Adivinha quem sou esta Noite (Adaptada)- Capítulo 3 - 2º temporada

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No hospital, depois de fazer as radiografias e imobilizar meu braço com uma tipóia, um enfermeiro empurra a cadeira de rodas onde estou sentada.
Ele para diante de uma porta e ao abri-la me encontro com Arthur.
 — Olá, minha vida. – Diz ao me ver.
Vejo-o preocupado. Ele que empurrava minha cadeira, me ajuda a sentar em uma cama e, em seguida, sai, nos deixando sozinhos.
Carinhoso, Arthur me dá um rápido beijo nos lábios, acaricia meu rosto e me pergunta se dói muito.
Noto um pequeno desconforto, mas nada como a dor que eu tinha antes.
 — É suportável.– Respondo.
Então, ciente de tudo o que aconteceu, adiciono em voz baixa:
— Como está a Tifany?
— Ela tem uma luxação em uma costela e hematomas nas pernas e braços, como você. Mas fique tranquila, ela sobreviverá e conseguirá que meu irmão compre esse anel que estava tão ansiosa e certamente algo mais. Ambos sorrimos.
 — Você quer que eu chame os seus pais? – Me pergunta.
Penso por um momento, mas finalmente nego com a cabeça. Sei o quanto se preocuparão a muitos quilômetros de distância. Prefiro que não saibam. Estou bem e eu não quero que sofram por mim.
Fecho meus olhos.
Estou esmagada.
Como se tivesse sido espancada, mas ainda assim digo:
— Caty está bem?
Depois de um silêncio constrangedor, Arthur assente.
 — Sim. – E com um profundo suspiro, ele acrescenta: — Quando se recuperar, ela terá um grande problema connosco e com a lei. Eu asseguro a você que o que ela fez não ficará impune. Falei com o meu pai e ele vai nos representar. Irei me encarregar de que pague pelo que fez. O que tentou fazer a...
 — Arthur, não.– O corto — Não posso fazer.
— Como não pode fazer? Esteve prestes a matar você, querida.
Concordo. Eu sei. Sei que Caty queria fazer naquele momento era isso, mas continuo:
— Acalme-se e pense. Por favor... Se alguém odeia essa mulher, sou eu, mas não posso esquecer que sofre por amor. Ela te ama. Ela perdeu a cabeça, bebeu demais... E, além disso, eu cruzava onde não devia. Também tenho parte da culpa você não vê?
— Lua.– Diz ele com voz grave — Ela poderia ter matado você. Se tivesse cumprido seu objetivo, você e eu não estaríamos aqui conversando, você não percebe?
Volto a assentir. É claro que percebo, no entanto, insisto:
— Mas estamos, Arthur. Eu estou aqui com você e vou continuar amanhã, e todos os dias. – Tento sorrir, sem sucesso, quando prossigo: — Não vou denunciá-la, querido. Desculpe, mas não eu posso. Acho que ela tem problemas suficientes como superar o que aconteceu.
— Você é muito boa, também, e eu acho que...
— Não. Eu disse que não.– Decido.
Ele observa boquiaberto e quando assume que não vai me fazer mudar de ideia, sussurra:
— Nunca pensei que Caty poderia fazer algo assim. Nunca. Não sei como pedir desculpas por isso e...
— Arthur.– Corto. — Você não tem que me pedir desculpas porque não tem culpa de nada, querido. Ela ficou louca. O que você tem a ver com isso?
 — Eu me sinto culpado. Deveria ter sido mais cauteloso.
— Cauteloso?
Adota uma expressão de arrependimento e explica:
— Caty sofre de depressão há anos. Toma medicamentos e...
 — Foda-se...
— Um amigo do hospital comentou outro dia que ela vendeu sua clínica pediátrica. Já não é a dona. Trabalha somente algumas horas lá e eu... Eu deveria ter imaginado que isso poderia acontecer. Lembro-me que nessa mesma noite, enquanto jantávamos, ela nos contava de sua clínica e pergunto:
— E sabendo a verdade, por que não disse nada durante o jantar?
— Como eu poderia dizer, Lua? Não podia ser tão cruel. Além disso, não sei o que disse de sua vida ao homem que a acompanhava e eu não quis atrapalhar. Nem quis perguntar sobre sua doença. Não era o momento nem o lugar, querida. Desejava falar com ela, chamá-la um dia para ver como estava. Por isso hoje, ao vê-la, eu a convidei para jantar connosco sem pensar. Merecia ser bem recebida por nós dois, pela família Aguiar. Sempre foi uma boa amiga, mesmo que pensasse...
— Ela pensava que era algo mais para você, certo? Arthur assente e depois de aspirar, acrescenta:
— Eu sempre fui honesto com ela. Centenas de vezes eu disse que nunca teria nada sério entre nós dois, mas Caty se empenhava em continuar ao meu lado e eu muito egoísta a aceitava. Acredite ou não, eu fiz, não só por mim, mas também por ela. Parecia feliz, com seu problema controlado e isso era o suficiente. Mas agora percebo que o que eu fiz não estava certo.
— Não se aflija, querido.
— É por isso que eu digo que é minha culpa, Lua. – Ele continua
— Sem querer, eu provoquei o que aconteceu. Eu sou o culpado, você não vê? Sentindo o desespero em seus olhos, respondo:
— Não, minha vida, você não provocou. É verdade que você brincou com seus sentimentos sem pensar na dor que poderia causar a ela, mas você não a obrigou a ficar atrás do volante, pisar no acelerador e jogar o carro contra mim.
– Arthur não respondeu e continuei.
— E agora, sabendo o que sei, como você sustenta que a você denuncie? Se antes não podia, agora muito menos. Meu moreno não responde e disposta a deixar tudo claro, declaro:
— O que eu não vou permitir é que se culpe por tudo o que acontece ao seu redor. As coisas acontecem porque têm que acontecer e pronto. Ou por acaso você também é responsável pela camada de ozônio? Ou pela fome no Terceiro Mundo? – Consigo que me olhe e concluo — Que fique claro, senhor Arthur Aguiar, que para mim só será culpado do que pode me fazer diretamente, entendido?
Ele não se move. Somente me observa. Incrédula, vejo que igual com sua mãe, o sentimento de culpa não o deixe viver. Porque se sente assim? Mas não estou disposta a conviver com esta angústia e insisto:
— Não vou falar com você até que você me diga que me entende e que não tem culpa pelo que aconteceu, tudo bem, meu amor? Ele assente com a cabeça e depois de alguns segundos tensos, sorri e responde:
 — Só para que me chame de meu amor, valeu a pena ouvir.
— Arthur! – Eu protesto. Ele sorri e, finalmente, concorda.
— Ok, caprichosa. Eu entendi que eu e você não temos culpa.
— Muito bem! Quando me abraça com cuidado, ouvimos que a porta do quarto se abre. É Tifany em uma cadeira de rodas, acompanhada por Omar e uma bela enfermeira morena. Quando chega ao meu lado, Tifany pega a minha mão. Nesse momento começo a chorar e digo entre soluços:
 — Tifany me diga que está bem ou...
— Ah, amor, não chore. Levante esse astral! – Brinca com sua cara espevitada.
— Sinto muito pelo que aconteceu.
— Fique tranquila, Lua.– Interviu Omar sorrindo, dando uma piscadela para a enfermeira que entrou com eles
 — Asseguro que minha mulherzinha tirará proveito de seu heroísmo depois da saída hospitalar.
— Amorzinho... –Ela se reclama engraçada— Não diga isso, tolinho. Vejo como Omar e a enfermeira se olham até que esta sai do quarto. Que descarado!
Se Arthur fizer isso na minha frente eu arranco seus olhos. Quando meu cunhado se aproxima de seu irmão para comentar algo, Tifany baixa a voz e diz:
— Na próxima semana vamos às compras, certo? Eu começo a rir e confirmo alegre. Então ela acrescenta:
— Essa sabichona não me causou uma sensação boa e acho que fiz você saber com o olhar durante o jantar, quando vi como se derretia cada vez que contemplava Arthur. E no pub, oh, no pub, quando começou a contar certas intimidades, eu saí andando porque estava a ponto de gritar: Bonita, vá, fora daqui! Mas não queria ser ordinária. Como sempre, sua maneira de falar me fez rir. Tifany não poderia ser ordinária nem querendo!
— Não sei como lhe agradecer. Ela sorri e, baixando a voz, responde:
— Vamos, fofinha, você não teria feito o mesmo por mim?
Assinto.
Sem dúvida, eu teria feito.
— Amo você.– Conclui Tifany com um sorriso bonito.
Eu sorrio também.
Agradeço suas demonstrações de carinho em um momento como este.
Quase não nos conhecemos, mas acho que julguei muito rápido e que merece outra chance. E me alegra que pense que eu teria feito o mesmo por ela.
Os irmãos Aguiar nos olham alegres e Omar diz:
— Irmão, no final papai terá razão de que essas loiras só dão problemas. Isso me faz rir, mas Tifany protesta:
— Amorzinho.– Não diga isso, tolinho.
Nós quatro ficamos naquela noite no hospital.
Arthur se recusa que nos dêem alta e decidimos desistir.
Pequeno fim de festa e chegada ao meu novo lar!
Na parte da manhã, quando acordo, vejo que Arthur está sentado na poltrona que há de frente para a cama, lendo um livro. Observo-o. Ele não me vê. Como sempre, está bonito, sexy e mais ainda com esse gesto tão sério e com a camisa aberta. Sei que se tortura pelo que aconteceu. Vejo isso em seus olhos e na contração de seus lábios. Ele se preocupa comigo.
Oh, meu menino.
Por um tempo, continuo a observar e apreciar a vista, mas quando vê que me mexo, deixa o livro sobre uma mesinha, se levanta e rapidamente se aproxima de mim.
— O que acontece, querida?
Sua voz me conforta. Sua presença me dá segurança e, incapaz de me calar, murmuro:
 — Só queria dizer que te amo. Ele sorri. Toca sua testa e com expressão cômica, sussurra:
— Acho que o golpe foi mais forte do que eu pensava a princípio. Tenho que me preocupar?
Seu humor e seu gesto brincalhão me fazem sorrir. Uma pequena veia romântica! Durante alguns segundo nós rimos e de repente digo:
— Quero me casar com você amanhã mesmo.
Surpreendido, meu amor crava seus olhos castanhos em mim.
— Você tem certeza? – Pergunta. — Vamos para Las Vegas você e eu. – Respondo
 — Vamos fazer um casamento louco, diferente e...
— Querida – Me corta — Nos casaremos quando você quiser, mas em Las Vegas não.
— Por quê?
— Porque quero me casar com você, aos olhos de Deus.
 Bem... Desde quando é tão religioso? Faço uma careta, ele sorri e finalmente sorrio também. Mas como sou fácil com este homem...! Arthur me beija e diz:
— Vou providenciar tudo.
— Ok, mas peço-lhe uma coisa.
— O que?
— Quero uma festa muito alegre.
— Eu prometo – Responde me abraçando.


6 comentários:

  1. Lua muito boa com caty comigo ja era diferente kkkkkkk

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  2. Hunnn espero que essa não deu mais trabalho essa bondade de Lua pode ferrar com ela mesmo mais?

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  3. Poxa essa Caty quebrou mesmo as bixinhas kkk amando ansiosa pelo casamento!

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  4. Akhhhhhhhh casamento ansiosaaaaaaaaaaaaaaaaaa

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  5. Oxi..... com Arthur me casaria ate debaixo da ponte minha filha kkkkk amando

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