Minha
família retornou à Espanha uma semana após o casamento e no dia em que o fazem
meu coração se rompe.
Uma parte
muito importante de mim se vai e choro sem poder evitar. Papai chora. Mamãe
chora. A avó Nira chora, enquanto o resto tenta manter o tipo e eu soluço como
um bebê.
Por que de repente eu sou tão sentimental?
Com
fingimento, eu vejo minha avó Ankie se despedir de seu Cowboy. Ambos sorriem e
depois de lhe dar um beijo delicado em seus lábios que nos deixa, exceto a
Coral e a mim, sem palavras, Ambrosius nos olha, toca o chapéu para nos
cumprimentar e se vai.
Meu pai
olha para sua mãe para uma explicação e minha avó diz:
— Sou maior
de idade, não é, filho?
Meu pai
balança a cabeça e ela explica:
— Eu gosto de Ambrosius. Sou uma viúva, eu não
estou morta e não faz mal a ninguém, porque eu gosto de minha sexualidade. Ou
eu te causo algum dano?
Meu pai
pensa, balança a cabeça e finalmente sorri. Que mal humorado é meu pai.
Com carinho
me despeço de todos eles e, quando chego a minha avó Ankie, ela me diz:
— Cuide-se
e cuide de Arthur. Acredite ou não, ele é e sempre será o centro de sua vida.
Ah... E se puder, de vez em quando, visite Ambrosius. Ele adorará ver você e eu
adorarei que fique de olho nesse malandro.
Isso me faz sorrir. Gênio e figura... Essa é a
avó Ankie!
Quando digo
adeus a minha mais que chorosa Coral, Arthur a lembra que ligará. Conhece
vários hotéis que poderiam lhe dar trabalho em algum restaurante. Isso me faz
feliz. Ter Coral perto de mim seria incrível!
Depois que
dizemos adeus eles se vão e mandamos milhões de beijos, Arthur me abraça e,
beijando-me na testa, murmura:
— Vamos,
querida. Voltemos para casa.
Os dias
passam... Arthur está totalmente incorporado em seu trabalho no hospital. Sinto
falta de minha família. Não fomos capazes de viajar para Tenerife por causa de
seu trabalho e em Los Angeles tudo é diferente. Não melhor, nem pior. Apenas
diferente.
Natal fora
da Espanha não me parece natal, mas decido aproveitar com o homem que eu amo e
que vejo que se esforça para me fazer feliz. Anselmo e a Tata vem com a pequena
Preciosa desde Porto Rico e, junto com Tony, comemoramos a véspera de ano novo
na casa de Omar e Tifany.
Sem dúvidas
nenhuma, ela decidiu seguir parte de meu conselho e adoro ver como a pequena
Preciosa vai atrás dela e está feliz ao seu lado. Tifany me olha surpreendida.
Está ligada!
Deu-se
conta de que a menina não se torna difícil; ao contrario, lhe facilita as
coisas. Preciosa dá-lhe carinho em abundância e isso chega ao coração da a super
legal da minha cunhada. A comove e emociona.
Não tenho a
menor dúvida de que será uma boa mãe para a pequenina.
Omar as
contempla com orgulho e eu sorrio. Espero que ele também as ame como elas
merecem e deixe de se comportar como o galinha que demonstra ser a cada minuto.
Anselmo, por sua vez, as observa com receio.
Certamente continua com sua opinião sobre minha cunhada. Mas algo mudou nele.
Ao menos agora inclui Tifany quando fala de Omar e da menina, e isso para ele
já é muito.
Durante o
jantar, Omar propõe de novo trazer a pequena para Los Angeles, mas Anselmo se
nega. Está levando muito a sério o dever de avô e somente permitirá que a
menina se vá de sua casa quando comece o ano escolar, não antes.
Depois de
olhar para Tifany, Omar assente com a cabeça e continuamos jantando em paz e
harmonia.
No final de
janeiro, um dia vou ao hospital para buscar Arthur. Quero ver onde trabalha e
passa tantas horas longe de mim. Ao me ver, meu amor sorri e feliz me apresenta
para todo mundo. Contente, cumprimento inúmeras pessoas, mas meu sorriso se
apaga em um instante ao ver como muitas enfermeiras me olham de cima a baixo.
São
mulheres como eu e nos entendemos. E como nos entendemos!
Arthur me
apresenta ao Chefão, Dr. Halley. É um homem de idade e cabelos brancos, que
sorri enquanto aperta minha mão. Durante algum tempo, conversamos com ele
amistosamente, mas algo me diz que ele me olha com desconfiança.
Eu esqueço
o assunto e uma vez que estamos sozinhos, Arthur me leva a seu escritório. Ele
é incrível. Sem nenhuma dúvida, o Dr. Aguiar está muito bem considerado no
hospital e eu gosto de saber disso.
Uma vez que
saímos de seu escritório, me mostra o centro e, ao passar pela oftalmologia,
comento que adoraria fazer uma cirurgia para a correção da miopia e então
esquecer dos óculos e lentes de contato.
No mesmo
instante, Arthur entra no consultório de seu amigo, o oftalmologista Martín
Rodríguez, e lhe comenta sobre o assunto. Rapidamente fazem um estudo dos meus
olhos e quando saio do escritório, já tenho a data para me operar uma semana
depois.
Inacreditável.
Por ser a
Sra. Aguiar tudo é assim tão fácil?
Durante a
semana estou histérica e perdida e quando chega a manhã da operação eu não sei
onde me esconder de tão nervosa que estou. Uma vez que entramos no hospital, Arthur
fica comigo.
Jogam-me algumas gotas nos olhos e quando umas
enfermeiras vêm me buscar, me beija com carinho e diz com um sorriso:
— Vou te
esperar aqui, querida. Não posso entrar.
Entro em uma sala pouco iluminada onde Martín
me cumprimenta com seu sorriso encantador, me tranquiliza e depois de me deitar
sobre uma mesa que se parece com a nave estelar Enterprise, me fixa a cabeça e,
acordada, mas com a área dos olhos adormecida, me opera primeiro um olho e
depois o outro.
A
intervenção não dura nem quinze minutos e não dói absolutamente nada.
Quando o
Dr. Rodríguez termina, uma enfermeira me ajuda a levantar-me da mesa e me
acompanha a uma sala. Diz que fique ali uns minutinhos tranquila e que quando
eu me sinta segura já posso ir.
Espero um
momento e logo abro um pouco os olhos. Notei-os como com areias, mas vejo. Bom!
Cega não
fiquei. Permaneço ali sentada um pouco mais. Quero me sentir bem quando ver Arthur.
De repente, ouço algumas vozes de homem que vêm do escritório ao lado.
Reconheço a
voz do chefe de Arthur, o doutor Halley, que pergunta:
— Você
operou a mulher do Dr. Aguiar?
— Sim. -
diz o Dr. Martín Rodríguez, o oftalmologista.
— E como
está tudo?
— Bem.– responde Martin — Tudo normal.
Depois de
alguns segundos de silêncio, eu ouço dizer ao Dr. Halley:
— Espero
que Arthur saiba com quem se casou. Essa jovenzinha não é o que convém a um
renomado médico como ele. Esperemos que essa cantora não provoque nenhum
escândalo.
— Cantora?
– Repete o oftalmologista — Arthur não me disse nada.
— Normal. – afirma Halley com voz seca — Eu
não acredito que esteja muito orgulhoso da profissão dela.
Fico
tensa. Mas quem é esse idiota para pensar assim de mim? Levanto-me do sofá e
abrindo os olhos com cuidado, saio da sala e volto para onde antes havia
deixado Arthur.
Posta maiss
ResponderExcluirOxiiii povo chato coitada da Lua tudo sobra pra ela bichinha maissssssssssssssss?
ResponderExcluircoitada de Lua é sempre assim que odiooooooooooooo dar pena dela! bando de otarios
ResponderExcluir:(
ser cantora é pecado ai é kkkk oxi tudo e todos desconfião deboxão julgão :/
ResponderExcluirAveeeeeeeeeeeeee mais um pra pertubar cante no ouvido dele amiga Luh :(
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