Little Anie - Cap. 6

|

Little Anie

Abril, 2010 - Casamento.

Pov Lua

O dia estava lindo, o meu cabelo preso a um coque cuidadosamente feito. O vestido branco tomara que caia impecável. A maquiagem leve, e um batom vermelho chamava a atenção para meus lábios. Um jogo de pulseira, colar e brincos de pérolas, presentes do meu futuro marido. Para que eu usasse no dia do casamento. E eu levava nas mãos um buque de rosas vermelhas. Eu estava pronta. E em menos de uma hora diria: Sim.

Pov Arthur

Eu estava nervoso, muito, muito nervoso. Minhas mãos soavam, eu estava parecendo à noiva e isso foi motivo de piada. Mika e Harry não paravam de rir da minha cara. Eu queria ver a Luh, ela devia está maravilhosa. Eu vinha imaginando esse dia, desde o momento em que ela disse: Sim, para o meu pedido de casamento. Há quase dois anos, e gente só não está casado ainda, por decisão dela. Ela queria terminar a universidade primeiro. E eu concordei, a banda estava no começo. Era melhor esperar um tempo. E hoje eu estou aqui, no altar, esperando Lua entrar. Mika e Harry me zoando, Chay tentando me acalmar, para que eu não tire os sapatos e joguem nos idiotas dos meus outros dois amigos. E em meio a isso,  eu tento sorrir para os convidados. E prestes a dizer: Sim.

-Sim. -Ela disse firme e me encarou. Seus olhos brilhavam e eu sorri deslizando a aliança em seu dedo, e desejando que ela jamais saísse dali.
-Sim. -Falei tão firme quanto ela, e agora foi a vez dela de deslizar a aliança em meu dedo. E sorri ao me olhar.
-Eu vos declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva. -O Padre disse. E eu sorri ao me aproximar de Luh, minha mulher. -Eu te amo muito. -Sussurrei.
-Eu te amo tanto. -Ela sussurrou e sorriu. A beijei calmamente.

15 de Março de 2012 - Little Anie.

Pov Arthur

Olhei aquela coisinha fofa, linda, adormecida no colo de Lua e sorri, Anie era a criança mais linda que eu já tinha visto. Fazia três dias, desde a sua chegada ao mundo. E hoje era primeira vez que eu a via. Estava viajando quando Lua sentiu as dores, infelizmente não pude acompanha-la no parto. Isso nos renderia discussões. Eu sabia que ela estava decepcionada comigo. Eu estava no meio de uma tour, e por mais importante que minha família fosse para mim, eu não podia cancelar os outros 4 últimos shows. Eu sei, essa desculpa é esfarrapada, porque eu sei que, Chay e Mika não pensariam  duas vezes antes de deixar tudo para trás e correr de volta para Londres, para acompanhar o parto dos filhos, até Harry faria isso se fosse casado e a esposa fosse ter um bebê. Eu era um idiota. Resolvi entrar no quarto, Lua me encarou, mas logo voltou sua atenção para o bebê em seus braços, Anie mamava. Tentei fazer o mínimo de barulho possível ao deixar as malas no quarto. Tirei o casaco e olhei para as duas na cama. Eu queria tanto carregar aquele bebê, eu queria tanto beijar Lua, eu precisava pedir desculpas. Caminhei até a cama, Lua não me olhava. Anie sacudia a mãozinha, como se quisesse agarrar algo no ar.

-Posso carrega-la? -Perguntei quando toquei sua mão e a pequena apertou meu dedo. Era uma sensação linda.
-Ela está mamando. -Lua respondeu. Seu tom de voz era de mágoa.
-Desculpa, Lua! Desculpa não estar aqui na hora certa. -Pedi ao me sentar ao lado dela na cama. Lua tinha me pedido na semana passada, para não ir. Ela tinha medo. E a minha resposta foi: "Calma, Luh. Se acontecer alguma coisa, eu volto. Prometo!" Mas uma promessa quebrada, essa não era a primeira vez que eu fazia isso. Talvez seja por isso que ela chorou tanto ao dizer: "Eu sei que isso não vai acontecer".
-Guarde suas desculpas. -Sua voz era seca. Ela nem me olhava.
-Luh...
-Por favor, não fala nada. Não quero que Anie se assuste se nós resolvermos discutir agora. -Avisou.
-Não quero discutir.
-Mas é isso que vai acontecer, Arthur. Eu pedi tanto pra você. Eu pedi... -Seus olhos se encheram de lágrimas. Eu sabia, Lua estava sozinha em casa, era madrugada, até que conseguiu falar com a irmã, e Soph veio o mais rápido que pode para casa. Mas as coisas tinham se complicado, e a hora tinha passado. Lua não tinha mais forças e Anie quase nasce sem vida. Sophia me contou tudo. E eu me culpava por não está com Lua, quando ela mais precisava de mim.
-Eu sei meu amor, eu sei... Eu nunca me perdoaria se acontecesse algo com você, ou com Anie, você sabe disso. Quando eu soube, quando Sophia me ligou desesperada, eu fiquei em choque, eu não conseguia pensar direito. Eu tinha medo que você não quisesse mais me ver...
-Você prometeu que estaria comigo.
-Me desculpe, Luh. -Suspirei abaixando o olhar.
-Mais uma promessa quebrada.
-Eu sinto muito, Luh... -Murmurei.

O que eu podia fazer? As coisas já tinham acontecido. Me levantei da cama, eu não insistiria mais. Não queria brigar com ela, ela nem está em condições disso, depois de tudo o que aconteceu, Soph disse que Lua não pode se estressar e nem fazer esforço algum. Eu não seria o primeiro e o único responsável se isso acontecesse. Fui para o banheiro, um banho sempre era a segunda melhor opção, relaxava. Quase meia hora depois, eu sai, fui até o closet, peguei uma box e uma bermuda, vesti e sai do quarto. Lua ainda estava na cama com, Anie. Acho que a garotinha dormia. Caminhei até a cozinha, eu estava com fome, provavelmente, Carla, tinha feito algo.

-Arthur!
-Oi, Carla. -Sorri. E me sentei em uma cadeira próxima à bancada da cozinha. Carla era a nossa empregada, trabalha na casa desde quando eu e Lua casamos. Ela tinha uns 30 anos de idade.
-Viu, Anie? Ela é linda né? Já pegou ela no colo? É uma gracinha, nem chora. -Carla sorriu abertamente. Eu nem pude toca-la. Pensei. Carla ainda me encarava, ainda esperava a minha resposta. Encolhi os ombros.
-Eu... er, não. Lua não deixou. -Minha voz saiu arrastada e Carla me encarou confusa, e depois seu olhar era de pena.
-Olhar?
-Carregar... -Respondi. Carla soltou um suspiro longo.
-Ela ficou mal, ela queria que você estivesse aqui. Você sabe né, ela é teimosa. E você não fica atrás. Quando contaram a ela que, Anie estava a UTI, ela chorou tanto achando que a menina não sairia viva do hospital, e você não estava lá. -Carla falava baixo, sua voz transpirava tristeza e pavor.
-Eu sei... -Tentei sorri, o que falhou, já que as lágrimas caíram.
-Arthur, ela vai deixar, afinal, você é o pai de Anie. Lua só está magoada. Logo, logo, ela perdoa você. -Ela sorriu tentando soar confiante, balancei a cabeça concordando.
-Carla? -Uma voz  desconhecida, ecoou na cozinha. Me virei, e uma morena de cabelos lisos estava parada atrás de mim, ela estava nervosa e envergonhada. Ela aparentava ter uns 17 anos de idade. Olhei para Carla novamente.
-Arthur, essa é a, Carolina, minha irmã. Ela vai ser a babá de Anie. Lua pediu para eu encontrar uma pessoa de confiança, para cuidar da menina, quando ela voltar ao trabalho. E bem, como Carolina já reparava crianças, eu falei com ela. -Explicou. -Eu bem, não sei se você está de acordo... -Balancei a cabeça.
-Se Lua já decidiu. -Dei de ombros. -Tá tudo certo. -Sorri. -Seja bem vinda, Carolina. -Estendi a mão em sua direção.
-Obrigada, Sr. Aguiar! -Retribuiu o sorriso. E eu franzi as sobrancelhas.
-Oh não, Sr. não. Me chame de, Arthur. Não sou tão velho assim. -Ri e ela assentiu.
-Bom, já trago o jantar. -Carla avisou e eu concordei. -Vamos, Carol. Vem. -Carla a chamou. -Arthur? -Ela parou e me encarou.
-Oi.
-Será que Lua vai jantar aqui ou no quarto? -Carla me perguntou.
-Realmente, não sei. Você podia perguntar. Já que ela não quer nem falar comigo. -Finalizei.
-Vou pedi para, Carol ir até lá perguntar. -Carla saiu. Encarei o nada por um bom tempo, até sentir o perfume de Lua. Ela se sentou na outra ponta da bancada, numa distância visível. Eu não disse nada. E ela permaneceu calada. Carla trouxe o jantar. Uma macarronada, deliciosa, e eu ainda nem tinha provado, mas conhecendo seus dotes culinários. Eu sabia que estava deliciosa. Eu estava com saudades das comidas de Carla. Sorri agradecido.
-O cheiro está maravilhoso. -Comentei. Carla sorriu.
-Foi feita as presas, não sabia que você chegaria hoje. Espero que esteja tão boa quanto o cheiro está. -Ela deu uma piscadela e se virou para Lua.
-Impossível não está! -Finalizei.
-E pra você, uma canja de galinha. -Ela falou. Lua revirou os fazendo uma careta.
-Isso é comida de doente. Eu não estou doente. -Retrucou. -Por que não posso comer um pouco de macarronada? Acredito que não fará mal.
-É melhor não. Bem, o médico não recomendaria. Uma canja é mais apropriada. É uma comida leve. -Carla insistiu.
-E se ele não ficar sabendo?
-Você pode passar mal. -Carla avisou.
-Por causa de um pouco de macarronada? -Lua perguntou irônica.
-Por que você não ouve a, Carla? Pelo que Sophia me falou, você não pode comer comida assim, não por enquanto. -Me intrometi. Lua me olhou.
-Ah é? E você está preocupado agora? -Perguntou, com o mesmo tom irônico de minutos atrás.
-Eu... bem, aah, faz o que você quiser. -Levantei as mãos em sinal de "Não vou mais me intrometer". -Só acho que você não precisa se arriscar, a passar mal, depois do que passou. -Finalizei e voltei a comer. Lua bufou e decidiu comer a canja.

Continua...


Se leu, comente! Não custa nada.
Proximo cap. só amanhã, se tiver comentários. Motivo: Eu não postei ontem. Não tive tempo.

9 comentários:

  1. Continua ficou muito bom!!! Arthur é um besta por não cancelar um show para ir no parto de sua filha! Mas bem né! Está ótimo continua logo

    ResponderExcluir
  2. ������ como assim casamento

    ResponderExcluir
  3. Já não gostei da Carolina... O arthur não pode fazer isso ������

    ResponderExcluir
  4. Que Arthur mais idiota, custava cancelar o show? Show tem todo dia... Mas o nascimento da sua primeira filha é só um... Postaaa maiiis...

    ResponderExcluir
  5. Posta maisss e luazitaaa perdoa o arthur ele é idiota mas te ama!!

    ResponderExcluir
  6. Ameiiii.... Amo essa web muito boa a... Tadinha de Lua ficou sozinha!!! Posta maisss!!!

    ResponderExcluir
  7. Ah ele errou feio em n participar de um momento tão importante

    ResponderExcluir
  8. vixiiii o Arthur pisou feio na bola Lu tem toda razão ansiosa por mais amando :)

    ResponderExcluir