Adivinha quem sou esta Noite (Adaptada)- Capítulo 15 - 2º temporada

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Quando acabo de dançar com um amigo de Tony muito simpático, me aproximo do cardápio de bebidas e logo Tifany me aborda:
— Fofinha, estou super desgostosa com o velho ranzinza.
– Sei quem é o velho ranzinza‖ sem precisar perguntar. Desde sempre, quando quer, Anselmo é um autentico tirano e com Tifany até onde eu sei ele é.
Olho até a pista e vejo Arthur falando com uns homens, enquanto Omar dá um beijo no pescoço da ruiva.
Que forte!
Rapidamente, pego com uma mão uma garrafa de champanhe, e com a outra dois copos e, olhando a mulher que sempre é tão carinhosa comigo, digo:
— Me segue, Tifany.
Sentamo-nos em uma mesa afastada da confusão, aonde ninguém nos encontrará. Abro a garrafa, encho os copos e, entregando um a loira que me acompanha, proponho:
— Brindemos pelo amor.
— Isso é o quê? – A coitada debocha. Sem responder bato o meu copo com o dela e bebemos.
— Já te deram a carta da Luisa? – Assinto e ela diz — A minha já tinham lido. Por ser a segunda mulher de Omar, nem confiança me deram.
— E o que dizia? – Tifany coça o pescoço e murmura:
— Basicamente para amar muito o bichinho, que tivesse força e que, surpreendendo-o, ele ficaria feliz. Mas vamos ver, como o que eu vou surpreender um homem que já tem tudo?
 — Com algo que ele não tenha e que não se possa comprar com dinheiro. Minha cunhada da um gole na sua bebida e solta:
— Sem dúvida alguma a ruiva que ele trouxe para casamento deve surpreender quando se joga pra cima. Maldita puta e maldito macaco conquistador!
Minha nossa!
Minha cunhada disse Puta e chamou o seu bichinho de macaco conquistador?
 Que forte!
Que forte!
Escutar ela falar desse jeito me deixa sem palavras, mas ela, olhando pra mim insiste:
 — Meu casamento é uma merda.
— E porque você aguenta?
— Porque eu quero, tenho pena.
Ela parece sincera. Tifany é extremamente diva, divina, mas a cada dia que passa me demonstra mais que tem um coração enorme e que é uma boa garota.
— Te asseguro que se Arthur fizer algo assim, como aparecer com outra em um evento, o mato. – Digo.
— Ui,fofinha! Não seja brusca!
— Brusca?! – Protesto alucinada, enquanto a música de Bob Esponja soa na minha mente. — Mas se não se corta um pelo em trazer a... A... Porra, Tifany, essa é a sua casa e ele trouxe ela aqui. Como você pode permitir?
— Já te disse, porque eu gosto dele, adoro o meu bichinho, ainda que eu saiba que ele não é totalmente meu. – Após um silêncio significativo, em que eu vejo a dor que ela sente, acrescenta:
— O único que me conforta é que o ogro sabe que não estou com ele pelo dinheiro. Minha família tem uma boa situação e...
— Você deveria deixar as coisas claras pro Omar. – Eu a corto. — Como minha avó diria, antes só do que mal acompanhada.
— Eu sou covarde. Essa é a realidade. O que eu posso fazer sem ele?
 Isso me irrita. Não aceito que uma mulher pense assim e respondo:
— Pra começar. Muito mais coisas do que você acha, e no meu ponto de vista, a única coisa que você deveria priorizar é ser feliz com alguém que goste de você tanto quanto você goste dele. Você deveria começar a gostar mais de você mesma e se dar o valor. Você me disse que era designer. Porque você não retoma sua profissão e deixa de depender do Omar? Tifany me olha e com um bico, responde:
— Eu não sou como você. Papai e mamãe me ensinaram que tenho que ser uma boa esposa e...
— E por isso você tem que deixar que te humilhem em público? Por acaso os seus pais veem bem o que está acontecendo? – Pelo seu gesto vejo que sim. Incrível!
Finalmente, encho meu copo outra vez e peço perdão:
— Desculpa. Acho que eu estou me metendo aonde não fui chamada. – Tifany bebe seu champanhe de uma vez e diz:
— Obrigada pela sua sinceridade, mas no momento as coisas são assim. E quanto aos meus pais, melhor não falar. Suas vidas não foram as mais exemplares.
Coitada.
Intuo que sua família não é como a minha. E sua educação implica aguentar e manter as aparências. Bebo de novo. Não restam dúvidas de que é sua vida e se ela permite, eu não sou ninguém para reprovar.
Depois de um silêncio, minha cunhada loira pergunta:
— Porque o Ogro respeita você e a mim não? O que você fez?
Sei muito bem o que eu fiz e respondo:
— Estar pronta para a batalha e ser tão desagradável com ele quanto ele era comigo.
— Eu não sei fazer isso! E me incomoda que ele pense que eu sou simplesmente uma loira tonta. Você também acha?
Engasgo-me. Porra, como eu sou má!
Como boa que a Tifany é.
Como eu posso pensar isso? Tentando ser sincera com ela, digo:
— Acho que você deveria mudar suas atitudes com os Aguiar e se dar valor.
Olha-me, assente e responde:
— Como diz a Rebeca, nasci princesa porque vacas já tinham o bastante.
Solto uma gargalhada e logo retruco:
 — Você não tem que ser uma vaca pra ganhar o ogro nem o Omar, mas sim, um pouco mais astuta e os deixar verem que tem caráter e que luta pelas coisas que quer. Quem sabe uma contestação quando eles não esperem, ou enfrentá-los os faça te olhar de outra maneira.
— Me dá angustia só de pensar – Choraminga — Sou incapaz de dizer a qualquer um dos dois: ―*Selecciónate y suprímete!‖(*É uma expressão que eles utilizam pra dizer que a opinião da pessoa não interessa, ou algo do tipo.).
 Sorrio. Sem lugar para dúvidas. A Tifany é a Tifany!
— Quando o ogro me olha com aqueles olhos de vilão, me apavora! Não tenho remédio. Para ele eu sempre vou ser a loira tonta que casou com seu filho mais velho.
Tadinha. Tenho pena de que ela pense assim. Mas eu sei que isso realmente é o que Anselmo pensa dela e me dói.

 A princípio, Tifany pode parecer superficial e vazia, mas quando se conhece ela, se percebe que ela é doce, terna, simpática e que tem um coração enorme. Tenho certeza que foi por isso que Omar se apaixonou quando a conheceu. 

3 comentários:

  1. Deu pena da Tifany :´( bichinha amando a web!

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  2. posta maisssssssssssssssssssssssssss ?

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  3. Tifany tem que dar a volta por cima coitada :/ ansiosa Lua de melllll kkk

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