Little Anie - Cap. 13

|

Little Anie
"Quando eu não estiver por perto, canta aquela música que a gente ria."
Feel the way that I do
Sinta o mesmo que eu sinto


Pov Lua

Olhando nos meus olhos ele se inclinou para me dar um beijo suave. Senti todo meu corpo ferver. Ele desceu os beijos para os meus seios, me mexi em baixo dele, segurando em sua cintura. E gemi baixinho ao sentir ele puxar lentamente com os dentes, um dos seios. Subi uma das mãos para seus cabelos e os puxei. Arthur ergueu o rosto para me encarar.

-Arthur... eu não... tenho a... manhã toda... -Eu estava ofegante. E ele estava me torturando. Mesmo que a tortura fosse deliciosa. Eu ainda tinha que trabalhar. -Aah... -Gemi sentindo seus beijos descerem pelo meu corpo, parando abaixo do umbigo. Ele passou os beijos para os meus quadris. Segurando com os dentes a lateral da minha calcinha. Puxei seus cabelos novamente. -Por favor... -Implorei.
-Impaciente. -Ele murmurou. Revirei os olhos. Arthur tocou com as pontas dos dedos a lateral da calcinha e a puxou para baixo, até me livrar da peça íntima. Trilhou um caminho de beijos, dos meus pés até minha virilha. Me fazendo gemer mais alto do que eu queria ou podia. Não estávamos sozinhos em casa, esse era o problema ou sei lá... Arthur me beijou rapidamente para evitar que eu gemesse mais alto.
-Arthur... -Gemi o nome dele. Era uma súplica. Eu o queria. Eu o queria dentro de mim. Agora!
-Shhh... -Ele sussurrou me beijando delicadamente. Abriu lentamente minhas pernas, enquanto se posicionava no meio delas. Puxei as pernas até dobrar os joelhos e colocar envolta dos quadris de Arthur, enquanto ele entrava em mim lentamente.

E lentamente fazíamos amor. Na calmaria do dia que vinha surgido, no quase absoluto silêncio, que não era total, por ser quebrado pelos nossos gemidos, baixos, sussurros de palavras carinhosas. Eu me sentia totalmente preenchida, nos movimentos de vai e vem que Arthur fazia. Nossos corpos se encaixavam perfeitamente. Assim, como a boca dele também moldava a minha perfeitamente. Ele soltava gemidos baixos ao sentir minhas unhas arranharem suas costas, com certa força. Admito.
Fechei os olhos sentindo seus lábios beijarem os meus. Num beijo assustadoramente, calmo. Muito calmo. Esse sexo matinal estava sendo tão diferente dos outros. Tão lento, e tão cheio de amor. Completamente cheio de amor. Não que os outros não fossem. Esse estava sendo só mais um, que eu diria que estava sendo o melhor de todos, até a gente fazer amor outra vez.

-Arthur... -Sussurrei ofegante. Eu sentia uma quase explosão se aproximar.
-Só mais um pouco... -Ele também estava ofegante. Mas continuava me torturando com aquela lentidão deliciosa. Eu poderia até concordar, se meu corpo não estivesse implorando por alívio.
-Aah... -Gemi estremecendo e Arthur segurou firme em minha cintura e também ficou imóvel, depois de um orgasmo avassalador.
-Eu... –Ele fez uma pausa e depois continuou. -Disse só mais um pouco... -Ele murmurou. Abri um sorriso exausto. Arthur me olhou depositando um suave beijo em meus lábios.
-Eu não aguentava mais... -Respondi. Arthur se mexeu e saiu de dentro de mim. E deitou ao meu lado. Colocou as mãos em minha cintura. E eu me virei, passando os dedos lentamente no contorno de seus lábios. Arthur sorriu.
-Gostei de ser acordado assim. -Comentou. -Você podia fazer isso todos os dias. O que você acha? -Perguntou. Eu percebi que ele segurava o riso.
-Eu acho que você tá muito exigente. -Respondi.
-Eu não chamaria de exigência. -Arthur falou baixo.
-Aah não? E chamaria de quê? -Perguntei curiosa.
-Aah, eu chamaria de acordar com um: Bom dia, bem dado. -Ele respondeu. Ergui uma das sobrancelhas, por ter ouvido certa ambiguidade na frase. Arthur riu. -Eei, não me olha assim. Por mais que você não acredite, eu não pensei no outro sentido de dar. Por mais que tenha falado... Eu reparei no duplo sentido. -Ele se justificou e deu de ombros. Lhe dei um tapa no braço. Mas não falei nada. -Você vai voltar a dormir? -Ele perguntou. Neguei com a cabeça.
-Não. -Falei. -Por mais que eu queira. Se eu fizer isso, vou acabar me atrasando. -Expliquei. Arthur bocejou. -Mas pelo visto, você vai dormir né? -Perguntei encarando-o. Ele sorriu.
-Eu não quero parecer convencido, ou algo do tipo. Mas eu não acordo cedo para trabalhar. Portanto... -Ele se espreguiçou. -Sim. Vou voltar a dormir. -Respondeu me dando um beijo rápido e virou de bruços. -Lhe dei um soco no braço e Arthur riu.
-Desculpa aí, folgado... -Respondi fingindo desinteresse. E levantei da cama, indo para o banheiro.

Pov Arthur

Depois que virei de bruços e Lua gentilmente me deu um soco no braço. Ooh mulher que gosta de bater, eu hein. Eu provavelmente apaguei. Só me acordei porque senti ela depositar um beijo em meu rosto. Abri os olhos lentamente e Lua me encarava sorrindo.

-Acho que apaguei mesmo. -Respondi sonolento. Lua passou as mãos em meus cabelos, fechei os olhos novamente.
-Eu não queria te acordar...
-Tudo bem, amor... -Respondi e lhe dei um beijo na mão.
-Só vim te dar um beijo. Já estou indo para o trabalho... Volto às três e meia, mais ou menos. -Ela me avisou. Assenti.
-Bom trabalho. -Falei e puxei Lua para um beijo.
-Obrigada. E bom sono. -Ela riu. -Dorminhoco... -Ela se afastou saindo do quarto. Eu me virei de bruços novamente, e dormir.

Dois meses depois - Junho, 2015.

Pov Lua

Fazia dois dias, que Arthur e os outros garotos haviam viajado para fazer mais um show. Eles voltariam no sábado, e eu já estava morrendo de saudades de Arthur. Era como se já tivessem se passado duas semanas, ou mais, que eu não o via. Já era tarde, provavelmente eles estavam a caminho do hotel, ou de um pub qualquer. Sempre iam, depois de alguns shows. Peguei o celular e disquei o número de Arthur. Chamou algumas vezes, antes de alguém atender. E esse alguém foi o Harry.

Ligação ON

-Luuuh! -Ele exclamou.
-Harry. Harry. Eu não liguei para o número errado, ou liguei? -Perguntei e ao mesmo tempo, olhei para a tela do celular, só para ter certeza de que o número era mesmo do meu marido.
-Não. O celular ainda é do Arthur. -Ele respondeu rindo.
-E cadê ele? -Perguntei.
-Foi pegar algumas... -Ele deixou a frase incompleta. E eu queria cair de tapa na cara dos quatro idiotas. A gente não podia confiar totalmente quando estavam todos juntos. Um encobria o outro.
-Harry! Deixe de insinuações. Responde a minha pergunta. Não estou com muita paciência não. -Falei secamente. Demonstrando claramente a minha raiva.
-Calma. Você não me deixa falar... Eles foram pegar algumas bebidas. -Completou. -E aah, novidade né? Você é a pessoa que vive sem paciência. -Riu. Bufei revirando os olhos.
-Cala a boca! -Quase gritei. -Quando ele chegar. Diz para ele me ligar. E tchau. -Eu ia desligar quando ouvi a voz de Chay e Arthur ao fundo.

"Aah, vamos concordar, Lize é linda." Essa era voz de Chay. "Lara, só tinha olhos para o Arthur." Era ele novamente. Ouvi a risada de Arthur. "Admite, Lara é gostosa, né?" Chay perguntou rindo. Eu pedia internamente para que Harry não desligasse o celular. Eu queria ouvir a resposta de Arthur. "Sim. Ela parece ser... gostosa." Concordou. Ele também riu. "Eu sabia que você concordaria, afinal, Lua não está aqui..." Ele mal terminou de falar e Harry gritou. "Ela está aqui no celular." A voz dele era apreensiva. Ouvi um "Oooh". "Acho que escutou..." Ele falou mais baixo. "Por que não falou antes?" A voz de Arthur era de irritação.

-Lua? -Ele chamou.
-Oi.
-Tudo bem? -A voz dele era hesitante.
-Achei que estivesse ocupado demais falando sobre o quão, Lara é gostosa. -Falei secamente.
-Lua... Amor...
-AMOR? -Eu gritei irritada. -QUE MERDA! EU NÃO PRECISAVA OUVIR ISSO. -Falei. Arthur suspirou.
-Eu não sabia que você estaria ouvindo. Lua, eu não sou cego. -Ele me disse. Que justificativa, chula.
-Então fica aí, tchau... -Me despedi.
-Lua, por favor! -Ele pediu. -Por que você ligou? -Perguntou.
-Por que eu liguei? -Perguntei novamente incrédula. Fechei os olhos com força, para conter a raiva, embora ele não estivesse me vendo. -Talvez porque eu estivesse com saudades de você. E quisesse ouvir sua voz. É... Talvez por isso... Mas talvez eu tenha ligado numa péssima hora. Pelo visto, você andou bem acompanhado aí. E nem deu tempo de sentir saudades de mim. -Finalizei. Agora era só um fio de voz, tudo o que restava.
-Lua, não estou questionando porque achei ruim... Não tem nada de boa companhia, nenhuma que seja melhor que a sua. Eu só respondi a uma pergunta que Chay me fez... E eu também estou com saudades. Disso você não pode duvidar. Eu estou morrendo de saudades de casa, de Anie, de você... -Ele disse calmo.
-Vou desligar... -Avisei.
-Vai ficar zangada comigo?
-Já estou. E nem ouse me chamar de ciumenta.
-Você não precisa ter ciúmes. Aah, Luh... Por favor...
-Quando você chegar, a gente conversa. Preciso desligar. -Falei tentando soar tranquilidade.
-Você não precisa. Você quer, é diferente. (N/A: Aaah amo falar essa frase haha'ha) Anie está bem? -Ele mudou de assunto. Conhecendo o mesmo, como eu conheço. Ele mudou de assunto para não finalizar a conversa.
-Sim. Apenas com saudades de você, mas bem. -Respondi.
-Eu também estou com saudades dela... e de você. Já falei. Fala pra Anie, que eu mandei um beijo e que eu a amo muito. -Ele me disse.
-Eu falo. E aah... vou desligar... -Falei novamente. Ouvi um suspiro do outro lado, simplesmente derrotado.
-If this is love, then love completes me. Cause it feels like I've been missing you... [ Se isso é amor, então o amor me completa. Porque parece que eu estive sentindo sua falta...] -Arthur cantarolou baixinho o trecho da música: Love Is Easy. Eu reconheceria essa canção,  até se ele falasse apenas duas palavras.
-Boa noite, Arthur... -Sussurrei e apertei em desligar.
-Am... -A palavra ficou incompleta. Mas eu sabia qual era. E no momento, eu não queria escuta-la.

Ligação OF

Me deitei na cama e peguei o fone de ouvido, que estavam na mesinha ao lado da cama. Conectei ao celular, e deslizei o dedo pela tela do mesmo, abrindo uma pasta de músicas, procurei por uma... uma que eu acabara de escutar.

"Quando eu não estiver por perto, canta aquela música que a gente ria."

Logo, ♪ Love Is Easy, foi ouvida... e eu fechei os olhos.

Oh I can't believe that it's so simple It feels so natural to me

Oh, não acredito que isso é tão simples Parece tão natural para mim

If this is love then love is easy
It's the easiest thing to do
If this is love, then love completes me
Cause it feels like I've been missing you
A simple equation
With no complications to leave you confused
If this is love love love
Oh it's the easiest thing to do

Se isso é amor, então o amor é fácil
É a coisa mais fácil de fazer
Se isso é amor, então o amor me completa
Porque parece que eu estive sentindo sua falta
Uma simples equação
Sem complicações para deixar você confusa
Se isso é amor, amor, amor
Oh, é a coisa mais fácil de fazer

Do do do do do do
Do do do do do do
Do do do do do do

Du, du, du, du, du, du
Du, du, du, du, du, du
Du, du, du, du, du, du

Ainda de olhos fechados, eu cantarolava a música baixinho. A música que ele sempre cantarolava baixinho também. Quando ele voltasse, as coisas iam se acertar, como sempre se acertavam, como sempre acontecia.

Feel the way that I do
Sinta o mesmo que eu sinto

Sussurrei antes de cair em um sono profundo... Sonhei com Arthur. Ou melhor, foi um pesadelo, ver ele com... ela, a morena alta, a qual eu não conseguia ver o rosto, era assustador, desesperador, triste, ele não era mais meu. Agora ele era... dela.

Continua...


Se leu, comente! Não custa nada.
Amores, continue comentando... Amei os últimos comentários!
Beijos...

8 comentários: