Little Anie - Cap. 21

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Little Anie
Sente-se amado aquele que não vê transformada a mágoa em munição na hora da discussão.
[...]

Sente-se amado quem não ofega, mas suspira;
Quem não levanta a voz, mas fala;
Quem não concorda, mas escuta.
-Martha Medeiros

Pov Lua

Arthur saiu do quarto, e eu quase voltei a dormir. Ainda eram sete e trinta e cinco. Me espreguicei e ouvi o barulho da porta se abrindo. Será que Arthur tinha esquecido alguma coisa? Ele vivia esquecendo a chave do carro ou a carteira. Me virei para ver quem era. E vi Anie. Sorri e ela caminhou até mim. Estiquei meu braço até segurar sua mão, e a ajudei a subir na cama.

-Bom dia, amor. -Falei lhe dando vários beijinhos. Anie me abraçou.
-Bom dia, mamãe... Cadê o papai? -Ela disse olhando o banheiro e depois para o closet.
-Ele tinha uma reunião. Ele te disse ontem. Você esqueceu? –Perguntei.
-Aaah... eu tinha esquecido. Ele vai demorar?
-Não sei amor. -Respondi.
-Você não vai trabalhar hoje?
-Vou sim, mas só daqui a pouco.
-Quero ir no parquinho.
-Vou pedir para Carol levar você tá?
-Tá.

Fiquei na cama mais uns vinte minutos, e depois levantei. Tomei banho, me arrumei. Geralmente as roupas que usávamos no escritório eram saias e vertidos acima do joelho, e blusas sem decotes ousados. Eu quase não ia de calça comprida. A não ser que o frio estivesse quase insuportável. Hoje eu iria de vestido. Ele era preto, acima do joelho. E um sapato da mesma cor. Penteie o cabelo, fiz uma maquiagem leve. E fui até a cama. Anie tinha ligado a TV.

-Filha? -Chamei. Anie me olhou. -Vou chamar Carol para banhar você. Depois que você tomar café, pode ficar assistindo desenho. Ok?
-Ok... mas mãe?
-Oi.
-Eu quero ir no parquinho.
-Eu sei, já disse que vou pedir para Carol levar você. -Falei.

E lhe dei um beijo no rosto. Saí do quarto para tomar café. Já era oito e meia. Quando voltei para o quarto, para pegar minha bolsa. Meu celular começou a tocar. Era Arthur.

Ligação ON
-Luh? -Ele perguntou assim que eu atendi a ligação.
-Você ligou pra mim, certo? -Ironizei.
-Luh...
-Oi. O que aconteceu?
-Você ainda está em casa?
-Estou. Por que?
-Pega a minha carteira? Eu esqueci. Acho que tá no bolso da calça que eu usei ontem. Pensei que tinha deixado no carro. Eu pego com você na hora do almoço. -Ele falou rápido.
-Só não esquece a cabeça porque é grudada no pescoço. -Falei e o ouvir bufar. -Nem adianta bufar, é verdade. Achei que estivesse atrasado. -Comentei. "Arthur" Ouvi alguém chama-lo. E ele dizer um "Tô indo".
-Pelo visto, eu não era o único. -Respondeu. -Preciso ir. Não se esquece de pegar a minha carteira. Te amo. Beijos.
-Amo você.
Ligação OF

Coloquei o celular na bolsa. Eu já tinha pedido a Carla, para chamar um táxi. Dei outro beijo em Anie e saí do quarto. Também já tinha falado com Carol para levar Anie ao parque. O táxi já havia chegado. Fui para o trabalho.

Onze e quarenta e cinco...

Eu estava conversando com Adam, quando meu celular começou a tocar.

Ligação ON
-Arthur! -Falei.
-Lua! -Ele disse. Sim, ele queria me provocar.
-O que aconteceu?
-Eu disse que te ligaria antes do meio dia. Atrapalhei você?
-Achei que tivesse deixado claro que íamos almoçar, quando disse que pegaria a carteira comigo. E não. Não tá atrapalhando. A reunião já acabou?
-Não. Estamos falando sobre o novo CD. Isso ainda não acabou. Vou sair à uma hora. Você não pode sair mais cedo não?
-Não, Arthur. Tudo bem se não quiser me esperar. -Falei.
-Não é isso, Luh. Tudo bem, passo aí uma e meia. Beijos. Preciso desligar.
-Tá bom. Beijos.
Ligação OF

-Casamento. -Adam comentou.
-Marido confuso. Isso sim. -Comentei. Adam riu.
-Vocês reclamam da gente, mas nos superam.
-Vou comentar com a Rose sobre isso. -Ameacei.
-Negarei tudo! -Ele finalizou. -Vou tomar um café, você vem?
-Não. Mas obrigado, Adam. -Falei e ele saiu.

Uma e vinte e oito...

Arrumei as minhas coisas e peguei minha bolsa. Adam estava próximo ao elevador.

-Vai almoçar com o Arthur? -Me perguntou assim que apertou o botão do elevador.
-Vou. Por que?
-Por nada. A gente sempre almoça junto. -E era verdade. Adam, a esposa dele, Rose. Olivia, Layla e Hanna sempre almoçávamos juntos.
-Se ele não mudar de ideia. Por que vocês homens são assim?
-Assim como?
-Assim, confusos demais.
-A gente? Confusos? Tá, vou fingir que não ouvi essa pergunta. -Adam riu. Lhe dei um soquinho.
-Eeii eu não fiz uma piada. Quero uma resposta. -Falei séria.
-Luh!
-Oi, Hanna. Oi, Rose. -O elevador tinha parado no 6° andar.
-Vamos almoçar? -Hanna perguntou.
-Hoje vou almoçar com o Arthur. Aliás, acho que ele já deve está lá em baixo. -Falei.
-Adam! -Rose disse empurrando o marido. -Deixe de graça. -Ele riu.
-Hoje ele está impossível. -Comentei assim que saímos do elevador.
-Posso imaginar. -Ela retrucou e nós caminhamos juntos até a saída. Ri.
-Ora dona Lua, você atiça e vai embora?
-Eu só falei a verdade. Aliás, ela já podia imaginar. -Repeti o que Rose disse.
-Ninguém vai te defender querido, Adam. -Hanna falou.
-Estou em desvantagem.
-Você sempre acaba ficando mesmo. -Rose deu de ombros. E nós rimos. Avistei o carro de Arthur. E eu já tinha enrolado ali quase dez minutos.
-Vou indo. Tchau... e não discuta com elas. -Pisquei um olho e saí. Adam gritou algo como "Você ainda volta".

-Oi. -Falei assim que entrei no carro. Arthur estava sério e isso era chato demais.
-Oi. -O oi foi tão seco, que eu senti até sede.
-Essa cara por quê? -Perguntei.
-É a única que eu tenho. -Respondeu e deu partida no carro.
-Se for pra ficar com esse mau humor o almoço todo. É melhor parar o carro pra eu descer. Não sou obrigada a aturar isso. -Falei tão seca quanto ele. Mas ele permaneceu calado e dirigindo. E isso só serviu para me irritar ainda mais. -Tá surdo? -Perguntei. Esperei mais de quinze minutos, acho ele tá brincando de me irritar. Só pode. -Fala comigo droga! Você veio me buscar pra que? Pra brincar de mudo e surdo e me ignorar? Você é tão idiota! Para a droga desse carro. Quero descer. Não vou almoçar com você. Não sei o que aconteceu na droga dessa reunião. Só não vem descontar em mim. Você é ridículo. PARA ESSE CARRO! TÁ SURDO É? -Gritei.
-CALA A BOCA LUA! POR FAVOR! -Ele gritou. Aah nossa. Até gritando quer ser educado. Mas mandou eu calar a boca. Olhei pra ele com toda a raiva do mundo concentrada no olhar e tentei abrir a porta do carro, mas estava travada.
-Destrava essa merda! -Pedi.
-Você acha eu ia deixar destravada, sabendo que você não pensa quando está irritada? -Olha só, eu é quem não penso.
-Então você deve está ciente de que eu tenho nós pés um sapato de salto e que eu posso gentilmente tirar e jogar em você? -Perguntei.
-Deixa de falar besteira. -Retrucou.

Continua...


Se leu, comente! Não custa nada.

14 comentários:

  1. Ai meu Deus como eles gostam dessa implicância

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  2. Eita o caldo esquentou kkkk Arthur ta doido só pode kk mais amando ;)

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  3. Porra o Arthur provocou kkk ciumes só acho kkkk

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  4. Pior burrada do homem, mandar uma uma mulher calar a boca quando ele ta puta da vida e não fez nada pra isso .... estou ate com pena dele agora kkkkk

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  5. :o o que será que aconteceu, para este homem está com esse estresse todo? Posta mais amore #ansiosa

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  6. Ou meu filho Lua né tuas negas não rum cala a boca um caral.... dar um apertão no ovo dele Lu rum ta co raiva tira calça e pisa em cima ;)

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  7. poxa gosto tanto da outra web :(

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    1. Não deu para eu posta-la nesse dia. Sorry. Mas vou posta-la amanhã! : )

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  8. Kkk ta muito bom! Já quero o próximo capitulo!

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  9. Kkkkkk, Lua e Arthur bravos kk, estou completamente apaixonada por essa web !

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  10. Respostas
    1. Letícia, não aconteceu nada com a web: O Clube. Só não deu para eu posta-la nesse dia. Mas amanhã vou atualizar as duas. Ok?! Bjs...

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