O som do silêncio é intimidador.
O som das rodas freando ainda me deixa
angustiada.
Estou viva!
Viva!
Ouço a voz
de Arthur.
Quero
responder. Sinto seus passos rápidos se aproximando, mas estou paralisada de
medo, deitada na rua e mal posso respirar. Tremo e meus olhos se encontram com
os de Tifany, a esposa de Omar.
Está no chão ao meu lado. Olhamo-nos. Ambas
respiramos com dificuldade, porém estamos vivas.
— Lindinha,
você está bem? –Ela pergunta em voz baixa.
Confirmo
sem poder abrir os lábios, mas a sua pergunta faz com que tudo volte à minha
mente. O carro se aproximando em alta velocidade. O medo. A mão de Tifany me
puxando. Como nós duas caímos bruscamente a trás do carro de Omar. Uma freada
incrível e depois o silêncio.
Mas esse silêncio é quebrado de repente por
gritos. Gritos apavorados. Omar se agacha com gesto alterado e, momentos
depois, a voz de Arthur chega até nós dizendo:
— Não a
mova, Omar! Chame uma ambulância.
Mas eu me
movo. Coloco-me de barriga para cima e solto um gemido.
Meu ombro
dói. Porra, como dói! Meus olhos se encontram com os do meu amor, que, com um
rosto pálido, se inclina sobre mim e sem me tocar para eu não me mexer,
sussurra desesperado:
— Lua, meu
Deus, querida... Você está bem? Não pare de me abraçar. Preciso do seu calor,
seu carinho, suas belas palavras, tanto quanto eu sinto ele precisa de mim, e
respondo tranquilizando:
— Estou bem... Não se preocupe... Estou bem.
— Querido,
estou tonta.–Tifany reclama, se sentando.
— Calma,
meu céu... Não se mova.– Omar tranquiliza.
De repente,
meu olhar e o de Tifany se encontram e emocionada pelo que essa pequena fez por
mim, murmuro:
— Obrigada.
A jovem e
loira esposa de Omar, que eu pensava ter menos cérebro que o Lula Molusco, o
amigo de Bob Esponja, sorri. Acaba de me salvar de morrer atropelada pelo carro,
se arriscando a ir também ao outro lado. Serei eternamente grata. Eternamente.
Arthur toca
meu braço acidentalmente e dou um grito de dor.
Porra, que
dor!
Ele olha
assustado e com a respiração acelerada, sussurra:
— Não se mova, querida.
— Como dói...
Como dói...
— Eu sei...
Eu sei... Fique calma.–Insiste com gesto preocupado.
Com os olhos marejados pela dor insuportável
que sinto, vejo que Arthur liga para um amigo médico, que vem correndo em nossa
direção.
— Peça gelo no Pub. Preciso de gelo urgentemente!
Movo-me e volto a gritar de dor. Arthur me olha e tirando o paletó, diz:
— Acho que
você deslocou o ombro na queda.
Neste momento, não sei o que é deslocado ou o
que é ombro, mas o gesto do meu homem é triste. Muito triste e isso me assusta
enquanto reclamo:
— Porra...
Como dói! Quando seu amigo aparece com um saco de gelo, Arthur amaldiçoa e,
observando-o, ele comenta:
— Fran,
preciso de sua ajuda. Colocaram-me na calçada me deixando como uma boneca e
vejo que o tal Fran segura minha cabeça. Fico nervosa. O que vão fazer comigo?
— Como dói, Arthur... Dói muito. Meu amor se
senta no chão e coloca um pé ao lado do meu torso. — Eu sei querida... Mas em
breve tudo passará. Vou segurar sua mão com força e puxá-la para mim.
— Não...
Não me toque! Estou morrendo de dor!– Grito assustada. Ele entende meu medo.
Estou apavorada. Arthur tenta me tranquilizar e quando consegue novamente se
coloca como antes e murmura:
— Tenho que
recolocar seu ombro no local, querida. Isso vai doer.
E antes que
eu pudesse piscar, vejo que o tal Fran e ele se olham e depois Arthur faz um
movimento seco que me faz ver estrelas de todo o céu, enquanto grito com dor.
Deus, que dor! As lágrimas brotam dos meus olhos. Choro como uma tonta. Odeio
fazer isso na frente de todas essas pessoas, mas eu não posso ajudar. Dói tanto
que eu não consigo pensar em mais nada.
— Pronto...
Pronto, querida. – Me embala para me tranquilizar.
Ficamos
assim por um tempo e percebo como estou encharcando sua camisa de lágrimas. Arthur
não me solta. Não se separa de mim. Só me mima e sussurra maravilhosas palavras
de amor, enquanto algumas pessoas passam ao nosso lado.
Quando me
acalmo, deixa de me abraçar cuidadosamente, cobrindo o gelo com sua jaqueta e
me colocando sobre o ombro, diz, ao ver que o olho com os olhos vermelhos pelas
lágrimas:
— Calma, minha vida. A ambulância chegará em
breve.
Tento me
acalmar, mas não posso. Primeiro, porque quase me atropelaram. Segundo, porque
meu braço dói horrores. E, terceiro, porque o nervosismo de Arthur me deixa
nervosa.
— Diga-me que você está bem.– Ele insiste.
— Sim... Sim... –Consigo gaguejar. Minha
resposta o acalma, mas, em seguida, se levanta do chão rapidamente, se afasta
de mim e o ouço gritar com firmeza:
— Como você
pode fazer isso!
Assustada
ao ouvi-lo tão furioso, tento me sentar apesar da minha dor e o vejo caminhar
em direção ao carro que estava a ponto de me atropelar. Dentro está Caty, com a
cabeça no volante.
Cadela,
Víbora!
Caty filha da mãe
ResponderExcluirTadinha de Lua.. Caty louca de maisss!!! Posta maisss... Poderia posta outro já q são os primeiros capítulos da segunda temporada, a gente merece esse bônus!!!
ResponderExcluirSabia essa caty não prestava se fazendo de boazinha :/ mais ansiosa curiosa
ResponderExcluirMata ela Arthur kkkkkkk dale na cara cachorra safada miserável coitada de Lua mais?
ResponderExcluirCaty Vadia !
ResponderExcluirBichinha chorando..... essa caty filha da pu__ merece apanhar isso sim rum coisa feia recalcada invejosa piriguete obesa piolhenta vagabunda chata peito muxo
ResponderExcluirAmeiiii essa web comecei a ler ontem e fiquei super feliz que vc começou a 2 temporada hoje kkk maissssssssss
ResponderExcluirVou linchar essa Caty desgraçada
ResponderExcluirMais
Cadê a 1° temporada ?
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