Little Anie - Cap. 22

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Little Anie
A desculpa é esfarrapada, mas é legítima. Nada é mais vulnerável que nosso desejo. Na luta entre o cérebro e a pele, nunca dá empate. A pele sempre ganha de W.O.

Pov Lua

-Não duvida de mim! -Disse irritada e tirei o sapato do pé e apertei o mesmo com força. Juro. Juro mesmo que a minha maior vontade era jogar o sapato na cabeça do Arthur. Fechei os olhos e continuei segurando o sapato com força. Eu me sentiria ridícula se fizesse isso. No mínimo eu ia deixar só um galo na cabeça dele. E no momento eu queria matar aquele ser, que apesar de tudo, eu amava.
-Vai me agredir agora? -Ele perguntou com a voz carregada de sarcasmo. No fundo ele sabia que eu não teria coragem de fazer aquilo. Não que me faltasse vontade.
-Agredir? Isso é pouco perto do que eu tô com vontade de fazer com você. -Respondi.
-Solta esse sapato. -Ele pediu. -Ou você vai acabar fazendo besteira. -Avisou. Ele estava sério e continuou dirigindo. Respirei fundo antes de deixar o sapato cair. -Desculpa. -Ele pediu se virando para mim, assim que estacionou o carro em frente ao restaurante. -Eu estou estressado com algumas coisas. Não devia ter descontado em você. -Finalizou.
-Ainda bem que você sabe. Mas sei que não é só sobre a reunião... -Comentei.
-Você tem razão... Eu... É idiotice, Luh. -Ele revirou os olhos.
-Você é idiota, Arthur! -Falei e ele riu sem vontade.
-Você parecia está se divertindo com o Adam. -Comentou finalmente. Aah, então era isso!
-Adam é casado e você sabe. Aliás, Rose e Hanna também estavam lá, ou você tá cego? E nem se ele fosse solteiro, eu o queria... de problemas eu tô correndo, sacou? -Ergui uma sobrancelha.
-Eu sei que ele é casado. E não. Não estou cego, eu as vi. Eu disse que era idiotice. Agora a gente pode ir comer? Tô com fome e a gente já perdeu tempo demais discutindo.
-Você é um idiota. Idiota! Idiota! E eu perdi a fome. -Falei com raiva.
-Para de me chamar de idiota. Que coisa! -Reclamou. -Vamos logo almoçar. Luh, já pedi desculpas. Não quero levar essa discussão ridícula adiante. A gente estava numa boa hoje de manhã. Por favor, vamos continuar assim?
-Você é ridículo. Você sempre estraga tudo. Se eu soubesse que ia acabar assim, nem tinha convidado você para almoçarmos juntos. -Falei. Sim, eu não me cansava de xinga-lo.
-Pra suportar você, só tendo muita paciência mesmo. -Retrucou.
-Aah é? É por que você ainda me suporta? Por que não me deixa logo? -Perguntei com mais raiva ainda.
-Porque eu te amo, Luh. -Falou e acariciou meu rosto. -Apesar de tudo... ou por tudo. Talvez por você ser a única que realmente discute e me xinga sem medo. -Finalizou. E agora eu queria bater na minha cara por ter deixado ele me tocar. Poxa a gente estava discutindo.
-Você é um idiota. Ridículo. Chato. E eu ainda tô com raiva de você e não ri droga! -Exclamei quando ele não segurou o riso.
-Eu sei... eu sei... mas eu te amo. -Ele disse com o ar de riso. Mas era sincero. E depositou um beijo em minha bochecha. -A gente tem que se aturar para sempre. A gente prometeu, amor. -Sussurrou próximo ao meu ouvido e mordeu levemente minha orelha, fazendo a minha raiva ir embora. Eu odiava ceder quando estava com raiva dele.
-Quero bater em você... -Minha voz já era um sussurro. Arthur beijava meu pescoço e mordia o lóbulo de minha orelha, vez ou outra. -Aaaah... -Droga! Droga! Droga! Mil vezes drogaaaaaa. Porque eu tinha que gemer logo agora?
-Quando a gente chegar em casa, eu deixo você me bater quando formos para a cama. -Ele sussurrou antes de morder novamente o lóbulo de minha orelha.
-Arthur! -Exclamei tentando parecer irritada, mas saiu quase como uma súplica.
-Uhm... -Ele me encarou. -Estou desculpado?
-Eu... eu quero... matar você. -Falei ofegante. Gente eu tô suando já. Não me lembro do clima está quente em Londres.
-Me matar? -Perguntou incrédulo. Mas não deixou de distribuir beijos pelo meu pescoço, bochecha e ombro.
-Arthur... pa... para! -Pedi. -Por favor, para. -Falei outra vez. Ele parou e me encarou.
-Parei. -Ele disse e tocou outra vez meu rosto. -Desculpa amor. -Pediu outra vez. E aproximou o rosto do meu. -Luh?
-Você é um... -Ele me interrompeu.
-Idiota?
-Chato! -Falei só para contraria-lo. Arthur riu.
-Vamos logo almoçar, Luh? -Perguntou roçando os lábios nos meus.
-Eu ainda tô com raiva de você. -Avisei outra vez.
-Depois eu peço desculpas do jeito certo, tá bom?
-Que jeito certo? -Arthur riu da minha pergunta. E eu continuei séria.
-Quando a gente chegar em casa, eu te mostro. -Ele apertou o meu nariz e eu fiz careta.
-Ridículo! -Hoje foi o dia que eu mais xinguei ele. Coitado. Mas bem feito.
-Chega de me xingar né?
-Não!
-Tá bom... Vamos logo Luh! Tô morrendo de fome. Sério mesmo.
-Vamos... -Me dei por vencida e aceitei ir.

Já estávamos quase terminando o almoço. Quando resolvi olhar para os lados, observando os clientes. Duas idiotas estavam rindo na minha direção. Estavam rindo de mim? Eu estava com a boca suja? Aff's, claro que não, ou Arthur já teria me falado. Só sei dizer que eu não estava num bom dia, e se elas continuassem rindo de mim. Aaah' eu nem sei o que farei.

-Arthur?
-Oi, amor...
-Você conhece aquelas duas ali? -Perguntei indicando com a cabeça. Quem era as tal. Arthur virou o rosto e observou por uns segundos. E depois me olhou.
-Não que eu me lembre. -Respondeu. -Por quê?
-Porque tenho a impressão de que estão rindo de mim.
-Por que estariam rindo de você?
-Não sei. Também queria saber. -Falei me levantando. Arthur segurou em meu braço discretamente.
-Eeii, aonde você vai?
-Ao banheiro, Arthur. -Revirei os olhos. E ele me soltou.

Andei até o banheiro e entrei em um reservado. Mas que droga. Cólica insuportável. Até que escutei duas vozes. Odiava vim ao banheiro sozinha.

-Você viu ele? Será que ele se lembra de você? -Uma delas riu.
-Não sei... Mas o amiguinho dele deve lembrar muito bem de mim. -A outra comentou.
-Qual nome dele?
-Chay!
-Não. Desse que tá aqui.
-Arthur. Karen, você não pode esquecer dele. Ainda tenho vontade de descobrir se ele é melhor que o amigo dele na cama. -Ela riu.
-Ster, você não desiste mesmo. Ele já disse não uma vez. -Karen a lembrou. E eu permaneci muda. Quase sem respirar naquele lugar. Só para escutar a conversa delas.
-Não foi de todo mal. Eu fiquei com Chay. E ele é bom, amiga. -Karen riu e acrescentou.
-Ster, eu ainda acho que Arthur deve ser melhor que ele. Ele tem cara de que sabe enlouquecer qualquer uma na hora H. O que você acha da mulher dele? -Karen perguntou.
-Em primeiro lugar: Sortuda né? E em segundo: Sou mais eu. -Respondeu e as duas ficaram em silêncio. Revirei os olhos. Não era a primeira a falar mal de mim. Arthur devia ter me falado a verdade. Mas eu sei porque ele não disse.
-Quando eu descobri se ele realmente é melhor do que os outros. Eu te conto!
-Ster. Ster. O que você vai aprontar hein?
-Relaxa Karen. Vamos só conversar. Quero só ver até quando ele vai manter a fidelidade.
-Não faz tanto tempo assim...
-Não. Uns seis meses ou mais um pouco.
-Ster? Como você vai fazer? -Ela riu.
-Tenho os meus truques. Só sei dizer que não vou desistir dele.
-Ele nem olhou pra você naquele dia. -Karen comentou.
-Notei a falta de interesse. Por isso não insisti. Ele me deu um fora tão seco.
-Vamos! George chegou. -Karen avisou. -Me mandou mensagem.
-Deixa eu terminar de retocar o batom. George é um saco!
-Vem logo Ster! -E elas saíram do banheiro, e eu pude respirar aliviada.

Continua...


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8 comentários:

  1. Vadi*s, podem tirar o olho do Arthur... Postaaa maiiis

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  2. Estou sentindo uma treta no ar kkk,
    Maaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaais pfvr

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  3. Sabia que era ciume kkk se ffosse Lua saia dava um chega nessas ridiculas ;)

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  4. Eita que ciumento meu deuso kkkk Lua bote moral nessas quengas oxi.. davalhe um pau no banheiro mesmo

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  5. Vadias a luh tinha que ter quebrado elas

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  6. Arthur todo bolado enciumado kkkkk

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