Capítulo 100:
— Não, meu amor. Apenas disse que eu estava na neve, escorreguei e
caí.
De repente me lembro do meu pai. Acabo de surpreender Flyn e de certa
forma isso o fragiliza. Sorrio. Ele relaxa os ombros, lhe tirei um peso de
cima.
— Obrigado, eu já estava me imaginando no colégio interno.
Sua sinceridade me faz sorrir.
— Flyn, você tem que me prometer que não vai mais se comportar desse
jeito.
Ninguém quer que você vá pra um colégio interno. Mas você, com suas
atitudes, é que parece querer, não percebe? — Ele não diz nada e eu pergunto: —
O que houve outro dia na escola?
— Nada.
— Ah, não, rapazinho! Os segredos acabaram! Se você quer que eu confie
em você, precisa confiar em mim e me contar que diabo está acontecendo na
escola e por que dizem que você começou uma briga, quando na verdade eu não
acredito que seja assim.
Ele fecha os olhos, medindo as consequências do que vai me dizer.
— Robert e os outros meninos começaram a me xingar. Como sempre, me chamaram
de chinês de merda, fracote, cagão. Eles riem de mim porque eu não sei fazer
nada do que eles fazem com skate, bicicleta e patins. Como sempre, tentei não dar
bola, mas, quando George me jogou no chão e começou a me dar socos, peguei seu
skate e bati na cabeça dele. Sei que não deveria ter feito isso, mas...
— Esses sem-vergonha te dizem essas coisas?
Flyn confirma com a cabeça.
— Eles têm razão. Sou um desengonçado.
Xingo Arthur em silêncio. Com o medo que tem de que ocorram várias
coisas, é ele quem está provocando isso tudo. Flyn sussurra:
— Os professores não acreditam em mim. Sou o cara esquisito da sala.
E, como não tenho amigos pra me defender, sempre acabo levando a culpa.
— E seu tio também não acredita em você?
Flyn dá de ombros.
— Ele não sabe de nada. Acha que eu me meto em confusão porque sou
briguento.
Não quero que ele saiba que os outros garotos riem de mim porque sou
covarde. Não quero dececioná-lo.
Isso me deixa triste. Não é justo que Flyn passe por isso tudo e Arthur
nem fique sabendo. Preciso falar com ele. Mas me concentro no garoto, passo a
mão no contorno do seu rosto e murmuro:
— Isso de dar com o skate na cabeça do colega não está certo, querido.
Você sabe disso, né? — Flyn balança a cabeça num gesto afirmativo e, disposta a
ajudá-lo, acrescento: — Mas não vou deixar mais ninguém debochar de você.
Seus olhinhos de repente ganham vida. Me lembro da minha sobrinha.
— Coloca seu polegar no meu. E, assim que se tocarem, damos um tapinha
na mão.
— Ele faz o que digo e volta a sorrir. — Esse é o código de amizade
que tenho com minha sobrinha. Agora vai ser nosso também, que tal?
Faz que sim, sorri, e estou quase pulando de alegria. Uma trégua.
Finalmente consegui uma trégua com Flyn. E, como se não bastasse, ele diz:
— Obrigado por dormir comigo ontem.
Dou de ombros para mostrar a ele que isso não tem muita importância.
— Nada disso! Eu é que te agradeço por me deixar ficar na sua cama.
Ele sorri e comenta:
— Você não tem medo de trovão. Eu sei. Você é adulta.
Dou uma risada. Que garoto esperto!
— Sabe, Flyn? Quando eu era pequena, também tinha medo de raio e
trovão. Cada vez que caía uma tempestade, eu era a primeira a me enfiar na cama
dos meus pais.
Mas minha mãe me ensinou que não devemos ter medo de nada dessas
coisas.
— E como ela te ensinou isso?
Sorrio. Pensar na mamãe, no seu olhar carinhoso, nas suas mãos
quentinhas e no seu sorriso constante, me leva a dizer:
— Me dizia pra fechar os olhos e pensar em coisas bonitas. E um dia me
comprou um bicho de estimação. Dei o nome de Calamar. Foi meu primeiro
cãozinho. Meu super amigo e super mascote. Quando havia tempestade, Calamar
ficava comigo na cama, e sua companhia me deixou mais corajosa. Não precisei
mais ir pra cama dos meus pais. Calamar me protegia e eu o protegia também.
— E onde ele está?
— Morreu quando eu tinha 15 anos. Está com minha mãe no céu.
Essa revelação sobre minha mãe o pega de surpresa. Evito mencionar
Trampo, ou tudo isso vai parecer muito cruel.
— É, Flyn, minha mãe também já morreu. Mas sabe? Ela e Calamar no céu
me dão forças pra que eu não tenha medo de nada. E tenho certeza de que sua mãe
faz o mesmo contigo.
— Você acha?
— Claro que acho!
— Eu não me lembro da mamãe.
Sua tristeza me comove e eu respondo:
— Normal, Flyn. Você era muito pequeno quando ela se foi.
— Gostaria de ter conhecido ela.
Seu sofrimento me faz sofrer também. E, querendo conversar mais sobre
o assunto, murmuro:
— Acho que você pode conhecê-la através dos olhos das pessoas que a
amaram, como sua avó Sónia, a tia Sophia e o tio Arthur. Falar com eles sobre
sua mãe é uma forma de se lembrar dela e saber coisas a respeito dela. Tenho
certeza de que sua avó adoraria te contar milhares de coisas sobre sua mãe.
— Sónia?
— É.
— Ela está sempre muito ocupada — reclama o garoto.
— Claro, Flyn. Se você não a deixa cuidar de você nem ser carinhosa,
ela tem que seguir a vida dela. As pessoas não podem ficar sentadas esperando
que outras gostem dela; têm que continuar vivendo, mesmo que lá no fundo sintam
saudades todo dia.
Aliás, por que você a chama pelo nome e não se refere a ela como “vó”?
Ele encolhe os ombros e pensa um pouco antes de responder.
— Não sei. Acho que é porque o nome dela é Sónia.
— E você não gostaria de chamá-la de “vó”? Tenho certeza de que ela
ficaria super feliz. Liga um dia e convida ela pra lanchar, almoçar ou jantar.
Pede pra ela contar coisas sobre sua mãe. Assim certamente você vai perceber o
quanto você é importante
pra ela e pra sua tia Sophia.
O garoto faz que sim com a cabeça. Silêncio. Mas de repente diz:
— Eu agitei a Coca-Cola outro dia pra que espirrasse na sua cara.
Lembrar o episódio me faz rir. Que pestinha! Mas, determinada a não
levar isso em conta, afirmo:
— Eu já imaginava.
— Sério?
— Sério.
— E por que não disse nada pro tio Arthur?
— Porque não sou dedo-duro, Flyn. — Vendo como ele me olha, toco em
seu cabelo escuro e acrescento: — Mas isso já não tem importância. O importante
é que a partir de agora a gente vai tentar se dar bem e ser amigos, tá legal?
Ele concorda. Coloca seu polegar no meu e fazemos nossa saudação. Abro
um sorriso.
Seus olhos percorrem o quarto com curiosidade e vejo que volta e meia
se detêm em alguma coisa que está à direita. Disfarçadamente, me viro e reparo
que sua atenção é atraída pelo skate e meus patins. Sem pensar duas vezes,
pergunto:
— Você tem vontade de aprender a andar de skate ou patinar, né? — Flyn
não responde, e cochicho: — Vai ser um segredo nosso. Por enquanto, seu tio não
precisa ficar sabendo, combinado? Apesar de que mais cedo ou mais tarde a gente
vai ter que contar, e ele é capaz de matar a gente. Quer que eu te ensine?
Sua expressão se transforma e ele aceita. Eu sabia!
Sabia que Flyn queria aprender coisas novas. Me levanto do chão
depressa. Ele faz o mesmo. Pego o skate e mostro ao garoto que sei como usar.
— Posso fazer isso também?
Paro, desço do skate e digo:
— Mas é claro, querido. — E, piscando um olho para ele, murmuro: — Vou
te ensinar a fazer coisas que, quando uma certa menina loura do colégio te vir,
não vai conseguir parar de olhar pra você.
O garoto fica vermelho.
— Como ela se chama? — pergunto num tom de cumplicidade.
— Laura.
Radiante pelo ótimo momento que estou vivendo com Flyn, seguro seus
ombros e afirmo:
— Te garanto que daqui a alguns meses Laura e esse bando de
mal-educados da sua escola vão cair pra trás, quando virem como você domina o
skate.
O pequeno balança a cabeça concordando. Olho para ele e digo:
— Vamos... experimenta. Primeiro, coloca um pé no skate e sente como
ele se move.
Flyn me obedece. Pego suas mãos e o menino escorrega ao pôr o pé no
skate.
Assustado, olha para mim e tento acalmá-lo.
— Número um: nunca ande nele sem que eu esteja por perto. Dois: pra
não se machucar, tem que usar joelheira, tornozeleira e capacete. Número três,
e muito importante: confia em mim?
Ele faz que sim e fico emocionada.
De repente, ouvimos o barulho de um carro. Olho pela janela e vejo Arthur
entrando na garagem. Sem eu precisar dizer nada, o garoto desce do skate e se
senta ao meu lado no chão outra vez. Disfarçamos. Minutos depois, a porta do
quarto se abre. Ao nos ver no chão, Arthur pergunta, surpreso:
— Está acontecendo alguma coisa?
Flyn se levanta e abraça o tio.
— Lu me ajudou com algumas coisas do colégio.
Arthur se vira para mim. Concordo. O garoto sai do quarto. Eu me
levanto, chego mais perto do meu alemão favorito e, agarrando-o pela cintura,
murmuro:
— Como você pode ver, daqui a pouco vou conseguir um beijo do seu
sobrinho.
Assombrado como nunca vi antes, Arthur sorri. Me aninha em seus braços
e, tomando cuidado para não esbarrar no meu queixo, sussurra:
— Por enquanto, pequena, o meu beijo você já tem.
De manhã, a cor do meu rosto está mais para verde. Me olho no espelho
e me desespero. Como posso estar com essa cara? Fala sério, estou parecendo o
Incrível Hulk!
Tudo bem... nem é só pela beleza, mas, convenhamos, me ver desse jeito
é horrível, deprimente. Coitado do Arthur. Olha a namorada que ele tem. Estou
igualzinha à Noiva Cadáver, do desenho. Isso me faz rir. Como sou boba!
Quando volto ao quarto, está tocando no rádio Satisfaction, dos
Rolling Stones, e começo a cantar. Essa música sempre me lembra meus amigos de
Jerez. Canto alto e danço ao mesmo tempo. Arthur sobe para me dar um beijo antes
de ir para o trabalho e, surpreso, me observa da porta, até que me dou conta do
meu espetáculo ridículo e paro, apesar de meus ombros continuarem se movendo
enquanto caminho na direção dele.— Adoro te ver assim, tão feliz.
Sorrio e lhe dou um beijo.
— Essa música me traz ótimas lembranças da minha galera.
— De alguém em especial?
Com um sorriso maquiavélico, faço que sim com a cabeça. Arthur muda a
expressão do rosto e, dando-me um tapinha de um jeito sensual, exige
possessivo:
— De quem?
Achando graça do que estou prestes a dizer, respondo:
— De Fernando... — Reparo na tensão dos seus olhos e continuo: — De
Rocío,
Laura, Alberto, Pepi, Loli, Juanito, Almudena, Leire...
Me dá outro tapa e mais um. Ficam ardendo, mas eu rio. Sua expressão
agora é divertida, e ele murmura enquanto massageia meu traseiro, que está
vermelho pelos seus golpes:
— Não brinca com fogo, pequena, ou você vai se queimar.
— Hummmm, adoro me queimar. — E, insinuando-me toda, sussurro: — Quer
me queimar?
Arthur me afasta dele e bufa. Ficou tentado com minha proposta. Sei
que ele está a fim. Mas depois balança a cabeça de um lado para outro,
rejeitando a ideia..
— Primeiro você se recupera. Quando já estiver boa, prometo te
queimar.
— Uau! — grito e ele sorri.
Me dá um beijo e diz:
— Bom dia, querida.
Depois vai embora. Está a 5 metros de mim e eu já estou sentindo sua
falta. Mas combinei de almoçar com Frida e sei que vou me divertir. Debruçada
na janela, vejo o carro de Arthur se afastando. De repente o telefone toca.
Minha irmã.
— Oi, fofaaaa!
— Oi, gordinha! Tudo bem? — pergunto, rindo, e deito na cama para
falar com ela.
— Tudo. Cada dia mais enrolada, mas tudo bem. E você, como estão as
coisas?
Sua voz parece triste, mas eu, me lembrando do episódio na neve,
respondo:
— Olha, Raquel, não se assusta. Estou bem, mas estou a cara do
Incrível Hulk.
Anteontem caí na neve. Pareço um quadro de Picasso e levei pontos no
queixo.
Basicamente isso.
— Fofaaaa, não me assusta!
Ao perceber seu alarme, acrescento:
— Mas não estou aqui conversando contigo numa boa? Foi uma pancadinha
de nada. Não exagera, que eu te conheço.
Falamos por mais de uma hora. Ela parece bem, mas alguma coisa
estranha me deixa intrigada... não sei bem o quê. Depois me visto e desço para
a sala de jantar.
Simona está passando o aspirador. Assim que me vê, para e pergunta:
— Como está hoje, senhorita?
— Melhor, Simona. Já começou Loucura Esmeralda?
A mulher olha o relógio e diz:
— Meu Deus! Temos que correr senão vamos perder a novela.
Hoje Luis Alfredo Quiñones persegue Esmeralda Mendoza a cavalo pelo
campo, depois a beija e, enquanto contemplam juntos o horizonte, ele promete a
ela recuperar o filho deles. Emocionadas com a cena, eu e Simona nos olhamos e
suspiramos.
Ao meio-dia aparece Frida com a encomenda que eu lhe pedi quando soube
que viria. Quando me vê, fica apavorada. Apesar de eu ter avisado por telefone,
não consegue deixar de se impressionar com o estado do meu rosto.
Sentadas na sala, comemos o que Simona preparou e batemos papo.
— Preciso te contar uma coisa, Frida.
—
Fala.Capítulo 103:
Divertindo-me com o que vou falar, olho nos seus olhos e murmuro:
— Outro dia encontrei Betta e dei dois tapas na cara dela e um chute
na bunda. Tá, antes que você diga qualquer coisa, reconheço que foi errado da
minha parte. Sou adulta e não posso me comportar como uma delinquente, mas
preciso admitir que me
senti bem fazendo isso e, não fosse pela cara das mulheres em volta,
eu teria continuado.
O garfo cai de suas mãos e nós duas começamos a rir. Conto exatamente
o que houve e Frida lamenta não ter estado lá para aproveitar a oportunidade e
lhe dar uma bofetada também, como fez Sophia. Quando terminamos de comer,
decidimos ir para meu quarto em vez de ficar na sala. Ela se surpreende ao ver
como está ficando bonito e, assim que repara na árvore de Natal vermelha num
canto do cômodo, meu comentário é:
— Melhor nem perguntar.
Animadas, sentamos num confortável sofá vermelho que Arthur me deu de
presente e, depois de fofocar sobre nossa novela preferida, ela pergunta:
— Então, está tudo bem com Arthur?
— Está. Discutimos, fazemos as pazes e discutimos de novo. Bem.
— Fico feliz — diz, rindo. — E no sexo, tudo bem também?
Olho para cima, numa expressão de encantamento, e digo que sim. Damos
risadas.
— Incrível. Sempre que encontramos Björn e brincamos a três, é
maravilhoso. Fico louca vendo a paixão de Arthur. O jeito como me oferece...
Ai, meu Deus, adoro como os dois transam comigo ao mesmo tempo. Nunca imaginei
que curtiria tanto uma coisa que antes me parecia escandalosa.
— Sexo é sexo, Lua. Não tem o que discutir. Se vocês, como casal,
gostam desse esquema e se divertem com isso, vão em frente!
— Agora eu aproveito muito, Frida. Só que antes eu pensava que as
pessoas que faziam essas coisas eram umas depravadas. Ah, mas a sensação que eu
tenho ao me sentir tão desejada e ao ver como eles me possuem...
— Para... para porque assim você me deixa excitada. Sou uma depravada!
—
Caímos na gargalhada e Frida acrescenta: — Aliás, por falar em
depravação, Arthur te falou alguma coisa sobre a festinha particular de hoje à
noite? — Nego com a cabeça.
— Heidi e Luigi dão umas festas maravilhosas. Tenho certeza de que
eles convidaram vocês, mas no seu estado imagino que Arthur tenha recusado o
convite.
— Normal. Com essa minha aparência... Melhor não me tirar de casa
mesmo, ou então vou assustar os outros — digo, debochando de mim mesma, e nós
duas rimos de novo. Mas acabo ficando curiosa e pergunto: — Vai muita gente a
essa festinha?
— Vai, sim, bastante gente. Eles costumam organizá-la na casa de
suingue deles, e te garanto que ali acontece o que há de melhor. — Abaixa a voz
e murmura: — No ano passado, nessa festa, eu e Andrés realizamos uma de nossas
fantasias.
Ao ver minha cara, Frida ri e cochicha:
— Fiz um gangbang, e Andrés um boybang. — Pisco os
olhos, sem entender, e ela sussurra: — Andrés escolheu seis mulheres da festa,
e eu escolhi seis homens.
Entramos num dos quartos da boate, e eu me entreguei a eles e Andrés a
elas. Foi o máximo, Lua! Eu era o centro dos meus homens e ia experimentando
diferentes posições com todos eles. Cara, você não imagina o quanto eu curti, e
te garanto que Andrés também se divertiu à beça com as garotas. No fim, os dois
grupos se juntaram e a gente fez uma orgia. Como te disse, as festas de Heidi e
Luigi sempre guardam ótimas surpresas.
Parece excitante mesmo, mas um pouco exagerado para o meu gosto. Dois
homens já são suficientes para mim, mas realmente imaginar o que ela disse é
algo que me excita.
Frida fica um tempo me contando suas experiências. Todas são cheias de
loucura e despertam meu desejo. Adoro conversar abertamente com ela sobre sexo.
Nunca tive uma amiga com quem pudesse falar disso com tanta sinceridade, e isso
me agrada. Às cinco ela vai embora. Tem que se arrumar para a festa. Sónia liga
para saber como estou, e logo em seguida Sophia. Está empolgada com o encontro
de hoje à noite. Eu lhe dou força e peço para me telefonar amanhã e me contar
como foi.
À tarde, Flyn volta do colégio. Depois de fazer seus deveres, eu o
espero no meu quarto. Assim que ele entra, mostro os patins que mandei Frida
trazer para ele. Fica todo feliz. Coloca as joelheiras, tornozeleiras e o
capacete, e começamos suas aulas de skate. Como era de se esperar, no início
ele fica nervoso. Primeiro tem que aprender a encontrar o centro de equilíbrio
do skate. Tem um pouco de dificuldade, mas no fim consegue, ainda que de forma
meio precária.
Assim que ouvimos o carro de Arthur, largamos tudo rapidamente. Não
pode saber que estamos usando essas coisas. Flyn corre para seu quarto de
estudo e nós dois conseguimos disfarçar muito bem. Tiro um chiclete de morango
do bolso da minha calça e ponho na boca.
Arthur vem até o quarto para me procurar e me vê sentada no chão,
olhando para a tela do computador.
— Por que não senta numa cadeira? — pergunta.
— Porque adoro sentar nesse tapete felpudo e caríssimo. Tem problema?
Ele se agacha e me dá um beijo. Está muito gato com seu sobretudo azul
e seu terno escuro. Seu visual de executivo é imponente e eu adoro. Me estende
a mão e eu me levanto com sua ajuda. Em seguida ele me surpreende com um lindo
buquê de rosas vermelhas.
— Feliz Dia dos Namorados, pequena.
Estou passada! Sem palavras e estarrecida.
Que romântico!
Q d + amando muito essa web , posta mais por favor.... :-P
ResponderExcluirOwen que lindoo esse Arthur é perfeito demais ♥♥♥
ResponderExcluirAhhhh que lindoooo.... Lua e flyn estão amigos ameiiii!!!! Melhor capítulo da semana!!! Posta maisss!!
ResponderExcluirQue fofo o Arthur, posta maiss
ResponderExcluirOwnnnn que coisa mais linda !!
ResponderExcluirPosta +++++++
Ameeii *-*
Flyn fofo ❤️❤️❤️ Mais
ResponderExcluirE mais um segredo entra pra lista da Lua, quando o Arthur descobrir vai dar uma confusão... Postaaaa maiiiiiis....
ResponderExcluirQ lindo!
ResponderExcluirAmando flyn bonzinho kkkkk Lua ta cada vez mais safada kkkkk posta mais
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