Little Anie - Cap. 18

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Little Anie
Maybe one day
Talvez, algum dia
[...]
I'll give you what you like
Vou te dar o que você gosta
Pov Lua

Arthur saiu para atender a uma ligação. Fiquei sozinha naquele banco por uns dois minutos. Até uma moça sentar ao meu lado. Ela carregava com um bebê lindo. Ele era tão pequeno. Sorri quando ela me encarou.

-Oi. -Ela disse timidamente.
-Oi. -Respondi. Não sei se ela me conhecia. Talvez sim, meu marido era famoso. -Seu filho? -Perguntei ao apontar para a criança.
-Sim. O nome dele é Henry. -Ela disse sorridente. Ele era uma criança linda. Era loirinho e tinha lindos olhos verdes.
-Ele é lindo. -Falei.
-Obrigada. Meu nome é Sophie. -Se apresentou. Sorri por me lembrar de Sophia.
-Quase igual ao nome da minha irmã. -Comentei. Ela riu. -Sou, Lua. -Disse.
-Acho que já vi você em algum lugar...
-Aah... Provavelmente. -Respondi. Mas não mencionei o nome de Arthur. A qualquer hora ele iria aparecer ali mesmo.
-Sophie! -Uma garotinha também loirinha apareceu com um bico enorme. Ela devia ter uns quatro ou cinco anos. Será que era sua filha também?
-Oi, Julie. O que aconteceu? -Ela perguntou calma e a menininha cruzou os braços. Parecia, Anie quando estava irritada.
-Aquele menino chato não me deixa escorregar no escorregador. -Ela se queixou. E apontou para um garotinho de cabelos castanhos, ele era do tamanho de Julie, e provavelmente tinha a mesma idade que ela.
-Julie, espere a sua vez. Todas as outras crianças estão esperando. -Sophie pediu. -Não brigue com ninguém, ou eu não trago mais você aqui. -Ela avisou. A menina a olhou irritada e voltou para onde as outras crianças estavam.
-Sua filha também? -Perguntei. Se Arthur estivesse ao meu lado, ele com certeza pediria desculpa pela minha curiosidade. Mas ele não estava.
-Não. Não. É minha irmã caçula. Henry é meu primeiro filho. -Ela me disse. Assenti. -E você? Tem filhos? -Olhe só. Ela também é curiosa.
-Filha, no singular... -Respondi e não pude deixar de rir. Não me imaginava tendo outro filho, ou outros filhos. Olhei para a direção onde as crianças estavam, e procurei por, Anie. A vi brincando com mais duas menininhas, uma delas era a irmã de Sophie, a irritada, Julie. Agora ela parecia bem. Estava até sorrindo. -Ela está ali... -Falei apontando para onde Anie estava. -Perto da sua irmã. Ela é a de calça lilás e casaco preto. -Falei.
-Uma menina linda. -Ela me disse.
-Obrigada. -Falei. E olhei para o colo dela novamente. -Ele tem quantos meses? -Perguntei.
-Vai fazer quatro meses. -Me respondeu. Henry estava inquieto. E ele me olhou esticando os bracinhos. Sorri.
-Posso? -Pedi para carrega-lo.
-Claro. -Ela deixou e me entregou o garotinho. Suas mãozinhas não paravam de mexer. -Ele nunca vai com estranhos. -Ela comentou.
-Oi, Henry. -Falei com aquela típica voz de gente boba quando fala com bebês. Ele fez um barulhinho com a boca. Coloquei ele em pé no meu colo. Logo vi Anie vindo em minha direção.
-Mamãe?
-Oi amor. -Olhei para ela.
-De quem é ele, mamãe? -Me perguntou. Pude perceber um visível rastro de ciúmes em sua voz.
-Da Sophie, meu anjo. -Respondi e me virei para mostrar a ela, quem era a mãe de Henry.
-Qual o nome dele?
-Henry.
-Ele é bonito, mamãe.
-Sim. É lindo. -Falei.
-Anie? -Julie a chamou.
-Oi, Julie. Mamãe? A Julie é minha nova amiguinha. -Anie me disse. Sorri.
-Acho que já conheço ela. Filha? Julie e irmã de Sophie e tia de Henry. -Expliquei. E ela sorriu ao olhar para as duas. Ela estava segurando a mão do menino.
-Cadê o papai?
-Ele foi atender a um telefonema. Já volta. -Lhe disse. Anie balançou a cabeça.
-Vamos brincar Anie? -Julie a chamou.
-Papai! -Anie disse quando Arthur se aproximou da gente. Ele me olhava com um sorriso discreto. E eu já podia imaginar o que ele estava pensando. E eu não concordava com isso. Eu já tinha aceitado uma vez. E já estava bom demais.
-Oi meu amor. -Arthur disse ao pegar a filha no colo.
-Olha papai, ele é lindo. -Anie comentou apontando para o neném em meu colo.
-É lindo mesmo. Oi. -Arthur olhou para Sophie, que parecia está petrificada olhando para ele.
-Hã... Ah... Oi. -Sim. Ela gaguejou. Arthur tinha esse poder de fazer as pessoas ficarem nervosas e sem graça perto dele. E eu não a culpava por isso. Então ele deu um lindo sorriso e colocou a filha no chão e se sentou ao meu lado.
-Está pensando em ser mãe novamente? -Sussurrou.
-Não. E isso nem passou pela minha cabeça. -Respondi. Arthur soltou um riso abafado, e pegou na mãozinha de Henry.
-Qual o nome dele? -Perguntou.
-Henry. -Respondi. E ele começou a falar com o garotinho. E não é que Henry estava prestando atenção?! Parecia até que estava entendendo alguma coisa.
-Não sente saudades de ter um bebê em casa para cuidar? -Arthur me perguntou baixo. E eu pude notar que não era brincadeira. Ele estava falando sério. Como nas outras vezes em que trazia o assunto à tona. Ele queria ser pai novamente. Ele queria ter outro filho. Ele queria agora, um garotinho. E eu não pensava nisso. Eu não pensava em ser mãe novamente. E eu não queria falar sobre esse assunto.
-Não é porque eu estou com um bebê no colo, que eu quero ser mãe novamente. -Sussurrei e ele me olhou.
-Uhm... -Retrucou. Henry começou a esticar os bracinhos para que Arthur o carregasse.
-Quer carregar? -Perguntei. Arthur assentiu.
-Engraçado, ele não costuma a ir com estranhos. -Sophie comentou.
-Acho que ele gostou da gente. -Sorri. No segundo seguinte, Anie estava ao lado do pai. Sim, nossa filha estava com ciúmes daquele bebê.
-Mamãe...
-Oi, filha.
-O papai vai ficar com ele? -Ela perguntou baixinho ao me abraçar.
-Não meu amor. Ele tem mãe, e  com certeza um pai também. -Falei e depois beijei o topo de sua cabeça. -Ciúmes?
-Não. -Ela disse emburrada. Ri. Arthur olhou para a filha franzindo as sobrancelhas e balançou a cabeça. Entendendo o que se passava. Anie cruzou os braços e encarou Arthur.
-Quer um irmãozinho, Anie? -Ele perguntou. Abri a boca para falar alguma coisa, mas as palavras sumiram. Arthur estava louco.
-Não! -Anie disse seca, e emburrada. Arthur riu.
-Por que?
-Porque você vai amar mais ele. -Ela respondeu.
-Isso não é verdade, filha. Luh? Fala pra ela. -Ele me disse.

O que eu ia dizer? Eu também não queria ter um filho. E Anie não queria ter um irmãozinho. Ao ver aquela criança, o desejo dele ser pai novamente, só ficou maior do que já era. Maior do que sempre foi. Eu já tinha aceitado ser mãe uma vez. Mas duas? Nisso eu não tinha pensado. Não que eu nunca tivesse pensado em ser mãe antes. Só que naquele momento, eu achava que não era a hora certa. Que eu não daria conta. E que Arthur não estaria por perto. Mas ele me convenceu de que era mais que a hora. Que estávamos prontos. E que ele estaria lá. Só que não estava. Ele não estava lá, naquele dia. E agora eu tinha medo. Medo de que ele não estivesse de novo.

-Acho melhor a gente mudar de assunto. Anie vá brincar. Depois vamos embora. -Falei. Arthur me olhou, mas não disse nada.
-Tá, mamãe... -Ela disse e Arthur a chamou.
-Filha. -Anie virou e encarou, Arthur. -Vem aqui. -Ele a chamou. Anie foi até ele. Arthur colocou o garotinho sentado em uma de suas coxas. E estendeu uma das mãos livres para Anie. Ela segurou a mão dele, e Arthur a puxou para um abraço. Sophie tinha ido comprar um refrigerante para, Julie. -Eu amo só você, filha. Você sabe. -Ele lhe disse e depositou um beijo em suas bochechas, um de cada lado. -Não fique chateada. Henry é só uma criança. Você não precisa sentir ciúmes dele. Ele tem pai filha... -Arthur disse ao segurar o queixo da filha, fazendo-a olhar para ele.
-Ele não tem pai! -A pequena Julie surgiu do nada. Eu e Arthur olhamos para a garota.
-Julie! -Sophie a repreendeu.
-O pai de Henry não gosta dele. -Ela continuou. -E ele é chato. -Completou. -Vamos brincar, Anie? -Ela convidou. Anie concordou e as duas saíram. Sophie ficou nos encarando sem graça e Arthur devolveu o menino para ela.
-Er... Julie é bem direta. -Falou. Ri.
-Não precisa explicar. Acho que entendemos. -Falei e olhei para Arthur. Estava na cara que Sophie era separada do pai do pequeno, Henry. Que homem idiota. Dava raiva só de pensar. Como ele pôde fazer isso com a própria família? Henry era uma criança adorável. Sophie parecia ser uma boa mãe. E eu sinceramente esperava que em algum momento da vida desse cara, quem quer que ele seja. Ele sinta falta da linda família que deixou para trás.
-Ele não queria ter filhos. Achava que estava cedo. Acho que nunca pensou no assunto. -Comentou. Acho que ela queria contar a história. Eu não disse nada, e Arthur muito menos. Ele apenas me olhou. E eu sabia o que ele queria dizer com aquele olhar. "Ele não queria ter filhos", e aqui, é diferente, é "Você quem não quer ter mais filhos".

Continua...


Se leu, comente! Não custa nada.
Agora que deu para postar. Me desculpem por não ter postado ontem.
Continuem comentando, adorei os comentários do post anterior.

9 comentários:

  1. Eles têm que ter mais cuidado quando a Manu tiver perto kkk mais?

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  2. Manu? Letícia, acho que você confundiu, Little Anie, com a web: O Clube.

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  3. Posta +++ adorando a web

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  4. Amando a web, acho que ela não quer pensar se ficar sozinha de novo no parto ele viaja muito eu tanbém pensaria muito kkk maissssss!

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  5. Hunnn dar um filho ele Lua kkk oxiii maisssssssssssss

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  6. Olha nunca tinha comentado antes mas precisava. Essa Fic é simplesmente apaixonante, envolvente, quanto mas a tenho(leio no caso) preciso de mas, por mim(E tenho certeza de todos os outros leitores e ADMIRADORES do que tu faz e que tu nos trasmite que com você escreve) teria capítulos novos todos os dias, mas compreendo que tens sua vida, fora daqui que tem problemas, coisas a resolver, escola e tudo mas. Jamille parabéns, pelo que você faz, pelo seu 'trabalho', pelo sua determinação,aaah obrigada e não nos abandona não kkkk (sei que não fez isso até agora) tipo sofro nos finais de semana, sem sua Fic :'... Boom emfim!! Aaah estou precisando de um HOT bem detalhado, preliminares :V Pooor favor... Tchau moça!

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    1. Heey, MUUUITO OBRIGADA, VIICK! Você não sabe o quão bom é ler esses tipos de comentários. Que bom que gosta e admira meu "tratbalho". Fico feliz em saber... Haha'ha não vou abandonar não. Ainda falta muito para acabar a fic. E eu não pretendo parar por aqui. E sobre o Hot. Haha'ha no Cap. 20 tem hein?! Falo nada... Sábado talvez eu post. Se isso não acontecer, só na segunda-feira mesmo. E caraca, haha'ha, muito obrigada pelas palavras, pelo elogio. E Bye...

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