Little Anie - Cap. 19

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Little Anie
You came thoughtfully
Você veio atenciosamente
Loved faithfully
E, em seguida fielmente

You taught me honor
Você me ensinou a honra
You did it for me
Você fez isso por mim

Pov Lua

Passamos mais algumas horas ali, falando de outros assuntos, é claro. Já iria dar umas 21h30 quando Arthur me convidou para irmos embora.

-Luh?
-Uhm... -Falei e olhei para ele, que estava alheio do papo animado que eu tinha engatado com Sophie. Henry já tinha adormecido, e tanto Julie quanto Anie, não haviam se cansado ainda de brincar.
-Vamos embora? Já está tarde. Tenho que encontrar com os garotos amanhã cedo. -Explicou.
-Tudo bem. Só vá convencer Anie. Ela parece incansável. -Falei ao olhar para ela, que sorriu e acenou para nós dois. Joguei um beijo no ar para ela. E Arthur deu um tchauzinho.
-Ela parece não. Ela está incansável. -Corrigiu. -Acho que vou ter que prometer algo em troca. -Comentou.
-Acha? -Perguntei rindo. -Eu tenho certeza. -Falei e Arthur deu língua.
-Vou lá... -Ela disse e se levantou, indo até, Anie.

Observei a cena de longe. Anie fez birra, ficou com um bico enorme, e eu segurei o riso das tentativas de Arthur tentando convence-la de que tínhamos que ir embora. A menina cruzou os braços e encarou Arthur com uma cara pidona, e com um bico fofo. Mas eu tinha certeza de que Arthur não ia ceder aos pedidos da filha.

-Ele parece ser um bom pai. -O comentário de Sophie me despertou.
-Aah... Sim. Constantemente. -Sorri.
-Pensam em ter outro filho? Ou filhos? -Perguntou. Esse assunto estava me perseguido. Será que eu seria mãe em breve?
-Eu não. Ele sim. -Respondi. -Eu sempre deixo o assunto para depois. Já temos uma filha, por enquanto está bom. -Completei. Sophie assentiu.
-O que você faz da vida? -Perguntei.
-Estudo. Eu faço faculdade de jornalismo. -Respondeu. -Minha mãe me ajuda a cuidar dele. -Completou. Assenti. -E você?
-Sou advogada. Trabalho em um escritório.
-Aah, sim. -Ela queria dizer algo. Mas parecia ter vergonha. Arthur ainda tentava convencer Anie de que tínhamos que ir embora. -Eu... eu ainda não acredito que um McFly, carregou o meu filho, que eu conversei com a mulher dele normalmente, como se já nos conhecêssemos, que minha irmã está brincando com a filha dele, no Shopping. -Falou. Pronto. Eu disse que tinha algo.
-Aah. -Exclamei. -Não somos de outro mundo. Você é fã deles? -Perguntei na dúvida. Ela não deu sinal nenhum de histeria.
-Sim. -Ela sussurrou e eu ergui uma sobrancelha. -Já fui a vários shows. Só que depois que engravidei... Não tive mais tempo. Minha mãe disse que eu tinha que ter responsabilidade...
-E ela está certa. -Falei. -Não me fale que meu marido é o seu preferido? -Brinquei. Sophie corou.
-Meu preferido continua sendo o Harry. -Ela respondeu. Suas bochechas ficaram mais vermelhas ainda.
-Ele é o último solteiro. -Comentei. E empurrei levemente Sophie para o lado. Ela riu.
-Er... Eu sei. E sei também que é um safado. -Ela abafou a risada por estar com o filho adormecido no colo.
-Ele é o meu melhor amigo, desde a adolescência. Não se deixe enganar pelo que lê. -Falei. -A maioria das notícias, são apenas boatos. E eu não estou defendendo ele. Só estou falando a verdade. Harry é a pessoa mais divertida que eu conheço. -Finalizei. -O quão perto deles você já chegou? -Perguntei logo em seguida.
-Perto suficiente quando o Arthur colocou Henry em meu colo. -Ela respondeu. E isso queria dizer que ela não os conhecia pessoalmente. Não todos, ainda faltavam três.
-Uhm...
-Já tentei conhece-los pessoalmente nos shows. Mas é muita gente. Se torna quase impossível. No meu caso, todas às vezes foram impossíveis.
-Entendo. -Falei e vi Arthur carregar Anie no colo enquanto ela sustentava uma cara emburrada.
-Sophie!
-Shiiii... Fala baixo. Henry está dormindo. -Sophie avisou.
-Não quero ir.
-Mas temos que ir. Daqui a pouco a mamãe vai ligar preocupada. Você sabe!
-Soooooooh...
-Julie!
-Mamãe... -Anie choramingou. Me levantei do banco para carrega-la.
-Não quero ir. -Ela disse assim que eu a carreguei.
-Filha, já está tarde. Amanhã eu e seu pai temos que acordar cedo. -Expliquei.
-Eu sei... papai falou. -Anie respondeu.
-Então, outro dia a gente volta, né amor? -Perguntei a Arthur.
-Sim. Claro que sim. -Ele se aproximou da filha e lhe deu um beijo na bochecha. -Birrenta. -Comentou baixo. -Nós temos que ir. Foi um prazer, Sophie! -Arthur falou a se dirigir a garota.
-Igualmente. -Ela respondeu rápido. E levantou do banco também.
-Quando vou ver Anie de novo? -Julie perguntou.
-É mamãe, quando vou ver Julie também?
-Não sei filha. Quem sabe quando viemos aqui de novo?
-Como vou saber que estão aqui? -Julie perguntou. Arthur segurou o riso. -Não vou mais ver Anie... -Julie sussurrou. -Eu sei. -A carinha que as duas fizeram deu até pena. Por que crianças faziam amizades tão rápidas?
-Quem disse? Você pode ir em casa brincar com Anie. Sophie pode levar você. -Falei.
-Ela pode ir mamãe?
-Claro que pode meu amor.
-Eu posso Sophie? Você me leva? -Agora Julie sorria, assim como Anie.
-Posso Ju. -Sophie sorriu. Trocamos números de telefone, e nos despedimos.

Horas Depois - Em Casa.

Pov Arthur

-O que John queria? -Lua perguntou assim que saiu do banheiro. Eu já estava deitado.
-Uma reunião com a banda. -Respondi. Ela se sentou na cama.
-Alguma coisa urgente?
-Nada que você precise se preocupar. -Falei. Lua franziu as sobrancelhas. E balançou a cabeça.
-Ok! Mas se você está irritado com algo. Não desconte em mim. Eu não tenho nada a ver com os seus problemas. -Ela disse irritada e se deitou.
-Luh...
-Luh! Luh! Não venha pedir desculpas. É sempre assim. Tô cansada. Acho melhor você ir dormir.
-Mas me desculpa. Sério mesmo. Você tá certa... A culpa não é sua. -Falei tocando no ombro dela.
-É claro que eu estou certa! Que saco, Arthur! A gente vive brigando. -Ela suspirou. -Não aguento mais... -Admitiu. E eu queria encerrar com aquele assunto. Antes que falássemos o que não queríamos. -Arthur...
-Oi. -Respondi.
-Eu não quero ter mais um filho. Se é sobre isso também. Quando é que você vai entender? Aceitar? -Ela me disse. E se virou para me olhar.
-Eu entendo... Lua, a gente pode tentar. Você sabe que sim.
-Eu. Não. Quero. -Ela deu ênfase em cada palavra.
-Você tem medo.
-E daí? E se for medo? Você vai mesmo assim me obrigar a ter um bebê? -Me perguntou erguendo uma das sobrancelhas. A olhei incrédulo.
-Claro que não. -Respondi e olhei em seus olhos. -Só quero saber se é um não definitivo. Se você realmente não quer nunca mais ter outro bebê. -Falei. Lua me olhava.
-Não, Arthur. Não é definitivo. É só que agora. Agora não. Entende? -Ela me disse. E eu quase pedi para que ela repetisse o que havia falado.
-Você tá falando sério? -Perguntei confuso. Em algum momento no futuro ela se via mãe novamente? -Eu posso alimentar a esperança de ser pai novamente? -Perguntei.
-Acho que sim... Daqui há uns cinco ou sete anos, quem sabe... -Ela respondeu. E eu quase engasguei. Ela devia está de brincadeira com a minha cara. Fiquei esperando que ela risse, mas Lua permaneceu séria.
-Isso é sério?
-O que? Que eu ainda talvez queira ter um filho? Sim. É sério.
-Não. O tempo que você vai demorar para decidir. Sete anos? Isso é sério? -Perguntei outra vez.
-Sim... acho que sim. É tempo suficiente para pensar...
-Lua! É tempo suficiente para se ter mais uns dois filhos. -Falei.
-Não no meu caso.
-Luh, uns dois ou três anos, tudo bem. Agora sete anos? É uma vida.
-A gente precisa pensar bem. Já temos uma filha. Não vou engravidar a hora que você quiser ter um filho. Ou sempre que você quiser. -Ela disse irritada.
-Eu não tô pedindo isso... eu quero um filho. Um menino, e pronto, Luh.
-E se não nascer um menino? E se for outra menina? -Perguntou. Suspirei.
-Tudo bem, Luh. Vai ser a menina, e eu vou ama-la do mesmo jeito. Vai ser nossa filha. E isso é o que importa. -Respondi e acariciei o rosto dela. Eu não queria discutir.
-E se... Se eu não conseguir te dar um menino?
-Não importa. Você vai me dar outro bebê. Não pense que eu irei amar só se nascer um menino. Não é isso. Não pense no sexo do bebê como uma coisa importante. Eu quero um filho. Um filho seu e meu. É isso que eu quero meu amor. -Falei e pude notar que os olhos dela estavam cheios de lágrimas.

Continua...


Se leu, comente! Não custa nada.
Esse cap, era pra eu postar amanhã, mas amanhã eu não vou poder postar.
Portanto, eu resolvi postar hoje. Para não deixar vocês a mão.
Beijos... Espero que gostem do cap.

5 comentários:

  1. Obaa... A Lua só pode tá de brincadeira ;( o que custa da mais um filho pro Arthur...
    Até entendo que ela tenha medo por conta do nascimento de Anie, mas já passou, ela devia conversar seriamente com ele a respeito do medo que ela tem, assim quem sabe ele não a compreenda e de um tempo nos show's para conseguir o tão desejado filho...

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  2. A Lua deveria contar os medos que ela tem, do porquê que ela não quer ter outro filho agora. Mais?

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