Peça-me o que quiser ou deixe-me - 3º temp. - 33º,34º,35º e 36º Capítulo (Adaptada)

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Capítulo 33:
Olho-o com carinho. Está adormecido e, como sempre acontece, sinto um desejo tremendo de abraçá-lo. Mas, claro, se o abraço, o acordo e não poderia fazer a surpresa que tenho preparada.
Levanto com cuidado, vou ao banheiro e, devagar, fecho a porta. Rapidamente tiro o pijama, tomo banho e coloco a camiseta que comprei para o Arthur e penteio o cabelo. Já não estou mais menstruada. Ótimo!
Contemplo o resultado, sorrio, saio do banheiro e do quarto. Quando chego à cozinha, procuro atrás das Coca-Colas, como disse minha irmã, e encontro uma Tupperware rosa. Raquel é uma artista, preparo dois cafés com leite, churros e bolachas, coloco o bonito bolo no centro e pego uma faca para cortá-lo.
Ficou lindo!
Tiro uma foto com o meu celular como uma lembrança. Afinal, é o nosso primeiro mês de casados.
Feliz por surpreender o meu homem, volto para o quarto.
Quando entro, aproximo-me da cama, toda sedutora. Coloco a bandeja na lateral e deixo o bolo ao meu lado, enquanto cantarolo a canção que inventei:
Feliz... feliz... mesversário de casadosssssss.
Alemão que a espanhola conquistou,
Que sejas feliz ao meu lado
E festejemos muitos anos maaaaaaaaaaaisssssssss.
Arthur abre os olhos e, ao me ouvir, sorri. Como regra ele sempre me acorda, mas desta vez é o contrário. O seu sorriso me faz ofegar e quando vê a camiseta vermelha que uso, que diz “Viva a Moreninha” eu digo:
- Felicidades, tesouro! Hoje completa trinta dias que estamos casados.
Abraçando-me, põe-me sobre ele e, olhando divertido a minha camiseta, lê imitando o sotaque mexicano com o seu sotaque alemão:
- Viva a Moreninha!
Nós dois rimos e, cheio de felicidade, murmura com carinho:
- Foram os melhores trinta dias da minha vida. Agora quero ter muitos mais.
A sua boca procura a minha e me beija. Nem quando acabou de acordar o seu hálito cheira mal.
Chupa-me o lábio superior… depois o inferior e, finalmente, dá-me a sua maravilhosa mordida.. Oh simmmm…
Adoro que faça isto!
A sua respiração acelera e a forma de me abraçar fica mais intensa. Rapidamente, tira a camiseta vermelha, que cai no chão. Adeus! “Viva a Moreninha”.
Encantada, deixo-me levar pela paixão do momento, quando Arthur, sem que eu pudesse fazer nada , levanta-se, me levanta no ar e, ao deixar-me cair na cama, ouve-se: Puuuuuuuuuuummmmm!
Surpreendido pelo ruído, me olha, enquanto eu fecho os olhos e esclareço:
- Isso não é o que pensa. – Arthur levanta as sobrancelhas divertindo e eu explico – O que ouviu é o bolo que trouxe para você e que agora está justamente debaixo da minha bunda.
Vejo como os seus olhos baixam até o meu traseiro e ao ver que o bolo de chocolate está amassado, cai sobre a cama e começa a rir. Eu não posso mover. Se o faço, derrubarei todo o bolo e, durante uns segundos, observo-o contorcer-se de tanto ri na cama. Por fim eu faço o mesmo. O que está feito está feito! Quando se acalma, digo:
- O bolo amassou, mas ao menos os cafés continuam inteiros sobre a bandeja.
Arthur olha, estende a mão e, apanhando uma xícara, toma um gole tranquilo. Boquiaberta, olho-o e franzindo o cenho, pergunto:
- Posso saber o que está fazendo?
- Comendo.
- Comendo?!
Arthur assente, fazendo-me rir e acrescenta:
- E agora quero o meu bolo.
Ao ver as suas intenções, nego com a cabeça.
- Nem pensar!
- Quero o bolo – insiste.
- Nem sonhando.
Mas ao ver a sua determinação, começo a rir e fico sem forças justo no momento em que ele me pega e me coloca com a boca para baixo na cama.
- Arthur, não!
Mas não adianta nada o que eu diga. O meu louco amor chupa o revestimento da minha bunda e exclama:
- Hum… é o melhor bolo que comi em toda a minha vida.
- Arthur! Protesto, mas ele chupa e chupa e desfruta da sua porção de bolo.
Morrendo por causa disto, vou falar quando ouço o que diz nas minhas costas.
- Delicioso manjar.
- Era parte do presente.
- Genial! Logo me lembro de te dar o seu.
- Tem um presente para mim?
- Duvidava? – E antes que responda, acrescenta - : Como você disse, é o nosso mesversário!
Divertida, vou dizer algo, quando me vira e me deixa de frente para ele e diz:
- Quero você, pequena.
Coloco a mão sobre o bolo amassado, pego um pedaço e disposta a seguir com o jogo, lambuzo meus peitos. Continuo até o umbigo e termino no meu monte de Vénus.
Arthur sorri e, decidida a lambuzar-nos, apanho mais bolo e esfrego-o no seu abdomem e os ombros.

A lambança está feita!

Capítulo 34:


O Iceman ao ver isso, deita-se sobre mim e me beija. Nesta altura, o bolo está completamente repartido pelos nossos corpos e a cama.
- Sempre me pareceu doce, moreninha, mas hoje está mais do que nunca.
Animada, sorrio e Arthur começa a chupar meus peitos, enquanto no meu olfato permeia do cheiro de chocolate. Segue a trilha que marquei e abaixa até o meu umbigo e, quando chega ao meu monte de Vênus, aspira o meu perfume e a sua ânsia por mim é tal que diretamente me degusta. Abre minhas pernas e a sua língua entra em mim.
Selvagem, retorço-me ao sentir a vibração do meu corpo, enquanto ele, como um lobo esfomeado, agarra-me as coxas e abre mais para ter melhor acesso.
- Oh, sim… sim… - ofego gostoso.
Uma e outra vez, Arthur passeia a sua língua pela minha umidade. Os seus dedos, jogadores, rapidamente procuram a fenda e, com dois deles me penetra, a sua língua brinca comigo, arrancando-me ondas de prazer.
A cama se move , enlouquecida, agarro os lençóis e tento não gemer. Não quero que o resto da casa acorde. Aperto os calcanhares contra o colchão e me deito para trás até que a minha cabeça cai pela lateral da cama.
Arthur segura-me, volta a me colocar no centro e já não posso mover. O meu predador particular tem as energias no topo. Está fresco e quer o sexo do jeito que nós gostamos. Vejo que morde o lábio inferior enquanto me põe de joelhos, segura-me pela cintura e me contorna.
Adoro como me move na cama. Encanta-me a sua possessão. E como sei o que quer, reclino-me um pouco até ficar de quatro . Coloca duro o seu pénis na minha úmida abertura e lenta e pausadamente penetra-me
- Mais… - exijo.
- Quer mais?
- Sim…
-Ansiosa… - ri divertido.
- Gosto de ser ansiosa. – E suplico -. Mais profundo.
Ouço o seu riso. Encanta-me o seu riso. Dá-me uma palmada que faz barulho e agarrando-me os quadris, me dá o que lhe peço, aprofunda em mim e grito. Mordo os lençóis.
Em seguida, aproxima a sua boca do meu ouvido e murmura:
- Psiuuu… não grite ou acordará os que dormem.

Uma e outra vez volta a me penetrar enquanto mordo os lençóis para afogar os meus gemidos. Gosto… Adoro o que faz. Gosto do nosso lado animal e incitando-o a que continue, arqueio os quadris e vou à sua procura.
O encontro é devastador e nós dois arfamos mais forte do que o normal.
De repente pára. Tira o seu pénis duro de mim e, me virando, os nossos olhos encontram-se. Enquanto volta a penetrar, sussurra:
- Olhe para mim.
Cravo os meus olhos nele. No meu rei, no meu sol, e então sou eu a que sobe a pélvis bruscamente e o faço ofegar. Sorri perigosamente ao meu lado.
Fantástico! Despertei o Iceman!
Com exigência, passa uma mão por baixo do meu corpo para imobilizar-me e, caindo sobre mim, me beija enquanto me penetra sem descanso e as nossas bocas ardentes soltam as nossas respirações.
Prazer…
Calor…
Desejo…
E amor…
Tudo isso é o que sinto, enquanto me penetra mil vezes e eu me abro para recebê-lo, até que um gostoso espasmo faz com que me arqueie e eu gozo.
Instantes depois, empala-me uma última vez e, com um gemido rouco, cai rendido sobre mim. Noto como a sua semente me empapa e volto a apertar-me contra ele.
Dois minutos mais tarde, Arthur rola na cama para não me amassar e no seu caminho deixa-me cair sobre ele. Adora fazer isso. Fica louco ao ter-me por cima.
Tenho o cabelo lambuzado de bolo e chocolate e me dou conta de que nós dois estamos completamente manchados.
- Quando a minha irmã te perguntar se gostou do bolo, diz que sim, ou ela me mata.
Arthur sorri e responde, com a respiração entrecortada:
- Não se preocupe, moreninha. Estou totalmente convencido de que foi o melhor bolo de toda a minha vida.

Ambos sorrimos e cinco minutos depois, quando os nossos corpos se colam pelo açúcar, levantamos e vamos diretos ao banheiro. Ali, a paixão embarga-nos de novo enquanto nos lavamos mutuamente, e volto a fazer amor com o meu alemão.

Capítulo 35:
Nesse dia, às duas e meia, todos estamos no restaurante da Pachuca exceto Juan Alberto, que foi visitar um possível cliente em Jerez. Para celebrar o nosso aniversário, Arthur convidou todos para comer.
Antes de sair do quarto, ele me entrega meu presente. É um envelope. Ele e seus envelopes. Sorrio. Abro e está escrito:
Vale um equipamento completo de motocross.
Está feliz. O seu rosto, os seus olhos, o seu sorriso me dizem que tudo está bem, e eu sou a mulher mais feliz do mundo. Nem preciso dizer que encho ele de beijos.
Desde que casamos não falamos sobre esse assunto nem uma única vez e isso me assombra. Estou pensando em entrar em contato com os editores do Guiness - Livro de Records para nos adicionarem. Pois, como diz a nossa canção, se ele diz branco, eu digo preto, mas a nossa felicidade neste momento é tanta que que nem pensamos em cores. A nossa harmonia é completa e espero que continue assim por muito… muito tempo.
O meu pai está radiante por estarmos todos reunidos e eu aprecio a sua felicidade. Sempre pensei que é o melhor pai do mundo e cada dia estou mais certa disso. Só por aguentar a minha irmã e a mim já vai direto para o céu.
Arthur e ele se dão maravilhosamente bem e eu gosto disso. Adoro ver a cumplicidade que há entre os dois e, ainda que eu saiba que algum dia isso poderá se virar contra mim, não me importo. Essa aliança entre eles é algo que o meu pai nunca teve com o alucinado do meu ex-cunhado.
Arthur o escuta e o respeita e meu pai gosta disso e eu gosto muito mais.
É claro que são dois homens de diferentes classes sociais, mas ambos se moldam às situações e isso é o que acredito que me deixa mais apaixonada por ambos: saberem se moldar.
Enquanto todos comemos ao redor da mesa, observo que Dexter olha para uns rapazes que entraram no restaurante. Graciela saiu do banheiro e eles assobiaram ao vê-la passar.
Acho graça o olhar duro de Dexter. Não sei o que acontecerá entre eles, mas tenho certeza que alguma coisa acontecerá. Só é preciso dar tempo ao mexicano.
A minha irmã parece relaxada. Depois de falar com ele e saber que o idiota do meu ex-cunhado quer voltar, fico tranquila quando Raquel deixa claro que não fará isso de jeito nenhum. Já a chateou muito e ela não pensa em lhe dar mais nenhuma oportunidade.
Por fim, o meu pai a convenceu e, pelo menos durante o primeiro ano de vida da pequena Lucia, elas ficarão com ele em Jerez.
Depois disso, retornará a Madrid para procurar trabalho. O que me pareceu uma excelente idéia. Estando com meu pai, Raquel estará como uma rainha, ainda que às vezes eles tenham vontade de estrangular-se.
Flynn e Luz ficaram muito amigos nas férias e quando fico sabendo das brincadeiras que aprontaram, me divirto. Cada vez que comentamos que dentro de alguns dias voltaremos para a Alemanha, eles ficam tristes, mas entendem que o período escolar começará em breve e que todos devem voltar à normalidade.
Quando a Pachuca traz um bolo, a minha irmã pergunta a Arthur:
- Você gostou do bolo desta manhã?
O meu garotão me olha. Eu sorrio e ele finalmente diz:
- Foi o melhor bolo que comi durante toda a minha vida.
Raquel, encantada pelo elogio, sorri e oferece:
- Pois quando você quiser, é só me dizer, que faço outra torta de limão para você, que sei fazer muito bem.
- Limão?! – Murmura Arthur, olhando-me – Que delícia!
Não consigo segurar e caio em gargalhadas e Arthur se junta a mim.
Nos beijamos e a minha irmã que nos observa, diz com a pequena Lucía nos braços:
- Ai, maluquinha, como é lindo o amor quando se está apaixonado e é correspondido.
Esse comentário que ela faz em voz baixa, me entristece.
Espero que Raquel conheça alguém e refaça a sua vida. Precisa disso. É o tipo de mulher que precisa de um homem ao seu lado para que seja feliz. E esse homem não é o meu pai.
Os dias passam e a nossa permanência em Jerez é uma maravilha.

Juan Alberto visita várias empresas na Andaluzia e, encantado, nos conta que vê possibilidades na área.

Capítulo 36: 
Nesses dias, observo como olha para a minha irmã. Está interessado, inclusive percebi que se dá muito bem com a minha sobrinha. Na verdade, é difícil não gostar de Luz, ela é tão inteligente e qualquer um que lhe dê atenção e entra no seu jogo a conquista por toda a vida.
Juan Alberto viaja todos os dias, mas quer voltar à noite para Jerez. Segundo ele, prefere estar em nossa companhia. Segundo Arthur e eu, ele gosta da minha irmã. Dá para ver em seu rosto.
Claro, Raquel não percebe o que está acontecendo e me surpreendo pois os dias se passam e não acontece nada. Mas claro, como sempre digo, a minha irmã é minha irmã, e uma tarde, enquanto tomamos sol na piscina do meu pai sozinhas, diz:
- É uma boa pessoa esse Juan Alberto, não é?
- Sim.
Espero... Sei que ela quer falar sobre o assunto, e depois de alguns minutos em silêncio, insiste:
- E é muito educado, não é?
- Sim.
Sorrio… Vejo que me olha de lado e então pergunta:
- O que você acha dele como homem?
- Um bom homem.
- Sabes o que me disse noutro dia, quando fomos todos jantar?
- Não.
- Você quer saber?
- Claro… me conte.
Nesse momento aparece Graciela e deita-se ao nosso lado.
Imagino que a minha irmã vai fechar o bico, mas em vez disso, senta-se na espreguiçadeira e continua:
- Na outra noite, quando voltavamos após alguns drinques, antes de entrarmos em casa, me olhou nos olhos e disse:
“ Você é como um delicioso capuccino: doce, quente e me deixa nervoso”.
Graciela ao ouvi-la, comenta:
- Os mexicanos são muito lisonjeiros.
Surpresa, olho para a minha irmã e pergunto:
- Ele disse isso?
- Sim, exatamente como lhe contei.
- Olha, é um ótimo elogio, você não acha?
Graciela, que está ao nosso lado, solta uma risada e as três se calam. Minha irmã parece uma boba.
Silêncio. Raquel deita-se, mas se bem a conheço sei que essa paz durará pouco. Em menos de dois minutos se senta novamente.
- E agora, cada vez que cruzo o olhar com ele, me diz «Saborosa!».
- Saborosa?! – repete Graciela e, sentando-se também, afirma -: Isso no México é como dizer que você é gostosa, ou que te comeria inteira.
- Sério? – pergunta Raquel, excitada, e a jovem chilena assente.
Prendo o riso. Ver a minha irmã nessa situação é algo novo para mim e ela diz de repente, dando-me um tapa no braço:
- Chega! Não posso continuar ignorando que esse mexicano lindo, com cara e voz de galã de telenovela me atrai, e quando me disse isso de «Saborosa!»… Ui, me deixa louca, me arrepio toda. E agora que sei que esse «Saborosa!» quer dizer isso… Oh, Deus, que calor!
Caio na gargalhada e ouço-a dizer:
- Maluquinha, não ria pois estou preocupada.
- Preocupada?
Raquel assente e, aproximando-se de Graciela e de mim, cochicha:
- Há várias noites que tenho sonhos muito quentes e nem tomo mais capuccino, de tão nervosa que estou. Sento na cadeira e olho para Graciela e começo a rir. Sim, é que a minha irmã é uma bomba. Mas ao ver a sua cara de preocupação, pergunto:
- Vamos lá, você gosta de Juan Alberto?
Minha irmã louca apanha a sua fanta laranja, bebe um gole e responde:
- Mais do que comer camarão com as mãos.

Nós três sorrimos e ela acrescenta: 

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