Ela olha para Arthur e a vejo chorar, gemer,
suplicar. Meu rapaz, ofuscado, abre a porta do carro com tanta fúria que quase
a arranca e a tira gritando como um louco. Eu observo a cena enquanto as
pessoas se aglomeram ao redor. Caty chora e Arthur grita e amaldiçoa como um
louco.
O homem que eu vi acompanhar Caty antes se
aproxima deles com gesto perturbado ao imaginar o que ocorreu.
— Omar, – Sussurro dolorida— Vá e acalme Arthur, por
favor.
Ele, depois
de assentir, se aproxima de seu irmão com cara de bravo e tenta mediar, mas Arthur
está alterado. Muito alterado.
Finalmente,
Omar e outro homem conseguem separá-lo de Caty e acalma os dois. Eu não consigo
parar de olhá-la. Está a menos de cinco metros de mim e a vejo me dizer entre
lágrimas:
— Sinto
muito... Sinto muito.
— Você não
tem vergonha! Quase mata você e agora vem com lamentações. – Sussurra Tifany ao
meu lado para ver onde olho.
Definitivamente
esta mulher não tem vergonha. Por outro lado, não sei como aceitar esse pedido
de desculpas, se será sincero ou fingido.
O que
aconteceu me tem espantada. Uma coisa é que esteja apaixonada pelo Arthur e
outra muito diferente é chegar ao limite que chegou. Sem dúvida alguma não está
bem da cabeça.
Porra,
quase me matou!
— Calma,
meninas.– Eu ouvi dizer Omar, aproximando-se de sua esposa e eu. — Ambulâncias
já estão chegando.
— Eu
quebrei duas unhas querido.
— Amanhã
você coloca nova, meu céu.–Respondeu sorrindo.
O som estridente de várias ambulâncias e
carros de polícia enche tudo. Rapidamente isolam o local e retiram os curiosos,
enquanto alguns médicos nos tratam, Tifany e eu. Imobilizaram-me o braço e
pescoço.
Como se eu fosse uma pluma, me levantam e me
colocam em uma maca e vejo que me levam a uma ambulância. Olho Tifany que está
na mesma situação. Coitada. Da maca, viro a cabeça e volto a olhar para Caty.
Continua chorando, enquanto seu acompanhante nega com a cabeça e olha para o
chão.
Omar muito
atarefado, corre da maca onde está sua mulher para a minha. Quando me colocam
na ambulância, ouço Arthur dizer:
— Eu vou
com ela. Os dois homens e a mulher da ambulância se olham e esta diz sorrindo:
— Você sabe
que não vamos dizer que não, doutor Aguiar, mas aqui nós temos que trabalhar.
Ele,
incomodado, fecha os olhos por um momento e então explica o que fez para me
atender, mas disposto a não interferir, finalmente assente e as portas se
fecham. Poucos segundos depois, ouço fecharem a porta na minha frente e também,
soando sua sirene aguda, a ambulância começa a andar.
Quero estar
com Arthur. Tenho vontade de chorar, mas devo ser forte, não uma moleca
caprichosa e convencida que chora porque não tem seu namorado próximo.
A mulher e
um dos homens começam a me atender e ela me pergunta em Inglês:
— Você se
lembra do seu nome?
Ainda
atordoada, entendo, mas eu respondo em espanhol.
— Meu nome é... Meu nome é Lua Blanco.
A mulher balança a cabeça, pega uma seringa
cheia de um líquido claro e o injeta na veia, segundos antes, sorri e diz
também em espanhol:
— Fácil, Lua.
Em breve estaremos no hospital Ronald Reagan.
— E Arthur?
Onde está?
Começando a
sentir tonturas quando ouço ele dizer:
— Estou
aqui, querida.
Como posso,
movo minha cabeça e olho para cima. Para uma janelinha posso ver Arthur sentado
na parte da frente da ambulância e sorrio.
Muié vc tem que postar mais, essa fanfic é viciante
ResponderExcluirNecessito de Mais
ResponderExcluirmuito bom!
ResponderExcluirmuito bom!
ResponderExcluirCoitada da Lua ansiosa por mais!
ResponderExcluirDeu pena da Luinha mais
ResponderExcluirMeu Deus............... Ansiosaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
ResponderExcluirnice,,
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