Peça-me o que quiser agora e sempre - 2º temp. - 70º e 71º Capítulo (Adaptada)

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Capítulo 70:


Quando saímos do elevador no andar presidencial, me escapa um “nossa!”. Isto não tem nada a ver com os escritórios de Madri. Tapete preto. Paredes cinza. Móveis brancos. Modernidade absoluta. Enquanto ando ao lado de meu Iceman, observo a expressão séria das pessoas. Todas me olham e especulam, principalmente as mulheres, que me examinam atentamente. Estou meio intimidada com a situação.

Quando paramos diante de uma mesa, Arthur diz a uma loira muito elegante e bonita:

— Bom dia, Leslie, essa é minha namorada, Lua. Por favor, venha a minha sala e me atualize.

A jovem me olha e me cumprimenta, surpresa.

— Prazer, senhorita Lua. Sou a secretária do senhor Aguiar. Quando precisar de algo, não hesite em me chamar.

Sorrio:

— Obrigada, Leslie.

Sigo os dois até o escritório impressionante. Como era de esperar, é como o resto do prédio, moderno e minimalista. Admirada, me sento na cadeira que Arthur me oferece e, durante um bom tempo, presto atenção na conversa deles.

Arthur assina vários papéis que Leslie lhe entrega e, quando por fim ficamos a sós, ele me olha e pergunta:

— Que achou?

— É tudo sensacional. Nem se compara aos escritórios na Espanha.

Arthur sorri, se mexendo na cadeira.

— Prefiro os de lá. Aqui não tem arquivo.

Começo a rir, levanto, me aproximo e falo baixinho:

— Melhor. Se eu não estou aqui, não quero que você tenha arquivo.

Rimos alegres. Arthur me senta em suas pernas. Tento levantar, mas ele me segura com força.

— Ninguém entra sem avisar. É uma norma importantíssima.

Rio e o beijo. Mas então ergo a sobrancelha.

— Importantíssima desde quando?

— Desde sempre. Toc, toc! — o ciúme batendo. Antes que eu pergunte, Arthur confessa:

— Sim, Lu, é verdade o que você está pensando. Tive uma ou outra relação neste escritório, mas isso acabou faz tempo. Agora só desejo você.

Tenta me beijar. Me afasto.

— O que é isso, está virando a cara pro meu beijo de novo? — pergunta, divertido.

Dou de ombros. Estou com ciúme. Muito ciúme.

— Querida — murmura Arthur —, quer parar de pensar bobagem?

Me livro das mãos dele. Contorno a mesa.

— Com Betta, né?

Um instante depois de mencionar esse nome, me dou conta de que não devia ter falado. Saco! Mas Arthur responde com sinceridade:

— Sim.

Depois de um silêncio incômodo, pergunto:

— Teve alguma coisa com Leslie?

Arthur se estica todo na cadeira e suspira.

— Não.

— Mesmo?

— Claro que não.

Mas enervada pelos ciúmes, insisto. E meu pescoço começa a comichar, e eu me coço.

— E com a morena que subia com a gente no elevador?

Pensa um pouco antes de responder:

— Não.

— E com a loira que estava na receção?

— Não. E não se coce, ou a alergia piora.

Não dou a mínima, mas, insatisfeita com as respostas, pergunto:

— Mas você disse que fez sexo neste escritório?

— Sim.

Que ardência no pescoço! Não acredito e digo, fora de mim:

— Está me dizendo que jogou com alguém que trabalha na empresa.

— Não.

Arthur se levanta e se aproxima.

— Mas se acaba de dizer quê...

— Espera lá, Lu — me corta, tirando minha mão do pescoço. — Não fui um monge e transei com várias mulheres da empresa e fora da empresa. Sim, querida, não vou negar. Mas jogar, o que nós chamamos de jogar, não. Ninguém aqui entrou em brincadeira nenhuma, fora Betta e Amanda.

Ao lembrar essas megeras, meu coração bate descompassado.

— Claro, Amanda, a senhorita Fischer.

— Que, por sinal — esclarece Arthur enquanto me sopra o pescoço —, se mudou pra Londres pra desenvolver a Müller lá.

Fico feliz. Tê-la longe me agrada. Arthur, divertindo-se com minhas perguntas, me abraça e me beija na testa.

— Para mim, atualmente, a única mulher que existe é você, pequena. Confie em mim, querida. Lembre: entre a gente não há segredos nem desconfianças. Precisamos que tudo seja assim para nossa relação funcionar.

Nos olhamos.

Nos desafiamos.

Arthur chega perto da minha boca:

— Se tento te beijar, vai virar a cara de novo?

Não respondo.

— Você confia em mim? — digo.

— Totalmente. Sei que não me esconde nada.

Concordo, mas a verdade é que escondo várias coisas. O sentimento de culpa me golpeia. Que mal me sinto! Nada que tenha a ver com sexo, mas escondo coisas, entre elas um cachorro na garagem, que dei uma volta na moto de Jurgen, e que sua mãe e Sophia estão num curso de paraquedismo.

Minha nossa, olha só quantos segredos!

Arthur me olha. Sorrio e depois suspiro:

— Olha como ficou meu pescoço. Por sua culpa!

Arthur ri e me abraça.

— Acho que vou mandar fazer um arquivo aqui no escritório pra quando você vier me visitar. Que acha, hein?

Solto uma gargalhada. Depois o beijo e, esquecendo das culpas e dos ciúmes, digo baixinho:

— É uma excelente ideia, senhor Aguiar.
 

Capítulo 71:


Nos fins de semana consigo desgrudar o Smurf Ranzinza e o Smurf bipolar do sofá.

Esses dois, minha nossa! Vamos ao cinema, ao teatro, comer hambúrgueres, e eles se divertem, claro. Por que lhes custa tanto sair de casa? Às vezes, à noite, Arthur me surpreende e me convida para jantar num restaurante. Depois me leva a uma boate fenomenal, e aproveitamos muito esse tempinho ali bebendo, nos beijando e conversando.

Não comentou mais nada sobre nosso complemento sexual. Quando estamos transando na nossa cama, sussurramos nossas fantasias sacanas no ouvido um do outro, o que nos deixa loucos, mas por ora não compartilhamos sexo com ninguém. Me quer só para ele? Tanto assim?

Num domingo, consigo que saiam para um passeio. Deixamos o carro num estacionamento e caminhamos até o Jardim Inglês, um lugar maravilhoso no centro de

Munique. Flyn não fala comigo, mas me meto o tempo todo na conversa. Ele se chateia, mas no fim das contas não tem outro jeito a não ser aceitar.

À tarde, eu os obrigo a entrar no estádio do Bayern de Munique. A ideia os horroriza. Gostam é de basquete. O lugar é enorme, grandioso. Como se fosse eu a alemã, explico a eles que esse time é o que ganhou mais vezes a Bundesliga. Me escutam, concordam, mas não dão a mínima. Por fim sorrio ao ver suas caras de tédio e, pelas sete e meia da noite, sugerem irmos jantar. Rio. Eu, a essa hora, faço um lanchinho. Mas, levando em conta que Flyn, especialmente, segue o horário alemão, me adapto.

Me levam a um restaurante típico, onde provo diferentes tipos de cerveja. A Pilsen é loira, a Weissbier é branca e a Rauchbier, escura. Arthur me olha, degusto todas e, afinal, concluo, fazendo-o rir:

— Como a Mahou cinco estrelas, não tem nenhuma!

A base dos pratos alemães é a farinha. Usam farinha para fazer absolutamente tudo.

Isso me explica Arthur, enquanto devoro uma weissburst ou salsicha branca. É feita de picadinho de vitela, temperos e manteiga. Está de matar de tão bom! Flyn, mais animado com a atenção que seu tio e eu lhe damos, mordisca uma rosquinha salgada em forma de oito chamada brenz. O clima entre mim e Flyn melhorou, e Arthur curte esse momento. Vão nos trazendo diferentes pratos. Como o jantar dos alemães é leve, ainda estou com um pouco de fome e peço rabanete em fatias finas salpicadas de sal.

Me dizem que isso se chama radi. Depois nos servem obatzda, que é um queijo à base de camembert, manteiga, cebola e pimentão doce. Na sobremesa fico louca com o germknödel, um bolo recheado de geleia de ameixa, feito com açúcar, fermento, farinha e leite quente, e servido com açúcar cristal e sementes de papoulas. Eu, hein?

Tudo muito light.

À noite, quando voltamos para casa, estamos moídos. Andamos horrorres, e Flyn cai na cama como um tronco. Largados no sofá da sala de jantar, vemos um filme, e então proponho um banho de piscina. Arthur está com os olhos fechados e diz que não.

— O que há, meu amor?

— Nada — responde rapidamente.

— Está com dor de cabeça? — pergunto, preocupada.

Olho para ele. Ele me olha. De repente, brincalhão, me pega como um saco de batatas e me leva até a piscina. Ligamos apenas a luz interna. Quando Arthur menos espera, eu o jogo n’água com roupa e tudo. Quando ele vem à tona, me olha. Levanto as sobrancelhas e pergunto, risonha:

— Não me diga que vai ficar chateado?

Minha risada o contagia. Mais ainda quando também me atiro n’água vestida. Arthur me agarra e, enquanto me faz cosquinhas, diz:

— Moreninha, você é uma menina muito travessa.

Sei que minhas risadas aconchegam sua alma, o fazem feliz. Por um instante, brincamos de nos afogar enquanto vamos tirando as roupas. Nus, nos beijamos, nos provocamos. Por fim, fazemos amor.

Meninas eu sei que tinha dito que ia postar mais dois, mas  acabei por me esquecer, desculpem

5 comentários:

  1. Ok descupada , só não esquece mas , esse cap foi d+. Lua com ciúme q tudo.
    Adorado está fantástica , bjssssss.

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  2. Nesse foi a Luh com ciúmes, no próximo bem que podia ser ele com ciúmes dela... Tah desculpada se quando tiver tempo postar mais dois como o combinado. Postaaa maiis amore.....

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  3. Amando ,,,posta mais hj pfff
    Sua web é d+,uma das melhires qe ja li ,posta mais hj pff

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  4. Mto top sua web. Postaaaa mais

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