus
lábios. -Você até me faz esquecer a dor... -Comentei. Arthur me olhou.
-Que bom... -Sorriu e passou
a ponta dos dedos no contorno do meu rosto. - Que essa semana passe voando.
-Comentou. Eu sabia o porque.
-Arthur!
-O que?! Quero que você
fique livre da dor rápido ué... -Se justificou.
-Aah sei... sei bem o que tu
quer mesmo.
-Claro que sabe. Minhas
intenções são visíveis.
-Arthur! Pode parar! -Avisei
e ele riu.
-Tá bom, tá bom... -Obedeceu
e voltou a beijar meu pescoço, enquanto eu fazia desenhos aleatórios na costa
dele. -Luh?
-Uhm...
-Falando sério, eu fiquei
preocupado com você. -Admitiu.
-Eu sei... -Falei
depositando um beijo no ombro dele.
-E com ciúmes também... não
queria ter gritado com você.
-Eu gritei primeiro. -O
lembrei. -Essa parte do ciúme é ridícula. -Falei.
-Eu sei e não quero falar
dessa parte...
-Ok.
-Eu odeio ver você assim e
não poder fazer nada. -Falou distribuindo beijos ainda em meu pescoço. Arthur
era o tipo de pessoa que não podia ver ninguém triste, chorando ou com dor,
perto dele, ele era péssimo em lidar com isso. Ele nunca sabia o que fazer.
-Mas você não pode fazer...
não se culpe por isso. -Falei baixo. -É só uma dor chata que eu tenho todos os
meses. Você já devia ter se acostumando.
-Não é a mesma coisa de
alguns anos atrás. Você fica impossível... e a gente pode brigar a qualquer
segundo. Você sabe!
-Eu sei que fico pior do que
já sou... tipo hoje... eu tenho que admitir que você é o melhor marido do
mundo. -Coloquei toda sinceridade naquela declaração. Porque era verdade.
Arthur voltou a atenção para o meu rosto. -Tô falando sério. -Finalizei. Ele
aproximou os lábios dos meus e antes de me beijar, sussurrou:
-Você sabe que eu vou me
achar né?
-Sim. Você faz isso
constantemente! -Comentei e não pude deixar de rir. Então ele me beijou.
Encerramos o beijo com selinhos.
Continua...
Se leu, comente! Não custa nada.
Que lindos
ResponderExcluirPosta maiss
Muito fofos! Já pode postar mais kkk
ResponderExcluiresses dois entre tapas e beijos kkkk amando meu casal arengueiro kk maisssssssssssss?
ResponderExcluirMuito fofa essa declaração de Lua *__* ciume é fogo kkk acho que ela ficou por causa das barangas la se oferecendo pra ele kkk
ResponderExcluirmeu amor vc pode se achar kkkkkkkk todo mundo quer vc thur como marido kkkkkk mais amando!
ResponderExcluir