Little Anie - Cap. 23

|

Little Anie
(There's no distance in between our love)
(não tem distância entre o nosso amor)
[...]

I'll be all you need and more
Eu serei tudo que você precisa e mais
Because
Porque
When the sun shines, we'll shine together
Quando o sol brilhar, nós brilharemos juntos
Told you I'll be here forever
Jurei que estaria aqui para sempre

Pov Arthur
Lua estava demorando muito pra voltar. Já estava quase indo atrás dela. Quando ouvi sua voz.

-Vamos embora! -Ela estava gentilmente pedindo para irmos logo embora.
-Você demorou. -Questionei.
-Tô com uma cólica insuportável. Vamos logo. Não me faça implorar! -Assenti e chamei o garçom. Lua nesses dias era pior do que se eu tivesse que aguentar dez dela. Seria uma longa semana.
-Vamos! -Falei assim que paguei a conta. Lua segurou em minha mão e apertou. -O que foi?
-Nada.
-Vai voltar para o trabalho? Você parece tão mal.
-Eu tô com dor... Queria o quê? -Perguntou irônica.
-Quando não é uma coisa, é outra. -Falei.
-Não enche Arthur!
-Ok! Ok! Vou ficar mudo.
-Acho bom mesmo. Não quero mais me estressar com você. -Falou e abriu a bolsa procurando por alguma coisa. -Aah droga! -Exclamou. -Hoje é o meu dia! -A olhei.
-O que foi, Luh?
-Você disse que ia ficar mudo.
-Como? Você tá me deixando preocupado já.
-Passa numa farmácia? Por favor, Arthur. -Pediu mais calma. Realmente para entendê-la. A pessoa tinha que ter paciência acima de tudo. Não falei nada e tentei encontrar uma farmácia no caminho.
-Pronto. -Falei assim que estacionei em frente a uma. Lua abriu a porta do carro e saiu. Eu é que ia precisar de um remédio para dor... só que de cabeça. Uns cinco minutos depois, ela voltou. Já ia dá duas e meia. E eu dei partida no carro em direção ao trabalho dela. Lua não disse mais nada. E isso estava me incomodando. -Luh?
-Uhm...
-O que você tem? Fora a dor, a raiva de mim, o estresse... -Perguntei. Lua me encarou.
-E você acha isso pouco? -Ironizou.
-Tô preocupado...
-Tô bem. -Ela respondeu. E eu estacionei em frente ao prédio onde ela trabalhava. Mas Lua não fez menção de sair do carro, e isso era estranho. -Você vem me buscar? -Perguntou.
-Talvez... Se você me esperar. Não sei que horas vai terminar tudo lá. Me liga, ok?
-Tudo bem... E... Er... Desculpa pelo estresse de hoje. -Pediu. Sim. Lua não estava bem. E isso estava me preocupando.
-Luh, pelo amor de Deus, o que você tem?
-Nada. Eu xinguei muito você hoje. Desculpa, de verdade. -Falou.
-Meu Deus! -Exclamei e me aproximei dela. -Você tá me preocupando.
-Deixa de ser bobo.
-Essa cólica tá afetando o teu cérebro. -Brinquei.
-Não abusa também. -Me avisou. E eu a abracei e beijei sua cabeça.
-Não sei o que tá acontecendo... -Falei e ergui seu queixo e lhe dei um selinho. -Quero a Luh de volta!
-Vou xingar você. -Ameaçou e eu rir.
-Não. Xingar não. Gosto quando você me elogia.
-Você não tá merecendo elogio algum.
-Não?
-Não!
-Nem um beijo? Um beijo de verdade. -Perguntei.
-Vou fazer esse esforço. -Falou e eu sorri aproximando nossos lábios. Mordi levemente seu lábio inferior antes de iniciar o beijo.
-Tá bom... -Sussurrou seperando nossos lábios. -Preciso ir. -Falou e me deu um selinho.
-Não se esquece de me ligar. -Falei voltando ao meu lugar.
-Quatro e meia. Ok?
-Ok... Qualquer coisa, me liga. É sério, tô preocupado com você. -Falei.
-Não precisa. Fora a dor, eu estou bem. -Ela disse e saiu. Dirigi até o local da reunião. A gravadora.

Pov Lua
Eu literalmente odiava cólica. Aliás, toda mulher deve odiar essa dor. Por que dói tanto hein? Eu já estava quase tomando aquela cartela toda de pílula e a dor não passava. Eu estava rezando para que aquele ponteiro se adiantasse logo. Cadê às quatro e meia que não chegam? Parece que minhas pernas queriam travar. Me mexi na cadeira tentando manter as pernas em movimento. Eu não tinha mais paciência nenhuma para ler nenhum processo. Eu só queria chegar logo em casa. Eu só queria a minha cama. Eu só queria Arthur fazendo uma massagem em mim, porque essa dor estava quase me fazendo gritar. Olhei para o relógio mais uma vez assim e para o meu alívio, já era quatro e vinte e cinco. Peguei o celular e liguei para Arthur. Chamou umas três vezes, e eu quase desliguei, mas ele atendeu.

Ligação ON
-Luh. -Falou. Óbvio que era eu. Mas eu não ia discuti por isso.
-Você ainda tá ocupado? -Eu estava me esforçando muito para parecer natural. Sem dor alguma até na voz.
-Que voz é essa? -Eu podia adivinhar que ele estava segurando o riso.
-Não vem rir, ok? Não tô pra piadinhas hoje não! -Avisei logo.
-Só tô perguntando. E respondendo a sua pergunta, não. Ainda não acabei aqui. Você pode me esperar mais um pouco aí? -Perguntou.
-Pouco quanto?
-Meia hora. -Falou receoso. Revirei os olhos. É claro que eu não ia esperar.
-Não. Não vou esperar nem cinco minutos. Vou pegar um táxi. -Falei.
-Luh, é só meia hora, passa rápido. -Ele disse calmo.
-Meia hora e mais quinze ou vinte minutos até você chegar aqui. Quase uma hora. É óbvio que não Arthur. Não vou esperar. Qual a parte de que eu estou sentindo uma dor desgraçada que você ainda não entendeu? -Perguntei irritada.
-Eu não tenho culpa se você tá sentindo dor. -Quase eu pergunto se ele queria um prêmio por te me dado essa resposta.
-Vou desligar. A gente se vê em casa. -Tentei soar calma.
-Me espera. Vou buscar você aí... -Ele disse.
-Não precisa. Não vou esperar meia hora.
-Vou agora. Me espera! Tá?
-Tá. -Respondi e desliguei o celular.
Ligação OF

Quinze minutos depois, Hanna me ligou avisando que Arthur estava me esperando. Me levantei da cadeira, ajeitei meu vestido, peguei minha bolsa e saí da sala. Apertei o botão do elevador e esperei.

-Vim o mais rápido que pude. -Arthur disse assim que eu entrei no carro.
-Obrigado. -Falei e encostei a cabeça no banco do carro e Arthur dirigiu silenciosamente. Ele sabia mais do que ninguém, que quando eu estava assim, era melhor nem tentar puxar assunto. Nesses dias eu era dez vezes pior do que eu sou normalmente. Não demorou muito para chegarmos em casa, o trânsito ajudou bastante, e eu agradecia por isso.
-Pronto. -Ele disse ao estacionar na frente de casa. -Vai ficar aí? -Perguntou irônico. Não respondi nada. Eu seria capaz de levar a sério a pergunta. Abri a porta do carro e Arthur fez o mesmo. Caminhei até a entrada da casa e tirei a chave da bolsa. Arthur pegou a mesma da minha mão e abriu a porta.
-Maaamãããe! -Uma Anie saltitante veio em minha direção.
-Anie não corra. -Pedi. Ela obedeceu e caminhou até mim.
-O que foi mãe?
-Só não estou bem, amor. -Respondi.
-Você tá dodói?
-Não chamaria de doença. Só estou com uma dor chata que não quer passar. -Passei as mãos em seus cabelos e me abaixei para beijar sua bochecha.
-Filha! -Arthur falou alto vindo de braços abertos até Anie, que correu até ele e foi carregada.
-Papai! -Ela lhe deu um beijo. Preferi ir para o quarto. Eu tinha me imaginado naquela cama, cada minuto depois que voltei do almoço. Mas antes eu tomei mais um remédio para dor. Tirei os sapatos dos pés e me joguei na cama. Parecia que eu ia ter outro bebê. Doía tanto. Senti a cama afundar ao meu lado. Era Arthur. Ele sempre ficava preocupado e sem saber o que fazer quando me via assim. Mesmo que não fosse a primeira vez. Ele se inclinou sobre mim, eu estava de bruços, tirou alguns fios de cabelo que caiam em meu rosto, e os colocou atrás da minha orelha. Me deu um suave beijo na bochecha enquanto voltava a posição anterior.

-O que foi? -Perguntei. Minha voz saiu abafada por eu estar com o rosto pressionado no colchão.
-Nada. -Ele deu de ombros. -Já tomou remédio né? -Perguntou. Ouvi ele deixar seus sapatos caírem no chão.
-Desde a hora que saí do restaurante.
-Uhm... -Ele levantou da cama e tirou a roupa. -Vou tomar banho. -Avisou. Eu não disse nada e ele sumiu. Eu também precisava de um banho. Até minha cabeça já queria doer. Era só o que me faltava. Respirei fundo e fechei os olhos. Me lembrei de uma coisa que Arthur me falou mais cedo e comecei a rir. Realmente não era o meu dia. Quando ele saiu do banheiro, eu ainda estava rindo. Virei o rosto para olha-lo e ele caminhou em minha direção.
-Por que tá rindo? -Me perguntou.
-É que... -Pausa para a risada. -Eu lembrei... -Risada de novo. -De uma coisa que você falou... -Continuei rindo e Arthur me olhava com um meio sorriso.
-O que? Luh, você é confusa. -Comentou. Mostrei língua.
-Você disse que ia me pedi desculpas do jeito certo, quando chegássemos em casa. -Falei e Arthur riu frustrado.
-Sua cólica atrapalhou os meus planos prazerosos. -Comentou lamentando. E aproximou os lábios dos meus. -Mas você sabe que eu não ligo de transar com você... bem... nesses dias... -Suas bochechas ficaram vermelhas e a minha expressão foi de nojo. Eca!
-Que nojo... -Falei e fiz uma careta. Arthur passou os lábios pelo meu pescoço e subiu os beijos até minha orelha.
-Nojento por quê? -Perguntou.
-Porque é. Imagina só você... não. Não imagina. -Falei e Arthur soltou um riso abafado. E beijou meus lábios. -Você até me faz esquecer a dor... -Comentei. Arthur me olhou.
-Que bom... -Sorriu e passou a ponta dos dedos no contorno do meu rosto. - Que essa semana passe voando. -Comentou. Eu sabia o porque.
-Arthur!
-O que?! Quero que você fique livre da dor rápido ué... -Se justificou.
-Aah sei... sei bem o que tu quer mesmo.
-Claro que sabe. Minhas intenções são visíveis.
-Arthur! Pode parar! -Avisei e ele riu.
-Tá bom, tá bom... -Obedeceu e voltou a beijar meu pescoço, enquanto eu fazia desenhos aleatórios na costa dele. -Luh?
-Uhm...
-Falando sério, eu fiquei preocupado com você. -Admitiu.
-Eu sei... -Falei depositando um beijo no ombro dele.
-E com ciúmes também... não queria ter gritado com você.
-Eu gritei primeiro. -O lembrei. -Essa parte do ciúme é ridícula. -Falei.
-Eu sei e não quero falar dessa parte...
-Ok.
-Eu odeio ver você assim e não poder fazer nada. -Falou distribuindo beijos ainda em meu pescoço. Arthur era o tipo de pessoa que não podia ver ninguém triste, chorando ou com dor, perto dele, ele era péssimo em lidar com isso. Ele nunca sabia o que fazer.
-Mas você não pode fazer... não se culpe por isso. -Falei baixo. -É só uma dor chata que eu tenho todos os meses. Você já devia ter se acostumando.
-Não é a mesma coisa de alguns anos atrás. Você fica impossível... e a gente pode brigar a qualquer segundo. Você sabe!
-Eu sei que fico pior do que já sou... tipo hoje... eu tenho que admitir que você é o melhor marido do mundo. -Coloquei toda sinceridade naquela declaração. Porque era verdade. Arthur voltou a atenção para o meu rosto. -Tô falando sério. -Finalizei. Ele aproximou os lábios dos meus e antes de me beijar, sussurrou:
-Você sabe que eu vou me achar né?
-Sim. Você faz isso constantemente! -Comentei e não pude deixar de rir. Então ele me beijou. Encerramos o beijo com selinhos.

Continua...


Se leu, comente! Não custa nada.

5 comentários:

  1. Que lindos
    Posta maiss

    ResponderExcluir
  2. Muito fofos! Já pode postar mais kkk

    ResponderExcluir
  3. esses dois entre tapas e beijos kkkk amando meu casal arengueiro kk maisssssssssssss?

    ResponderExcluir
  4. Muito fofa essa declaração de Lua *__* ciume é fogo kkk acho que ela ficou por causa das barangas la se oferecendo pra ele kkk

    ResponderExcluir
  5. meu amor vc pode se achar kkkkkkkk todo mundo quer vc thur como marido kkkkkk mais amando!

    ResponderExcluir