Ele
Tentou Ser Meu Príncipe
Cap. Único
Autora: Jamille Sousa (Milly)
Classificação:
Livre
Gênero: Drama
Sabe, ele podia estar
aqui... Mas não, a vida não o deixou comigo. Eu seria capaz de dar a minha vida
em troca da dele, só pra ter toda a certeza de que ele estaria vivo e feliz
mesmo que pra isso eu teria que morrer. Porque já ouvir falar que quando se
ama, não existem barreiras, mas agora tinha, ele não estava mais aqui... Bem,
já comecei contando tudo de uma vez, vocês devem estar sem entender nada, bom,
meu nome é Lua Blanco, tenho 25 anos, moro em Londres, em pouco tempo eu seria
a Sra. Aguiar, sim, seria... Eu namorava o Arthur, Arthur Aguiar, o melhor
namorado de todo o sempre. E pra isso eu não precisei namorar vários, nem dormi
com vários outros garotos pra saber que ele é o melhor de todos. Mas ele não está
mais aqui, acho que já falei isso, só que vocês não entendem ninguém nunca vai
entender, até o dia em que alguém perder a pessoa que mais ama e sentir que está
sem chão, que isso nunca aconteça com vocês, porque é a pior dor que alguém
pode um dia vim a sentir. Vou contar um pouco da nossa história...
No Dia
Que o Conheci.
Conheci Arthur num parque,
aqueles que nos fins de semana ou nos dias de semanas as famílias se reúnem e
passam o dia juntos, então, acreditem que ele me acertou uma bolada? Sim,
aquele idiota nunca levou jeito com vôlei. Eu estava sentada lendo um livro,
até que...
-AAAAAAII QUEM FOI O IDIOTA
QUE NÃO TA ENXERGANDO QUE ME JOGOU ESSA BOLA? –Sim eu gritei mesmo e ele veio
até mim com um olhar de dúvida, aquele olhar “será que eu vou?”. Tááá eu até tive vontade de ri dele.
-Er... Desculpa! Não tive a
intenção. –Ele disse com um meio sorriso, Mel que estava ao meu lado soltou um riso
abafado e virou o rosto. Tá, confesso, aproveitei para me diverti, afinal, não
é todo dia que um garoto lindo acerta uma bolada em você.
-Só faltava essa... Você ter
a intenção de me acertar uma bolada! –Joguei a bola pra ele.
-Er... Foi sem querer,
desculpa mesmo! –Ele pediu novamente, era tão fofo ele falando, parecia uma
criança se explicando pra mãe, depois de ter aprontado uma travessura qualquer,
eu estava me segurando pra não ri, e dizer que era tudo brincadeira da minha
parte.
-Você acha que um pedido de
desculpas vai passar a dor da minha cabeça? –Falei erguendo uma das
sobrancelhas.
-Na verdade...
-Chega Luh, er... Você aí,
eu não sei seu nome. –Mel falou. –Ela tá brincando! –Ela riu e ele respirou,
aliviado.
-Desculpa mesmo! –Ele disse
de novo.
-Para de pedir desculpas!
–Eu ri. –Lua Blanco. –Falei.
-Arthur Aguiar! –Ele falou e
apertou a minha mão que segundos antes eu tinha estendido em sua direção.
-Mel. –Minha amiga falou
sorrindo e ele sorriu pra ela também.
-Aqueles ali são: Chay,
Micael e Lucas... –Ele apontou para três garotos que estavam parados observando
a gente. Eles acenaram segundos depois e nós fizemos o mesmo. –Tchau... –Ele
disse se despedido. Eu apenas balancei a cabeça, algo me dizia que eu ainda o
encontraria mais vezes.
*
Sabe, quatro meses depois, a
gente estava namorando, sim, daquele dia, na mesma noite eu o encontrei num pub,
eu não estava sozinha, assim como ele também não estava, eu estava com Mel e
Sophia, minhas duas melhores amigas, e ele estava com Chay, Micael, Lucas e uma
morena, ela fazia o estilo menina mimada. Ele veio até nós e todos nos
cumprimentamos, e sim, eu estava errada, Ashiley não era mimada, ela era e é
divertida e super, mega legal, ela era irmã de Arthur e namorada de Lucas.
Conversamos e bebemos muito, cheguei a pensar que não acertaria o caminho de
casa. Eu tinha apenas dezessete anos, a única mais novinha era a irmã de
Arthur, ela tinha dezesseis anos. O Arthur era péssimo jogador quando o esporte
se chamava vôlei, sim, todos eles eram péssimos em algo, Micael era
absolutamente idiota e irritante contando piadas, era cada uma pior que a
outra, que dava vontade de chorar, ao invés de rir, sério mesmo, mas era
absolutamente bom jogando futebol. Chay era ao contrário, qualquer atividade
que envolvesse corridas ele era péssimo, acho que ele nem sabe correr, mas
cantava maravilhosamente bem. Lucas não cantava nem no chuveiro, era capaz de
fazer puf e queimar, mas quando o assunto era vôlei ele mandava super bem. Ashiley cantava tão bem que resolveu seguir
carreira de modelo. Mel fazia um brigadeiro, que só ela sabe fazer, ela é a
nossa cozinheira oficial. Sophia era
nossa estilista, por que né? Arthur era bom em tudo, exceto jogando vôlei, ele
era ruim mesmo, não estou exagerando, mas era absurdamente ótimo como nadador,
ele nadava maravilhosamente bem. Eu bem, eu só brilhava em tudo, tá bom? O dia
que ele me pediu em namoro foi tipo: O melhor dia de toda a minha vida!
Pedido de
Namoro.
-Luh? –Ele me chamou, nós
estávamos na casa dele, Ashiley nos convidou para uma sessão de filmes, de
todos os gêneros, nós íamos dormir lá naquela noite. A gente já ficava há
quatro meses.
-Oi! –Respondi parando
rapidamente e sorri.
-Er... Bem, eu quero te
falar uma coisa, mas eu vou falar rápido eu acho... –Ele disse com um sorriso,
que eu julguei ser de nervoso.
-O que você aprontou?
-Nada Luh!
-Menos mal. Agora fala...
-Vem aqui... –Ele disse me
puxando para o quarto dele e logo fechou a porta, eu o olhei confusa. –Não
precisa ter medo! –Ele deu um meio sorriso.
-Eu não estou com medo...
–Falei, mas eu estava com medo.
-Vou começar não me
interrompe. –Ele pediu. -Eu bem, decorei a fala... –Ele riu. –Mas eu esqueci.
–Ele deu um sorriso sem graça frustrado. -Só fala para dizer a sua resposta,
seja ela qual for... Tá bem? –Ele perguntou e eu assenti com a cabeça. –Er...
Luh, eu, eu, queria, eu quero... –Ele parou. –Eu sei que não sou perfeito, nem
tenho vocação para príncipe encantado, passo longe do modelo de namorado
perfeito... –Oi? Foi isso mesmo que eu escutei? Ele disse namorado? Sim
continue. Falei em pensamento. –E que por aí deve está cheios de outros garotos
melhores que eu, talvez o seu príncipe encantado, aquele que toda garota sonha
em um dia encontrar, talvez eu não mereça você, porque você é incrivelmente,
incrível, a melhor garota, a melhor companhia que alguém pode ter, a melhor
coisa que me aconteceu nesses quatro meses foi ter te conhecido. –Ele soltou um
riso, pareceu pensar, e eu o olhei confusa outra vez. –Agradeço aquela bolada, e
ao meu dom de jogar vôlei... –Ele riu, e eu soltei um riso também. –Se não fosse
esse dom, e eu fosse tão bom quanto o Lucas jogando vôlei, eu nunca teria te
acertado aquela bolada, eu nunca teria conhecido você. E eu não quero te
perder, não quero passar mais um dia se quer sem te ver, sem você, sem vê o seu
sorriso, sem senti o seu cheiro, sem tocar em você, sem pegar na sua mão e te
girar, como eu sempre faço quando andamos na rua, e você ri aquela risada
maravilhosa, que dá vontade da gente ri só de te vê sorrindo. –E eu sorri, já
sentindo que as lagrimas estavam brigando para ver qual ia cair primeiro. –Não
chora, não estou falando isso para você chorar. –Ele disse passando a mão pelo
meu rosto. –Luh, er... Eu quero... Namorar com você, eu quero ao menos tentar
ser seu príncipe encantado, mesmo que eu não consiga, eu quero tentar, porque
eu não quero te perder, já faz uma semana que eu tento te falar tudo isso, só
que eu não tinha coragem, tinha medo de parecer um idiota falando isso. –Eu
passei a mão pelo rosto dele, eu já chorava. –Luh, você quer ser minha
namorada? A única princesa por quem eu decidi tentar ser um príncipe? –Ele me
perguntou.
-Você é lindo... –Eu tinha
dificuldade em falar, por conta do choro. –Eu é que tenho a sorte de ter te
encontrado, porque você sim é o melhor namorado do mundo. –Eu tentei sorri. –E
eu aceito ser sua namorada! –Falei, e ele me abraçou, o abracei de volta ainda
mais forte, aquele abraço era o melhor abraço do mundo, eu tinha tudo o que
precisava, eu tinha Arthur na minha vida, e isso era o meu tudo, a minha
vida... Que agora eu não tinha mais.
Don’t Wanna
Be Torn – Miley Cyrus (Alguns trechos da música)
(And
these walls I’m building now)
E estas
paredes que estou construindo agora
(You
used to bring them down)
Você costumava derrubá-las
(And
the tears I’m crying out)
E as lagrimas
que estou chorando
(You
used to wipe away)
Você
costumava enxugá-las
(...)
Arthur era o meu melhor
presente, era, e eu não consigo parar de chorar, eu não consigo parar um
segundo se quer de pensar nele, quando fecho os olhos e ele que eu vejo, eu o
vejo sorrindo, ele sempre estava sorrindo, e isso era o que eu achava mais
lindo nele.
(I
though you said it was easy)
Eu pensei que
você disse que era fácil
(Listening
to your heart)
Ouvir seu coração
(I
thought you said i’d be ok)
Eu pensei que
você disse que eu ficaria ok
(So
why am I breaking apart)
Então porque
estou me quebrando?
(...)
Talvez eu esteja assim
porque ele era a minha vida que se foi, e sem ele não tem graça viver, quem vai
me abraçar? Se o único abraço que me protegia de tudo era o dele, se o único
abraço que me confortava quando eu estava triste era o dele, se as simples
palavras de: tudo vai
ficar bem, eu estou aqui, eu nunca vou te abandonar. Me
faziam acreditar que realmente tudo ia se resolver, pelo simples fato de ele está
comigo. E de dizer que nunca ia me abandonar.
Ele realmente nunca iria me
deixar, ele era e continua sendo a melhor parte de mim, a melhor página do meu
livro, o melhor capítulo da minha história de vida e isso ninguém ia conseguir
apagar, ninguém nunca ia ou vai substituir o que eu sentia e ainda sinto por
ele. Porque a gente só ama de verdade uma vez na vida, amores nunca vão e vem,
eu acredito nisso, não tem como você amar pessoas igualmente, cada pessoa é
única, e se isso acontecer, posso dizer que talvez seja mentira ou apenas você
ainda não sabe diferenciar esse amor. Porque o amor que eu sinto pelos meus
pais, tios, avós, primos, amigos, e bem diferente do amor que eu ainda sinto
por... Arthur Aguiar. O menino que resolveu tentar virar príncipe só porque
botou na cabeça que eu era uma princesa e que toda princesa merece ter um
príncipe encantado. Mas se eu fosse tão boa namorada assim como ele tanto
falava, eu tinha feito de tudo, para ele não vim, mas ele veio, se eu ao menos
tivesse sonhado com esse... Incidente, eu teria terminado o namoro, mesmo que a
dor fosse maior, mas eu iria ter a certeza de que ele estava vivo, mesmo que
não estivesse comigo, ele ia continuar vivendo, ele ia ter uma vida, ele ia
viver, ia está com os amigos, jogando vôlei mesmo que ele fosse péssimo fazendo
isso, ele podia continuar tentando ser um príncipe... Mesmo que fosse de outra
garota. Ele podia ir pra balada ou para um pub qualquer e dançar, ele dança
bem, ele dançava bem... A minha dor é tão grande, que às vezes eu nem sinto meu
coração, a dor chega a ser insuportável, me vem um nó na garganta só de pensar
nele, nas coisas que fazíamos juntos, até dos momentos que ficávamos sem fazer
absolutamente nada, só deitados e os únicos sons ouvidos eram de nossas
respirações calmas e batidas de corações. E é desses momentos que eu mais sinto
falta, porque nesses momentos ele era só meu, com um sorriso dele eu ganhava o
dia, eu tinha que ligar pra ele todos os dias quando eu acordava, eu tinha que
ouvir a voz dele e saber que ele estava bem, e agora? Pra quem eu vou ligar? Se
eu sei que se ligar para aquele número que eu sei de có o qual não sai da minha
cabeça, ninguém vai atender, e se alguém atender esse alguém não vai ser ele,
não vai ser o meu Arthur, o meu príncipe, a versão moderna de um príncipe
encantado. Ele tem... Ele tinha, eu ainda insisto em falar as coisas, como se
ele ainda estivesse aqui, ele tinha o melhor cheiro do mundo, o perfume que
agora eu precisava sentir, nem que fosse vindo no vento esse cheiro... Ainda
não tive coragem de rever as nossas fotos, porque eu sei, que se eu fizer isso,
eu irei piorar, Mel não me deixa sozinha nenhum instante, só ouço de longe que Ashiley
está inconsolável, afinal ele era seu irmão, o único irmão. Faz um mês que tudo
aconteceu, o pior mês da minha vida, da vida de todos nós. Só consigo pensar
em: Ele
podia está hoje aqui, ele podia está sorrindo, falando que me amava. Me
lembro do primeiro: Eu Te Amo que ele falou pra mim, eu
chorei, porque eu o amava tanto, e ouvir aquelas três palavrinhas era tudo que
eu queria ouvir da boca dele, e repeti-las para ele também.
O
Primeiro Eu Te Amo.
-Arthur, você está tão chato
garoto! –Eu disse quando tentei trocar de canal e ele tirou o controle da TV da
minha mão.
-Eu não sou chato! –Ele deu
língua, a gente estava na casa dele, eu ia passar o dia lá, era sábado, típico
programa de final de semana. Ficar na casa do namorado sem fazer nada.
-Ainda mais chato por não
admiti que é chato! –Falei e ele riu.
-Aah, sua linda... Eu te amo!
–Sim, ele disse que me ama, eu chorei, sim chorei por ouvi aquelas três
palavrinhas.
-Arthur...
-Não chora sua boba, se
soubesse que você ia chorar, nem tinha falado, eu só não aguentava mais guardar
isso pra mim! –Ele sorriu sem jeito.
-Eu te amo, mas que a mim mesma!
–Falei, o que não era mentira. O abracei e depois selamos nossos lábios num
beijo calmo, nossas línguas bailavam em perfeita sincronia.
Skyscraper – Demi Lovato (Alguns trechos da música)
(Skies are crying)
Os céus estão
chorando
(I
am watching)
Eu estou assistindo
(Catching
teardrops in my hands)
Pegando as
lagrimas em minhas mãos
(Only
silence, has it ending)
Somente
silencio, tem o seu fim
(Like
we never had a chance)
Como se nunca
tivessemos tido uma chance
(Do
you have to make me feel like)
Você tem que
me fazer sentir como se
(There’s
nothing left of me?)
Não restasse
nada de mim?
(...)
Mas ele se foi... Se foi tão
rápido, ele tinha apenas 25 anos, tudo aconteceu tão rápido, antes de eu contar
tudo, vou falar mais um pouco sobre o Arthur, o namorado perfeito, aquele que
toda garota sonha em ter e que só eu tinha. Embora, ele falasse que não era
perfeito, ele era perfeito só por falar que não era. Lembro-me que quando
saiamos, ele tinha a mania de pegar na minha mão e me girar, era incrível, as
pessoas nos olhavam sorrindo, a gente era feliz, muito, muito feliz mesmo. Ele
amava me abraçar do nada e eu amava ser abraçada por ele do nada. Eu sinto cada
vez mais a falta dele, chega a ser insuportável, a falta e a dor que é enorme.
Chego a pensar que essa dor nunca vai passar. Sabe por quê? Porque ele nunca
vai voltar... Mesmo eu pedindo isso todos os dias. Eu sei que ele não volta
mais, eu sou obrigada a acreditar nisso.
Eu iria. Eu
iria em qualquer lugar do mundo para estar com ele de novo. –Fallen
Eu ainda preciso dele, será
que ele não entende? Por que ele me deixou? Agora eu estou sozinha, não tenho
mais o amor dele, porque ele não está mais aqui, e eu continuo... Eu iria para
qualquer lugar com Arthur, assim, como eu sei que ele ia para qualquer lugar ao
meu encontro. Mas eu não devia ter o deixado ir, não naquele dia... Maldita
hora que foi chover! Todo mundo fala que já estava escrito, que isso tinha que
acontecer. Por que não estava escrito errado? Por que tinha que acontecer logo
com ele? Ainda me faço essas perguntas todos os dias. Nós já estávamos juntos
há oito anos, íamos casar... Por incrível que pareça, Faltavam só três dias...
Três dias para a gente se casar, estávamos noivos há dois anos, não tínhamos
pressa, se eu soubesse que isso ia acontecer, eu teria sim tido pressa, porque
eu precisava dele, como ainda preciso.
Eu não tenho
medo de morrer... Eu tenho medo de não estar com você. –Nicholas Sparks
Ele sempre me disse que não
tinha medo de nada que viesse a acontecer com ele, ele só não queria ficar sem
mim, que se fosse pra ele morrer, que ele fosse primeiro que eu, porque ele não
suportaria a dor de viver sem mim e hoje eu sei que dor é essa. Eu a sinto
todos os dias, um vazio insuportável, você só sente a necessidade de chorar, chorar
e chorar.
Você pode
amar muito alguém, mas você nunca pode amar uma pessoa tanto quanto pode sentir
a falta dela. –John
Green
A gora sim, eu sei o
significado da palavra falta, sentir a falta de alguém... Sabe, porque se ele
estivesse vivo, eu iria está feliz, mesmo que ele não estivesse comigo, mas ele
não está vivo. O destino brinca, ele gosta de brincar com tudo e com todos.
É difícil você descrever uma
coisa que te faz sofrer todos os dias, por mais que você saiba cada detalhe de
tudo. Na hora de descrever, seu sofrimento só aumenta e você só pensa em
escrever (tristeza, tristeza e tristeza) é difícil, sempre é.
Choro por eu precisava de um
abraço apertado, de sentir uma respiração de manhã próxima da minha, tenho
saudades de acordar com um bom dia meu anjo, sinto falta do cheiro, dos beijos,
dos conselhos, dos: eu te avisei Luh, você é teimosa, ooh mulher marreta, deixa
de ser chata Lua, Luh, essa roupa está boa? Pega meu celular, esqueci a chave
do carro, não briga comigo, eu não tive culpa, desculpa o atraso, você está
linda, você está cheirosa, não demora Luh, essa roupa está curta, você já
trocou de roupa umas dez vezes e a primeira já estava ótima, eu não tenho
ciúmes, só excesso de cuidado, pequena, linda... Eu te amo! Isso faz falta.
Porque em cada
pedaço de mim, sempre haverá um pedaço de você. –Nicholas
Sparks
Mas ainda tinha um último
presente, o presente eterno, aquele inesperado, aquele presente que você
precisava. Aquela vida que iria te fazer querer viver cada dia mais, porque era
um pedaço dele, porque era um presente dele só pra você.
Nenhum
afogado pode saber qual gota de água que fez a sua respiração parar. –Nicholas Sparks
Eu não saberia explicar como
tudo aconteceu, porque eu não estava lá. Mas Lucas, Chay, e Arthur estavam e só
ele não voltou, só ele que ficou... Eu, Sophia, Mel, Ashiley e Micael, já
havíamos chegado a casa de praia da família do Mika no dia anterior, só que os
meninos não puderam vi junto com a gente porque eles tinham trabalho e ficou
combinado que no outro dia eles iriam, eu até pedi para ficar, mas Arthur disse
que era melhor eu ir com os outros, eu iria aproveitar mais. A gente iria se
casar, só faltavam três dias, como eu já falei antes. Nós iriamos fazer as
famosas ‘Despedidas de Solteiros’ nessa casa de praia, ou em um local
próximo a ela, ainda não sabíamos exatamente, não era a primeira vez que
iriamos a Brighton. Não era a primeira vez que eu e Arthur viajaríamos
separados. Mas, nesse dia, a chuva resolveu cair e estragar os nossos planos,
do dia, da semana e do futuro, um futuro sem ele.
Quando a
morte conta uma história, você tem que parar para ouvi-la. –A Menina Que Roubava Livros
-Mas Arthur, eu não queria
ir sem você! –Falei e ele me olhou com aquele típico olhar fofo que só ele
possuía.
-Mas meu anjo, amanhã eu
irei para lá, e o primeiro bom dia vai ser meu. Eu prometo! –Ele sorriu.
-Arthur, eu quero ir só
amanhã! –Insistir.
-Se você for hoje, você vai
aproveitar mais, e eu nem vou tá lá pra implicar com o seu biquíni. –Ele
continuou rindo e eu bufei.
-Eu estou falando sério
Arthur! –Disse.
-Eu também amor, amanhã eu e
os meninos já vamos estar lá.
-Se você quer assim, Ok!
–Falei e ele veio até mim, me abraçando.
-Quero. A gente já vai se
casar, e você vai ter que me aguentar para o resto da vida e sem reclamar! –Ele
apertou a ponta do meu nariz e riu, ele sempre fazia isso.
-Fazer o que né? –Fiz cara
de tedio e ele gargalhou.
-Te amo!
-Te amo!
Ele lhe dera
as mais belas páginas de sua vida. -A Menina
Que Roubava Livros
Esse foi o meu último
momento ao lado dele, foi a última vez que eu senti o melhor abraço do mundo. E
depois disso eu viajei, a viagem foi demorada, o transito estava caótico. E eu
só pensava em Arthur. Na mesma noite, quando nós já estávamos em Brighton, ele
me ligou, era umas 22h30min eu já estava deitada, só não conseguia dormi, eu
sentia falta dele, e uma sensação estranha também, um medo absurdo eu só não
sabia de que.
Ligação
ON
-Oi amor... –Falei e eu
sabia que ele tinha um sorriso bobo no rosto, porque uma vez ele me disse. Que
toda vez que eu ligava, ele sempre ficava com um sorriso bobo no rosto.
-Oi, aposto que você não
consegue dormi porque está sentindo minha falta, acertei? –Ele brincou.
-Como você sabe?
-Porque é assim que eu estou
aqui... Sentindo a sua falta e a solução foi te ligar, para ouvir a tua voz.
–Ele disse.
-E resolveu? –Perguntei.
-Razoavelmente... Era melhor
se você estivesse aqui.
-Eu também queria que você
estivesse aqui...
-Amanhã eu vou está!
-Espero que amanhã chegue
logo!
-Via chegar... E como foi a
viagem?
-Foi tranquila e ao mesmo
tempo cansativa, o transito estava lento.
-Uhm, espero que amanhã não
esteja assim... A gente quer sair cedo daqui, chegar aí ao menos umas 7h30min.
Os meninos estão aqui.
-Tá... Você está cansado?
–Perguntei.
-Um pouco e você?
-Também, acho que já vou
desligar, você vai acordar cedo também. –Falei.
-Aham, amanhã eu vejo você.
Te amo, Luh!
-Te amo Arthur!
-Dorme bem!
-Se cuida! –Foi a minha
última frase dita pra ele, antes dele desligar o telefone.
Ligação
OF
A menina não
o produzia com frequência, mas, quando ele surgia, seu sorriso era faminto. –A Menina Que Roubava
Livros
E depois disso, a primeira
notícia que nós recebemos foi de um... Acidente, maldito acidente. Era perto
das 7hrs eu já havia acordado, assim como Soph, Mika, Mel e Ashiley, estávamos
tomando café, eu já tinha tentado ligar para o Arthur, mas só dava na caixa de mensagem.
Assim, como nos outros celulares. A chuva que caia era forte, o céu estava
fechado e escuro, trovões e relâmpagos davam som e cor ao céu. Então, Keth teve
a ideia de ligar o rádio e estava no noticiário local.
*Agora a
pouco, acaba de acontecer um acidente na estrada que dá aceso a Brighton, com
vítima fatal, ainda não se sabe exatamente como tudo aconteceu. Eram jovens,
pareciam vim a passeio, testemunhas afirma que eles não vinham em alta
velocidade, mas a pista estava lisa, e a chuva pode ter causado esse terrível
acidente. Os policiais e a equipe médica já estão aqui no local, às vítimas
estão bastante feridas. E como já disse, teve uma morte. Ainda não sabemos os
nomes dos feridos. Os policiais estão tentando encontrar documentos dos passageiros.
O carro envolvido no acidente é um Audi, na cor preta, com detalhes prateados,
eram três jovens, essa informação acabou de chegar. Eles devem ter entre 22 e
28 anos. Depois voltamos com mais notícias.*
Nós ficamos um bom tempo nos
encarando, parecia que nós já sabíamos quem eram os três jovens envolvidos no
acidente. E aquela frase: E como já disse, teve uma morte.
Parecia ganhar cada vez mais espaço dentro da minha cabeça. Isso não podia
estar acontecendo, isso não podia acontecer.
-Vocês não estão pensando o
mesmo que eu, né? –Ashiley perguntou, ela parecia ter um choro preso na
garganta.
-Acho que sim... –Falei e
logo peguei o celular e tentei ligar para Arthur outra vez, chamou umas 4
vezes, até alguém atender e esse alguém não era ele e um barulho de sirene e de
pessoas falando era insuportável, eu não precisava ouvir mais nada, eu não
precisava ter uma confirmação do que eu já previa escutar daquela voz.
-Alô? –A voz era grossa e
firme.
-Alô, quem está falando? –Eu
estava me segurando o bastante para não desabar em lagrimas.
-O policial David, com quem
eu falo? –Ele se identificou.
-Lua... O que está
acontecendo?
-Bom, eu estou aqui próximo
a Brighton e bem, pelo nome no contato você deve ser namorada de um dos jovens
que aqui estão. Eu não sei como dar essa notícia a você, mas moça, eles
sofreram um acidente e temos uma vítima fatal, os outros dois garotos estão
sendo levados ao hospital, eles estão desacordados.
Essas foram as palavras do
David, e meu choro ganhou o local. Micael pegou o celular da minha mão e Mel
veio até mim, ela também já estava chorando. Minutos depois o motorista da casa
de Micael nos levou até o hospital e Ashiley já tinha avisado seus pais, assim
como também tinha avisado os pais de Chay e de Lucas. Nós não sabíamos como
iriamos encontrar as coisas quando chegássemos ao hospital. Eu já pensava no
pior, eu só não queria acreditar. Nós ainda não sabíamos quem tinha morrido, eu
só rezava para que todos eles estivessem errados sobre essa morte. Eu só queria
que fosse um engano.
Mas não era um engano, e
quem estava morto era Arthur... E ali, a minha vida tinha acabado de terminar
também.
Você morre no
meio da vida, no meio de uma frase. –A Culpa é das Estrelas
Hoje faz um mês que ele se
foi, já faz um mês de saudade e dor. Eu também sei que essa dor só vai
aumentar, as pessoas falam que um dia passa, mas eu sei que esse tal dia vai
demorar a chegar e se é que ele vai chegar realmente.
Ei
menina, tenha calma, a vida leva, assim como pode deixar um presente também.
Ela não sabia, ela nem
imaginava, mas ela ia sorrir de novo, ela ia querer viver outra vez. Mesmo que
sem ele, mas ia ser por ele também, porque ele era o responsável, ele fazia
parte do melhor presente que ela podia ganhar e olha que ela pensava que nunca
iria ganhar, não dele... Não de Arthur!
Ele não iria
deixa-la sozinha, ele tinha prometido cuidar dela para sempre...
-Não vai me dizer que
Ashiley vai ser titia? –Sophia falou apreensiva, num misto de brincadeira
também e Ashiley sorriu.
-Não sei, eu nunca estive
gravida antes! –Falei.
-Que descoberta! –Sophia
falou com cara de tedio e eu deixei escapar um riso, nós estávamos no meu
apartamento, Soph desde sempre tentou me fazer sorri, ela nunca desistia de
mim, nem quando a minha ignorância passava de todos os limites, ela sempre
estava lá, eu olhava para o lado e sabia que iria encontrá-la. Ela não é uma
amiga, ela é a irmã que eu nunca tive.
-Será Luh? –Agora foi a vez
de Ashiley me perguntar.
-Eu não sei...
-Faz um exame. Agora eu
fiquei mega curiosa. –Soph falou.
-Quando que você não foi?
–Brinquei.
-É sério Lua! Até porque eu
vou ser a madrinha.
-Nada disso, é eu que vou!
-Vai nada Ashiley, você já
vai ser a tia! –Sophia falou.
-Vocês são duas loucas.
–Falei.
-Por favor, por favor, por
favor?! –Sophia disse.
Era uma chance para viver,
era a alegria, o riso, a felicidade do presente e futuro, e as lembranças boas
do passado, o passado que ela fazia questão de lembrar. Porque foi o melhor,
foram os melhores momentos da vida dela. Ela não precisou fazer exame para
confirmar o que ela já sabia, ela tinha certeza que ele se fazia presente alí,
e que tinha lhe dado um presente, e essa criança ia ser a criança mais amada do
mundo e ela ia fazer questão de dizer o quanto o pai dela era incrível.
Lua nunca
iria esquecer do quanto o Arthur é inesquecível...
Fim.
N/A: Fiz alguém chorar? Eu chorei!
Bom, faz um tempo que eu escrevi essa Fic de Capitulo Único. E resolvi posta-la
aqui. Porque como muitos aqui estão vendo e sabendo, tem gente falando que o blog está meio parado, enfim... E eu sou sem palavras pra ela, porque eu amei escrever. E é tão bom você
ver o resultado depois, a fic pronta e linda, tudo aquilo que você queria. Bom,
eu quero comentários, eu quero saber
o que vocês acharam, vocês podem pensar que isso não é importante, mas é muito
importante saber a opinião de quem leu, então comentem, pode ser? Beijoooos da Milly.
Quem sabe, dependendo do retorno, eu volte a postar mais cap's únicos. Isso vai depender do que vocês irão achar da história, então, comente!
Perfeitooooo... Chorei litros.. Ameiii posta mais cap únicos!!! Emocionante!!!
ResponderExcluirNossa, ao mesmo tempo que é linda é meio triste, não chorei mas derramei algumas lágrimas, vc devia fazer umas mais felizes no final com os dois vivos. Parabéns vc escreve perfeitamente bem
ResponderExcluirCacara que lindo chorei do inicil ao fim... muito lindo parabéns...
ResponderExcluirPerfeitooo
ResponderExcluirChoreeii muitooo,ficou muito lindoo
Posta Mais Capítulos Únicos
Eu não chorei, eu desabei em lágrimas! Meu Deus, que web PERFEITA!!! To chorando e escrevendo isso kk :"( É tão triste e ao mesmo tempo tão lindo o amor deles, ai amei!
ResponderExcluirTalvez seja meio tarde, talvez você nem entre mais aqui, mais só queria dizer o quanto sua fic é linda, você partiu meu coração em mil pedacinhos com um só capítulo, e olha que me achava muito forte kk, quando a luh me indicou achei que não ia chorar mais agora estou em plantos, parabéns por essa fic linda, virei fã quero le outras kkk ❤��
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