Adivinha quem sou esta Noite (Adaptada)- Capítulo 22 - 2º temporada

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Minha família retornou à Espanha uma semana após o casamento e no dia em que o fazem meu coração se rompe.
Uma parte muito importante de mim se vai e choro sem poder evitar. Papai chora. Mamãe chora. A avó Nira chora, enquanto o resto tenta manter o tipo e eu soluço como um bebê.
 Por que de repente eu sou tão sentimental?
Com fingimento, eu vejo minha avó Ankie se despedir de seu Cowboy. Ambos sorriem e depois de lhe dar um beijo delicado em seus lábios que nos deixa, exceto a Coral e a mim, sem palavras, Ambrosius nos olha, toca o chapéu para nos cumprimentar e se vai.
Meu pai olha para sua mãe para uma explicação e minha avó diz:
— Sou maior de idade, não é, filho?
Meu pai balança a cabeça e ela explica:
 — Eu gosto de Ambrosius. Sou uma viúva, eu não estou morta e não faz mal a ninguém, porque eu gosto de minha sexualidade. Ou eu te causo algum dano?
Meu pai pensa, balança a cabeça e finalmente sorri. Que mal humorado é meu pai.
Com carinho me despeço de todos eles e, quando chego a minha avó Ankie, ela me diz:
— Cuide-se e cuide de Arthur. Acredite ou não, ele é e sempre será o centro de sua vida. Ah... E se puder, de vez em quando, visite Ambrosius. Ele adorará ver você e eu adorarei que fique de olho nesse malandro.
 Isso me faz sorrir. Gênio e figura... Essa é a avó Ankie!
Quando digo adeus a minha mais que chorosa Coral, Arthur a lembra que ligará. Conhece vários hotéis que poderiam lhe dar trabalho em algum restaurante. Isso me faz feliz. Ter Coral perto de mim seria incrível!
Depois que dizemos adeus eles se vão e mandamos milhões de beijos, Arthur me abraça e, beijando-me na testa, murmura:
— Vamos, querida. Voltemos para casa.
Os dias passam... Arthur está totalmente incorporado em seu trabalho no hospital. Sinto falta de minha família. Não fomos capazes de viajar para Tenerife por causa de seu trabalho e em Los Angeles tudo é diferente. Não melhor, nem pior. Apenas diferente.
Natal fora da Espanha não me parece natal, mas decido aproveitar com o homem que eu amo e que vejo que se esforça para me fazer feliz. Anselmo e a Tata vem com a pequena Preciosa desde Porto Rico e, junto com Tony, comemoramos a véspera de ano novo na casa de Omar e Tifany.
Sem dúvidas nenhuma, ela decidiu seguir parte de meu conselho e adoro ver como a pequena Preciosa vai atrás dela e está feliz ao seu lado. Tifany me olha surpreendida. Está ligada!
Deu-se conta de que a menina não se torna difícil; ao contrario, lhe facilita as coisas. Preciosa dá-lhe carinho em abundância e isso chega ao coração da a super legal da minha cunhada. A comove e emociona.
Não tenho a menor dúvida de que será uma boa mãe para a pequenina.
Omar as contempla com orgulho e eu sorrio. Espero que ele também as ame como elas merecem e deixe de se comportar como o galinha que demonstra ser a cada minuto.
 Anselmo, por sua vez, as observa com receio. Certamente continua com sua opinião sobre minha cunhada. Mas algo mudou nele. Ao menos agora inclui Tifany quando fala de Omar e da menina, e isso para ele já é muito.
Durante o jantar, Omar propõe de novo trazer a pequena para Los Angeles, mas Anselmo se nega. Está levando muito a sério o dever de avô e somente permitirá que a menina se vá de sua casa quando comece o ano escolar, não antes.
Depois de olhar para Tifany, Omar assente com a cabeça e continuamos jantando em paz e harmonia.
No final de janeiro, um dia vou ao hospital para buscar Arthur. Quero ver onde trabalha e passa tantas horas longe de mim. Ao me ver, meu amor sorri e feliz me apresenta para todo mundo. Contente, cumprimento inúmeras pessoas, mas meu sorriso se apaga em um instante ao ver como muitas enfermeiras me olham de cima a baixo.
São mulheres como eu e nos entendemos. E como nos entendemos!
Arthur me apresenta ao Chefão, Dr. Halley. É um homem de idade e cabelos brancos, que sorri enquanto aperta minha mão. Durante algum tempo, conversamos com ele amistosamente, mas algo me diz que ele me olha com desconfiança.
Eu esqueço o assunto e uma vez que estamos sozinhos, Arthur me leva a seu escritório. Ele é incrível. Sem nenhuma dúvida, o Dr. Aguiar está muito bem considerado no hospital e eu gosto de saber disso.
Uma vez que saímos de seu escritório, me mostra o centro e, ao passar pela oftalmologia, comento que adoraria fazer uma cirurgia para a correção da miopia e então esquecer dos óculos e lentes de contato.
No mesmo instante, Arthur entra no consultório de seu amigo, o oftalmologista Martín Rodríguez, e lhe comenta sobre o assunto. Rapidamente fazem um estudo dos meus olhos e quando saio do escritório, já tenho a data para me operar uma semana depois.
Inacreditável.
Por ser a Sra. Aguiar tudo é assim tão fácil?
Durante a semana estou histérica e perdida e quando chega a manhã da operação eu não sei onde me esconder de tão nervosa que estou. Uma vez que entramos no hospital, Arthur fica comigo.
 Jogam-me algumas gotas nos olhos e quando umas enfermeiras vêm me buscar, me beija com carinho e diz com um sorriso:
— Vou te esperar aqui, querida. Não posso entrar.
 Entro em uma sala pouco iluminada onde Martín me cumprimenta com seu sorriso encantador, me tranquiliza e depois de me deitar sobre uma mesa que se parece com a nave estelar Enterprise, me fixa a cabeça e, acordada, mas com a área dos olhos adormecida, me opera primeiro um olho e depois o outro.
A intervenção não dura nem quinze minutos e não dói absolutamente nada.
Quando o Dr. Rodríguez termina, uma enfermeira me ajuda a levantar-me da mesa e me acompanha a uma sala. Diz que fique ali uns minutinhos tranquila e que quando eu me sinta segura já posso ir.
Espero um momento e logo abro um pouco os olhos. Notei-os como com areias, mas vejo. Bom!
Cega não fiquei. Permaneço ali sentada um pouco mais. Quero me sentir bem quando ver Arthur. De repente, ouço algumas vozes de homem que vêm do escritório ao lado.
Reconheço a voz do chefe de Arthur, o doutor Halley, que pergunta:
— Você operou a mulher do Dr. Aguiar?
— Sim. - diz o Dr. Martín Rodríguez, o oftalmologista.
— E como está tudo?
 — Bem.– responde Martin — Tudo normal.
Depois de alguns segundos de silêncio, eu ouço dizer ao Dr. Halley:
— Espero que Arthur saiba com quem se casou. Essa jovenzinha não é o que convém a um renomado médico como ele. Esperemos que essa cantora não provoque nenhum escândalo.
— Cantora? – Repete o oftalmologista — Arthur não me disse nada.
 — Normal. – afirma Halley com voz seca — Eu não acredito que esteja muito orgulhoso da profissão dela.
Fico tensa. Mas quem é esse idiota para pensar assim de mim? Levanto-me do sofá e abrindo os olhos com cuidado, saio da sala e volto para onde antes havia deixado Arthur.

5 comentários:

  1. Oxiiii povo chato coitada da Lua tudo sobra pra ela bichinha maissssssssssssssss?

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  2. coitada de Lua é sempre assim que odiooooooooooooo dar pena dela! bando de otarios
    :(

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  3. ser cantora é pecado ai é kkkk oxi tudo e todos desconfião deboxão julgão :/

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  4. Aveeeeeeeeeeeeee mais um pra pertubar cante no ouvido dele amiga Luh :(

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